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Joias e Delgatti levam popularidade de Bolsonaro nas redes ao menor patamar registrado em pesquisa

A popularidade digital Jair Bolsonaro (PL) despencou na última semana. Os números do ex-presidente, que já vinham caindo desde maio, desceram de vez, principalmente depois da repercussão no caso do desvio de joias.

A operação da Polícia Federal no caso das joias estava sendo acompanhada de perto por boa parte da população, o que contribuiu para a queda nos números de Bolsonaro.

Além disso, as declarações do programador Walter Delgatti Netto, conhecido como hacker da Vaza Jato, também tiveram forte impacto para que o ex-presidente marcasse pontuações mais baixas.

Os dados são do Índice de Popularidade Digital (IPD), analisados diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest. Como nota final, o IPD considera cinco dimensões: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamentos), valência (proporção de reações positivas e negativas) e interesse (volume de buscas). Os números são coletados de plataformas como Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Wikipédia e Google e os resultados variam de zero a 100 pontos.

De acordo com o IPD, Bolsonaro encontra-se atualmente com uma pontuação entre 23 e 25 pontos, enquanto que o presidente Lula vem se mantendo estável com pontuação entre 50 e 52 pontos.

Altos e baixos

Os dados analisados pelo IPD mostram que a popularidade digital de Bolsonaro vem caindo gradativamente, com elevações em alguns momentos e despencando em outros, como foi o caso da última semana.

Em 29 de maio, por exemplo, após repercussão negativa da visita de Lula ao venezuelano Nicolás Maduro, Bolsonaro atingiu 42,41 pontos, ante 43,55 do atual presidente. O ex-presidente manteve sua pontuação estável até sua ilegibilidade, declarada em 30 de junho. Nesse período de evidência nas redes, os índices de Bolsonaro cresceram, atingindo pontuação de 43,34. Lula, porém, se manteve na frente, com 53,93.

Em julho, Bolsonaro marcou 34 pontos e se manteve estável, mesmo com a divulgação do relatório da Coaf acusando o recebimento de R$ 17,2 milhões via Pix no primeiro semestre desse ano. É em agosto que a estabilidade termina para Bolsonaro.

Com a nova fase de investigação da PF no caso das joias, em 11 de agosto a pontuação do ex-presidente caiu de 35,61 para 23,85 pontos. As declarações do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro durante o governo, Mauro Cid, além da ida de Delgatti a CPI do 8 de janeiro também colaboraram com a queda.

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, o ambiente virtual vive um novo capítulo, onde os bolsonaristas se encontram mais recolhidos. No entanto, Nunes ressalta que ainda existe espaço para que apoiadores do ex-presidente trabalhem em algum tipo de reação digital.

“O IPD mostra ainda que Bolsonaro não foi derrotado totalmente com os últimos escândalos. A disputa em torno dá inelegibilidade levou o ex-presidente para um patamar mais baixo do que o atual. Ou seja, há reação bolsonarista nas redes”, disse o diretor da Quaest.

Com informações da Folha de S. Paulo

Isadora Costa

Isadora Costa

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