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Marina, o alvo preferido de Reinaldo Azevedo

Reinaldo Azevedo é das penas armadas de José Serra na imprensa. Pelo bem e pelo mal, basta acompanhar os espisódios marcantes da trajetória de José Serra para perceber um sincronismo entre os textos do colunista com os passos potiticos  do candidato do PSDB. O textos de Reinaldo sobre Aécio na época da escolha do candidato do PSDB são muitos.

O que precisa ser dito é que Serra é de direita e alimentou  o ódio na sociedade por meio de um dos seus lugar- tenentes. E saber se Marina vai colar sua biografia a a esta forma de fazer política.

Abaixo, uma pequena amostra do que Reinaldo escreveu sobre Marina, hoje, a jóia cobiçada por Serra, logo depois do debate da Globo em que Marina encarou o candidato de Reinaldo.

Pela primeira vez em 11 anos, a NovaE dá um link para Veja. Tudo por uma boa causa.

Chega! Cansei dessa mistura de taliban ecológico com curupira ideológico
Por reinaldo Azevedo

Se vocês prestarem bem atenção, Marina Silva, a candidata do PV à Presidência, com aquela sua voz de criança, seus xales telúricos e seu ar beato, é a candidata que mais bate nos adversários — em especial no tucano José Serra. E os jornais e sites noticiosos lhe dão ampla cobertura porque ela integra aquele grupo dos políticos inimputáveis. Como é a candidata supostamente sem mácula, então pode se comportar como uma espécie de ombudsman no processo político, dando pito em todo mundo. Tenha dó!

Ela participou ontem do debate da Globo. Foi, de longe, a sua pior atuação. A razão é simples: o fato de o encontro ter privilegiado um certo aporte técnico dos candidatos deu o seu real tamanho. Não verifiquei, mas creio que o vídeo do encontro já esteja disponível na rede. É impossível capturar substantivos concretos nas suas respostas. Marina tem uma vaga idéia muito convicta sobre tudo. Reescrevo: vaga idéia muito convicta. E ataca as respostas objetivas dos adversários, desqualificando-as como “coisa de gerentes”.

Aproveita a sua imagem positiva para investir no obscurantismo. Como boa parte do jornalismo vive sob o mito da falsa isenção — e ser isento é entendido como não se alinhar nem com Dilma nem com Serra —, então não se tem com ela a mesma severidade que se tem com os líderes das pesquisas, em especial com o tucano. Quem quiser saber do que falo dê uma olhadinha na Folha Online. Procure ali uma só notícia que seria ao menos “neutra” para Serra. Nada! É só pancadaria. E a mais agressiva é desferida justamente por Marina, segundo quem “Serra desconstruiu a própria imagem e vai perder perdendo”, seja lá o que isso signifique em “marinês”, essa língua que muita gente acredita entender.

Marina está brava porque, a quantos tenham algo entre as orelhas, a sua absoluta falta do que dizer ficou clara. Ela apostava na carnificina do confronto entre Dilma e Serra, hipótese em que poderia pontificar como a única vegetariana num jogo de lobos. Olharia, então, para o telespectador e diria: “Vejam como eles são; como brigam entre si; como são sanguinolentos. Eu não! Estou fazendo propostas”. Só que os outros dois decidiram não ser herbívoros, se é que vocês me entendem. E nem era mesmo hora de arriscar. No lugar de Serra, eu teria feito o que ele fez ontem. No lugar de Dilma, eu teria feito o que ela fez ontem. No lugar de Marina, eu teria pensado: “Ai, Espírito da Floresta! Estão me perguntando o que eu pretendo fazer no governo! Bando de gerentes! Vou desqualificar todo mundo”.

O ataque a Serra, na forma como ela decidiu fazer, seria burro se não fosse uma tática. Ora, se é preciso ter duas mulheres no segundo turno — e, nesse caso, o problema de Serra, então, estaria em ser homem, o que é boçal —, tal evento, na cabeça de Marina, só se realizaria se ela tirasse uma montanha de votos do tucano. Vamos fazer de conta que as pesquisas estão certas: sem a migração de eleitores da petista para os outros candidatos, não há segundo turno. Uma troca de preferências dentro da própria oposição é irrelevante para a candidata oficial.

Leia o texto completo.

Redação

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