Coronavírus: Trump assina projeto pedindo testes gratuitos e ajuda aos trabalhadores

Jornal GGN – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou legislação que ampliará o Medicaid e os benefícios do desemprego, determinará licença médica por doença e assistência a crianças, além de solicitar testes gratuitos de coronavírus. Este projeto faz parte de um esforço para limitar os danos causados pela pandemia.

O projeto foi apresentado pelos democratas da Câmara e enfrentou crítica dos republicanos do Senado. Mas o projeto foi aprovado por 90 a 8 depois que a Casa Branca pressionou por uma ação rápida sem prolongados argumentos sobre emendas.

A legislação, assinada por Trump nesta quarta-feira, significará algo em torno de US$ 100 bilhões em ajuda. O Senado também está negociando outro projeto de lei para reforçar a economia.

‘Este é um momento para uma ação bipartidária urgente e, neste caso, não acredito que devamos deixar a perfeição ser inimiga de algo que ajude até um subconjunto de trabalhadores’, disse o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, na manhã de quarta-feira. Ele também sinalizou os próximos passos. ‘Não está claro quanto tempo levará para concluir essas etapas, mas como todos sabem, estamos nos movendo rapidamente porque a situação exige’, disse ele.

A legislação passou por algumas mudanças importantes antes da aprovação. Embora a lei determine férias remuneradas para os doentes ou em quarentena por causa do Covid-19, bem como para os cuidadores dos doentes, as empresas com mais de 500 e menos de 50 funcionários são isentas. Os provedores de saúde, incluindo hospitais e asilos, também são isentos. Além disso, não há estipulações para os 16 milhões de trabalhadores americanos autônomos.

Os pais que enfrentam o fechamento da escola terão direito a férias remuneradas e todas as provisões durarão até o final do ano.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que está pressionando para expandir as férias pagas no próximo pacote de financiamento.

Mas Trump continua causando confusão. Primeiro se considerou um ‘presidente da guerra’, depois invocou uma lei de 70 anos atrás para dar poder ao governo de orientar a produção de empresas privadas para aliviar a escassez de máscaras, ventiladores e suprimentos médicos. Daí foi ao Twitter e causou confusão ao dizer que tal lei vinha para combater o ‘vírus chinês’. E usou um termo racista para o Covid-19 e tuítou coisas confusas ao longo do dia. Assinou a legislação e depois comunicou que desconsideraria uma parte dele, a que garantia férias remuneradas.

Com informações do The Guardian.

Redação

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  • Lord Keynes, Norberto Bobbio e Giovanni Berlinguer estão discutindo em algum lugar do divino a questão, de sorriso leve, mas ainda céticos.

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