Abraço-assinado por Genoíno perto de 20 mil signatários

Jornal GGN – Faltam poucas dezenas de assinaturas para que o manifesto “abraço-assinado” em solidariedade ao ex-presidente do PT, José Genoíno, alcance 20 mil adesões. Na manhã deste domingo, dia 8, o manifesto alcançava 19.974 assinaturas. Entre os tantos signatários, estão Chico Buarque, José de Abreu, Marilena Chauí, Fernando Moraes e Antônio Candido.

Um grupo de amigos, e admiradores, de José Genoíno, criou o manifesto “abraço assinado” em sua defesa, no momento em que o julgamento do mensalão se transformava em um circo midiático, como forma de solidariedade e reconhecimento de seu trabalho e importância para este país.

O manifesto ganhou redes sociais, ganhou adesões importantes, e hoje se torna um dos poucos clamores em defesa de Genoíno, que pautou sua vida na luta pela democracia e por sua manutenção. Um clamor contra os rumos tomados pelo julgamento do mensalão.

Leia a íntegra do manifesto.

Nós estamos aqui!

Somos um grupo grande de brasileiros iguais a você, que deseja um país melhor.

Estamos aqui para dizer em alto e bom som que José Genoíno é um homem honesto, digno, no qual confiamos.

Estamos aqui porque José Genoino traduz a história de toda uma geração que ousa sonhar com liberdade, justiça e pão.

Estamos aqui, mostrando nossa cara, porque nos orgulhamos de pessoas como ele, que dedicam sua vida para construir a democracia.

Genoino personifica um sonho. O sonho de que um dia teremos uma sociedade em que haja fraternidade e todos sejam, de fato, iguais perante a lei.

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Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  • Intruso detectado

    Há pelo menos um joio nesse trigal. Observem o nome "ALoyra" nessa lista. Não há ninguém para filtrar os assinantes?

  • O meu abraço foi dado logo

    O meu abraço foi dado logo que a lista começou a circular, e daria mais um, e mais um, e mais um...Meu voto sempre foi do Genoíno, Dirceu, Eduardo Suplicy, Lula e Dilma. 

    • O abraço

      O meu também já foi dado no início. Esse post poderia ficar por alguns dias, pois acredito que muitos que aqui frequentam, ainda não tenham conhecimento desse ato de apoio e solidariedade àquele que injustamente está sendo perseguido por pessoas insanas e, que jamais construirão algo de bom para nosso país, como o fez esse tenaz brasileiro! Viva GENOÍNO!   

  • Abraço dado
    Acabei de dar meu abraço carinhoso, ele merece, grande construtor do Brasil e da Constituição-Cidadã José Genoíno para presidente

     

    No exercício de seu mandato ou na presidência de seu partido é unânime o aplauso no julgamento de seu caráter e de sua conduta como político.

    Wanderley Guilherme dos Santos

     

    O deputado José Genoino é credor da admiração e respeito de pessoas civilizadas. E, sem dúvida, também de solidariedade ao ser vítima em condições pessoais adversas de arbitrariedades jurídicas de caráter inegavelmente político.  A dignidade com que se porta desde o início da perseguição dispensa, contudo, a pieguice caritativa que ofende mais do que homenageia.

    Não freqüento a política partidária e converso com políticos muito raramente. É possível que não tenha trocado idéias com nenhum deles mais do que meia dúzia de vezes. Nada a ver com rejeição à atividade. Ao contrário. Tenho uma simpatia natural por quem se dispõe a cuidar da cidade, do estado, do País em condições de constante disponibilidade e resistente aos desconfortos de toda ordem a que a atividade obriga ou paga em recompensa.

    Não surpreende que seja proporcionalmente ínfimo o número de candidatos a postos eletivos e, sendo estes de número bastante reduzido, o risco de ser derrotado é elevadíssimo. Destino da esmagadora maioria dos postulantes. Daí que a inclinação voluntária a ocupar um lugar na representação de outros apresente espinhoso problema a ser resolvido pela psicologia social ou pela biologia, ainda não sabemos. Descobrir subconjuntos de políticos desonrados compromete a atividade tanto quanto a negligência profissional de alguns médicos macularia a prática cirúrgica ou clínica. Fazer política é nobre, fazê-lo com integridade é confortador para o cidadão comum, sujeito às leis que regem a convivência social e a sobrevivência pessoal.

    Pois o deputado José Genuíno é um desses políticos exemplares. Observador atento do que se passa nesse mundo tão caótico como parece ser a disputa política, sempre encontrei na figura pública de José Genoino o representante reto sem dogmatismos, firme sem agressividade ou vociferações, flexível sem pusilanimidade, leal sem titubeios a seu partido e a seus correligionários. Aplicado no que faz, tornou-se um dos mais eruditos representantes parlamentares no conhecimento das regras de funcionamento da Câmara dos Deputados, dos labirintos da legislação e da administração da normal concorrência entre os pares para tornar vitoriosas as teses que defendem. 

    No exercício de seu mandato ou na presidência de seu partido é unânime o aplauso no julgamento de seu caráter tanto por seus companheiros de legenda quanto por eventuais adversários políticos. Magnânimo nas votações vitoriosas na Câmara, não abriga rancor nas derrotas pelo voto de seus pares. Tem como testemunhas a seu favor todos os parlamentares de qualquer persuasão ideológica com os quais conviveu e convive.

    Esse deputado José Genoino não capitulou face ao absurdo e excepcional processo que lhe moveram, nem se dobrou diante da condenação previa e notoriamente contratada. Combateu e combate até hoje o combate dos homens de bem. Não está sozinho na caminhada. Mas é bastante provável que todos os atuais injustiçados e perseguidos, na mesma ou em cela carcerária vizinha, nele encontrem o ícone tornado sangue e nervos da resposta à violência covarde que se esconde em veneráveis mantos.

    Bem sei que José Genoino não pode ser legalmente candidato à Presidência da República. Esboçar sua figura pública é um modo de traçar o perfil do que a população almeja encontrar em seus líderes e que não tem sido mostrado com a desejável abundância pelos pré-candidatos em circulação.

    José Genoino para Presidente – eu votaria com confiança em seu nome.

     

  • Renúncia de Genoíno é um alerta

    RENUNCIA DE GENOÍNO É UM ALERTA, por Paulo Moreira Leite, na Isto É

    Capaz de enfrentar a ditadura de armas na mão deputado concluiu que não teria direito a ampla defesa de seu mandato no Congresso

     Minha hipocrisia não chega a ponto de me dizer contente com a renúncia de José Genoíno a seu mandato de deputado federal.

     Não tenho biografia para julgar um personagem com sua história. Mas é uma decisão preocupante em vários sentidos. Não por ele. Mas por nós.

      Um cidadão que já pegou em armas para enfrentar a ditadura militar em seu pior momento – anos Médici – na guerrilha do Araguaia  concluiu que não teria meios para defender sua dignidade no Congresso. A lei assegura a Genoíno o direito a ampla defesa mas ele concluiu que não teria esta garantia. 

      Com mais de 300 000 votos, Genoíno foi o deputado mais votado de São Paulo em 1998. Também chegou a uma posição de destaque em 1994 e foi o único candidato do PT, até hoje, que chegou a um segundo turno na eleição para o governo paulista. Em 2010, já na ressaca da AP 470, deve 92 000 votos. Tornou-se suplente e assumiu o mandato que exerceu até a semana passada.

     Como militante, Genoíno trouxe  quadros novos e importantes para a política brasileira, entre eles um líder chamado Chico Mendes e sua discípula magrinha, Marina Silva. Formou pessoas e formou-se, também. Uma democracia não se constrói com proclamações de fim-de-semana nem a partir de frases de efeito. Precisa de lideranças legítimas, verdadeiros representantes do povo, a altura de sua tarefa e de suas responsabilidades. Apontado, pelos próprios colegas, como um dos parlamentares mais influentes do Congresso brasileiro, um articulador incansável e um negociador leal, Genoíno tornou-se um personagem indispensável da democracia construída no país a partir de 1985, que produziu o mais prolongado regime de liberdade de nossa história. 

     Eleito pela primeira vez em 1982, Genoíno conversa à direita, ao centro,  e é claro, à esquerda. Semanas antes de enfrentar o problema do coração e fazer o implante de um tubo de 15 cm na aorta, ele debatia com os colegas um projeto de lei sobre consumo de drogas. Fiz uma entrevista com ele naquela época. Alerta para as novidades que o tempo coloca, Genoíno estava preocupado com a criação de uma legislação rígida demais, capaz de obrigar jovens estudantes que fumam um baseado nos fins de semana a cumprir penas de muitos anos como se fossem traficantes.

     Vamos pensar de novo. A Constituição garante, em seu artigo 55, que cabe ao Congresso definir a cassação de mandato de parlamentares.

      Embora o STF tenha tentado transformar este artigo em simples enfeite, o Congresso reagiu para manter sua prerrogativa, agora numa versão perversa e injusta: pretendia  fazer tudo, de qualquer maneira, para cassar o mandato de Genoíno e agradar aquela fatia de eleitores convencidos de que a degola espetacular de parlamentares pode ser útil para nosso sistema político.

      Nossos parlamentares – os piores, meus amigos -- estão de olho na reeleição e, sem verdadeiras realizações para apresentar, sem um projeto consistente para oferecer, se submetem as leis dos marketing político mais rasteiro. Eles é que iriam cassar Genoíno, posar para as fotos com cenho franzido e discursinho moralista que a TV adora.

      Considerando a estatura política de Genoíno, um gigante em comparação com 99,9% entre eles, seriam obrigados, pela própria hipocrisia, a cumprir um ritual que já vimos no próprio Supremo. Dizer que lamentavam cassar como corrupto  um parlamentar cujo maior patrimônio é uma casa modesta no Butantã, em São Paulo.

       Seria na verdade um crime obviamente tão horrendo que era preciso acalmar a consciência fingir arrependimento no mesmo instante.

     

       A renuncia de Genoíno tem este significado doloroso: é a comprovação de que o esforço de criminalizar os políticos brasileiros e a própria atividade democrática, que esteve no centro do discurso ideológico sobre a “ compra de votos “ que jamais seria demonstrada com fatos concretos, rendeu frutos, convenceu muitas pessoas e gerou vários resultados daninhos.

     

      Atirado naquele  universo da “ publicidade opressiva” que marcou o julgamento, sem que o cidadão comum tivesse acesso a uma visão equilibrada dos fatos, ele  nunca foi ouvido pelos brasileiros ao longo do julgamento e, para certificar-se de que não será mais ouvido por um longo período, já recebeu uma sentença que proíbe suas entrevistas. Ou seja: não só foi vítima de uma  sentença injusta  mas perdeu o direito de reclamar.

     E é vergonhoso reparar que nenhum de nossos "jornalistas investigativos," nossos editorialistas, colunistas, jurados do Premio Esso e outros campeões domesticados pela profissão levantou-se para denunciar um ataque frontal a liberdade de expressão, que não atinge apenas o condenado, mas o próprio direito de todo repórter ouvir e entrevistar quem quiser, como acontece em todo país onde a imprensa é livre.

    Apesar da selvageria de Guantanamo, reservada estrangeiros, a Justiça norte-americana, tão lembrado como exemplo de direito e  liberdade, não proíbe entrevistas com condenados a penas graves, inclusive à  pena morte.

     Nenhum juiz norte-americano tem o direito de achar que está sendo desafiado quando um habitante do corredor da morte resolve defender seus direitos e denunciar que é inocente e foi condenado injustamente. Vários depoimentos dessa natureza renderam best-sellers e até filmes de sucesso.

    Determinados gestos também podem ser questionados no Brasil de 2013.  

    Sabe aquele punho erguido, no dia em que Genoíno foi preso? Não pode. Irrita, provoca, deve ser evitado. Foi uma das marcas dos protestos de junho mas considera-se que não pode ser usado na coreografia dos condenados.

    Compreende-se. Num universo onde a palavra foi cassada e até um gesto com a mão é  questionado, o objetivo é impor a submissão, o silêncio. Todo ato de altivez, de resistência, será condenado.

    Procura-se mobilizar a turba, a ralé, aqueles que não tem uma identidade social clara além do ressentimento, como dizia Hanna Arendt. O argumento é vergonhosamente antigo: é preciso combater o “privilégio”, a “mordomia”,  os “direitos humanos”, como prega o conservadorismo brasileiro desde o tempo em que cidadãos como Genoíno, seus familiares e seus parentes, e tantas outras pessoas que honraram a luta pela democracia, denunciavam a tortura nas prisões da ditadura.   

    Quando resolveram que o Congresso não deveria cumprir o artigo 55 e manter a palavra final sobre a perda de mandato, os ministros do Supremo chegaram a definir qualquer atitude contrária como “insubordinação.” 

     Estamos num ambiente de incerteza e insegurança. Depois de um julgamento politizado, assistimos a uma nova transmutação institucional. A medicina não é mais medicina. Pode ser política.

     Roberto Kalil, hoje o  cardiologista de maior prestígio do país, já deixou claro que Genoíno enfrenta uma doença grave e crônica. Fabio Jatene, cirurgião do mesmo quilate, também fez uma avaliação no mesmo sentido. Peritos do IML do Distrito Federal e da Câmara de Deputados confirmam essa condição. E mesmo doutores indicados por Joaquim Barbosa para fazer um laudo sem a presença de um perito indicado por Genoíno – direito legal de todo prisioneiro – foram incapazes de escrever coisa muito diferente. Mesmo dizendo que não era “imprescindível” manter o deputado em regime domiciliar, levantaram condicionantes de bem-estar e cuidados médicos que não existem nos presídios brasileiros.  

     Mas nem assim o direito de Genoíno a prisão domiciliar está assegurado. Pedindo que este regime seja considerado definitivo, em vez de prolongar-se por apenas 90 dias, antes de uma nova revisão, como quer o procurador geral Rodrigo Janot, seus advogados lembram que mesmo traficantes de drogas já obtiveram este direito em nossos tribunais.

     Eles também recordam uma resolução da Vara de Execuções Criminais do Distrito Federal, que reconhece a absoluta falta de condições de seus presídios atenderem a casos de enfermidade grave.

     Entende-se, então, o sentido da luta de Genoíno. Ele trava, no momento o combate político pelo direito a vida.

     

     

  • Avisem-me...

    ...quando tiver um número igual a 10% dos filiados do PT...

    Acho que tem um K. H. Lamas na lista...

    • Solidariedade

      Vai la Jorge, dê um abraço no Genoino, ele não merece o que estão fazendo com ele.

      Beijão pra ti ;)

      E força ai Genô !

       

  • ___

    PT: JUDICIÁRIO É “ELITISTA E POUCO TRANSPARENTE”

     

    Texto que servirá como base no 5º Congresso do partido, na próxima semana, faz duras críticas ao poder judiciário brasileiro; "O sistema judicial, lento, elitista e pouco transparente, tem sido igualmente permeado por interesses privados", diz documento

     

    7 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 12:12

     

    247 – O PT chama o Judiciário de "lento, elitista e pouco transparente" no texto-base do 5º Congresso do partido, que acontece na próxima semana, em São Paulo.

    No documento divulgado em seu site, a legenda afirma, em um dos pontos, que "o partido tem conseguido imprimir novo rumo e ritmo a suas políticas".

    No entanto, acrescenta que a sigla ainda é "prisioneira de um sistema eleitoral que favorece a corrupção e de uma atividade parlamentar que dificulta a mudança".

    Em seguida, vem a crítica ao Poder Judiciário: "O sistema judicial, lento, elitista e pouco transparente, tem sido igualmente permeado por interesses privados".

    O ataque vem num momento em que líderes petistas condenados na Ação Penal 470 acabam de ser presos em condições irregulares, a mando do presidente do STF, Joaquim Barbosa.

    Leia aqui a íntegra do documento.

     

     

  • Estamos aqui

    Abraço dado. Jamais deixaria de dar apoio a alguém que lutou por nossa liberdade e agora encontra-se preso e condenado injustamente, enquanto os verdadeiros ladrões desse País se safam!

  • genoino

    fui uma das primeiras a assinar , me orgulho muito de ter vivido no mesmo mndo do genoino, daqui uns 40 anos vamos falar dele como falamos do madela, ele e um doce so , pena que tem tanta gente petrificada , nos "pre" conceitos que ele e ladrao, ele so e ladrao de nossos coraçoes isso ele e mesmo , amo vc companheiro , e quero que deus te força pr passar por mais essa , 

  • Também já dei o meu abraço,

    Também já dei o meu abraço, porém acho que podemos, nós os abraçados, conseguir mais abraços pelas redes sociais, atavés dos amigos que pensam como nós.

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