A influência da TV aberta na violência difusa

Criminalista dos mais conhecidos, Antonio Carlos Mariz de Oliveira espantou-se com o nível atual de violência. “Eu entendo a violência do assaltante: ele rouba. Mas e a violência de quem não está sequer praticando crime, mas se torna criminoso de momento, desrespeitando valores? É a banalização do mal. Esse é um problema penal? De repressão? É muito mais grave do que o sistema penal apresenta: é um problema patológico”.

A violência difusa tornou-se habitual, nos jogos de futebol, nas manifestações de rua, trazendo mais combustível na fogueira da violência institucionalizada do crime organizado e da polícia.

O país está enfermo. E há muitas causas para essa enfermidade. “Está se assistindo a essa violência incompreensível e nós apenas bradando por cadeias. Que se prenda, mas que se discutam as razões disso”.

***

Mariz salienta a responsabilidade da TV aberta na criação desse clima, especialmente os telejornais sensacionalistas. Mas não exime também a imprensa escrita dessa responsabilidade.

“A televisão, como mais eficiente sistema de aculturamento, chegando onde a escola não chega, está prestando um desserviço à sociedade brasileira, tornou-se um eficiente meio de desagregação moral. Não porque mostra beijos de dois homossexuais, mas porque mostra que os problemas da vida são resolvidos à bala  e o valor argentário é o mais relevante”.

Continua ele: “A TV não veio só para o Ibope, mas para servir à sociedade como instrumento de formação. Mas a TV teatraliza, instiga e assinala para a sociedade que a única resposta possível ao crime é a prisão. Então o binômio crime-prisão é visto como sagrado. Ai do Judiciário se não prender naquele caso em que, sem processo, sem julgamento, ela julga culpado. E a TV faz questão de ir além da lei e ela mesmo aplica penas crueis, perpétuas, porque o mero suspeito é exposto à execração pública, antes mesmo de estar sendo investigado”.

“A mídia pratica isso e nós, em nome da liberdade de imprensa, que é confundida com irresponsabilidade social. A imprensa tem que ter uma responsabilidade social”, constata ele.

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Há toda uma indústria cultural de exploração da violência, nos enlatados, nos games. Na ponta política, intelectuais radicais irresponsáveis, comodamente instalados em suas cátedras jogando a rapaziada no fogo, brincando de realidade ideológica virtual, sem pensar nas consequências para a vida de dezenas de rapazes inexperientes. E tudo isso em uma sociedade que, historicamente, destacou-se como das mais violentas do planeta.

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Denuncia Mariz que o sistema prisional faliu. Há 200 mil pessoas nos presídios ou inocentes ou aguardando julgamento, tornando-se prato feito para o aliciamento pelo crime organizado. Na outra ponta, enormes dificuldades em enfrentar os verdadeiramente criminosos.

É tarefa quase impossível reverter essa maldição nacional. Até hoje, os melhores programas de combate à criminalidade juntaram a educação, o lazer, o apoio aos jovens infratores com a repressão necessária ao crime.

Mas são exemplos isolados.

Séculos de escravidão, de política resolvida a bala, de vendetas, de jagunços, legaram uma herança quase impossível de ser extirpada.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  •   "Séculos de escravidão, de

      "Séculos de escravidão, de política resolvida a bala, de vendetas, de jagunços, legaram uma herança quase impossível de ser extirpada."

      Taí. Para a tristeza de qualquer brasileiro. É uma cultura, é o "brasileiro cordial", termo elegante para "vaselina", o brasileiro médio não quer contrariar nem ser contrariado pois isso é ofensa da grossa, acaba no predomínio do "é, pode ser, pode não ser", é ofensivo ter uma opinião marcante que seja. Ao mesmo tempo vem da escravidão e do sistema político feudal (os dois instalados no mesmo momento) a aceitação quase infinita do mandonismo, do capricho do sinhozinho - e seu reverso, o "coitadismo", a migalha jogada ao oprimido, à escolha do poderoso. O brasileiro médio não quer o direito ao Bolsa-Família, quer poder dar esmola e chega.

     

      Daí o viralatismo, daí a violência contra quem está embaixo, daí a ampla aceitação do que vem de cima (com no máximo muxoxos pelas costas como resposta), daí o "infinito direito de defesa" em favor de quem pode um pouco mais, seja em crimes seja em sonegação. O brasileiro médio não acredita em fila, não quer saber de direitos ou deveres, mas de privilégios. Ainda está por saber o que é DEMOCRACIA, e só a manutenção desta por tempos a fio (sem golpes nem viradas de mesa) poderá ensiná-lo.

      Autocrítica não é se achar menos que os outros, mas procurar melhorar. É conseguir se olhar no espelho sem se demolir ou endeusar-se.

  • Onde está a black bloc Marina Silva?

    Onde está a black bloc MARINA SILVA, aquela que disse que ia começar o ano atanazando a Dilma com manifestações hostis? Onde ela se esconde covardemente? Ela deveria aparecer e pedir desculpas à família do cinegrafista morto.

    Sai de sua rede,  MARINA SILVA. Você deve uma explicação à sociedade.

    • aroiera assim é duro

      a midia vai em cima do psol e voce faz igual e vai em cida da marina?espero que voce nao esteja contaminado com o virus

       da ignorancia e parcialidade.e olha nao sou fã da marina nem um pouco.marina ainda esta presa na causa, mas esquece do efeitos.

  • Tudo isso

    é gestação de longo tempo. Não era difícil prever aonde iríamos chegar. Chegamos. Pouca chance de retorno fácil. A barbárie está entronizada em todos os setores da sociedade.

  • A repetição 'ad nauseam' de cenas de violência

    Um indicador banal e muito eloquente do tema é a repetição pela televisão ad nauseam das cenas de violência no futebol: no gramado e nas arquibancadas.

    Um dos casos mais recentes de brigas entre torcidas numa partida entre um equipes do PR e RJ - realizada fora das cidades de qualquer dos clubes, já em função de violência no estádio do mandante do jogo! - foi reprisada na TV incansavelmente por uma semana a fio ou mais, acompanhada de um discurso pretensamente moralizante.

    A pergunta que fica é: depois dos noticiários do dia e do dia seguinte, qual o valor jornalístico dessas cenas?

    A resposta para qual o valor em termos comerciais parece óbvia: a utilização de uma característica inata do ser humano, a morbidez, como estimulante eficaz para garantir audiência, a qual tem como um dos efeitos colaterais contribuir com a "indústria cultural de exploração da violência" citada no post.

     

     

    • Mas aí eu diria que o

      Mas aí eu diria que o problema não está nas cenas de violência relacionas com o futebol e sim com entronização do futebol como a "coisa mais importante do país". No momento que se trabalha diariamente para transformar o futebol num "objeto de fé", é natural que mais cedo ou mais tarde apareçam "fundamentalistas" capazes das maiores barbaridades na defesa da religião pós-moderna que se transformou o esporte.

      Até a introdução dos "novos crentes" é similar. Já no berço, o jovem torcedor é "batizado" com a camisa do time que irá defender com unhas e dentes, assim como ocorre com a religião, onde o comum, ainda, é ser passada dentro do núcleo familiar antes mesmo que exista o direito e capacidade de escolha.

  • Faltou falar do governo que


    Faltou falar do governo que morre de medo da mídia e não consegue impor parâmetros para os meios de comunicação. Tudo é liberdade de imprensa. O governo tem a responsabilidade de avaliar a que os jovens e as crianças brasileiras, que contam com um sistema educacional sofrível, estão expostas nos meios de comunicação. Um beijo gay na novela das 8 é celebrado mas a violência contra os homossexuais diminuiu? O problema é que a novela que apresenta o beijo gay só o faz por ibope e mídia, jamais para tratar a questão da violência contra o homossexual. E liberdade não é ser gay, liberdade é  ter convicção de sua inclinação sexual e assumi-la. É preciso ouvir a sociedade, os pais e não somente os meios de comunicação cujo objetivo é faturar. Cadê a discussão se não é  precoce crianças e adolescentes assistirem momentos intimos de um casal gay sem ter qualquer outro tipo de orientação?

    Da mesma forma estes infelizes blogueiros do tipo Veja, que espumam violência e preconceito social, são tratados como intelectuais pelos meios de comunicação e respeitados pelo meio político. E sua penetração se faz pela classe média que a propaga nas midias sociais.

    Há dias atrás este mesmo blog trouxe declarações de pretensos" líderes" das manifestações dizendo que iriam ocupar aeroportos e atacar delegações durante a Copa do Mundo. Saiu na Uol e como sempre foi celebrado pela imprensa que conta com esses infelizes para fazer a Copa do Mundo desandar para facilitar a queda da atual presidente.E é bom lembrar que esses "líderes" foram entrevistados dias depois de quase ocasionarem uma tragédia com o incendio do carro do serralheiro.  Eu fiz um comentário que isto era terrorismo e que o governo precisava agir antes que houvesse vítimas. O governo não fez nada e a vítima esta aí. Só que a imprensa não contava que ao apoiar a violência acabasse ela propria sendo vítima. E o alvo de quem matou o cinegrafista não era a imprensa. Era a polícia. Será que se o morto fosse um policial ou uma pessoa comum a indignação seria a mesma? Ou será que para algumas profissões ou camadas da nossa sociedade é plenamente permitido conviver com a violência e para outras não?

    E o mais grave disso tudo revela a verdadeira razão da nossa violência, o incentivo e  a manipulaçao de manifestações populares para derrubar governos que nossa elite não considera favoráveis o suficiente aos seus interesses. E de interrupção em interrupção do nosso processo histórico chegamos a violência dos dias atuais.

    • A quem interessa o fim das manifestações?

      Não há nada mais eficaz do que a violência para tirar das ruas as pessoas comuns que se manifestam pacificamente desde 2013, por isso governo nenhum faz nada, e em ano eleitoral não duvide que patrocinem estes grupos de bandidos.

      • Você esta equivocado. Não é

        Você esta equivocado. Não é para tirar as pessoas comuns das manifestações que o governo não age. Mesmo porque com a baderna o governo cai junto. Não foi assim em 64?

        O governo não age porque é covarde. Tem medo de assumir posições firmes por medo da mídia que o deseja deposto. Será que ninguém do governo educou uma criança e administrou uma família para saber que é preciso estabelecer limites e ir para o confronto quando for necessário?

        Os canais de rádio e tv são concessões públicas e o governo não é capaz de nos fazer representar estabelecendo faixas horárias para exibição de programas ou exigindo a transmissão de programas educativos. Se um grupo declara publicamente que quer acabar com a Copa do Mundo não é motivo para se investigar os motivos por trás disso? E que manifestações são essas que exigem transporte gratuito mas não se faz representar contra os desvios monstruosos dos governos psdebistas nos meios de transportes coletivos?

        Tem muita manipulaçao nestes protestos e a inércia do governo é o que mais interessa aos que desejam o golpe.

        • Não estou.

          Claro que não caríssima, basta não cair no reducionismo idiota do “nós contra eles” que fica fácil compreender que há manifestantes e “manifestantes”, uns são milhões, outros, muito poucos, estão (com sua violência) apenas fazendo seu serviço de esvaziar qualquer manifestação contra o governo, e ao contrário do que reza a cartilha governista, não estão a serviço da “mídia golpista”, fazem é um grande favor aos governantes neste ano de eleições, só que dissimulam muito bem. Se você compreendeu perceberá que de certa forma seu pensamento está certo, só que ao contrário. Manipulada é a minoria violenta, e não pela mídia, mas por quem tem interesse no fim das reivindicações. Quem será?

          Acredite, quando se amplia o horizonte das ideias e se escapa da simplificação burra do “nós contra eles”  percebe-se que existem centenas de formas de pensar, pode-se até começar a aceitar a opinião dos outros, e até a aprender com isso, além, claro, de parar de ver golpes, gnomos, sacis, e entidades inexistentes em geral, onde existe apenas insatisfação. Jamais teremos um golpe de estado "de direita", pelo simples motivo que "direita" não existe mais em nosso país, durma tranquila. Cordialmente.

  • Ora bolas, Sr. Mariz... nada

    Ora bolas, Sr. Mariz... nada do que vem acontecendo é por acaso; e tem sempre os mesmos reponsáveis, ou seja, os veículos de comunicação. Qualquer programa de TV, revista ou jornal só consegue sobreviver se tiver audiência. Farão QUALQUER COISA para ter audiência e nada mudará isso. O elemento novo é o PIG, a entrada escancarada da grande Imprensa brasileira nas campanhas políticas; neste caso, vale tudo para tentar tirar o PT do Governo Federal. A onda do momento é tentar "vender" a idéia de que apesar de nos últimos doze anos ter trazido a econômia do 16o posto para o 6o e ter incorporado mais de 40 milhões de brasileiros ao mercado de consumo, o Brasil está esfarelando. Só entra nessa quem é muito trouxa ou tem interesse nisso. O resto, é apenas campanha política.

    PS - Vamos ver se após a morte do cinegrafista da Band a Brahma reformula o seu comercial para a Copa e pare de glamourizar a figura do BLACK BLOC, o grande personagem... Desconfio que por trás deste comercial esteja a figura tucana do Nizan Guanaes... isso explicaria tudo.

  • NOSSA FERIDA

    É o dedo na ferida.

    Taí um datena da vida jogando violência política na cara do povo diariamente.

    É nossa mídia por política preganda a violência gratuita, e formando os cidadãos que temos aí.

    Complexo de vira latas e depois ficam pregando que nosso país não presta. Que é culpa do governo.

    O governo/congresso tem culpa sim.

    Mas a culpa é de não discutir as concessões dadas que deveriam ser fornecidas para pessoas que agreguem informação de qualidade a população.

  • Cativeiro da imprensa

    A grande imprensa brasileira faz mal para o país. Não é questão apenas de banalização da violência. Esta, em si, sempre foi confundida com diversão, prazer e justiça.

    O mais grave é que desde as "Diretas Já", da Constituição de 88, o país vem tentando criar mecanismos de particpação popular, de influência do povo nos rumos do país. Esses instrumentos vêm se aperfeiçoando. São conselhos, leis de responsabilidade, publicidade, transparência. Porém, a mídia vai na contramão dessas intenções. Ela quer manter o monopólio do discurso, o monólogo dos editoriais.

    A grande imprensa não influência um debate de democracia, de cidadania. O discurso é sempre desesperançoso. Estão sempre a procurar a gota d'água, o escândalo, o cadáver. O consumidor desses meios, o povo em geral, e aí, principalmente, pela TV aberta, é imbecilizado. Parafraseando Forrest Gump, aí o idiota faz idiotices.

    E são grandes meios de comunicação nas mãos de poucas famílias. Jornalões, revistas e canais de tevês concentrados exclusivamente na região sudeste, levando as demais regiões a reboque.

    Essas famílias, praticamente dominando a imprensa, usam-na na defesa de seus interesses financeiros. É assim que são escolhidas as manchetes de capa, são ditados os editoriais, são apoiadas causas, são selecionadas denúncias. E toda a população leitora é utilizada como massa para essas manobras. A opinião publicada, ainda que represente aquela minoria, acaba sendo chamada de opinião pública.

    De repente, vemos, principalmente a elite e a classe média tradicional, repetindo os mesmos argumentos das manchetes. Sem reflexão. Incapaz de filtrar a opinião, ou interesses, por trás da dita notícia.

    A solução é a democratização da mídia. Facilitar à sociedade o acesso aos meios de comunicação. Aumentar o número de pessoas capazes de se expressar para um público maior. Quanto mais gente, mais opiniões diferentes, mais democracia. A questão não é calar ninguém, mas dar vozes a todos. Porém, isso mexe com interesses financeiros, com o bolso, do pessoal lá do topo. É um grande debate público que a nossa imprensa não vai dar no jornal.

    É preciso outro discurso. Comunicadores se vendo como cidadãos e voltados à cidadania, como o excelente trabalho feito pelo Nassif. Os leitores deste blog não saem fazendo idiotices.

    “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”. Joseph Pulitzer

    • Solicitação para publicar comentário

      Oi, Rogerio!

      Gostei muito do seu comentário. Peço sua autorização para publicá-lo ( c/ o devido crédito, claro) em minha página no Facebook. Pode ser ?

      Fico no aguardo de sua resposta.

       

      Abraço,

       

      Rosiris

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      Oi, Rogerio!

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      Rosiris

    • Respondeu à todos...

      Se as concessões de empresas de comunicações são realizadas por meios ilícitos, o que esperar do conteúdo oferecido por elas?

      Quero ver quem vai matar a serpente. Em alguns casos é como a hidra, tem várias cabeças. 

  • Sem contar a questão diária,

    Sem contar a questão diária, como a que segue, onde os tribunais colaboram- e que deixa a população indignada e raivosa.:

    Motoristas embriagados que matam no trânsito de BH pegam carona na impunidadeCom a morte do entregar do pães, chega a 13 os autuados por homicídio doloso em BH. Nenhum deles está preso

    ....O presidente da Comissão Especial contra a Violência no Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Miguel Marques, explica que decisões desse tipo têm sido tomadas com base em um entendimento do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fucks, que em 2011 concedeu habeas corpus rejeitando a tese de dolo eventual em crime de trânsito. “Ele entendeu que, para ser considerado crime com dolo, o motorista tem que ingerir bebida alcoólica com a intenção de produzir o resultado. É como dizer que o acusado bebeu com a intenção de matar alguém, quando, na verdade, ele bebeu e pegou o carro para voltar para casa”, diz.

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