Política

Após PDT e Cidadania, Lula mira PSD e MDB de Tebet nos próximos dias

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (04) que deve receber novos apoios para sua candidatura nos próximos dias. Lula disputa o segundo turno das eleições presidenciais contra o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL).

“Hoje o PDT declarou apoio à nossa candidatura. O PSD do (Gilberto) Kassab, quinta-feira vou receber um grupo de senadores que vem comunicar o apoio”, disse Lula a jornalistas após encontro com freis franciscanos na cidade de São Paulo (SP) por ocasião do dia de São Francisco de Assis.

“Nós estamos em um processo de conversação com outras forças políticas, nós estamos conversando com outros partidos políticos”, ressaltou o ex-presidente.

Além destes partidos, a candidatura de Lula recebeu o apoio do Cidadania e, nesta quarta-feira, o ex-presidente deve se reunir com a senadora Simone Tebet, do MDB, para discussão de uma aliança.

“Nós recebemos o apoio de várias personalidades políticas do Brasil inteiro, e nós vamos essa semana porque eu já vou começar a viajar a partir de sexta-feira”, ressaltou Lula.

O ex-presidente afirmou que pretende passar por todos os Estados onde a disputa para o governo estadual foi para o segundo turno. “A gente vai tentar o máximo de apoio possível”.

“Vamos ganhar do Bolsonaro em São Paulo”

Sobre o apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), à candidatura de Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula disse não ter contato com Garcia.

“Eu nunca tive relação com o atual governador de São Paulo, não sei se ele já decidiu apoiar meu adversário”, disse Lula. “E se ele decidiu apoiar o Bolsonaro é uma decisão livre dele, soberana dele. Nós vamos ganhar do Bolsonaro com o apoio dele aqui em São Paulo, tenho certeza que nós vamos ganhar as eleições aqui em São Paulo”.

Lula ressaltou que a sociedade civil e personalidades também serão procuradas para fomentar o apoio à sua candidatura. “Tem muita gente importante querendo se posicionar politicamente, e essa vai ser uma tarefa um pouco da nossa companheira Gleisi (Hoffmann), presidenta do partido, vai ser do presidente do PT de São Paulo (Luiz Marinho), e eu e o Haddad vamos ter que sair por aí fazendo campanha”.

Antipetismo antigo

Na visão de Lula, a disputa eleitoral de 2022 provou que 60% da sociedade brasileira recusou Bolsonaro. “E é muito estranho que alguém que esteja no exercício do poder, disputando uma reeleição, perca como ele perdeu”.

“É importante lembrar que eu ganhei as eleições no primeiro turno com 48,4%, faltou apenas um tiquinho para ganhar as eleições no primeiro turno, mas como eu gosto de debate, eu acho que o segundo turno é importante (…)” afirmou Lula.

Questionado sobre o avanço do antipetismo, Lula deu a entender que isso vem desde as origens do partido – uma vez que, com nove anos de existência, o PT foi para o segundo turno de uma eleição presidencial e ficou em segundo lugar, o que se repetiu por alguns anos até vencer as eleições em 2002, 2006 e 2010.

“(O PT) foi o segundo colocado em 2018 quando eu estava na Polícia Federal e o Haddad foi candidato e vamos ser o primeiro agora”, disse o ex-presidente.

“Nas duas eleições que eu ganhei, eu ganhei com 60% dos votos no segundo turno. O que nós sabemos é que existe alternativa de escolha do povo brasileiro, e é por isso que nós do PT brigamos muito para que tivesse dois turnos nas eleições nas cidades com mais de 200 mil habitantes porque não é correto alguém ser eleito apenas com 30% dos votos e ter 70% contra”, disse o presidente.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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