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LONDRES: A POLÍCIA E AS REDES SOCIAIS EM XEQUE

                             O mundo atravessa um período de turbulência (conjunta) jamais visto em outras épocas, tanto na área econômica, com o pânico no mercado financeiro, como no campo da violência e das guerras sem controle e sem limites. A evolução tecnológica, com a diversidade das redes sociais, através da rápida e fácil comunicação entre bilhões de usuários, resultou na perigosa e real possibilidade de aglutinação de grupos radicais, revoltosos e reacionários em todo mundo, terroristas fundamentalistas ou urbanos, aqui excluídas as nações mais miseráveis do mundo que não dispõem sequer do alimento para sobreviverem ( vide o caso da Somália), quanto mais tomar parte da era virtual.
                             O certo é que o Celular, o Twitter, o Facebook e os BlackBerries  são hoje poderosas ferramentas digitais que arregimentam para as guerras e para os atos de vandalismo, onde pobres- a maioria imigrantes marginalizados e desempregados- tornam Londres e seus arredores agora num inferno de violência, saques, invasões, incêndios, num quadro de gravíssimo comprometimento da ordem pública. O estopim da inusitada revolta- dá para lembrar dos hooligans- é mais uma possível desastrada ação da polícia inglesa ao matar um suspeito de tráfico de drogas durante uma abordagem não muito explicada, como já não bastasse o lamentável incidente da morte do brasileiro Jean Charles, fato que colocou em descrédito a até então conceituada Scotland Yard.
                           O pior é que estamos há um ano do maior evento de competição esportiva do mundo, os Jogos Olímpicos, que ocorrerão justamente na capital inglesa. Imaginem se tal fato tivesse ocorrido aqui. Certamente que o primeiro mundo nos atacaria sem dó e piedade.Londres hoje nada se parece com o exemplo dado ao mundo meses atrás, com o casamento do Príncipe William e a até então plebéia Kate. Sem dúvida, uma demonstração de ordem, pompa, fleuma e respeito às melhores tradições da monarquia inglesa. No entanto Londres, a partir de agora, nunca mais será a mesma. A polícia inglesa e os ingleses mais tradicionalistas foram pegos de surpresa. Daqui há um ano terá que provar que pode ter o controle seguro das Olimpíadas.
                           Registre-se que além de jovens – radicais revoltosos- a segurança inglesa terá que ter, em sua totalidade e em todos os momentos, o controle de homens- bombas e franco atiradores, ou seja de radicais terroristas cujo alvo preferido será sem dúvida a capital inglesa e seus arredores. Todo o cuidado e a segurança serão poucos. O preço de uma segura Olimpíadas será a eterna vigilância. O triste exemplo do ataque ao alojamento dos atletas judeus, em 1972, nas Olimpíadas de Munique, sempre permanecerá em nossa memória quiçá o atentado às Torres Gêmeas, em Nova York, no fatídico 11 de setembro de 2001.. As autoridades governamentais e a polícia inglesa que coloquem, desde agora, suas barbas de molho. Quando o assunto é terrorismo e vandalismo, todo cuidado é pouco.

                                                           Milton Corrêa da Costa

Redação

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