Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Redação

Redação

View Comments

  • A anti-reforma política em

    A anti-reforma política em discussão no Congresso mostra que os parlamentares que deveriam nos representar não possuem mais o ímpeto para implementarem mudanças necessárias. O que ficará marcado em relação ao debate da reforma no parlamento é a hipocrisia da direita e a demagogia da esquerda.

    Desde o início, nunca acreditei em grandes transformações na política no país conduzida por esses parlamentares, mesmo assim impressiona como as instituições do país estão travadas ou amarradas.

    Sistema Proporcional de Lista Aberta

    A mídia sempre construiu o consenso de que o Brasil precisa mudar seu sistema eleitoral, não é verdade, quem disse que o sistema eleitoral que o Brasil utiliza é ruim? Se não é o melhor, com certeza o sistema utilizado pelo país há 83 anos é um dos melhores do mundo.

    Qual sistema dar tanta liberdade para escolhas individuais (voto na pessoa) sem abrir mão da coletividade (quociente eleitoral, voto na legenda)? Para aperfeiçoar o que já existe bastaria apenas duas mudanças (Fim do financiamento de empresas e das coligações proporcionais).

    Temas polêmicos

    O voto facultativo seria importante, qualificaria muito mais as eleições e a representação no parlamento, uma opinião pessoal minha. Coincidir eleições numa mesma data seria um enorme retrocesso, o que deveria ser discutido era o contrário: eleições estaduais e nacionais em datas separadas como já ocorre com as municipais, eleições para o executivo e legislativo também em datas divergentes.

    O eleitor lembraria muito mais de quem votou se tivesse uma única data para as eleições parlamentares, poderia ser como hoje, 3 semanas após o 2º turno das votações para presidente/governador e prefeito.

    Nenhuma discussão é tão inútil quanto à da reeleição, até parece que acabar com ela vai resolver nossos problemas, assusta tantos deputados agindo bovinamente deixando se influenciar por um falso consenso. Sem reeleição políticos não sentiriam mais obrigados a realizar um bom governo, a população sofreria. Chega a ser patético reeleição proibida para cargos executivos e permitida para o legislativo.

    Sistema distrital

    O PSDB defende o voto distrital como o melhor sistema, mas será que os tucanos e a direita não percebem que uma campanha financiada apenas por pessoas físicas deixam as eleições no país mais regionalizadas?

    Com eleições muito baratas não teríamos mais aqueles candidatos fazendo campanha no estado inteiro, apenas em sua região, locais que antes não elegiam representantes passariam a eleger. O Brasil teria um voto distrital (ainda que indireto) sem as complicações de realizar divisões geográficas e sem perder as características proporcionais (onde há mais ou menos eleitores elegem mais ou menos representantes, muito justo).

    Manobra regimental

    A reforma iniciou com otimismo, no 1º dia foram rejeitados o Distritão (monstrengo onde seriam eleitos os mais votados independente do partido) e o financiamento por empresas. No 2º dia os deputados voltam a “normalidade” com uma artimanha do presidente da casa onde é aprovado a constitucionalização do financiamento das pessoas jurídicas.

    Mesmo que tenha ocorrido um pequeno avanço (o financiamento privado continua proibido para candidatos, porém permitido aos partidos) não garante uma disputa equilibrada, ainda que empresas não tenham o hábito de doar a partidos no país.

    O financiamento empresarial pode ser rejeitado no STF pelo conflito jurídico de uma matéria votada duas vezes, também pode ser rejeitado no Senado dependendo do grau de pressão popular dos movimentos contrários, já que os senadores obviamente sentem muito mais essa pressão que os deputados.

    Esquerda desnorteada

    O que não passou em branco nessa reforma política (sé é que podemos chamar por esse nome) é a vergonhosa falta clareza dos partidos de esquerda:

    O apoio do PC do B ao Distritão foi desastroso, muito triste ter visto gente séria e respeitada contribuindo para regredir a democracia brasileira.

    O PSOL apoiou a clausula de desempenho, pra começar o Brasil não precisa desse instrumento, tanto que o aprovado não mudará nada: “Partidos sem representantes em Brasília terão menos acesso ao fundo partidário”. Mas o Congresso Nacional tem 28 partidos representados dos 32 existentes e o risco é que futuramente chegue a 40.

    O PT protagonizou a maior vergonha dessa reforma ao votar contrário ao Fim das Coligações Proporcionais, por ser a votação mais importante e a única que se aprovada faria nossa política avançar fortalecendo os partidos sem Listas fechadas.

    Coligações

    O PT rejeitou as coligações porque a emenda foi apresentada pelo PSDB? Estão agindo como os seus adversários? Além dos tucanos o fim das coligações teve apoio da maioria do PMDB, PSD, PSB, partidos menores e mais prejudicados pela medida (PDT, PROS, PPS, PSOL).

    Depois disso é muita cara de pau petista defendendo cotas para as mulheres na política, sem lista fechada como? Uma mulher que teve menos votos vai se eleger no lugar de um homem com uma votação maior? Igual o sistema de cotas nas universidades? Óbvio que isso jamais será aprovado...

    O sistema de cotas femininas já existe, os partidos são obrigados a reservar no mínimo 30% de candidatas mulheres, mas isso nunca é cumprido, com as coligações os partidos priorizam nomes competitivos que possam ajudar a atingir o quociente eleitoral.

    Ao extinguir as coligações no legislativo os partidos seriam obrigados a investirem mais em seus filiados, haveria necessidade de lançar cada vez mais candidatos para a sobrevivência política, a política brasileira se renovaria e muito mais mulheres estariam concorrendo aumentando também a representação feminina no parlamento.

    Comenta-se que o voto contrário do PT teria ocorrido após um acordo com partidos pequenos visando à rejeição do Distritão entre eles o aliado mais antigo, PC do B, sempre contrário as coligações (mas que apoiou o Distritão).

    O nível de amadorismo do partido do governo é preocupante, o PT deveria ter negociado a rejeição da clausula de desempenho, sem coligações alguns partidos iam eleger pelo menos um deputado e não teriam seu funcionamento ameaçado por uma obrigação de atingir um número x de votos. Quanto ao Distritão ia ser rejeitado no Senado, já que havia movimentações dentro do próprio PMDB para não aprovarem a reforma de Eduardo Cunha.

    Façamos justiça aos deputados petistas que votaram pelo fim das coligações:

    Andrés Sanchez/SP (isso mesmo que acabou de ler)

    Assis Carvalho/PI

    Assis Do Couto/PR

    Fernando Marroni/RS

    Helder Salomão/ES

    Leonardo Monteiro/MG

    Marcon/RS

    Padre João/MG

    Paulão/AL

    Pedro Uczai/SC

    Toninho Wandscheer/PR

    Valmir Assunção/BA

    Vander Loubet/MS

    Waldenor Pereira/BA

    Zeca Dirceu/PR

    Zeca do PT/MS

     

    É o momento do PSDB crescer como partido, denunciar a falta de coerência dos petistas que desagradou seus simpatizantes e filiados, a emenda que extingue as coligações foi apresentada pelos tucanos e por quê o PSDB não age como o PT? O PT tenta derrubar com razão a constitucionalização das doações de empresas, os tucanos não fazem nada, talvez porque não interessa a mídia e o establishment uma reforma política decente no Brasil.

  • http://img.timeinc.net/time/m

    http://img.timeinc.net/time/magazine/archive/covers/1942/1101420119_400.jpg

    O ANIMADOR DE AUDITORIO NO PALCO DA ECONOMIA - Qual a principal tarefa de um Ministro da Fazenda? Onde ele mais aplica seu tempo? Será fazendo contas no gabinete até altas horas? Ou em reuniões com técnicos? Não..

    Os grandes Ministros da Fazenda em momentos cruciais de nossa Historia moderna passavam a maior parte do tempo

    CONVENCENDO os agentes economicos em um corpo a corpo no Pais e no Exterior, vendendo sua politica economica,

    mostrando a logica dela e especialmente injetando fortes doses de OTIMISMO que apesar do quadro ruim de hoje o caminho está certo e o programa dará certo para lá na frente o Pais seguir crescendo.

    Oswaldo Aranha foi Ministro da Fazenda duas vezes, era politico e não economista, aliás dois terços dos Ministros da Fazenda de nossa historia não eram economistas, Aranha enfrentou crises monumentais na decada de 30 e na decada de 50, sabia convencer e vender seus inumeros planos de reorganização da divida externa (Plano Aranha), de gestão do cambio (Leilões de Agios), com as dificeis condições da crise mundial de 29 na década de 30 e com a cambaleante situação externa do Brasil no segundo Governo Vargas, Aranha era um OPERADOR POLITICO da economia, da melhor qualidade, envolvente, simpatico, sedutor, arrancou 300 milhões de dolares do Federal Reserve Bank de Nova York para pagar atrasados comerciais na conversa, dava nó em pingo dagua.

    Muito depois nas decadas de 60 e 70 dois grandes operadores da economia, Roberto Campos, diplomata de carreira e experiente formulador que já vinha com longa bagagem de experiencia na economia, sem ser economista, secretario da delegação brasileira na Conferencia de Bretton Woods em 1944, depois negociador com os EUA em varias funções e comissões,  junto à Missão Abbink da qual saiu a ideia do BNDE capitalizado com os saldos do Fundo do Trigo,

     formado com o produto da venda de trigo dos estoques dos EUA no imediato pós-guerra, sendo Roberto Campos o primeiro Superintendente, o presidente foi J.Maciel Filho, da entourage de Getulio,   mas Campos é que dirigia,

     em seguida no Governo JK como Embaixador em Washington,  no Governo militar foi  o principal formulador economico do novo regime. Campos tinha largo transito nos meios empresariais , não era economista de gabinete e nem tinha alma de contador, era mais um intelectual que se dedicava à economia, na realidade não era Ministro da Fazenda e sim do Planejamento mas era  o cerebro economico do governo militar no seu inicio. Era tambem um homem de principios, quando Castelo lhe apresentou o decreto de cassação de JK para assinar, Campos recusou-se

    e colocou o cargo a disposição. Depois Delfim, este o grande operador politico da Fazenda, falava o dia inteiro com empresarios, tinha conexão direta com a FIESP e todas as grandes associações empresariais, a interlocução com o mundo empresarial era direta e completa. Mario Simonsen não era um operador politico mas fazia questão de se reunir semanalmente com os lideres empresariais, eram almoços de 15 a 20 empresarios, ele vinha especialmente para ouvi-los em São Paulo, fui a varios desses almoços com Simonsen, no Nacional Club, no São Paulo Club, no Paulistano.

    Sinceramente, com o notavel esforço do Ministro Levy, que tem energia para trabalhar até a madrugada, me parece que

    falta em seu programa de trabalho essa função de ANIMADOR, de convencimento, de um pouco de ação performatica

    junto não só aos empresarios mas tambem com os sindicatos (com o risco de vaias), nos talk shows (tem que ir a todos), em almoços mensais com jornalistas (vai variando a mesa) . Com os empresarios se concentrar no SETOR PRODUTIVO, esqueça o pessoal do mercado financeiro, esses não precisam de convencimento, funcionam só na tela do computador MAS o industrial e o comerciante, o construtor e o incorporador, o pessoal dos shoppings, a turma do agronegocio, esses são FUNDAMENTAIS para segurar a economia e investir e promover o crescimento.

    O tempo no gabinete tem que ser o menor possivel, o tempo percorrendo o Pais tem que ser o maior possivel, o tempo

    com a turma do mercado financeiro tem que ser nenhum, eles não precisam de animação e carinho, já tem demais.

    • Juros baixos e real depreciado

      Certo, André, me parece razoável que o ministro no comando da economia, no momento o da Fazenda, precise ter um reconhecido protagonismo em articulações com os empresários, e com sua liderança e poder de persuação seja capaz de convencê-los de que a política econômica está no caminho certo. Com seu vasto conhecimento da nossa história econômica, você mostra que isso aconteceu com os melhores comandantes da política econômica desde os anos de Getúlio. O Levy não tem feito isso. Talvez não tenha o perfil adequado, nesse caso é imprescindível um ministro do planejamento que exerça esse protagonismo.

      Entretanto, mais grave ainda que esse vácuo político é equívoco técnico num programa que a rigor deveria abordar ao mesmo tempo as finanças públicas e as contas externas. Os juros altos praticados pelo Bacen não têm efeito sobre a inflação, seu único efeito é atrair dólar rentista para cobrir o nosso enorme deficit nas contas externas. O custo desses juros é agravar ainda mais as contas do governo. Na minha ingenuidade de leigo em economia, acho que o certo seriam juros baixos e câmbio depreciado, talvez na casa de R$4 por dólar. Com isso teríamos significativo saldo na balança comercial, maior investimento em produção e notável melhora no índice de emprego.

  • Centenário de Bart Howard, o autor de "Fly me to the moon"

     

    Howard Joseph Gustafson ( Burlington, Iowa, 01 junho de 1915 - Carmel, Nova Iorque,  21 fevereiro de 2004)

    Bart nasceu em uma família musical. Seus pais eram Harry e Naomi Spiegel Gustafson e tinha uma irmã mais nova, Dorothy. Seu pai era pianista de  ragtime e viveram nos anos difíceis da Depressão

    Saiu em turnê, aos 16 anos, como pianista de uma banda que acompanhava o show das gêmeas siamesas Daisy e Violet Hilton

    Em 1934, mudou-se para Los Angeles, na esperança de uma carreira de compositor em Hollywood.

    Em 1937, vai para Nova Iorque trabalhar com a comediante Elizabeth Talbot-Martin. 

    Pouco depois que Howard chegou em Nova York foi conhecer seu ídolo Cole Porter e cantou para ele. Na ocasião Porter aconselhou Bart a aprender suas próprias canções para ser bem sucedido.

    Em 1938, Howard teve seu primeiro sucesso quando a cantora Mabel Mercer popularizou sua composição "If You Leave Paris." 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=_apmw2FxDuU%5D

    Howard serviu no Exército entre 1941-1945, com base em Camp Wheeler na Geórgia, escrevendo músicas e shows para as tropas. A história diz que ele conheceu Noel Coward durante um ataque aéreo no Ritz Hotel em London. Depois de interromper sua carreira, retorna em 1945, novamente acompanhando Mabel Mercer no Tony West Side. Entre 1951 e 1959, ele foi Mestre de Cerimônia e pianista da elegante boate Blue Angel, em Manhattan. Lá, Felicia Sanders, musa de Bart, canta pela primeira  vez a canção “ In other words”, escrita em 1954. Foi gravada pela primeira vez por Kaye Ballard, em 1954, para o selo Decca.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=xZJFgQt8178%5D

    A música tornou-se um sucesso com Nancy Wilson, em 1959, em sua estreia na Capitol Records, e no ano seguinte Peggy Lee cantou a música no Ed Sullivan Show para milhões de telespectadores. Pela grande popularidade, o nome da canção passou a ser conhecida pela sua primeira frase: "Fly Me to the Moon". Bart é convencido por Peggy Lee a fazer a mudança oficial.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=W-vSYDGg0Sw%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=RBP01otVuro%5D

    Frank Sinatra incluiu a canção em seu álbum de 1964,  acompanhado de Count Basie e com arranjo de Quincy Jones. Foi na voz de Frank Sinatra que esta canção mais se popularizou, adquirindo, nos dias de hoje, posição de incontestável “standard” de jazz. Ele manteve a canção em seu repertório ao longo se toda a sua carreira.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=xqivuHMZshg%5D

    Essa foi a canção não oficial do desembarque do homem na lua. Quando morreu, o astronauta americano Neil Armstrong, primeira pessoa a pisar na Lua, foi homenageado pela Nasa em um serviço memorial na Catedral Nacional de Washington. A cantora Diana Krall participou da homenagem com a música “Fly Me To The Moon”.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=UITwhy5-Vas%5D

    A soma dos royalties permitiu a Howard um estilo de vida confortável. O sucesso avassalador da música fez Bart Howard praticamente parar de compor. Ele até se manteve ativo como músico, tocando piano, mas viveu às custas de “Fly Me To The Moon” até o final.

    Existem 213 gravações registradas 

    Filmografia

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=JPkZU7Cy5J0%5D 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=fSLTD5fPdUs%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=mco5AHwRtu4%5D

    Quando o cenário musical mudou e os Beatles apareceram, Howard saiu de cena em 1960, entristecido, pois os clubes noturnos elegantes estavam sendo fechados e seu estilo de música sofisticada estava caindo em popularidade. Howard retirou-se para sua casa, em North Salem, Nova Iorque.

    Além de “Fly me to the moon”, Bart Howard nos deixou outras pérolas:  “Let Me Love You”, “On The First Warm Day”, “One Love Affair”, “Be My All”, “The Man In The Looking Glass”, “My Love Is A Wanderer”, “Who Wants To Fall In Love”, “Don’t Dream of Anybody But Me”.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=9ZiyIrVj5qU%5D

    Quando Frank Sinatra completou 50 anos, pediu para que Howard escrevesse uma música para ele, e Howard compôs "The Man in the Looking Glass"

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=N0U0iPxvtZk%5D

    Sua musa dos últimos dias e cantora de cabaré favorita, KT Sullivan, gravou um álbum ao vivo de suas canções em 1997. 

    Ele foi introduzido no Hall of Fame Songwriters em 1999.

    Em 2011, The ASCAP Foundation – American Society of Composers, Aurhors end Publishers – é indicada como uma das principais beneficiárias de todos os os direitos autorais de suas composições

    Descrito como elegante, cortês e inteligente em assuntos de negócios, Howard morreu de complicações de um acidente vascular cerebral, aos 88 anos, em 23 de fevereiro de 2004. Ele foi socorrido por sua irmã Dorothy e por seu companheiro de 58 anos, Thomas Fowler

    Fontes:

    Bart Howard, por Tom Longden 

    Bart Howard

    Fly me to the moon 

    Vídeos:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=ni5lwjE2w6g%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=J521QFrvULI%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=v-mg9pGqo6Q%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=BGq5o-pgEos ]

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=QGERsD8utFQ%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=j7bfudsfZjw%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=gtKZ1dhYYU8%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=gtHaLj8atxQ%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=8KJ9yB3X71E%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=BOKZohM7GvU%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=V0smteT9UjM%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=n7PNufLJrmQ%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=X-XIlPDkchE%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=pXlQFVqu1IM%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=iz6tHLi_vfc%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=zRGXcb0twwg%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=T3anvhMXFeE%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Bh_sJW_tvKs%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=O4trZ2MnId8%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=hesDZ1ME9YY%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=SvhHoczJMN8%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=dB-pML71vgM%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=-Xht5VVlYvk%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=CFNiYtUYOeI%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=bUh_gZQN-ns%5D

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=jnuxnZR_VQE%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=MpNUosfciQ%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Ia5Km4WJi6k%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=XxHJHjVVTRI ]

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=IkpnFNNNUiY%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Vj-hl8DtHSw%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Q6muK4CbNAI%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=153SrUxXddk%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=mufuC16NTQE%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=F1NNQpuQRO0%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Zvf-TsHSxhM%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Jc5nA3elRp0%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=FxyopFaRPpc%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=ejxoZlMhlRk%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=KLvLo6-XOnI%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Nzzs32RTEgg%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=pHUVyDEz5A%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=1eOiL3QB0X4%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=XTiTDjf29yc%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=mQa0Xh9-gDI%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=kIrcxGdyUdk%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=T7aUCE4ehwA%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=vfqpypFkR4%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=I-QKXGPDzDE%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=wskeqs8LzN4%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Iq-6gnKm9Nc%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=JNMDzo2ZkMY%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=w0ZnimhDDhs%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=z8gK0p2NYDw%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=EzwDJWNCAqU%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=xrPGqOsxsJA ]

  • ENTÃO VAMOS AO ESCÂNDALO FIFA/CBF/GLOBO…

    por iVson Alves do blog coleguinhas, uni-vos!

    Acho que não tem jeito… Vou ter que interromper minhas queridas numeralhas para falar do escândalo no futebol, certo? (Suspiro…) Para começar, é bom dar uma olhada como tudo começou. Leu (ou já sabia)? Então, vamos lá:

    1.  Marcelo Campos Pinto: É o cara. Se você não é (muito) ligado em esporte pode não conhecê-lo, mas o diretor geral da Globo Esportes é a personalidade mais poderosa do ramo no Brasil, principalmente no que concerne ao futebol (mas não só). Em se tratando de CBF, ele manda prender, manda soltar, casa e batiza – nada do que se decide na entidade, seja em termos de seleção, seja, especialmente, em termos de competições nacionais (incluindo a Copa do Brasil, que aparece no relatório do governo dos EUA), é implementado se não levar o seu sinete. E isso há anos. Qualquer investigação minimamente séria sobre os escândalos que envolvem a Fifa e a CBF – de cujos dirigentes é unha-e-carne – pode deixar de ir em cima dele. Necessariamente deverá ser ouvido pela CPI e pela PF, a qual, possivelmente, com o avançar das investigações, terá que pedir a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico dessa figura.

    2.  J.Hawilla: É o personagem principal da trama até agora. Se Campos Pinto leva o escândalo para o coração da operação de esportes da Estrela da Morte, Hawilla atinge diretamente a família Marinho. Como já é notório, ele é sócio de Paulo Daudt Marinho, filho de João Roberto Marinho, na TV São José do Rio Preto, e o próprio JRM é sócio dos filhos de JH, Renata e Stefano , na TV Aliança Paulista, de Sorocaba, ambas componentes da rede da TV TEM, de Hawilla. Este disse que não fez nenhum acordo de delação premiada com a Justiça dos EUA – traduzindo: poderá vir a fazer, lá ou aqui, dependendo das circunstâncias. Estas podem mudar não só pela ameaça de prisão, mas também por ordem pessoal – talvez Hawilla, que estaria lutando contra um câncer na garganta, não queira deixar como legado para seus filhos e netos a mancha de um escândalo de corrupção internacional ligado ao nome da família.

    3.  Família Marinho/Grupo Globo: Estão com um problemão nas mãos, que pode ser dividido em três partes:

    a. Política: Como visto, não dá para esconder as ligações das Organizações Globo com J.Hawilla apontadas acima. Como se tem insistido que Dilmão deveria saber o que ocorria no quinto ou sexto escalão do governo, não se pode agora dizer que João Roberto Marinho não tinha conhecimento do que fazia o sócio de seu filho e pai de dois de seus próprios sócios – ainda mais, que vamos convir, os mais jovens foram mesmo é usados como testas-de-ferro para os papais driblarem restrições legais à posse das emissoras de TV no interior de São Paulo. Raciocínio semelhante vale para o caso de Marcelo Campos Pinto – se o homem forte da Globo Esporte, postado no escalão imediatamente abaixo dos Irmãos Marinho, especialmente de Roberto Irineu, responsável pela TV, cometeu maus feitos, como se poderá acreditar que o fez sem, pelo menos, conhecimento dos chefes? “Amplo domínio dos fatos” não pode valer só para um lado.

    b.Policial: Diante do quadro acima, já andam dizendo que os Marinho querem demitir Campos Pinto  e este, óbvio, ameaçou botar a boca no mundo. Se o fizer…

    c.Corporativa: A investigação certamente vai enfraquecer a capacidade da Globo de vencer as futuras concorrências por direitos esportivos. Os concorrentes poderão exigir que o sistema de escolha seja na base do envelope fechado ou do leilão por viva-voz, como deve ser em qualquer concorrência decente. Se um desses sistemas tivesse sido usado em disputas anteriores, em algumas a Globo não teria vencido, como ocorreu na ocasião da concorrência pela exibição dos Jogos Olímpicos de Londres, ganha pela Record.

    Ainda nesse campo, a concorrência poderia tomar outras providências, que avento mais abaixo.

    4. Ricardo Teixeira: Não posso fazer melhor do que o Luiz Carlos Azenha para explicar a importância deste conhecido personagem nesse imbroglio.

    5. Romário: O Baixinho vai responder rapidamente uma pergunta fundamental: avaliou bem onde se meteu ao correr para criar a CPI da CBF no Senado? É que se levar a CPI a sério, vai, fatalmente, chocar-se com a Rede Globo, o que não fará nada bem a sua candidatura à prefeitura do Rio em 2016 (e a suas aspirações políticas em geral), que também será prejudicada se for leniente na apuração, pois mostrará que de cruzado moralizador e “coisa nova na política” não terá nada.

    6. Polícia Federal: Com as investigações de nomes bacaninhas acabou ganhando o respeito de muitos brasileiros. No entanto, nos últimos tempos, mais precisamente depois dos escândalos do HSBC (aliás, que fim levou?) e Carf (que iniciou, com o nome de Operação Zelotes, mas não aprofundou), alguns começaram a se perguntar se a capacidade investigativa da PF não funciona apenas contra os políticos, mais especificamente de um determinado lado do espectro ideológico. Tem uma chance de ouro de demonstrar que quem pensa assim está errado/a, mas, para isso vai ter que contrariar amigos e benfeitores antigos.

    7. Ministério Público: Da mesma maneira que a PF, age rápido quando as suspeitas são contra determinadas pessoas e instituições de determinada tendência política e é muito lerdo – chegando à inércia – quando o caso afeta “cidadãos acima de quaisquer suspeitas”, definição que abrange empresários poderosos e amigos ou políticos apoiados por estes (casos HSBC e do Carf também podem ser lembrados aqui). Também tem a oportunidade de mostrar que pode ser ágil em qualquer situação – o seu caso tem um agravante em relação à PF: a atuação do MP brasileiro será inevitavelmente comparada com a da equipe comandada por Mrs. Loretta Lynch. Por enquanto, os procuradores estão quietos, algo estranho pois sempre estão entre os primeiros a pular para frente dos holofotes em casos de repercussão como este.

    8. Concorrência: Se algum dia houve uma oportunidade da concorrência quebrar o monopólio da Globo nas transmissões esportivas, principalmente no futebol, é esta. Não só o Darth Vader esportivo está sob ataque, como a própria Estrela da Morte encontra-se enfraquecida em si, bem como estão alguns de seus principais parceiros. A concorrência (leia-se ESPN, Fox e TBS/Esporte Interativo) pode agir por três lados:

    a.Jornalístico: Usando suas equipes para cobrir com afinco e profundamente o caso. Há gente competente e motivada em número suficiente para fazer bom trabalho investigativo e criar ainda mais embaraços por aqui, sem contar, claro, a cobertura lá nos EUA, pois, afinal, todas são norte-americanas. Por enquanto, só a ESPN tem corrido atrás com um pouco mais de vigor.

    b.Legal: O fato de todas serem norte-americanas abre outro possível flanco de ataque. Dentre o monte de leis imperialistas que os EUA possuem, deve ter alguma que diz que empresas estadunidenses prejudicadas em seus negócios por atos de corrupção perpetrados por concorrentes podem processá-las por lá. Se resolverem botar aqueles advogados formados em Harvard, Yale e Stanford para processar a Globo em solo americano, só as despesas legais serão um abalo considerável para as finanças dos Marinho.

    c.Inteligência: Se pode contratar advogados e botar os coleguinhas para apurar, a concorrência também pode contratar empresas internacionais de investigação tipo Kroll, Pinkerton e outras para correr atrás em paralelo ao FBI. Talvez seja exagero, mas pode ser que, na avaliação das matrizes da ESPN, TBS e Fox, o mercado do futebol brasileiro valha o investimento.

    9. Governo: Já mandou investigar, mas dado que a PF tem notórias e históricas relações amistosas com a CBF, o ministro José Eduardo Cardozo terá que vigiar de perto – e, talvez, até chutar alguns traseiros – para o pessoal trabalhar direito. E é bom que o ministro da Justiça faça isso porque, como no caso do MP, também terá seu trabalho comparado ao de Mrs. Lynch, para quem, como já se viu, do pescoço para cima, tudo é canela. Agora, tem que ver primeiro se o governo vai querer mesmo correr atrás. A dúvida vem do fato de que este governo (assim como seu antecessor) sempre tratou os “barões da mídia” com luvas de pelica e rapapés, apesar de estes devolverem as gentilezas com mordidas, pontapés e cusparadas.

    10. Veículos de comunicação: Vamos ver se os veículos vão seguir o antigo preceito do baronato midiático segundo o qual barão não pode falar mal de barão. A dúvida vale, principalmente, para Estadão, Folha e IstoÉ, já que Globo e Época, por motivos óbvios, e Veja, por questões de estratégia política, vão seguir o mandamento ao pé da letra.

    11. Coleguinhas: Situação difícil. Os que trabalham na Rede Globo, principalmente no esporte, ficarão de crista baixa (o resto que labuta no Grupo também, mas menos), pois não deve ser fácil manter a cabeça erguida ganhando o pão numa empresa suspeita de corrupção (talvez possam pegar umas lições com a galera da Petrobras, mas acho que o pessoal não vai querer muita conversa). E precisar falar sobre o caso fingindo que não têm nada com ele não vai ajudar nem um pouco a elevar o moral. Já os coleguinhas da concorrência poderão curtir a desgraça alheia (uma das grandes felicidades humanas), se estão de longe, mas o pessoal do Esporte ficará com um pé atrás – afinal, emprego não está fácil e a Globo ainda será parte importante do mercado por um longo tempo.

    https://coleguinhas.wordpress.com/

     

     

  • Parlashopping ou pornoshopping?

    Janio de Freitas: Havelange e Teixeira, Parlashopping e 46 tucanos desmascarados de vez

    publicado em 31 de maio de 2015 às 19:04 no Blog do Azenha

    João Havelange, Ricardo Teixeira e Carlos Sampaio

    Caras do Brasil

    Da arquibancada ao poder econômico, o maior por aqui, Havelange e Teixeira faziam uma síntese perfeita do país

    JANIO DE FREITAS, na Folha de S. Paulo, sugerido por FrancoAtirador

    Muito mais do que mostrar o que tem sido a cúpula do futebol no mundo, o escândalo da Fifa mostra ao mundo o que é o Brasil. Como se ainda fosse necessário fazê-lo.

    A Fifa, que recebe aqui o tratamento apropriado para os covis, baniu dos seus quadros, há muito tempo, os ilustres brasileiros João Havelange e Ricardo Teixeira, seu ex-presidente e o ex-conselheiro por ela declarados catadores de suborno e de outros modos de corrupção. Nem depois disso a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público (o Federal e o do Rio) foram capazes de dar aos dois as consequências da lei. Ambos enriquecidos, muito antes de chegarem aos balcões internacionais, aqui mesmo na CBD/CBF.

    A aparência é de que Ricardo Teixeira tratou de escapar para Miami. Mas não o fez, de fato, senão para as delícias de que desfruta em sua mansão. Os vários processos que ainda tem no Brasil jamais o incomodaram, tal como os anteriores. Havelange tornou sua velhice suportável em um dos prédios magníficos de São Conrado. A rejeição da Fifa não chegou ao prestígio social de ambos.

    Da arquibancada ao poder econômico, que é o maior poder por aqui, Havelange e Ricardo Teixeira faziam uma síntese perfeita e discreta do Brasil. José Maria Marin, o mau discípulo, escancarou. Já se percebe que as autoridades brasileiras sentem necessidade de adotar iniciativas. Deve ser o melhor que pode acontecer a Marin.

    PARLASHOPPING

    Eduardo Cunha providenciou a inclusão, na medida provisória 668 sobre alíquotas do PIS-Pasep, da construção do shopping do Congresso. O Senado seguiu a Câmara e aprovou toda a MP. Mas Eduardo Cunha fica irritado quando essa sua obsessão é chamada de shopping e, pior ainda, já apelidada de parlashopping.

    No entanto, é só isso mesmo. Uma obra que, sem ter projeto, já tem o custo calculado em R$ 1 bilhão, com gabinetes desnecessários e amplos como desejado pelos deputados, e lojas, lojas e mais lojas.

    Duas imoralidades em uma: o contrabando do shopping na MP e a sua aprovação pela Câmara e pelo Senado, que aprovam, sob o falso nome de ajuste, medidas perversamente prejudiciais aos assalariados, aos aposentados, à Educação e à Saúde.

    Diante da indignação que a presença e aprovação do shopping causou em alguns senadores, e prevenindo reação forte (que não houve) da imprensa, Renan Calheiros recorreu ao seu experiente escapismo: “Isso é da autonomia da Câmara”.

    Não é verdade. Tanto que foi à votação do Senado. Onde Renan Calheiros contribuiu para o truque de votar a MP perto do prazo em que caducaria: se feita alteração no Senado, deveria voltar à apreciação pela Câmara, e ocorreria a extinção do prazo.

    Em seu exaltado discurso contra o golpe do shopping e contra o próprio, disse o senador Jader Barbalho que “só falta uma medida provisória que inclua a construção de um motel”. Não haverá, talvez, porque é desnecessária: para a mesma finalidade são usados os gabinetes.

    SEM MÁSCARA

    Na hora da verdade, o chão do plenário da Câmara ficou repleto de máscaras de bem-intencionado. O PSDB e seu líder, Carlos Sampaio, deixaram cair 46 de uma vez com esses votos pela permanência do dinheiro de empresas para financiar candidatos –a velha causa da corrupção mais devastadora.

    Entre as propostas de “reforma” ainda a serem votadas, uma pretende estapafúrdia redução da idade mínima para senador: de 35 para 29 anos. Só podia ser coisa de má-fé, mas o que seria? A repórter Júnia Gama descobriu.

    Não lhe bastando prestar-se ao serviço de substituir o relator Marcelo Castro, destituído por não fazer o relatório como desejado por Eduardo Cunha, o deputado Rodrigo Maia se dispôs a outro serviço deplorável.

    Como não chegará aos 35 anos para candidatar-se ao Senado nas próximas eleições, o milionário deputado paraibano Wilson Filho conseguiu que Rodrigo Maia proponha, como relator, a redução da idade mínima de governadores e seus vices, de 30 para 29. E no bolo inclua os senadores.

    Rodrigo Maia (de Cesar Maia) é o apagado líder do fosco DEM. Deve ter recebido uma quantidade grande de argumentos para servir ao petebista paraibano.

  • Zorra Total!

    Publicado em 31/05/2015 ano Conversa Afiada

    Jandira e Jean Wyllys
    peitam Gilmar-Cunha!​

    A quem interessa o dinheiro a rodo da Lista de Furnas, do mensalão tucano, do trensalão, da Privataria  ? – PHA

    Compartilhe  

     

    Como se sabe, a Presidenta peitou a dupla Gilmar-Cunha.

    O destemido deputado Henrique Fontana, em entrevista ao  Conversa Afiada, tirou a tampa da sopa.​

    A Jandira e o Jean Wyllys também foram pra cima:

    De Jean Wyllys (PSOL-RJ), no facebook:

     

    ESPERTEZA, QUANDO É MUITA, COME O DONO

    (Ou por que o financiamento empresarial vai cair!)

    Vocês que acompanharam a tramitação da (contra) “reforma política” na House of Cunha sabem que, um dia depois de o presidente da Casa ter perdido a votação em que tentou incluir na Constituição, mediante emenda, o financiamento empresarial de campanha, ele fez uma manobra ilegal para votar novamente e, dessa vez, obteve a maioria necessária.

    Vocês que acompanharam sabem, também, que a “emenda aglutinativa” rejeitada permitia a doação de empresas a partidos e candidatos, e o artifício usado por Cunha na segunda votação foi pedir ao deputado Celso Russomano, do PRB, que apresentasse (fora do tempo, quando a matéria já tinha sido rejeitada) uma nova “emenda aglutinativa” que permite a doação de empresas (pessoas jurídicas) apenas a partidos, mas não a candidatos, que só poderão receber dinheiro ou bens estimáveis em dinheiro de pessoas físicas. Certo?

    Pois bem, leiam com muita atenção o que o texto ilegalmente votado diz:

    «Dê-se ao artigo 17 da Constituição Federal, constante da redação do artigo 2º do Substitutivo apresentado pelo Relator, a seguinte redação:

    “Art. 17

    §5º É permitido aos partidos políticos receber doações de recursos financeiros ou de bens estimáveis em dinheiro de pessoas físicas ou jurídicas.

    §6º É permitido aos candidatos receber doações de recursos financeiros ou de bens estimáveis em dinheiro de pessoas físicas.
    (…)».

    Vamos repetir: os PARTIDOS poderão receber dinheiro ou bens de pessoas físicas ou jurídicas, mas os CANDIDATOS só poderão receber dinheiro de pessoas físicas.

    O que é que Cunha e Russomano esqueceram?

    OS PARTIDOS SÃO PESSOAS JURÍDICAS!

    Ou seja, os partidos, com essa emenda, não poderão repassar UM TOSTÃO aos candidatos, mesmo que receberem milhões das empreiteiras amigas! Quer dizer: esse dinheiro poderá ser usado pelo partido para qualquer coisa MENOS PARA FINANCIAR AS CAMPANHAS DOS SEUS CANDIDATOS.

    Não é engraçado? Tantas manobras, tanto atropelo, e eles mesmos atiraram no pé. Desesperados e com pressa por redigir uma emenda para ser votada (mesmo que isso atropelasse a Constituição Federal), Cunha et caterva criaram uma aberração jurídica que pode fazer com que os partidos que se submeterem a essa prática arrecadem milhões de reais, mas não possam repassar nada aos seus candidatos! Um verdadeiro Frankenstein!

    Sem prejuízo a essa burra malandragem, o Mandado de Segurança contra a manobra golpista do Eduardo Cunha para aprovar essa emenda — iniciativa do meu mandato e do PSOL que conquistou o apoio de dezenas de parlamentares de diferentes bancadas — já foi protocolado no Supremo Tribunal Federal: http://bit.ly/1eHm3Hz

    Quem quiser acompanhar a tramitação desse recurso, é só ficar de olho no link: http://goo.gl/Cl6mee

    Da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ):

     

    É agora

    O Brasil gasta, em média, mais de R$ 1 milhão para eleger um representante da Câmara Federal. Se for um senador, essa quantia chega a R$ 4,5 mi, e governador, o valor sobe para mais de R$ 23 mi. O total do custo das campanhas em 2014 passou de R$ 5 bilhões – maior que o PIB de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília, Porto Alegre e Curitiba somados.

    Estima-se que 90% destas doações foram feitas pelo setor empresarial, de acordo com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Um dado revelador é que essas contribuições vieram de um grupo pequeno, lideradas por três empresas cabeças (JBS, OAS e Ambev), que não representa nem 1% do total das empresas no país.

    Este tipo de relação empresarial movimenta as campanhas no país há três décadas e vem firmando o peso do poder econômico nas decisões do poder público. Bancadas parlamentares chegam a ter suas campanhas inteiras financiadas pelo dinheiro de empresários. Os comportamentos aéticos de muitos têm relação direta com esses interesses.

    A realidade é que campanhas no Brasil são caras. E para manter esses custos, as disputas tornaram-se hollywoodianas. As chances são mínimas para candidatos sem apoio de máquinas públicas, com menos recursos, ou que não sejam celebridades com intensa exposição midiática. Neste jogo, lideranças políticas com base social estão, cada vez mais, marginalizadas.

    O resultado disso tudo é a baixa representatividade popular e as distorções que revelam um Congresso com 10% de mulheres, 4% de afrodescendentes e somente um parlamentar homossexual declarado. Essa Legislatura não reflete verdadeiramente o rosto de nossa sociedade.

    Na eminência de apreciar a reforma política na Câmara dos Deputados, só há saída deste grave cenário com a aprovação de quatro pilares: defesa do sistema proporcional, eliminar o financiamento empresarial, garantia de mecanismos de participação popular e estabelecimento de limite para gastos nas campanhas.

    É preciso também modificar a Lei Eleitoral para garantir ao menos a cota de 30% das vagas pra mulheres. Não há como construir uma sociedade justa se mais da metade da população na sua representação política nacional não é realmente refletida. Essa distorção precisa ser combatida por todos nós.

    O único projeto de lei que concentra essas regras é o apoiado pela Coalizão pela Reforma Políticas Democrática e Eleições Limpas, grupo formado por mais de 100 entidades nacionais, a exemplo da OAB e CNBB.

    Está em nossas mãos, deputados e deputadas, levar à frente a votação de uma reforma política democrática. Não se faz o futuro de uma nação sem a coragem de extirpar das eleições a mão do poder econômico e estabelecer regras claras para uma melhor representatividade. A contagem regressiva já acabou.

     

Recent Posts

Comunicação no RS: o monopólio que gera o caos, por Afonso Lima

Com o agro militante para tomar o poder e mudar leis, a mídia corporativa, um…

2 horas ago

RS: Por que a paz não interessa ao bolsonarismo, por Flavio Lucio Vieira

Mesmo diante do ineditismo destrutivo e abrangente da enchente, a extrema-direita bolsonarista se recusa a…

3 horas ago

Copom: corte menor não surpreende mercado, mas indústria critica

Banco Central reduziu ritmo de corte dos juros em 0,25 ponto percentual; confira repercussão entre…

4 horas ago

Israel ordena que residentes do centro de Rafah evacuem; ataque se aproxima

Milhares de pessoas enfrentam deslocamento enquanto instruções militares sugerem um provável ataque ao centro da…

4 horas ago

Governo pede ajuda das plataformas de redes sociais para conter as fake news

As plataformas receberam a minuta de um protocolo de intenções com sugestões para aprimoramento dos…

5 horas ago

As invisíveis (3), por Walnice Nogueira Galvão

Menino escreve sobre menino e menina sobre menina? O mundo dos homens só pode ser…

8 horas ago