
Jornal GGN – A invasão ao Capitólio em 05 de janeiro deixou cinco mortos e o registro de uma tentativa de golpe nos Estados Unidos, e algumas informações indicam que o Brasil pode passar por algo semelhante no futuro.
No mesmo dia 05 de janeiro, aliados do ex-presidente Donald Trump estiveram reunidos no Trump Hotel, em encontro que foi apelidado de conselho de guerra. Diversos aliados do republicano foram vistos ali, como o empresário conspiracionista Michael Lindell.
E um político brasileiro também estava presente em Washington no mesmo dia: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que chegou a publicar em suas redes sociais uma foto que tirou com a filha de Trump, Ivanka Trump, na Casa Branca, ao lado da esposa Heloísa Bolsonaro e da filha, Geórgia.
Embora o filho do presidente Jair Bolsonaro tenha apagado o registro que fez ao lado de Lindell, o empresário norte-americano realizou uma live no dia em que o Capitólio foi atacado por militantes pró-Trump, onde confirmou que esteve com “o filho do presidente do Brasil” na noite anterior.
Eduardo Bolsonaro não efetuou nenhum comentário a respeito da invasão. Após a invasão, ele se encontrou com Olavo de Carvalho e com o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, conforme nota publicada no jornal Folha de Pernambuco.
Neste domingo (07/03), o jornalista norte-americano Seth Abramson divulgou no site Proof uma reportagem alegando que Eduardo Bolsonaro esteve na reunião realizada no dia anterior à invasão do Capitólio. A íntegra do artigo (fechado para assinantes) pode ser acessada clicando aqui.

Confira abaixo a thread elaborada pelo jornalista Samuel Pancher, incluindo o vídeo publicado por Lindell em que confirma a reunião com “o filho do presidente do Brasil”.
Ao mesmo tempo, reportagem publicada no site World Socialist Web Site destaca que a viagem que Eduardo Bolsonaro fez aos EUA foi pouco repercutida pela imprensa, e levanta diversos questionamentos sobre a presença do deputado federal no país às vésperas da invasão. “Como policial federal, suas atividades políticas no Brasil estão diretamente ligadas à mobilização das forças policiais como bases de sustentação para um movimento fascistoide. Como deputado, é um defensor da fabricação e liberação indiscriminada do porte de armas no Brasil, e da criminalização do comunismo. Assim como seu pai, é um ávido defensor da sangrenta ditadura militar que governou o Brasil por 21 anos”.

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