O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que Guilherme Boulos é “a principal liderança política da luta contra o governo Bolsonaro”. Vindo do PSOL, que ainda atua como dissidência, não chega a provocar uma revolta legítima nas estruturas progressistas.
Se o candidato que vai ao segundo turno na cidade de São Paulo, for a expectativa mais significante capaz de derrotar a máquina do governo Bolsonaro, então o Brasil é, de fato, um país de ‘maricas’.
O PSOL, analisando a campanha na cidade do Rio de Janeiro, tinha Marcelo Freixo como pré-candidato, mas divisões internas no Partido fizeram com que um encabulado Freixo desistisse.
O PSOL não quis compor uma frente de esquerda com o PT, que foi levado a convocar uma senhora de 78 anos, acostumada e maturada na luta, para enfrentar o lobo do DEM e o ‘cordeiro’ da Universal.
Uma frente de personalidades, liderada pelo burguês Caetano Veloso, viu na candidata do Ciro Gomes, a delegada Martha Rocha, uma alternativa de não permitir que o prefeito Marcelo Crivella não fosse ao segundo turno. Conseguiram transferir votos de candidaturas como a do PSOL, Renata de Souza, que estranhamente teve 5% dos votos que seriam de Freixo.
Pregando o famigerado voto útil, os esquerdistas liberais do Leblon, como sempre fazem, ignoraram a existência da candidata Benedita da Silva, porque, convenhamos, uma pessoa como a Benedita, na realidade pequeno burguesa dessa gente, representa uma atividade mais doméstica e menos pública.
A esquerda sai perdendo, com algumas conquistas como Porto Alegre e Recife, o PT está na UTI respirando por aparelhos, o Presidente da República também perdeu e está sentindo o que é uma facada de verdade, e o voto útil, como sempre, sai como grande vencedor das eleições.
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