Pandemia: Um ano da primeira morte e da extrema Irresponsabilidade de Bolsonaro, por Arnobio Rocha

Além de desprezo sobre os riscos da pandemia, Bolsonaro cunhou a famosa frase da “gripezinha”, a recusa de combater uma doença que já havia causado estragos em vários países, a Europa estava em lockdown e desespero.

Pandemia: Um ano da primeira morte e da extrema Irresponsabilidade de Bolsonaro.

por Arnobio Rocha 

Há um ano e dois dias, depois de um almoço no restaurante Itamaraty, com alguns amigos, saí de lá passei na CAASP e fui para casa, ainda não havia nenhuma comunicação de mortes no Brasil, muitos casos suspeitos nos hospitais, a maioria de pessoas que tiveram contatos com pessoas contaminadas vindas de outros países, a circulação tinha se dado pelo carnaval e grandes aglomerações.

Oficialmente a primeira morte só aconteceu dia 15.03.2020, alguns meses depois é que se revelou que em janeiro e fevereiro houve casos de COVID-19, mas os registros não deram conta de que a doença os havia matado, então, tecnicamente, dia 15.03 é que se tem o registro.

Há um ano, nessa data, dia 02 do meu isolamento, o susto era saber que se chegava ao milésimo caso catalogado de COVID-19, o escândalo eram as mortes e o colapso do sistema de saúde da Itália e Espanha, a comoção por eles, muitas vezes, chocou mais o brasileiro do que os mortos que depois se avolumaram aqui.

Por essa data, há um ano, Bolsonaro começou a sua jornada contra à razão elementar, as primeiras declarações polêmicas desprezando a Pandemia, como as mortes estavam se anunciando ainda dava a desculpa que seria apenas exagero, alarmismo, pressão de esquerdista, mesmo com estudos científicos alertando do que estaca por vir, tudo era ignorado.

Além de desprezo sobre os riscos da pandemia, Bolsonaro cunhou a famosa frase da “gripezinha”, a recusa de combater uma doença que já havia causado estragos em vários países, a Europa estava em lockdown e desespero.

As primeira iniciativas de governadores, prefeitos, eram atacadas e ali se definiu o desastre geral dessa um ano macabro. De mil infectados, depois 100 mortos, 10 mil doentes, 1000 mortos, a escalada que era semanal, passou a ser diária, efetivamente nada, absolutamente nada, foi feito de iniciativa positiva.

Na maior crise da humanidade, em tempos de paz, com quase 280 mil mortos (até 13.03.2021), a maior prova da falta de empatia com as famílias, com os mortos, e com os vivos, são dez meses o país não tem Ministro da Saúde. 

A vacinação emperrada é a continuação dessa loucura sem fim, a Pandemia de certa forma salvou um governo que objetivamente é responsável pelas milhares de mortos, direta ou indiretamente. Levar até 2022 essa condução irresponsável, como sua sobrevivência e possibilidade de reeleição culpando os governadores, prefeitos, STF, para seu fracassado.

Nada a comemorar.

Redação

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