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Denúncia? Atentado ao pudor: ejaculação precoce de adolescente masturbador, por Romulus

Denúncia de “corrupção” em Curitiba? Na verdade, atentado ao pudor: Brasil obrigado a assistir à ejaculação precoce de um adolescente afeito à masturbação

Por Romulus

“Denúncia” em Curitiba foi, na verdade, um atentado ao pudor: Brasil foi obrigado a testemunhar a ejaculação precoce do adolescente. E num sexo solitário: era apenas masturbação do jovem.

O perfeito casamento entre ignorância, “limitação intelectual” e má-fé. E ainda: inglês “the book is on the table” + PowerPoint nível corrente chata de email + conhecimentos de Ciência Política, Geopolítica e Economia – e até de Lógica! – dignos de um secundarista de província.

Memes… muuuuitos memes: dfinitivamente “a internet não soube lidar” com os PowerPoints do Dallagnol.

– O pior é que, no final, cabia a nós fazer a pergunta clássica: foi bom para você quanto foi para mim, “doutor”??

E para fechar: Ciro d’Araújo, sem dó nem piedade, desnuda (oh!) o tal do adolescente afeito à masturbação. Ciro é fera: conta até por que Moro saiu correndo para devolver o passaporte da mulher do Cunha.

– Mas não antes de uma BOMBA: “Freud explica” aquele espetáculo patético de Curitiba! Tenho~convicção~e tenho~prova~também! Testemunhal! Do próprio! 

*   *   *

Parte 1: ejaculação precoce do adolescente afeito à masturbação

Instado até por leitores, ia escrever sobre o vexame da “Torça Farefa” da Lava a Jato em Curitiba ontem.

Não preciso.

O Nassif (“Denúncia inepta da Lava Jato expõe o Ministério Público”) e o meu amigo Ciro d’Araújo (como verão no final deste post) esgotaram o episódio. Assim, sinto-me dispensado de comentar aquela “ejaculação precoce” de adolescente em não mais que uma masturbação! Um sexo solitário, auto-estimulado e sem outro destinatário além do praticante – que o Brasil inteiro foi obrigado, constrangido, a testemunhar ontem em rede nacional. Auto-estímulo egoísta… egocêntrico. Até mesmo um tanto autista… completamente descasado da realidade e do “pudor” da sociedade, ali ao redor.

E o pior: nem assim! Nem no “cinco contra um” o cidadão teve bom desempenho!

Ejaculação precoce, frustrada… para ele e para os seus. E momento paradigmático da expressão “vergonha alheia” para o resto de nós.

O pior é que, no final, cabia a nós, alheios àquela sessão de masturbração, fazer a pergunta clássica:

– Foi bom para você quanto foi para mim, “doutor”??

A acusação daquele dia?

Não pode ser outra:

– Atentado ao pudor!

E por falar em “pecado”…


Pecado para mim é escrever “porque” no lugar de “por que”. Critérios diferentes…

Mas fazer o quê? O cara só pensa “naquilo”… tá na “fissura”:

À guisa de introdução ao que o Ciro diz no final do post acrescento apenas o seguinte:

Comentava, no post de ontem (“Golpe: não basta raposa no galinheiro. Faltam mapa$ das mina$!”), que uma frustração minha é nunca ter “embarcado” numa plataforma de petróleo. Uma vez quase rolou uma visita, lá na Bacia de Campos.

Eram outros tempos…

Boom das commodities, Brasil menina dos olhos do mercado e do mundo, subindo de 7a para 6a economia, maior descoberta de petróleo em 3 décadas e o coroamento, com “graduação” do pais diante dos demais: a escolha para sede das Olimpíadas do “distante” 2016.

Bons tempos:

Quem diria que seria tão fácil de sabotar?

Quem da minha geração, aquela que cresceu na redemocratização, cogitava que pudesse haver, no seu tempo de vida, um golpe de Estado?

Digo, no Brasil – e não no Paraguai ou em Honduras. Ou na África.

Quem poderia saber que 3 corporações do Estado – Judiciário, MPF e PF – iam se fechar numa guerra de tudo ou nada contra um dos polos políticos, pouco importando a terra arrasada que fica pelo caminho?

Quem poderia saber que a mídia, jogando contra seus interesses econômicos não imediatos, ia articular esse exército?

Quem poderia supor que a elite do funcionalismo público – procuradores e juízes federais concursados – regiamente pagos e com caros cursos de pós-graduação no exterior – fossem tão simplórios? Com conhecimentos de Ciência Política, Geopolítica e Economia – e até de Lógica! – dignos de um secundarista de província?

Aliás, até conhecimento de Inglês lhes falta… o que não deixa de ser algo um tanto bizarro para esses americanófilos que confundem a narrativa a que assistiram na Disney – a “Disney” real e a figurada – com a História real dos EUA e com o funcionamento real das suas instituições.

Anoto a falta de conhecimento do Inglês porque tenho hoje um certo ceticismo com relação ao aproveitamento que essa “elite” possa ter feitos dos cursos a que “assistiu” no exterior. Como pode alguém que fez um LL.M., mestrado jurídico (!) de um ano, em Harvard (!!), como o juiz Sergio Moro, traduzir expressão tão fundamental para o Direito como “rule of law” de forma – pseudo! – literal, como “a regra da lei” (sic)?!

Sim, o juiz Moro o fez neste ano, numa sentença da Lava a Jato. Talvez na dos grampos – duplamente! – presidenciais. Já não lembro ao certo…

Questiono hoje o aproveitamento das leituras e das aulas em Harvard de alguém que nunca percebeu que “rule of law” – de novo: expressão fundamental! – significa, na verdade, “império da lei”. Ou até mesmo “Estado de direito”!

Se não sabia disso, o que terá compreendido do restante?!

A sério: erro primário desses nem estagiário meu, na primeira semana de trabalho, cometeria. Isso porque se cometesse não teria sido nem contratado. Ora, já no processo seletivo eu cobrava – e eu mesmo fazia questão de corrigir – tradução de um texto jurídico em inglês.

Diante da minha seleção – demasiado criteriosa? – é certo que não teria tido o prazer de ter o “Dr.” Moro – “Dr.”? Ele tem doutorado? – como estagiário.

Mas os de Curitiba conseguem ir além:

Os slides de Powerpoint do Dallagnol hoje não deixam dúvidas: trata-se do perfeito casamento entre ignorância, “limitação intelectual” e má-fé.


Atenção! É neste slide em que a “Torça Farefa” (sic) determina a condução coercitiva do Sérgio Abranches. O intelectual não sairá da prisão preventiva do Moro até delatar esse tal  de “presidencialismo de coalizão”. E a paternidade do Lula, é claro!


Dallagnol indo além no Pacote Office: ousou com as fontes no Word também.


Mas ele é um menino tradicionalista: depois de brincar com as fontes, voltou à Times New Roman, 12, preto, espaço símples, texto justificado. Glória!


Tá maluco? É claro que Dallagnol não entendeu esse meme. Vocês realmente acreditam que ele viu “Pulp Fiction”?! Não… enquanto crescia ele assistia a filmes com as aventuras da cachorrinha Lessie, a amiga da vizinhança.

 


Por outro lado, tem gente do pá virada – será “encosto”? – que fuma um bagulho estranho e tem “brainstorm” muito mais interessante…


“Procurador literário”. E sem medo de polêmica! É o Dallagnol ou Professor Antônio Cândido na foto? Fiquei confuso…


Já já o Ciro te explica essa história… aguenta aí! A Claudia Cruz não vai a lugar nenhum! Oh, wait…


Dallagnol esquece por um breve momento os hinos de louvor e se aventura com os Beatles. Mas não se preocupem: o menino não chegou nem perto de “Lucy in the Sky with Diamonds”. Tá amarrado e repreendido! Isso é coisa de tucano! Meia tonelada que voa de helicóptero…


Ninguém segura! “Brasil Grande!”, “Brasil Potência!”. Olha o resultado das delações “de peso”: Kepler, Copernicus, Galileo e Newton. Como se diz no meu Rio de Janeiro: “Te mete com a “Torça Farefa” pra tu vê o que te acontece, mané!”… “Faca na Caveira!”… “Olha o Caveirão subindo o morro!”…

“Ai, que loucura”? Não… meme errado…


“Isentão”: Dallagnol não se deixa influenciar nem mesmo por matérias do oligopólio midiático brasileiro. Haja obstinação!


Será que Dallagnol está flertando com uma nova fé? Saberemos de tudo logo mais no programa da Luciana Gimenez.


Sejamos justos: muitos outros no mundo também têm convicções sem ter provas. Por que só pegamos no pé do Dallagnol?

Até os famosos – e reacionários – “comentaristas de portal” acharam a peça acusatória do MPF um lixo inepto. Pergunta: isso importa no Brasil de hoje?

Como se perguntou o meu amigo Ciro, enquanto assistia estarrecido à coletiva de imprensa:

– Na peça acusatória o MPF também pede a prisão do Sergio Abranches, por cunhar o termo “presidencialismo de coalizão”?!

Ora, tenham paciência: o Brasil é muito maior que as apostilas dos cursinhos preparatórios para concursos públicos!

Nesse ponto, aliás, tenho que concordar com um ponto pisado e repisado pelo colunista André Araújo, aqui no GGN:

– Quando que essas pessoas, tão “qualificadas”, conseguiriam os mesmos salários na iniciativa privada?

Acrescento:

– Com o inglês do Moro e os powerpoints do Dallagnol?

Resposta:

– Nunca!!

*

O resultado podia ser outro?

Se me contassem, nos 4 “gloriosos”, de 2008 a 2012, que estaríamos aqui hoje, nunca acreditaria!

*   *   *

Parte 2: Ciro d’Araújo desnuda (oh!) o pobre adolescente afeito à masturbação


Filme comédia-besteirol “safadinho” dos anos 90. A piada? A masturbação do jovem, ora. Que tinha uma afeição demasiada à “prática”… o que o levava, inclusive, a praticá-la em locais socialmente inadequados, como na frente de pessoas que não queriam testemunhar aquele vexame. Soa familiar?

Diz o meu amigo Ciro:

Minha opinião: Força Tarefa de Curitiba sentiu o cheiro do acordão que está desenhado em BSB (e por força tarefa de Curitiba entenda-se MP, PF, Juiz E mídia específica, especialmente a revista época). Não gostaram disso. Gostaram de ser o centro das atenções da política nacional. 

Aproveitaram decisão crítica do Ministro Teori a pedido da defesa de Lula e a citaram na abertura de sua fala. Declaração essa que o ministro mandou retirar da decisão e disse arrependido de ter feito – depois da entrevista coletiva. Recado mais claro só se uma mão desenhasse MENE MENE TEKEL UPHARSHIM na parede da procuradoria em Curitiba.

Número, Número, Balança, Divisão – essas são as palavras em aramaico que a mão divina escreve na parede do Rei Belshazzar, descrito pelo livro do profeta Daniel. A interpretação do profeta foi: seus atos foram pesados e achados inadequados, seu reino será dividido.

Os procuradores de Curitiba, aproveitando a “contextualização” criaram uma peça de elevadíssimo conteúdo político e baixíssimo conteúdo jurídico: “Lula é o general da propinocracia”. Perguntados por que não o denunciaram por isso – jogam a bola para Janot e para o STF. Esperam que a opinião pública os mova na direção de sua inquisição contra a corrupção e que o STF novamente julgue com “a faca no pescoço”. Para isso contam com a mídia.

Cometeram também outro erro elementar. Erro esse que talvez seja corrigido por Moro, que é mais sagaz. Arrolaram Dona Marisa na denuncia. Podem esperar uma reação corporativa generalizada de todo o espectro político. Existe uma razão pela qual Moro é tão cuidadoso com relação a Claudia Cruz.

[Romulus: genial, meu amigo Ciro!!]

“Lula agiu como lobista”… poderia ser uma acusação que se sustentasse com os elementos constantes na denuncia. Húbris (e alguns jornalistas que também sofrem do mesmo mal) os fez mirar mais alto. Com direito a pergunta de jornalista internacional “é necessário usar alguma teoria de direito estrangeira para fazer essa denuncia”? Se referindo, claro, à denuncia que não foi feita, por incompetência jurídica – a de organização criminosa.

Outra coisa que não contam é com a reação dos verdadeiros donos do poder. O mercado queria tirar a rainha estatista do poder, mas agora quer que as coisas voltem a normalidade. O acordão está desenhado com a aprovação do mercado. Agora podemos voltar à nossa programação normal – mas quem ganhou poder não quer se desfazer dele. 

Curitiba não quer ceder a condição de capital de volta a Brasília. Cederá, por bem ou por mal.

A bola vai ficar com Janot. Ele que cuide da guerra civil juridico-política que se instalará. 

“Quem pariu Mateus, que o embale”, já dizia o ditado.

E o Ciro fecha com:

PS:  Nem nos neologismos esse pessoal consegue ser original. “Propinocracia” é versão tabajara da “Tangetopolis” italiana. “Cleptocracia” é uma palavra tão mais bonita e elegante.

[Romulus: concordo em gênero, número e grau com Ciro. Em tudo. Até com a falta de requinte linguístico na “criação” de neologismos lá em Curitiba]

*   *   *

Vídeos aleatórios do dia

Anote, pervertido: por que “masturbação é pecado”?

(?!?)

https://www.youtube.com/watch?v=U295VScshRU]
Assistir a esse vídeo, mesmo que por apenas uns 30s, deixou algumas coisas claras para mim sobre ontem…

Sabe… Freud?

Sabe… sublimação de instintos básicos e os seus reflexos deletérios sobre a personalidade?

Então…

Sorry, mas a citação do pai da psicanálise vai em inglês mesmo:

>> Sublimation of instinct is an especially conspicuous feature of cultural development it is what makes it possible for higher psychical activities, scientific, artistic or ideological, to play such an important part in civilized life. If one were to yield to a first impression, one would say that sublimation is a vicissitude which has been forced upon the instincts entirely by civilization. But it would be wiser to reflect upon this a little longer. In the third place, finally, and this seems the most important of all, it is impossible to overlook the extent to which civilization is built up upon a renunciation of instinct, how much it presupposes precisely the non-satisfaction (by suppression, repression or some other means) of powerful instincts. This cultural frustration dominates the large field of social relationships between human beings we know already that it is the cause of the antagonism against which all civilization has to fight.

Fala sério!!

Dr. Freud não era fraco não, hein…

Olhando a recíproca de outra citação do (esse sim!) “doutor”, chegamos à seguinte paráfrase:

>> Muuuuuitas vezes um charuto não é apenas um charuto.


Ôô!!
“Freud explica” sim… e como!!

Concluo com um apelo desesperado:

– Chamem o alienista com urgência! Afinal, Bagé não estã tão longe de Curitiba… é questão de Segurança Nacional!

*

E, depois do riso, o choro.

Requiem pelo Brasil:

[video:https://www.youtube.com/watch?v=YO7obfP6MJI
Outra dica do Ciro. O cara joga nas 11!
E não é de perder tempo com “5 contra 1″… afinal, seus 13 anos já passaram…

*   *   *

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(iii) E, claro, aqui no GGN: Blog de Romulus

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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

Redação

Redação

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  • Direto da Ilha nevada, dos gelos eternos.

    ->Só fico com medo, na situação atual, de acordar na ilha errada: a ilha de Lost!

    como já escrevi anteriormente, estive algumas poucas vezes na Suíça – uma delas em Genebra. foi na Suíça que pela primeira vez entendi o que é um “micro clima”. as montanhas enormes, com seus picos eternamente gelados, e muitas áreas verdes espalhadas nas áreas mais baixas das encostas.

    também conheci o “Grande Sertão, Veredas” brasileiro – outro impressionante exemplo de micro clima.

    existem micro climas sociais? micro climas na web? ou já estou em transe como o Brasil....

    Lost, Game of Thrones, Sense8… alguns bons momentos. mas prefiro a atual série em andamento no Brasil.

    e os sapos, os insetos e os incessantes F-5 aqui da ilha em que estou - numa das cadeias geológicas mais antigas do mundo, numa região com inúmeras fontes de águas minerais com propriedades curativas -  me alertam de estar no lugar certo, muito embora quase tudo em torno faça supor ser a ilha errada.

    ->Por que menciono os 4?

    tem-se um rico painel de opiniões – e vai bem além dos 5 (com vc incluso). isto sem mencionar o próprio, né.

    -> Não faço pressão não... apenas tento colocar no teu radar.

    mas já está (e não sei se isto é bom ou ruim):

    “voltar - sozinho - para a minha Torre de Marfim em Fantasia, em busca lá da minha "História sem Fim". Lá Cunha, digo, o “Nada”, foi derrotado pelo menino “Bastian” e pelo guerreiro “Atreyu”. link

    grande abraço

    p.s.: embora usuário da internet desde antes da web, nunca fui de passar muito tempo navegando. o que faço agora apenas por força das circunstâncias.

    .

    • Maktub? Sim... maktub!

      Se você se esforçar muito será que consegue escrever um comentário raso?

      Ou a lira que dá o tom da sua "prosa" é gêmea xifópoga?

      Desconfio que sim.

      *

      »» tem-se um rico painel de opiniões – e vai bem além dos 5 (com vc incluso). isto sem mencionar o próprio, né.««

      (Madame?) Hydra, tão densa e tão organizada no seu pensamento, nunca "se encontrou" comigo. Não tive o privilégio de sentir a aspereza da sua crítica. Mas sempre leio. E me pergunto pq ela não se cadastra no GGN e abre também o seu blog, facilitando ademais trocas nos comentários.

      Acho que a resposta pode estar ligada à sua postura "sem compromissos ou concessões". Nassif que o diga! rsrsrs

      *

      »»p.s.: embora usuário da internet desde antes da web, nunca fui de passar muito tempo navegando. o que faço agora apenas por força das circunstâncias.««

      Po, nem email?

      Bom, eu, como millenial, cresci na internet. Mas o uso mudou drasticamente de abril pra cá, com o blog. É certo que sempre gastei a maior parte do tempo lendo sobre economia, política, e relações internacionais, obsessões desde sempre. Mas o blog e a militância me obrigaram também a ser ativo nas redes sociais, o que não fazia antes. Comecei com a necessidade de divulgar os posts, já que eu queria, de fato, dar minhas idéias a quem quisesse pegar. Para isso, elas precisavam "estar lá". E isso consegui. Com políticos, jornalistas e intelectuais mais próximos, as idéias chegam.

      Se ajudam ou não não sei. Mas assim, pelo menos, sinto que fiz (quase) tudo o que podia fazer pelo Brasil e a nossa gente. Daqui, de tão longe... e longe... e longe: vários tipos de distância que separam a ilha Helvetica do »seu« "Brasil em transe". A impotência e a frustração de antes me deixavam doente. E doente sigo... mas agora a doença é outra, mais crônica, menos aguda.

      As redes e a militância me deram uma meia dúzia de pessoas hoje incontornáveis. Todos os dias! Chamo-os de os "presentes que o Golpe me deu".

      Sem golpe, sem os amigos (de e para a vida).

      Maktub?

      Maktub!

      • de volta à civilizaçào

        não, não. Hydra tb. mas me refiro ao próprio:

        “5. Nassif decodificou isto, e conhecendo os conteúdos e 'irriquietabilidade' intelectual de Nassif há mais de trinta anos - é um superdotado - hoje como dizem, mata a pau e chega a nadar de braçada... Atreve-se a publicar e repercutir os conteúdos atualíssimos de nicknames. O valor e atualidade do mesmo fica provado, em estarmos exatamente aqui. Alem disso, e de troco, prova e reitera a tese da decodificação clara e inicial desta 'esfinge web'.”  link

        p.s.: 2013 é uma esfínge ainda exigindo uma resposta

        “Os presidiários levantando o muro são vistos aqui como imagem de todas as pessoas que estão excluídas dos processos políticos em nossa sociedade e não poderão tomar partido ou expressar sua opinião nessa disputa. Seu verdadeiro papel talvez seja nos lembrar de que não importa quem fique no poder depois do processo de Impeachment: nada irá mudar a condição das classes excluídas e silenciadas. O mesmo se aplica ao homem de cinquenta anos que ateou fogo em si mesmo na frente do Palácio do Planalto e foi levado ao hospital com cerca de 70% do corpo queimado no exato dia em que o muro era erguido. Seu gesto se compara ao de Mohamed Bouazizi, tunisiano que se matou com gasolina e fogo em frente a um prédio público e foi o estopim das revoltas hoje conhecidas como Primavera Árabe. Ambos os atos denunciam a violência de uma sociedade que cala e isola indivíduos até que não sobre nada além da solidão e do desespero. Na impossibilidade de se encontrar com outros corpos para organizar a revolta, a opção é transformar o desespero em potência – com a diferença de que a do brasileiro não iniciou nenhum grande levante.

        O cenário tem, portanto, os elementos chave para perceber o momento político do país: palácios intocados; um muro separando manifestantes que oferecem mais uma ameaça para si mesmos do que para as autoridades; e as pessoas que – por não poder ou não querer – não terão voz nesse teatro.”

        .

        .

        .

        • "Traduzindo Arkx"

          To tendo uma discussao boa com amigos especiais - uma meia duzia de primeirissima! - no Facebook sobre diferentes expressoes da religiosidade.

          Lembrei da nossa troca de outro dia e postei la.

          Veja se eu te "traduzi" adequadamente:

          *

          >> Outro dia tive uma boa troca com o comentarista "Arkx" num post do Nassif. Era sobre o papel de Lewandowski no impeachment. Ele "censurando" e eu "aprovando". Temos varias divergencias, que aprecio muito, porque me fazem refletir mais. Ou para refutar a sua critica ou para refutar a minha propria tese inicial. Ja aconteceu os dois!

          To falando disso aqui porque tratando nao de religiao, mas das nossas diferentes posiçoes politicas - ele mais à esquerda e disposto a muito menos concessoes - fiz uma analogia que tambem uso, mutatis mutandis, para as muitas "religioes". E isso inclui tambem "nenhuma religiao organizada" e mesmo "nenhuma crença religiosa".

          Toda a troca com ele aí foi muito boa! Pedi, e ele autorizou, consolidar num post a 4 maos.

          Ia fazer isso nesta semana, se nao tivesse sido atropelado pela "masturbaçao" do procurador de Curitiba.

          Mas ainda vou fazer.

          Aqui vai: <<

          *

          >>>> P/Arkx (que citara belo poema de Brecht):

          Maravilha!

          Eu, você e o Brecht queremos "o casaco" e "o pão" inteiros. Não farelos. Nem remendos.

          O nosso objetivo é o mesmo: o cume da montanha.

          Os caminhos que vemos para subir adiante são diferentes. Afinal a montanha tem varias faces. Umas mais curtas, porém mais íngremes. Outras mais planas e menos acidentadas, porém bem mais longas.

          Não sabemos bem qual seria a melhor subida.

          Na mais íngreme precisaríamos certamente de mais músculo. Preparo físico e apetrecho de alpinistas. Se não for assim, perigamos cair de determinado ponto e nos esborracharmos no chão.

          No caminho mais longo e plano perigamos nos perder em círculos: é tudo tão parecido. A paisagem muda tão devagar. Andando mais na horizontal, em sendas sinuosas, de um lado para outro, acabamos não subindo muito a cada ciclo de caminhada. O deslocamento vertical pode ser quase nulo. Perigamos envelhecer andando e, tomados pelo cansaço, deitarmos ali na beira da estrada. Para não mais levantar.

          Muitos antes de nós já miraram o mesmo cume e acabaram descansando no caminho. Ou esborrachados após um passo em falso na escalada vertical, ou de velhos e cansados que ao fim e ao cabo continuaram praticamente na mesma altura de seus pais e avós - isso quando não surgiu um vale no meio da senda que os fez estar momentaneamente até mesmo abaixo do nível dos velhos. Ou pior: quando não veio uma tempestade - coisa sinistra - que os obrigou a voltar ou mesmo os fez rolar estrada abaixo.

          De novo:

          O nosso objetivo é o mesmo: o cume da montanha. Mas não sabemos bem qual seria a melhor subida. Não sabemos nem aonde os caminhos que favorecemos nos levarão ao cabo.

          E não é tudo: diferimos não apenas quanto ao caminho adiante. Diferimos também - bem, às vezes sim às vezes não... - na leitura do caminho que fizemos juntos até aqui. E do saldo dos que nos guiaram a cada etapa da caminhada. <<<<

          *

          >> A proposito, o Arkx participou muito das discussoes naquela minha serie sobre as religioes de matriz africana nas Americas.

          Alem da politica, a religiosidade tb eh um tema que tem muito da sua atençao. Na verdade, ele nao dissocia as duas coisas.

          O caminho dele eh rico. Cresceu numa "comunidade de base" da Igreja, ligada ao PT. Leu muita coisa, conheceu muito mais coisa. Hoje defende uma "nova religiosidade", nao institucional e numa abordagem holistica das dimensoes humanas: politica, religiosidade (e nao religiao), saude, relaçoes pessoais e preservaçao do meio ambiente estariam todos entrelaçados.

          Olha, ja cantei o camarada muito pra arrancar o contato dele para alem da seçao de comentarios do GGN.

          Ele é avesso a tudo: nao tem Face, Twitter ou nenhuma outra rede social.

          Nem perfil no GGN tinha. Comentava como nao cadastrado.

          Eu, vendo o valor das suas contribuiçoes nos posts do Nassif e nos meus, enchi o saco dele para se cadastrar.

          Resultado? Virou o autor de mais um blog incontornavel para mim - no proprio GGN, assim como o meu <<

          *

          O mix religioso dos meus camaradas de facebook?

          Catolico "crítico" (eu!), agnostico criado no protestantismo tradicional, agnostico criado no pentecostalismo (nao no "neo"!), ateus, catolicismo popular / candomble e um bruxo (!)

          Ta bom pra voce?

          rs

           

  • Romulus

    nenhum problema qto a repercutir o papo com quem vc achar adequado. é prá isto mesmo. interconetar. e sempre vai ser uma “tradução”. por mais que se tente ser “fiel” a origem de um texto – ou discurso – alheio, sempre é como quem está repassando se relacionou com aquilo. ou seja: já acrescenta algo também dele mesmo.

    apenas esclareço: não tenho religião alguma. mas estou “convicto” que a espiritualidade é uma necessidade básica – tanto quanto alimentação. não confundo espiritualidade com religião. pode denominar espiritualidade de religiosidade, caso queira. não importam tantos os termos.

    penso que a espiritualidade é a política do futuro. colocar a vida no centro – e não o “humano”. estabelecer uma ética. executar uma política. só então estabelecer a economia. fundamentar e integrar tudo através da espiritualidade -> o que conecta cada qual a si mesmo, aos demais e a própria vida.

    e: pô, não sou avesso a tecnologias. ao contrário, até. mas não creio que sejam elas nossa principal ferramenta. e sim nossas mentes.

    quase não consulto mais e-mail (como todos nós aliás). tb nada contra. estamos nos comunicando bem assim. vamos tocar prá frente. e ver como a dinâmica do processo se encarrega de conduzi-lo.

    grande abraço

    p.s.: desculpe a demora em responder. estou no Rio. aqui meu fuso horário é diferente.

    p.s.2:

    Freud, a psicanálise e o capitalismo

    quando dizem que o desejo é falta, nós damos risadas e pensamos, o que falta são as alternativas aos desejos.

    quando dizem que a psicanálise é a alternativa, nós rimos e dizemos, o que falta são as alternativas à psicanálise.

    o desejo não é falta: é produção e excesso.

    o inconsciente é órfão. conhece apenas o desejo e o campo social, e nada mais. somos nosso filho, nosso pai, nossa mãe  e nós mesmos. o delírio sempre percorre o campo social histórico, como um campo de batalha, tomado pelas guerras de libertação, e não um palco de teatro burguês, com a tediosa encenação do triângulo edipiano. o Édipo antes de ser um sentimento infantil de neurótico, é uma idéia de paranóico adulto.

    • E ateus?

      >> pode denominar espiritualidade de religiosidade, caso queira. não importam tantos os termos.

      Exatamente o uso que fiz.

      Uma questão:

      vc "rejeita" assim a institucionalizaçao dessa forma de expressao da "esperitualidade", numa pegada agnostica...

      E tem espaço para o ateísmo na sua proposta?

      • a face de Deus por toda a parte

        ateus? ateus, como Will Farnaby?

        um dia tb fui ateu, na minha adolescência. assim como Will, um bom gole de moksha faz de qualquer ateu um visionário.

        abraços

        "Eu sou o todo. De mim surgiu o todo e de mim o todo se estendeu. Rachai um pedaço de madeira, e eu estou lá. Levantai a pedra e me encontrareis lá."

        .

  • Romulus: DÚVIDA ATROZ

    um verdadeiro atentado ao pudor? papagaio de pirata tem limite, não?

    por que um Ministro do STF, aquele seu ex professor, iria tirar uma foto apoiando um candidato desconhecido de uma pequena cidade do interior?

    .

    • Nao to sabendo!Onde viu
      Nao to sabendo!Onde viu isso?Pela vedação à militância política no Judiciário (hahaha, né?), acredito que tenha aceitado fazer uma selfie com o candidato esperto. 

       

        • Vingador - ta puxado demais!

          Vc está coberto de razão.

          E sorriso de magistrado tirando foto com candidato em reta final de campanha tb tem limite. Nao é de bom tom sairem os dentes, concorda?

          Mas...

          Mais preocupaçao do que o candidato do interior, me suscita o Barroso estar (i) nesse evento (ii) com logo do governo ururpador, (iii) Alexandre de Moraes do "tiro, porrada e bomba" e (iv) toda a "turma" do "na Economia eles escolheram os melhores nomes" (v) no contexto atual de escalada do arbitrio (em nivel federal e em nivel "procincial", em Curitiba) e vespera de eleiçao...

          E com sorriso franco!

          Cheio de dentes!

          Vc ja deve saber que o meu mal é ter memória.

          Por isso, diante do seu relato nao posso deixar de lembrar de uma comparaçao de uma colega, ainda no primeiro periodo da faculdade...

          Olhando a fisionomia de Barroso, com suas sobrancelhas arqueadas e voz empostada meio rascante, ela dizia que a imagem que vinha imediatamente a sua cabeça era:

          E esse era o "Ministro iluminista", hein?

          O que ia revolucionar por sua bagagem intelectual, seu perfil conciliador e suas posiçoes de vanguarda!

          Ta puxado demais!


           

          • Animal politico puro, amoral e aético

            Parece que a minha descrição do Dr. Janot tem escopo de aplicação mais amplo:

            (...)

            Como disse em outro post:

            O Janot “republicano, progressista, bem intencionado, humano e solidário”, do relato de quem o conhecera antes de chegar a PGR, era apenas uma persona pública empalmada pelo animal político, aético e amoral, para possibilitar a sua subida diante dos ventos de cidadania que sopraram na primeira década dos anos 2000 e final dos 90.
            Parafraseando o “quem não foi comunista aos 18 anos não tem coração; quem permanece aos 30 não tem cabeça”, digo que:
            - Quem não votou em Lula em 2002 não tem coração. E quem - com pretensões políticas dentro da Administração Pública - tampouco votou é que não tinha cabeça!
            >>Lula era a encarnação do Zeitgeist<< – o espírito daquele tempo. Encarnava – na própria biografia – o conjunto de ideias cidadãs e emancipatórias que eram “a moda” então.
            “Meritocracia” (meia boca e viciada)?!
            Quem falava disso então?
            Quem vinha com aquela história batida de “dar vara de pescar e não peixe” tomava logo um passa fora depois daquele desastroso segundo governo FHC.

            *

            Os "culpados” por “isso tudo que está aí...”, por Romulus

             

            Os "culpados” por “isso tudo que está aí...”, por Romulus247ROMULUS

             SEX, 16/09/2016 - 03:21

             ATUALIZADO EM 18/09/2016 - 06:38

            Vamos falar de "conjunto da obra"? Pode vir quente que eu estou fervendo! E sem medo de dar nomes aos bois: os "culpados” por “isso tudo que está aí...”

            Por Romulus

             

          • Romulus

            ainda sobre o selfie do papagaio/tucano de pirata batendo suas asas no Palácio do Planalto:

            p.s.: como vc muito bem sabe, numa pequena cidade do interior todos se conhecem. aliás, mais ou menos como também em BSB. grande abraço.

            • 14/09/2016, 11p0 - Cerimônia de Posse da Senhora Grace Maria Fernandes Mendonça no cargo de Advogada-Geral da União

            http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-planalto/agenda-do-presidente/agenda-do-presidente-michel-temer/2016-09-14?month:int=9&year:int=2016

            Temer dá posse a Grace Mendonça no comando da AGU

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=Jo6sn7c76Yw%5D

            .

          • Asco

            Romero Jucá ali (representando o Senado?) como quem não "estancou a sangria"...

            Gilmar Mendes representando o STF.

            Barroso e Toffoli fofocando na 1a fila sorrindo.

            Luis Inacio Adams, AGU de Dilma e Lula, prestigiando ali atras.

            Asco.

          • Asco

            Romero Jucá ali (representando o Senado?) como quem não "estancou a sangria"...

            Gilmar Mendes representando o STF.

            Barroso e Toffoli fofocando na 1a fila sorrindo, assim como Eliseu Q... Padilha.

            Luis Inacio Adams, AGU de Dilma e Lula, prestigiando ali atras.

            "Meu Deus, essa é a [minha] alternativa de governo!"

            Asco.

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