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Acusado de dois crimes, Renan Bolsonaro presta depoimento à PF nesta quinta

A Polícia Federal deve ouvir, na tarde desta quinta-feira (7/4), o depoimento de Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), em meio ao inquérito do MPF (Ministério Público Federal) que investiga possível prática de tráfico de influência e lavagem de dinheiro cometida por ele e seu sócio, Allan Lucena, através da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia.

Segundo o inquérito, a empresa criada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro teria realizado várias atividades suspeitas, entre elas a própria festa de inauguração do seu escritório em Brasília, que ocorreu em novembro de 2020 e teria tido cobertura de uma produtora que presta serviços ao governo federal.

Além da produtora, outra situação suspeita com relação àquela inauguração seriam as doações das empresas Gramazini e Grupo WK ao empreendimento do filho do presidente, em troca de participação em projetos realizados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional – o titular da pasta, Rogério Marinho, teria recebido pressão de Renan Bolsonaro para incluir representantes dessas duas empresas em reuniões sobre falar sobre um projeto de construção de casas populares, ocorridas na mesma época da inauguração da sede, segundo a investigação do MPF.

As fotos e vídeos do evento de inauguração também mostram que Renan Bolsonaro e Allan Lucena também teriam usados carros de luxou doados pelas empresas beneficiadas pelo esquema, e que a própria sede contaria, em sua decoração, com peças de granito de alto valor doadas pela Gramazini.

Outro empresário ligado à empresa de Renan Bolsonaro seria Luis Felipe Belmonte, um milionário de extrema-direita que teria aproximado o filho do presidente a empresas interessadas em ajudar na criação do empreendimento em troca de favores.

Em passado recente, Belmonte liderou a fracassada tentativa de criação do partido bolsonaristas Aliança Pelo Brasil. No ano passado, ele e seu esposa – a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) – viraram alvo do inquérito das fake news no STF (Supremo Tribunal Federal), promovido pelo ministro Alexandre de Moraes, por sua suposta participação na organização de uma rede de informações falsas para favorecer o atual governo e atentar contra as instituições.

Vale lembrar, também, que este depoimento de Renan Bolsonaro estava marcado originalmente para o dia 17 de dezembro de 2021. Na ocasião, os advogados do filho do presidente conseguiram um adiamento, alegando problemas de saúde – a desculpa foi de que ele teria uma virose.

Redação

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