Prédio da FIESP, na Avenida Paulista. Foto: Everton Amaro/Fiesp
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) vai lançar um manifesto pela democracia em evento marcado para 11 de agosto, no Largo do São Francisco, na Faculdade de Direito da USP. A Universidade também organizou um abaixo-assinado semelhante, que já tem mais de 400 mil assinaturas.
Ambos os textos serão lidos separadamente, no local. Apesar de serem iniciativas distintas, os dois defenderão a democracia no Brasil, em virtude dos recentes ataques às instituições e à lisura do pleito eleitoral, feitos pelo presidente Jair Bolsonaro.
A Fiesp – que no passado fez campanha pelo impeachment em Dilma Rousseff – ainda não divulgou o conteúdo do manifesto, mas já informou que contará com a assinatura apenas de entidades, diferentemente do documento da USP.
Uma das instituições que já confirmou assinatura é a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Em nota, sustentou que “os preceitos democráticos são inegociáveis, tais como o Estado democrático de direito e a lisura do processo eleitoral”.
A Carta aos Brasileiros e Brasileiras em Defesa do Estado Democrático de Direito da USP é assinada por juristas, intelectuais, artistas, economistas, grandes bancos e outras personalidades. Leia a carta na íntegra e assine aqui.
A adesão da elite financeira e econômica do País aos manifestos pela democracia são sinais de isolamento de Bolsonaro e preocupam sua campanha.
Nesta sexta, 29, tentando desmoralizar as iniciativas, Bolsonaro publicou em um tweet debochado a sua própria carta.
Leia mais: BOLSONARO IRONIZA CARTA AOS BRASILEIROS EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Na live semanal da última quinta-feira (29), Bolsonaro criticou o presidente da Fiesp, Josué Alencar. Ele é filho do ex-chefe do Executivo José de Alencar, e disse que a “carta aos brasileiros” é uma “nota política em ano eleitoral”.
Eu sei o carinho que ele tem pelo seu pai ironizou Bolsonaro
Essa é uma nota política em ano eleitoral. Eles (Fiesp) acham melhor democracia com ladrão completou
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