Mudança de planos na campanha de Jair Bolsonaro à reeleição: depois de priorizar uma figura feminina, devido à rejeição do presidente entre as mulheres, a ideia agora parece ser a de buscar alguém do Nordeste, por ser a região onde ele tem piores resultados, segundo as pesquisas.
Por isso, o novo nome que passou a ser especulado entre os bolsonaristas é o do ministro do Turismo, o pernambucano Gilmar Machado, que atualmente se encontra sem partido – sua última legenda foi o PSC.
O nome de Machado não surgiu pelos resultados apresentados por sua pasta, que não são muitos, e sim pela fama que adquiriu ao ser o famoso sanfoneiro que acompanha Bolsonaro em muitas de suas tradicionais lives de tarde-noite de quinta-feira.
Segundo matéria de Igor Gielow para a Folha de São Paulo, Gilmar Machado era resistido por parte do chamado Centrão, mas isso teria mudado nas últimas semanas, especialmente porque figuras próximas ao presidente vêm defendendo sua opção como possível fator para reverter os maus resultados das pesquisas no Nordeste.
A última pesquisa da consultora Genial/Quaest, publicada em 9 de fevereiro, mostrou um aumento de 5% na rejeição a Bolsonaro entre os eleitores nordestinos, o que significou um total de 61% de desaprovação ao seu nome. Essa também é foi a porcentagem de votos favorável ao petista Luiz Inácio Lula da Silva nessa região: 61%, contra 13% para Bolsonaro.
Outros fatores que fortalecem o nome de Machado é sua aceitação entre os setores evangélicos – mesmo se tratando de um católico – e sua lealdade para com o Bolsonaro, vista com bons olhos pelos filhos do mandatário.
Antes de Machado e da prioridade ao voto nordestino, os rumores giravam em torno de uma figura feminina, devido à rejeição ao bolsonarismo entre as mulheres. Nesse período, foram levantados os nomes de duas ministras: primeiro Damares Alves (Mulher, Cidadania e Direitos Humanos), depois Tereza Cristina (Agricultura). Também houve especulações com outros nomes militares, como o do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que é visto com um general mais leal a Bolsonaro que o atual vice-presidente, o general Hamilton Mourão.
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