Política

CPI começa investigar influência do clã Bolsonaro em hospitais federais

Publicado em 17 de julho de 2021

Jornal GGN – A CPI da Covid chegou às suspeitas nos hospitais federais com organizações criminosas e as ligações disso com a família Bolsonaro. Entre as investigações, irá apurar se o filho do mandatário e senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) indicou cargos para hospitais federais no Rio de Janeiro, envolvidos em outros interesses.

Em um dos indícios do tráfico de influências, um aliado de Flávio enviou ofícios – que chegaram às mãos da CPI – com indicações de diretores para os hospitais federais do Rio, um deles para o Hospital Federal de Bonsucesso, que chegou a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro a um cargo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Além das próprias denúncias que envolvem o caso do ex-governador Wilson Witzel, que prestou depoimento à CPI da Covid, e apontou que Flávio Bolsonaro nomeou diretores de hospitais, que estariam relacionados a organizações sociais e se beneficiaram dos contratos junto ao governo, reportagens do GGN já mostraram as suspeitas de hospitais das forças armadas que renderam milhões em contratos ao policial civil bolsonarista Carlos Alberto Tabanez.

Tabanez é dono de um clube de caça e tiro, denominado G.S.I. e, não coincidentemente, membro do Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários). Ligado a militares bolsonaristas, já trabalhou em uma missão com o general Heleno. E o grupo econômico do qual há indicações de que o clube pertence obteve 16 contratos junto ao governo federal, totalizando R$ 21 milhões.

Dois dos maiores contratos estão relacionados ao Hospital das Forças Armadas, no valor de R$ 4,3 milhões e R$ 4,2 milhões, como mostrou Luis Nassif no “Xadrez do verdadeiro gabinete do ódio“.

A conexão mostra que as suspeitas de irregularidades de beneficiar pessoas do círculo de apoio de Jair Bolsonaro, principalmente militares e ligados à defesa do armamento, ocorreu não somente no Rio de Janeiro, como também as influências se deram em outros estados e envolvendo outros personagens.

Redação

Redação

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  • Embora e$$a gente só pense ni$$o,a questão central é política.É voto.
    No Rio, os hospitais públicos,notadamente os federais,já tem um longo histórico de utilização do atendimento como ferramenta eleitoral.
    É verdade que o governo milico miliciano tem todo o cadastro do SUS a sua disposição,além de outros com bolsa família e demais cadastros sociais.
    O que difere,neste caso,é que na maioria das vezes a decisão é quem vive e quem morre e,sabemos,eles não tem a menor ética nessa questão.

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