Doria mantém comércio e escolas abertos e cobra plano nacional de imunização “imediatamente”

Jornal GGN – O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda (30) que 100% do Estado de São Paulo foi reprogramado para estar na fase amarela da pandemia do novo coronavírus, o que significa uma regressão, sobretudo na região central e suas intermediações, das cidades que estavam na fase verde até o último domingo de eleição (29).

Doria aproveitou a coletiva de imprensa para cobrar de Jair Bolsonaro e do Ministério da Saúde a apresentação de um plano nacional de vacinação “imediatamente”.

“Todo nosso foco nesse momento deveria ser prioritariamente nas vacinas. O País está exausto do isolamento e das medidas de contingência. Nós reconhecemos isso. Ainda temos que mantê-las. Mas compreendemos também que, diante de todas as circunstâncias, cabe ao governo federal e ao Ministério da Saúde apresentar imediatamente qual é seu programa de imunização e quais vacinas poderão ser utilizadas nesse programa, para que governadores e prefeitos possam se planejar, e a própria população possa aumentar a esperança no novo normal com as vacinas”, disse Doria.

Diante do ligeiro crescimento das taxas de ocupação de leitos de UTI e de óbitos em virtude da Covid-19, Doria decidiu reclassificar todo o Estado, mas as medidas restritivas anunciadas são mais amenas do que as expectativas. O governo sustentou que apesar o aumento na ocupação de leitos, o cenário não é tão dramático quanto o que tem sido visto na Europa, que vive a segunda onda com números mais duros. Doria descartou qualquer discussão sobre lockdown mesmo com festividades de Natal e Ano Novo em vista.

RESTRIÇÕES

Na fase amarela, bares, restaurantes e o comércio em geral continuarão abertos, mas com capacidade de lotação reduzida a 40% e horário de funcionamento limitado a 10 horas por dia. Parques abertos e escolas também continuarão operando dentro das possibilidades já acertadas, e não haverá nenhum impacto sobre o plano de retomada gradual das instituições de ensino. Se houver necessidade de intensificar restrições, o “lazer noturno” será prejudicado, com preservação das atividades escolares. O governado afirmou que multiplicará por 4 a quantidade de fiscais.

“Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo decidiu que 100% do Estado vai retornar para a fase amarela. Essa medida não fecha comércio, nem bares, nem restaurantes. Não fecha atividades econômicas, mas é mais restritiva nas medidas para evitar aglomerações. Essa mudança na fase amarela não altera a programação de volta às aulas e as escolas não serão fechadas”, disse Doria.

ATIVIDADES NOTURNAS

João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência, reconheceu que a fase amarela não tem repercussão forte sobre o comércio, mas se a população não colaborar para melhorar os indicadores, na próxima reclassificação, medidas mais duras de restrição serão tomadas. Ele se referiu às “atividades noturnas, festas e confraternizações” como alguns dos “motivos bastante significativos para o aumento da transmissão da doença”.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, apresentou dados comparativos com a situação da Europa e indicou que não haverá necessidade de fechamento de serviços não essenciais, como no começo do ano. “Não estamos parando tudo. Não estamos em momento de crise completa que vimos em outros países do mundo. E mesmo esses países estão com novo modelo de fechamento heterogêneo”, pontuou.

O governador afirmou que se reunirá virtualmente na terça (1/12), às 16h, com 62 prefeitos de cidades que apresentaram elevação na taxa de ocupação de leitos e internação, “com objetivo de melhorar controle da pandemia nesses municípios e oferecer a eles apoio”.

Critérios de restrição da fase amarela:

ELEIÇÕES. Na abertura da coletiva, o governador ainda disse que as eleições de 2020 marcaram a derrota dos “extremistas de direita e de esquerda”. “População em São Paulo deu recado claro contra negacionismo, obscurantismo e intolerância”, disse.

Redação

Redação

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  • Bilhões e Bilhões em Hospitais de Campanha Vazios e Respiradores superfaturados que estão bem escondidos sem uso. Onde estava tanto Dinheiro da Saúde que nunca aparece? O mesmo Dinheiro que Dória e outros Governadores e Prefeitos querem torra em Vacina produzida de forma irresponsável, num prazo e testes inexplicáveis na Indústria de Medicamentos Mundiais. O Cidadão como Cobaia. E pagando caro por isto. Saúde Pública usada como Terrorismo e Guerra Política. Enquanto isto todas outras Doenças são omitidas. Neste calor de Verão, onde foram parar os milhares e milhares casos de Dengue, tão omitidos pela Imprensa? O que a Imprensa está ganhando com isto? País de muito fácil explicação...

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