Os lixões de Diadema

Por enio

Caro Nassif, da maneira como estão postadas as fotos e pela matéria do Jornal o Estado de São Paulo, dá entender que os moradores do Núcleo Sítio Joaninha em Diadema, divisa com São Bernardo do Campo, estão abandonados à própria sorte. Isso não é verdade. Encaminho para seu blog o posicionamento da prefeitura municipal sobre o assunto:

O Núcleo Habitacional Sítio Joaninha, mencionado na matéria do jornal O Estado de São Paulo, é uma área de manancial que totaliza 225 mil m² no município de Diadema. Com relação ao número de pessoas que vivem no local, e não sobre o Lixão desativado, a informação publicada pelo jornal não condiz com a da prefeitura. Não se trata de 5 mil pessoas, como afirma o periódico. Atualmente, na parte de Diadema, moram 459 famílias e apenas 17 possuem residências instaladas na área limítrofe ao antigo depósito de lixo.

A Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do município já definiu, junto ao Sítio Joaninha e mais duas áreas em mananciais, uma série de intervenções urbanísticas que serão realizadas com recursos oriundos do município e do governo federal, por meio do PAC Mananciais.

O projeto prevê investimentos da ordem de R$ 42 milhões, que beneficiarão cerca de 2,4 mil famílias. A primeira etapa de obra já foi licitada, porém necessita da aprovação da Cetesb, para que se dê a ordem de início. No caso específico do Sitio Joaninha, o projeto está em fase de revisão e para posteriormente entrar em processo de licitação. A primeira fase do projeto será realizada no loteamento Iguassú. O Complexo Caviúna e Sítio Joaninha serão os próximos a receber intervenção.

As intervenções do PAC Mananciais incluem obras de urbanização, instalação de redes de coleta de esgoto, drenagem e abastecimento de água, obras de estabilização geotécnica, remoção de áreas de risco e de Áreas de Proteção Permanente, além de produção habitacional, trabalho social e Regularização Fundiária. Além das melhorias geradas pelo PAC Mananciais, no âmbito da proposta de saneamento, as áreas de risco receberão intervenções de recomposição ambiental e toda área de Proteção Permanente será recuperada.

A Prefeitura de Diadema também implantou ação de monitoramento, que conta com técnicos da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, para contenção de novas ocupações, em parceria com os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, que vistoriam o local periodicamente. Além disso, no âmbito do trabalho Social previsto no PAC Mananciais, inclui ações de Educação Sanitária e Ambiental.

As prefeituras de Diadema e SBC, em comum acordo, apresentaram cronograma de ações junto ao Poder Judiciário. Neste momento, está sendo realizado diagnóstico da área, com sondagens, a fim de verificar a situação química do solo. A partir deste diagnóstico, será possível realizar a proposta de recuperação ambiental da área.

Enio Taniguti

Assessoria de Imprensa

Prefeitura de Diadema

Luis Nassif

Luis Nassif

Recent Posts

Sofisma da Composição Macroeconômica, por Fernando Nogueira da Costa

O primeiro equívoco de empresários leigos em teoria econômica é considerar a Nação, ou o…

23 minutos ago

Sobe para 83 número de mortos em enchentes no Rio Grande do Sul

Em meio ao cenário drástico, a previsão é de mais chuva nesta semana. Governo federal…

1 hora ago

1º de Maio de 2024, um sinal de alerta, por Francisco Celso Calmon

O 1º de maio foi um sinal da desmobilização dos trabalhadores e do Presidente da…

2 horas ago

Florestan Fernandes: reflexões sobre as ditaduras, por Débora Mazza

Notas sobre o livro “Memórias do Cárcere” de Graciliano Ramos e o filme homônimo de…

3 horas ago

Madonna: duas horas de uma história bem contada, por Afonso Lima

Além de fazer o exorcismo da bandeira nacional do lado da rebelião. A colocação do…

3 horas ago

O chocante jornalismo de guerra: o Day-after de Thomas L. Friedman, por Frederico Firmo

É provável que as fraturas internas apareçam  entre os palestinos, e isto não vai sobrepujar…

3 horas ago