Líder pró-impeachment, Agripino detém recorde de títulos imorais

Coronel da mídia, investigado no STF, prefeito “biônico” da ditadura e “Rabo-de-palha: o Jabá de Jajá”. Eis os títulos imorais conquistados pelo senador José Agripino Maia (DEM-RN) ao longo de sua carreira política. Ele é um dos líderes pró-impeachment de Dilma e ex-coordenador da campanha de Aécio Neves.

Agripino é apontado como um dos maiores políticos detentores de concessão de radiodifusão que atuam no Congresso Nacional. O estudo intitulado “Coronéis da mídia”, elaborado por diversas organizações de democratização dos meios (veja aqui), o coloca como controlador direto de veículos de comunicação em seu Estado (o que é vetado pela Constituição). Ao contrário de muitos no Congresso, que usam laranjas para não aparecer como proprietários de concessão pública, o senador é pego já na primeira triagem neste trabalho.

Na onda recente de denúncias de corrupção, Agripino foi um dos primeiros políticos autorizados pelo STF à abertura de inquérito na Justiça. O parlamentar é acusado de ter recebido propina de R$ 1 milhão, depois que um delator o acusou de chantagear uma empresa para fazer serviço de inspeção veicular ao Detran-RN. A investigação foi autorizada poucos dias depois do nobre parlamentar se manifestar na rua contra a corrução no dia 15 de março.

Líder hoje de seu partido, o primeiro cargo público de Agripino foi de prefeito de Natal (RN), entre 1979-82, mas não havia eleição na época. Período do Regime Militar, ele foi indicado ao cargo pelo seu tio, então governador do Estado, também nomeado pela Ditadura. Portanto, foi um famigerado prefeito “biônico” – e no modelo oligárquico.

Na primeira eleição pós-ditadura para a prefeitura de Natal, em 1986, quando já era governador eleito do Estado, tentou fazer sua candidata obter a vitória comprando deliberadamente votos de eleitores, caso conhecido na região como “Rabo de Palha”.

O escândalo foi tão grande que se tornou livro, intitulado “Rabo de Palha: o Jabá de Jajá” (Jajá é o apelido dado a José Agripino Maia), lançado em 2006, de autoria do jornalista e escritor potiguar Orlando Rangel Rodrigues, o Caboré – que tem uma dezena de obras literárias lançadas.

Jajá, ao lado de Ronaldo Caiado, Paulinho da Força e Aécio Neves, tem atualmente posado de arauto da ética e da democracia em meio à crise política, além de atuado como fonte confiável de informação da grande imprensa e aliado ilibado de movimentos pró-impeachment.

Inacreditável!

www.augustodiniz.com.br

Redação

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