Jornal GGN – O economista Marcelo Neri, da FGV Social, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que se o governo brasileiro não voltar a priorizar programas sociais que combatem a pobreza e a desigualdade, como o Bolsa Família, o País vai levar mais 15 anos para voltar ao patamar de 2014.
Segundo Neri, a pobreza caiu de 1990 a 2014 cerca de 75%. Com a crise econômica do segundo governo Dilma e mudanças de governos -com chegada de Temer e Bolsonaro, que trataram o orçamento social com mais austeridade – a extrema pobreza subiu 40%.
“Não estamos voltando ao mesmo nível de pobreza que tínhamos antes de ela cair, felizmente. Mas a projeção é que, se não reduzirmos a desigualdade, mesmo crescendo 2,5% ao ano até 2030, nós vamos apenas voltar aonde estávamos em 2014”, comentou Neri.
“Ou seja, precisamos fazer não só um combate à desigualdade, mas à sua pior forma, que é a que afeta os mais pobres. É o que programas como o Bolsa Família ou educação pública podem fazer”, apontou.
Segundo o especialista, o aumento da desigualdade é um péssimo negócio para a economia, pois tem impacto sobre “o consumo da população, a violência que desestrutura atividade produtivas e a polarização política que leva à instabilidade. Tudo isso é ruim.”
“Se tivermos alguma retomada da renda média, ainda que tímida, se olharmos o bem-estar da nação, que leva em conta também a distribuição da renda, quase não existe recuperação. Ela é muito tênue”, comentou, indicando que é necessário priorizar o Bolsa Família, que é o programa mais estruturado, e focar nos mais pobres entre os pobres.
“É uma década perdida em termos de bem-estar social.”
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" Brasil vai levar 15 anos para retornar ao patamar de pobreza de 2014". Uma afirmativa que causa medo pelo futuro destas pessoas.
E acrescentem-se mais 30 anos para mitigar a imbecilidade que esta turma ora no poder implantou no país.
Mas como o autor do artigo mesmo reconheceu, a recessão começou com Dilma.