Luciano Hortencio
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Grande Otelo e Maria Bonita, sua primeira gravação em disco

Por Luciano Hortencio

 

 

Maria Bonita, primeira gravação em disco de Grande Otelo, é uma marcha bastante peculiar e contagiante. Impossível não ficar a repetí-la consciente ou inconscientemente. A marcha de Odaurico Rocha tem o luxuoso acompanhamento do Maestro fon-Fon e sua Orquestra e repete o nome de seu título nada mais nada menos do que quarenta e duas vezes. Segundo seu compositor, “é pra aborrecer”.

Consegui, na internet, uma foto antiga e rara de Maria Bonita, onde consta a descrição de que é anterior ao ingresso da mulher de Lampião para o cangaço. Com a foto está em má condição, solicitei a ajuda do amigo Elson Rezende, ilustrador de mão cheia e o resultado pode ser visto abaixo.

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=ZWTRmYe1tSE width:700 height:394

 

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

 

Primeira parte oh!

Segunda parte oh!

Terceira parte oh!

A quarta parte não tem não

Maria Bonita

Com seu violão

Espera na esquina

O seu Lampeão

 

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

 

Primeira parte oh!

Segunda parte oh!

Terceira parte oh!

A quarta parte não tem não

Maria Bonita

Eu quero te ver

Cantando esta marcha

Que é pra aborrecer

 

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

 

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

Maria Bonita Maria Bonita

 

Estranhamente, os três sites abaixo trazem a composição como sendo de Apolo Corrêa e Emil Gianordoli, sem que tenha eu vislumbrado razão para tal.

http://www.ctac.gov.br/otelo/musica/detalhe.asp?cd=49

https://books.google.com.br/books?isbn=8577340090

http://www.cinemabrasileiro.net/sonofilms.html

Nosso agradecimento ao Arquivo Nirez.

 

 

Luciano Hortencio

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  1. A lenda continua

    por Fabíola Ortiz

    “Se, para muitos, Lampião foi um bandido sanguinário, para muitos outros foi um herói e continua a ser uma fascinante e lendária figura.” É desta forma que o rei do cangaço é descrito em reportagem publicada na revista O Cruzeiro, em 6 de junho de 1959, intitulada Justiça para Lampião. O fascínio que despertam a história do cangaço e a imagem das cabeças decepadas dos cangaceiros expostas segue intacto 75 anos após a morte de Lampião e Maria Bonita, em 28 de julho de 1938.

    Em uma emboscada na madrugada daquele dia, 48 soldados da polícia de Alagoas avançaram contra o bando de 35 cangaceiros na grota do Angico, na margem do rio São Francisco, no município de Piranhas. Após um rápido combate, Lampião e Maria tiveram suas cabeças decepadas e, posteriormente, exibidas nas escadarias da prefeitura local, ao lado de outras de componentes do seu grupo. Depois, por 30 anos, as cabeças foram expostas no museu do Instituto Nina Rodrigues, em Salvador. Por lá passaram também as cabeças dos cangaceiros Corisco, Azulão, Zabelê e Canjica.

    A preservação das cabeças embalsamadas de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Bonita ainda gera questionamentos e discussões entre legistas, antropólogos e historiadores. Antropólogos do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, querem agora desvendar em que condições as cabeças foram manuseadas e embalsamadas.

    O então professor da Faculdade de Medicina e diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues na década de 50, Estácio de Lima, confirmou na ocasião da matéria de O Cruzeiro que as cabeças haviam sido conservadas pelo método egípcio de mumificação. Elas representam “documentos inestimáveis” de uma época da criminalidade brasileira, comentou.

    “As informações que existem é que foram usadas técnicas egípcias. É exatamente isso que queremos descobrir. Por que usar como parâmetro a técnica egípcia? Provavelmente não foi usada a técnica completa, inclusive porque ela não é conhecida detalhadamente”, contou à História Viva a antropóloga biológica Cláudia Carvalho, diretora do Museu Nacional no Rio.

    Sabe-se que o processo de mumificação no antigo Egito envolvia uso de resinas, essências aromáticas, limpeza com água do Nilo, retirada do cérebro pelo nariz, dos fluidos corporais e uma cobertura de sal por um longo período.

    “Acho muito difícil que tenham sido seguidas essas técnicas. As cabeças foram aparentemente salgadas num lugar e levadas para outro. A temperatura e a umidade controladas não eram uma possibilidade naquela época. Não dá para saber se o resultado da técnica foi bom ou não”, admitiu Cláudia, ao duvidar que as sofisticadas técnicas milenares tenham sido utilizada no Nordeste na década de 1930.

    1. Rosa de Ouro para Malvadeza Durão

      e para a amiga Maria Luisa!

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=kOZUdP4eUCw%5D

      Rosa de OURO, de Hermínio Bello de Carvalho, Élton Medeiros e Paulinho da Viola.Álbum: Rosa de OuroAno de 1965. Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Zimbo Trio interpretam VOU PARTIR, de Nelson Cavaquinho; ÁGUA DO RIO, de Martinho da Vila; MALVADEZA DURÃO, de Zé Keti. Encerram com a ROSA DE OURO, inicialmente interpretada por Aracy Cortes.Álbum: Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Zimbo Trio ao vivo no Teatro João Caetano.Ano de 1968.  

  2. Polêmica ou realidade?

    Carta Capital

    Liberdade de Expressão

    Lampião era gay?

    Ordem de proibir a publicação do livro no qual o Rei do Cangaço seria homossexual é mantidapor Beatriz Mendes — publicado 27/04/2012 12p3, última modificação 06/06/2015 18p3   inShar  lampião

    De acordo com a biografia, Lampião seria gay e viveria um triângulo amoroso com Maria Bonita e o também cangaceiro Luiz Pedro

    Imagine não saber que Vinicius de Morais foi um artista boêmio. Ou que Manuel Bandeira sofria de uma forte tuberculose e que Raul Seixas era viciado em álcool e drogas. São essas características que dão à personalidade de uma figura pública pequenas pitadas de humanismo e de proximidade com seus fãs. Por vezes, essas marcas são essenciais para que as obras deses artistas sejam compreendidas e cedem certo grau de comicidade à sua biografia – como a clássica imagem atribuída a D. João VI, sempre carregando uma gorda coxa de frango em uma das mãos.

    Dificilmente alguém se recusa a reconhecer a importância desses relatos da vida das celebridades. Entretanto, a publicação de biografias não autorizadas às vezes gera atritos entre o autor e as famílias desses artistas, que não querem ter a intimidade de seu parente – e também a sua própria – revelada à população. No Brasil, por conta de processos judiciais, essas obras podem ser até mesmo recolhidas das livrarias – uma ação que fica na linha tênue entre o respeito à privacidade e a afronta à liberdade de expressão.

    Recentemente foi a vez da vida de Lampião ser foco de polêmicas. Em novembro do ano passado, Aldo Albuquerque, juiz da 7ª Vara Cível de Aracaju, expediu uma liminar – a pedido de Expedita Ferreira, filha do cangaceiro – suspendendo a publicação do livro Lampião mata sete, no qual o juiz aposentado Pedro de Morais defende a tese de que Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Rei do Cangaço, seria homossexual. “Não chega a ser nem um capítulo do meu livro, mas eu questiono o assédio dele aos meninos do cangaço e o fato de eles serem tão próximos”, explica Morais, em entrevista à CartaCapital. Albuquerque manteve a ordem de proibição em ação divulgada no último dia 11.

    O juiz de 67 anos conta que seu trabalho não foi o primeiro a tratar do assunto. Segundo ele – que se diz um aficionado por Lampião desde criança -, o historiador e antropólogo Luiz Mott já havia abordado a suposta homossexualidade do cangaceiro. “O professor já falava sobre isso 30 anos atrás. Tem uma tese na Sorbornne que cita esse lado feminino de Lampião. Todo mundo aqui no nordeste sabe que ele era um exímio estilista e gostava de plumas, paetês e perfumes franceses”, defende-se.

    Mas não é só a orientação sexual do Rei do Cangaço que foi abordada. Pedro de Morais também colocou a fidelidade de Maria Bonita à prova. “Maria Bonita foi um personagem criado pela literatura de cordel. Todos sabem que existia um triângulo amoroso entre ela, Lampião e Luiz Pedro. Estácio de Lima, o maior defensor do cangaço no País foi o primeiro a dizer isso”.

    Para Morais, sua biografiade Lampião foi a primeira a ser proibida no País porque é sincera. “Todo mundo tratou do mito. O que eu fiz foi falar sobre Lampião, o bandido”, argumenta. O juiz afirma, ainda, que o fato de ele ter afirmado que o Rei do Cangaço era gay não é justificativa suficiente para a proibição. “Eu falei que ele era um facínora, bandido, ladrão, cruel e nunca houve problema algum. Inclusive, a família até respeita a divulgação desses fatos. Agora eu digo que Lampião era gay e as pessoas proíbem o meu livro? Eu acho que esse pessoal é muito preconceituoso”, dispara.

    Outro Lado 

    Aldo Albuquerque afirma que se baseou na Constituição para vetar o lançamento de Lampião mata sete. O juiz, que não leu o livro, avaliou o teor da obra de Pedro Morais a partir de uma entrevista concedida por ele ao jornal Cinform, publicação que circula em Sergipe. Aliás, foi a partir da mesma reportagem – intitulada “Lampião era boiola e não tinha capacidade de ereção” – que a filha do cangaceiro ficou sabendo do lançamento da biografia. “Não li o livro, pois não foi juntada cópia no processo. Apesar disso, pelas próprias palavras do autor do livro na entrevista, percebe-se facilmente que a obra agride a imagem de Lampião”, analisa.

    Albuquerque acredita existir uma diferença entre relatar os crimes do cangaceiro e falar sobre sua orientação sexual. “Os crimes praticados por Lampião são fatos sociais, públicos e cuja apuração e circunstâncias devem ser levadas ao conhecimento da população sem restrições, pois nesse caso existe legítimo interesse social. Por outro lado, ninguém tem o direito de tratar da opção sexual de quem quer que seja, com exceção da sua própria. Imagine se alguém, com base na liberdade de expressão, divulgue uma notícia, dizendo que determinada pessoa pública, casada, somente mantém relação sexual com o cônjuge, uma vez por mês?”, questiona.

    Projeto de Lei

    O deputado federal Newton Lima (PT-SP) discorda de Aldo Albuquerque. “É um equívoco, não cabe ao juiz dar uma sentença a partir de um juízo de valor próprio sobre o que é relevante ou não em uma obra. Porque cada um tem pensamentos religiosos, ideológicos e morais diferenciados. Ele deve julgar à luz da constituição e não a partir de suas concepções de vida”, critica.

    O deputado é o autor de um projeto de lei que pretende modificar o artigo 20 do Código Civil brasileiro, para garantir a divulgação de imagens e informações biográficas sobre pessoas de notoriedade pública, cuja trajetória pessoal tenha dimensão inserida em acontecimentos de interesse da coletividade. “O que queremos mostrar é que, ao se escrever a biografia de um determinado personagem de nossa história, seja um político, um artista ou até mesmo um anônimo ou um homem simples do povo, o que se está escrevendo é a própria história da sociedade na qual o personagem está inserido, uma vez que não existe sujeito histórico isolado, sem uma contextualização de sua vida no espaço e tempo históricos.”

    Lima afirma que a legislação brasileira a tratar do assunto é ambígua, pois não faz distinção entre pessoas públicas e anônimas. “É evidente o protagonismo que um jogador de futebol consagrado ou artista popular exercem sobre a tomada de escolhas das pessoas ditas comuns. Desde a simples adoção da mesma modalidade de corte de cabelos até a inspiração de comportamentos e condutas diretamente ligadas à figura da pessoa pública, percebemos que tais personalidades desempenham papel de verdadeiras pessoas-espelho para um amplo corpo social”, afirma.

    O deputado argumenta que é necessária uma adequação do Brasil à realidade internacional. “Em outros países, como, por exemplo, a Inglaterra e os Estados Unidos, o fato das personalidades frequentarem constantemente a mídia diminui o seu direito de imagem e privacidade, tornando lícitos, por exemplo, a publicação de biografias não autorizadas e a realização de obras audiovisuais sobre elas, sem a necessidade de prévio consentimento.”

    O projeto de lei já foi aprovado e agora será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça. No País, biografias de Roberto Carlos, Garrincha e João Guimarães Rosa são exemplos de obras que já foram vetadas.

  3. Marilyn Bonita

    A deusa continua viva nos corações apaixonados e está completando 90 anos hoje.

    [video:https://youtu.be/Phcj8GZEfW0 width:600]

    Ela nasceu no dia 1º de junho de 1926, em Los Angeles, Califórnia, e decretou: 

    “A imperfeição é bela, a loucura é genial, e é melhor ser absolutamente ridícula que absolutamente chata”.

    Salve Marilyn!

      1. Brigitte Guardou

         

        “Sou como a natureza me fez. Ainda é assim, hoje.”

        “Falo muito bem o cachorrês e o gatês, línguas que aprendi melhor que o inglês.”

        Recado pro Lulu:

        “Falo apenas o Mineirês e sou como você!”

        1. Como eu você não é não!

          Como você mesmo colocou ontem a sua foto, essa serve de prova cabal que eu não sou como você!

          Guru Frangolino e Fracolino.

          1. Troll do Sertão

            Compadre Xotencio,

            Se o grande Lamp escrevinhasse no blog, eu já teria zoado e trocado – sem encarar a fera de frente -,

            o nominho da Maria Bonita para Mary Lamparina.

             

             

             

  4. Acorda, Maria Bonita!!!

    Acorda Maria Bonita

    Levanta vai fazer o café

    Que o dia já vem raiando

    E a polícia já está de pé

     

     

    Se eu soubesse que chorando

    Empato a tua viagem

    Meus olhos eram dois rios

    Que não te davam passagem

     

     

    Cabelos pretos anelados

    Olhos castanhos delicados

    Quem não ama a cor morena

    Morre cego e não vê nada

     https://www.youtube.com/watch?v=1FsiYoQFqPQ

    1. Essa é do conterrâneo Antônio

      Essa é do conterrâneo Antônio Alves de Souza, o cangaceiro-poeta Volta Seca. Uma das mais belas músicas do nosso cancioneiro popular. Tem uma gravação da Marlui Miranda que é de arrepiar.

  5. Otelo

    Otelo

    Benito Di Paula

     

    Ê Otelo (4 vezes)

     

    Tens o dom de ser

    Risos e perdão

    Tens  no palco a vida, teu coração

    Grande Otelo é festa eu quero aplaudir

    Sempre chora e ri quase ao mesmo tempo

    O cinema livre é seu pensamento

    Grande Otelo é festa, eu quero  aplaudir

     

    Refrão

     

    Ê Otelo

    Ê Otelo

    Meu amigo, grande  Otelo

    Ê Otelo

    Ê Otelo

     

    És o meu herói

    És um rei-menino

    És Macunaíma

    És um peregrino

    Um gigante em cena, eu quero  aplaudir

    https://www.youtube.com/watch?v=oigEUaCHwcc

  6. Parabéns!

    Meu dileto Luciano,

    É sempre um prazer inanarravél viajar no tempo através de suas postagens. Muito me orgulha conhecer e ter a oportunidade de divulgar um canal como o seu.

    Abraços sonoros!!

     

     

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