Greve dos petroleiros: 14º dia de lutas

Jornal GGN – Nesta sexta, dia 14, os petroleiros estão em 14 dias de greve nacional em todo o Sistema Petrobras. Atos são realizados em várias unidades exigindo a suspensão das demissões na Fafen-PR.

Ao menos 144 trabalhadores da Fafen já receberam telegramas de convocação para o comparecimento a hotéis da região de Araucária, onde as rescisões dos contratos de trabalho seriam feitas, violando o Acordo Coletivo de Trabalho.

A adesão ao movimento paredista cresce por todo o país, contabilizando 116 unidades em 13 estados.

Em mais uma tentativa de abrir o diálogo com a gestão da Petrobrás, que resiste em negociar com as representações sindicais desde antes da greve, a FUP protocolou na quinta-feira (13) uma petição direcionada ao ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). No documento, os petroleiros reforçam a disposição de buscar uma solução para o impasse, desde que a Petrobras suspenda imediatamente as demissões na Fafen-PR e as medidas unilaterais tomadas contra os trabalhadores e que levaram a categoria à greve.

“Com intransigência e demissões, a greve continuará crescendo e se fortalecendo. Entendemos que o papel da justiça do trabalho é preservar direitos e impedir o retrocesso social. Sempre estivemos abertos à negociação. Quem não quer negociar é a gestão da Petrobrás”, avisa o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, um dos integrantes da Comissão Permanente de Negociação.

Pontos apresentados pela FUP na petição:

> Suspensão imediata das demissões na FAFEN-PR

> Cancelamento da nova tabela de turno que foi imposta pela gestão aos trabalhadores das unidades operacionais

> Restabelecimento das negociações para solução dos pontos do Acordo Coletivo que estão sendo descumpridos pela empresa

Quadro nacional da greve – 14/02

56 plataformas

11 refinarias

23 terminais

7 campos terrestres

7 termelétricas

3 UTGs

1 usina de biocombustível

1 fábrica de fertilizantes

1 fábrica de lubrificantes

1 usina de processamento de xisto

2 unidades industriais

3 bases administrativas

Com informações da FUP

Redação

Redação

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  • O que é difícil de entender, neste momento, é o racha entre a FUP e a FNP. No RJ, onde o sindicato dos petroleiros é filiado à FNP, pouco de vê a participação dos funcionários que trabalham na base do Sindipetro-RJ na concentração em frente ao EDISE, na av. Chile. Os próprios sindicalistas paecem não participar. Este fato responde, em grande medida, pela visível debilidade do movimento grevista. Se as representações dos trabalhadores se dividem neste momento crucial de enfrentamento do autoritarismo, muito pouco se pode esperar de êxito.

  • Vejo, agora, em foto no jornal El País, que na refinaria de Cubatão, o Sindipetro-LP, filiado à FNP, participa da greve.
    Então, o que acontece do RJ, onde a visibilidade deve ser maior, para que não se veja, claramente, a participação do Sindipetro local e da FNP?

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