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O que pode ocorrer com a morte de Bolsonaro?

 

Com os boletins médicos de Jair Bolsonaro do Hospital Israelita Albert Einstein, que se assemelham em muito com os boletins médicos de Tancredo Neves do Hospital de Base em Brasília e do Hospital de Clínicas de São Paulo antes de sua morte, conforme relata muito bem o Jornalista Mauro Lopes do Brasil 247, talvez seja hora de se pensar no futuro caso o ocorrido se repita com muita semelhança entre os dois fatos.

No caso de Tancredo Neves o câncer foi escondido de toda a população com uma diverticulite, no caso de Bolsonaro dá aparência que a facada que muitos interpretam como falsa, serviu como a diverticulite de Tancredo para esconder o câncer.

Porém parece que as semelhanças param por aí, fazendo com que o seguimento da morte de Bolsonaro poderá ainda ser pior do que a de Tancredo. Pois vamos aos fatos.

A tomada de posse de Sarney no lugar de Tancredo num sentido é totalmente oposta à de o Mourão no lugar de Bolsonaro. Sarney não chegou nem a modificar o discurso de posse que havia sido escrito para Tancredo, e praticamente manteve o mesmo ministério previsto pelo defunto e convocou a assembleia constituinte como era previsto anteriormente.

Neste momento os fatos são totalmente diversos, há um vice-presidente que provavelmente em ambientes restritos dá pulinhos de alegria com a possibilidade de assumir o cargo, diferentemente da expressão de pavor que esboçava Sarney na sua posse.

Se por acaso Bolsonaro vier a desencarnar, provavelmente não haverá uma pacífica e longa reverência na cidade de São Paulo de onde partiu o caixão, que segundo a imprensa da época chegou a levar mais de dois milhões de pessoas a assistir o féretro, nem haverá uma cobertura jornalística da Rede Globo com ares de solenidade fúnebre. Certamente teremos vários conflitos em vários locais dos grupos de Bolsominhos que ficarão órfãos por completo.

Além dos conflitos que serão gerados pelos apoiadores de Bolsonaro, deveremos ter conflitos na política parlamentar, pois todas as criaturas geradas na trilha de Bolsonaro deverão apresentar os mais imprevisíveis comportamentos.

Como todos já sabem, o vice-presidente não tem o menor apreço com o guru do Bolsonarismo, Olavo de Carvalho e com os ministros colocados por sua indicação. Provavelmente estes, se não tiverem a capacidade e vergonha de colocarem os seus cargos a disposição, serão removidos em momento oportuno quando a poeira assentar um pouco.

Entretanto, o governo Sarney teve uma grande vantagem em relação a um possível governo Mourão, com a convocação da Assembleia Constituinte, todo o foco ficou voltado para esta, no caso do governo Mourão, todo o foco ficará voltado para ele mesmo.

Há outros problemas que surgirão ao longo de um provável governo Mourão, um deles é o protagonismo de Mouro que está mostrando a sua ambição pessoal que poderá atrapalhar em muito o futuro governo, pois como se sabe, governo militar é como comichão, é só começar a coçar que a vontade não para muito. Devido a isto todos deverão ficar atentos a guerra das estrelas, ou seja, há muitas estrelas no governo, fora dele que provavelmente tem seus próprios programas pessoais.

Outro ponto de atrito, será a economia, há alguns anos que se preveem tempos bicudos para a economia internacional a partir do meio deste ano ou mesmo no próximo, e as lutas políticas principalmente entre os aliados, que não estão nada estáveis, ficarão piores.

Em resumo, a crise que se avizinha, caso Bolsonaro venha a falecer, só mudará de nome e de personagens, e nenhuma pessoa em sã consciência pode prever que serão mais ou menos aguda do que o Brasil sendo governado pelo presidente atual.

 

Redação

Redação

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  • Tenho mais algumas

    Tenho mais algumas dúvidas:

    Em 1985, Fafá de Belém cantou o Hino Nacional. Quem será dessa vez? Lobão ou o Roger?

    Caso tenha direito à salva de tiros em sua homenagem, serão 21 tiros de canhão ou 10 1/2?

    Sabe como é, a tesoura do Guedes vai cortar o orçamento pela metade. Assim sendo, como fazer a metade de 21, ou seja, dar dez tiros e meio?

    Seria possível fazer os dez primeiros cartuchos com carga normal e o último com carga pela metade? Caso afirmativo, esse último teria um estampido pouco mais alto que uma bombinha de São João?

     

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