Flexibilização do distanciamento reduz trabalho remoto

Jornal GGN – O total de pessoas ocupadas que trabalhavam de maneira remota registrou sua primeira queda em meio à pandemia, passando de 8,9 milhões na primeira semana de julho, para 8,2 milhões na segunda semana, segundo a PNAD Covid19 divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ou seja: os dados mostram que aproximadamente 700 mil pessoas podem ter voltado ao trabalho presencial diante da flexibilização das medidas de distanciamento social.

“A redução foi observada tanto em valores absolutos (643 mil) quanto percentuais (11,6%) e reflete o que já estamos vendo, que é o retorno de parte dessas pessoas aos seus locais de trabalho antes da pandemia”, disse a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

A pesquisa também mostra redução no total de pessoas temporariamente afastadas por conta do distanciamento social: 1,2 milhão a menos na comparação com a semana anterior (8,2 milhões). Por outro lado, aumentou em 623 mil as pessoas que alegam motivo diferente do distanciamento para estarem afastadas do trabalho, totalizando 3,1 milhões.

Além disso, houve estabilidade no número de pessoas que gostariam de trabalhar, mas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou pela falta de trabalho na região onde vive (19,2 milhões). Depois de uma queda em junho (17,3 milhões), tal  grupo voltou ao patamar do início de maio (19,1 milhões).

Com isso, na segunda semana de julho, a taxa de desocupação ficou em 13,1%, o que corresponde a 12,2 milhões de pessoas sem trabalho. A ocupação também pouco variou na mesma semana, frente a anterior, somando 81,1 milhões de pessoas, mas esse número é menor que o da primeira semana de maio (83,9 milhões). Menos da metade da população (47,6%) estava trabalhando na segunda semana de julho.

Já a taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 34%, atingindo 27,6 milhões de pessoas. No início de maio, eram 29,9 milhões.

 

Leia Também
Incertezas cercam as vacinas, mas já é tempo de planejar a vacinação
Ao contrário do que dizem bolsonaristas, OMS não defendeu volta à normalidade
OMS: Temos uma grande onda de Covid-19, não segunda ou terceira
O que sabemos sobre o impacto da Covid a longo prazo, por Denise Garrett
Coronavírus: taxa de contágio no Brasil volta a subir
Redação

Redação

Recent Posts

Petrobras reduz preço do gás natural para as distribuidoras

Potencial de queda chega a 35%, a depender dos contratos e volumes movimentados; queda no…

37 minutos ago

Medida provisória viabiliza importação de arroz

Para evitar especulação e manter preço estável, governo federal autoriza a compra de até 1…

2 horas ago

Governo do RS levou meses e milhões para projeto climático; UFRGS o faz em dias

Governo de Eduardo Leite levou mais de 7 meses e R$ 2 milhões para projeto…

3 horas ago

O discurso conservador e ultra-ideológico de Javier Milei em política exterior

Os “libertários” desconfiam da política exterior ativa, não acreditam em regimes internacionais e aspiram a…

3 horas ago

As tragédias das enchentes, por Heraldo Campos

As tragédias das enchentes não são de agora, mas as atuais são mais graves, comprovadamente,…

3 horas ago

Ministério das Mulheres recebe denúncias de abusos em abrigos no RS

Relatos foram apresentados em reunião online; Prefeitura de Porto Alegre anuncia abrigos exclusivos para mulheres…

3 horas ago