O Brasil na vanguarda da produção agrícola sustentável ao redor do mundo

Ref. ao post A expansão agrícola mundial e a destruição de terras naturais

O relatório da ONU sobre a pressão pela abertura de áreas agrícolas é um alerta, mas, não há milagres, é preciso produzir. Obviamente, reduzir o desperdício é um dos pontos de ação, mas sejamos francos, pois, a medida que a sociedade aumenta em número, a demanda não será atendida apenas pela redução do desperdício.

Nesse ponto o Brasil está na vanguarda. O país talvez seja o único no mundo a repensar de fato à sua forma de produção. Isso é mostrado na internalização de compromissos assumidos em encontros internacionais, como a COP15. O Plano Nacional de Mudanças Climáticas é o marco regulatório das politicas que direcionam a agricultura do Brasil como uma das mais sustentáveis do mundo. Aqui, não se fala em utopias como o fim dos agrotóxicos ou morte aos transgênicos.

A principal  ação governamental em relação à redução da pressão pela abertura de novas áreas está se dando pela instituição do Programa de Baixa Emissão de Gases Estufa na Agricultura, Programa ABC, o qual  tem comum dos pilares a conversão de áreas de pastagens degradas em áreas para a produção simultânea de grãos, cereais, carne, fibras, e madeira.  Para muita gente é só mais uma tentativa, mas para quem está atenta ao mercado sabe que os próximos anos podem ser marcados como a introdução de barreiras ambientais a produtos que não tenham o selo de responsabilidade pelo meio ambiente.

Em suma, o esforço para convencer a maioria dos grandes e médios produtores, terá que ser grande, pois agricultor não mexe em time que está ganhando; a não ser que o juiz, nesse caso, o mercado externo consumidor, passe a olhar mais de perto se tudo o que ele consome está sendo produzido com o mínimo de proteção ambiental, e porque não, social.

É nesse ponto que acho, tenho esperança, que o genocídio indígena em breve será colocado como uma barreira à importação de produtos brasileiros, daí para frente, vai sobrar continência para cada cocar.

Redação

6 Comentários

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    1. André, vc anda enxergado o

      André, vc anda enxergado o mundo em duas cores? Assim eu não posso deixar de dizer que vc faz parte da Direitolândia. Saia dessa dicotomia porque fica feio, assim como fica feio para os esquerdistas que querem radicalizar e não reconhecer valores do “inimigo”.

  1. Por que não me ufano desse “vanguardismo”.

    Uma pesquisada rápida no São Google retorna os seguintes resultados, para estes dois títulos:

    Brasil campeão mundial de agrotóxicos

    Brasil campeão mundial de desmatamento
     

    Desculpe-me Francy, mas é muita ingenuidade acreditar que uma questão gravíssima, o genocídio indígena, passe por uma “solução de mercado”. No caso, uma “solução” que nem sequer foi aventada por nenhum país, é só como você diz, sua esperança. Os índios não sobreviverão da sua esperança, quando tal “solução de mercado” aparecer, os índios estarão dizimados, eles precisam de atenção aqui e agora, antes que mais tragédias venha a acontecer. A questão indígena precisa de uma solução política já, para ontem, nada dessa embromação burocŕática, de que “estamos fazendo”, “não é bem assim”, “as açoes podem demorar para sair, mas estão saindo”; isso é lero-lero, jogo de quem quer manter, a aliança reeleitoral com o latifúndio e o agronegócio e não está nem aí para a sorte dos índios.

    Pense em países como o Egito, quase noventa milhões de habitantes, empilhados numa faixa de terra, onde se pode praticar agricultura, um pouco maior do que o Estado do Rio, onde também eles erguem suas cidades, restando menos terra para a agricultura. O mundo árabe é composto de uma população, de mais de 350 milhões de habitantes vivendo em terras na sua maioria desérticas. Pense também no Bangladesh, 150 milhões de habitantes numa área do tamanho do Ceará; pense noutros países superpopulosos da Ásia, os maiores mercados para produtos agrícolas; China, Índia, Paquistão, Indonésia e Japão; você acha que eles se preocuparão com os nossos índios, quando estiver em jogo a alimentação e sobrevivência dos seus povos?

    Sustentável para quem e para o quê, Cara Pálida?

    1. Almeida, como eu disse, tenho

      Almeida, como eu disse, tenho esperança. Mas, infelizmente você tem razão em dizer que até lá os índios já terão sido dizimados. Mas eu me baseio com o que aconteceu com a soja. Depois que paises europeus passaram a usar a Lupa para avaliar não compromentimento ambiental dos produtores, eu vi e ouvi Blairo Maggi falar pela primeira vez em recuperação de área degradada. Eu vi e ouvi de Kátia Abreu que ela estava conversando com ambientalistas. Assim, acredito sim que o Mercado tem força para estabelecer as regras. No munda capitalista, as regras são dadas pelo cliente. Obvio que os árabes podem nem querer saber de indios, mas a medida que a consciencia avança nesse seculo, srá bem dificil que isso não se torna exigencia. Vide hoje que muitos paises, como aqui na Escócia, exigem a rastreabilidade dos produtos para ver sua procedencia ambiental e social. Mas é claro, até lá, o voraz e conservador produtor brasileiro já terá tido exito em destroçar os indios, infelizmente.

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