Enviado por Gilberto Cruvinel
Quem vê que em branca neve nascem rosas
Luís Vaz de Camões
Quem pode livre ser, gentil Senhora,
Vendo-vos com juízo sossegado,
Se o Menino que de olhos é privado
Nas meninas de vossos olhos mora?
Ali manda, ali reina, ali namora,
Ali vive das gentes venerado;
Que o vivo lume e o rosto delicado
Imagens são nas quais o Amor se adora.
Quem vê que em branca neve nascem rosas
Que fios crespos de ouro vão cercando,
Se por entre esta luz a vista passa,
Raios de ouro verá, que as duvidosas
Almas estão no peito trespassando
Assim como um cristal o Sol trespassa.
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In Obras de Luíz de Camões (Vol. II), 1861
Pelo Visconde de Juromenha
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Camões faz lembrar Fanatismo de Florbela Espanca
Gilberto Cruvinel,
Camões nunca é demais. E é no exagero que ele excele. O poema abaixo vale mais pelo poema, mas para mim vale também pelo nome que eu dei a ele: “O matemático e a agiota”:
“Quem vê, Senhora, claro e manifesto
O lindo ser de vossos olhos belos,
Se não perder a vista só em vê-los,
Já não paga o que deve a vosso gesto.
Este me parecia preço honesto;
Mas eu, por de vantagem merecê-los,
Dei mais a vida e alma por querê-los,
Donde já não me fica mais de resto.
Assim que a vida e alma e esperança,
E tudo quanto tenho, tudo é vosso,
E o proveito disso eu só o levo.
Porque é tamanha bem-aventurança
O dar-vos quanto tenho e quanto posso,
Que, quanto mais vos pago, mais vos devo.”
E evidentemente por menor que seja o conhecimento em matemática todo mundo teve na vida a sua agiota.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 25/02/2016
Poemas & formas
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Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. “Distopia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/distopia [consultado em 01-10-2016].)
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tele……………………..vazão
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………………………………………………………. (Cláudio Carvalho Fernandes)
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O fetiche da mercadoria
ou
dA coi$ificaçãØ do ser humano
……………………………………………para o Poetamigo e Doutor em Comunicação Professor Laerte Magalhães
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…………………………………………………………………………………( Cláudio Carvalho Fernandes )
O poema acima ( O fetiche da mercadoria… ) apresenta-se, no original, em forma de cubo, o protótipo da mercadoria.
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O fetiche da mercadoria
ou
dA coi$ificaçãØ do ser humano
……………………………………………………………para o Poetamigo e Doutor em Comunicação Professor Laerte Magalhães
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…………………………………………………………………………………………………………( Cláudio Carvalho Fernandes )
O poema acima ( O fetiche da mercadoria… ) apresenta-se, no original, em forma de cubo, o protótipo da mercadoria.
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. . . Uma das duas amostragens postadas acima há de ser visualizada da melhor maneira possível neste “site” . . .
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