Crise no Equador: Lenín Moreno manda prender governadora membro do Movimento Revolución Ciudadana

Jornal GGN – Na madrugada desta segunda-feira (14), a governadora da província de Pichincha, no Equador, Paola Pabón, foi surpreendida com a invasão da sua casa por policiais fortemente armados.

Os militares atendiam a um pedido do presidente do país, Lenin Moreno, para prender Paola, que também integra o coletivo de oposição Movimento Revolución Ciudadana (MRC) e foi Secretária Nacional de Gestão da Polícia no governo Rafael Correa.

Lenín Moreno acusa a advogada e professora de Políticas Públicas de ter mandando bloquear estradas com caminhões durante os protestos que se intensificaram no país desde a semana passada.

A população equatoriana foi às ruas contra o aumento dos combustíveis e as restrições econômicas impostas pelo “pacote neoliberal” firmado entre Lenin Moreno e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Após 12 dias de protestos contra as reformas econômicas, que deixou 7 mortos e 1.340 feridos, Lenín Moreno anunciou, neste final de semana, o cancelamento do pacote. Mas a perseguição aos líderes opositores continua, como comprova a prisão da governadora de Pichincha.

Uma assessora da mandatária conseguiu transmitir a ação policial ao vivo pelo Facebook. “Aqui é um estado de direito. Não podem entrar em minha casa assim!”, gritou Paola Pabón contra policiais fortemente armados enquanto terminava de se vestir no quarto.

“Essa é a paz que ele [Lenín Moreno] se propõe ao Equador?”, prosseguiu Pabón. “Que esse país saiba, que o mundo saiba que esse é o governo de Moreno: a perseguição política, a repressão!”, protestou.

“Me encontraram na minha cama, dormindo. Essa é a famosa conspiração”, pontuou se referindo às acusações de Moreno contra o MRC. “Um militar entrou em meu quarto. Eu estava parcialmente despida. Tenho direitos como qualquer equatoriana”, denunciou.

Visivelmente revoltada, a governadora declarou diversas vezes que não estava com medo e não resistiu à prisão. Veja a seguir os vídeos.

Redação

Redação

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  • Este Lenín Moreno, além de traidor e corrupto, é burro. Acaba de anunciar a revogação do decreto escrito pelo FMI (será?) e logo em seguida comete outro crime na prisão de uma governadora da oposição. Certamente as manifestações de rua serão retomadas.

    • Não é burro coisa nenhuma, ele simplesmente ganhou tempo para perseguir, prender e até matar, se for necessário, toda a sua oposição. Quem foram burros foram os líderes indígenas que entraram na conversa dele, um traidor como ele sempre faz a mesma coisa, trai.

  • Direita canalha!!! E os jornais brasileiros que apoiaram o golpe, porque também não divulgam essa notícia?
    CANALHAS!
    CANALHAS!
    CANALHAS!

  • Se fosse na Venezuela a nossa imprensa hipócrita junto com os bozossauros já estariam apopléticos, maldizendo Maduro e prometendo guerra aos vizinhos.
    Bando!

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