A disputa entre Dilma e Campos em Pernambuco

Sugerido por Assis Ribeiro

Do Tijolaço

Dilma tem 53% dos votos no sertão de Pernambuco

Meses atrás, quando ainda não se sabia se Campos seria mesmo candidato a presidente, analistas especulavam que ele teria muita força no nordeste. Essa previsão, contudo, não está se materializando, sendo esta a principal razão para o ex-governador não decolar nas pesquisas.

Campos não é forte no estado mais importante do nordeste, a Bahia, onde está em terceiro lugar (7%), bem atrás de Aécio (12%), segundo pesquisa do Ibope divulgada há pouco. Na mesma pesquisa, Dilma tem 50% dos votos.

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E agora ficamos sabendo que Campos também não decolou em Alagoas, estado colado em Pernambuco. Segundo pesquisa Ibope divulgada hoje, Campos tem somente 12% das intenções de voto no estado, contra 52% de Dilma Rousseff. Aécio tem 8%.

Campos concentra sua força em seu estado de origem, mas também aí revela algumas fragilidades. Pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, feita em abril deste ano, e que não teve a divulgação que merecia, traz o seguinte quadro: Campos e Dilma estão empatados em Pernambuco, com 38% e 35%, respectivamente. Campos tem mais força entre os mais ricos e escolarizados. Dilma, entre os mais pobres.

No sertão pernambucano, Dilma ganha de lavada: 53% a 19%. Na região do São Francisco, o eleitorado também é majoritariamente dilmista: 47% a 22%. A força de Campos se concentra na periferia urbana de Recife, onde ganha de 46% a 23%.

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(Clique na imagem para ampliar)

Abaixo, a íntegra da pesquisa do Instituto Nassau, em Pernambuco.

Pesquisa Eleitoral em Pernambuco, para Presidente – Instituto Maurício de Nassau from Miguel Rosario
Redação

19 Comentários

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  1. Adversário fantasma

    Assis,

    Preocupar-se com o pernambucano é o mesmo que preocupar-se comigo na corrida eleitoral, nenhum dos dois existe.

    Esta matéria só serve prá mostrar que o fulano em Pernambuco repete a sua “noiva”, que nem mesmo no seu Acre conseguiu ganhar em 2010, aliás, foi terceirinha. 

  2. Em 2014  a maioria do povo

    Em 2014  a maioria do povo elejerá Dilma, em 2018 e 2022, Lula, resta saber quem o povo elejerá em 2026.

    1. Arre! Apesar de petista, fico tao irritada c/ essa besteira!

      Você acha que o Lula é eterno? Ele já terá 69 anos NESTA eleiçao. E o país nao pode depender de um homem só. O que sao precisas sao novas lideranças, por ex. Haddad. 

      1. Concordo. O PT tem que

        Concordo. O PT tem que renovar suas lideranças. E, mais importante, se preparar para ser oposição. Nada é eterno: só a mudança. Assim falou Heráclito.

        1. Se fizermos uma comparação o

          Se fizermos uma comparação o PT se renovou muito mais que o PSDB, que ainda solta balões de ensaio s/ o Serra e que está tornando o Aécio em outro Serra mais novo. Quem mais ? Só se for os senadores álvaro Dias e o dos 300 mil, tão famoso que esqueci o nome no momento. Até para vice eles tiveram de suar a camisa  p/ encontrar  um índio, novinho e bobinho.

          1. Até q me parece q o Lula nao é aferrado ao poder

            Idolatrado como ele é, poderia deixar o narcisismo subir à cabeça, seria humano isso. Mas me parece que ele também sabe bem o outro lado da coisa, sabe que se saiu muito bem e que talvez nao fosse fácil repetir um sucesso tao grande. 

        2. Aí já acho demais, JB

          Claro que, se a oposiçao ganhar, há que se aceitar democraticamente a mudança. Mas se preparar para ela nao, um partido se prepara para vencer. E se ele for democraticamente eleito 100 vezes, sem golpe, sem coaçao, sem enganos, nao há nada de antidemocrático nisso… 

          Ainda mais no caso brasileiro atualmente, em que entregar o governo à oposiçao é arriscar-se a ver todas as conquistas sociais retrocederem, o resto do país ser vendido e a volta da política de submissao aos EUA. Seria um desastre nacional. 

  3. O santo de casa não faz milagres.

    Deixa o menino pernambucano fazer a contracampanha tucana.

    A disputa entre eles é no eleitorado chique. 

    Não sei não, neste ritmo a Dilma vai dobrar a soma dos dois.

    1. e ainda dizem que ela não se comunica…

      se velhos erros já estão se comunicando entre si como novos, o melhor que se tem a fazer é não fazer nada que interrompa…………………

      se estão caminhando para disputar essa parte do eleitorado, deixe que sigam em paz

  4. Tá se queimando

    O Dudu Campos poderia, nesta campanha, se cacifar para disputar a próxima. Assim, seria melhor para ele que Dilma ganhasse. Na Campanha ele poderia vir pela esquerda, trazendo para o debate propostas e visões para um novo mundo: ambientalismo, novos canais de participação social, a questão urbana no século XXI, uma nova educação para os novos tempos, etc E até fazendo a crítica ao Governo Dilma por sua centralização, etc. etc. etc., isto é, pela esquerda. Enfim, disputar um eleitorado jovem, que se sente órfão, de todos os partidos, à direita e à esquerda, e que também não se coaduna com a agenda dos radicais de extrema esquerda – fossilizada no século XIX., O campo da direita Aécio ja tá bem posicionado, Aécio é o cara. Pela esquerda, ele poderia representar o novo eleitorado, o que foi às ruas ano passado.  Mas não, mordido pela mosca azul, ele acha que pode ganhar e começa a fretar com o andar de cima….inflação de 3%, reiteração da famigerada lei da anistia, agrobusiness, etc. ou seja, de um candidato crível torna-se um demagogo, um aventureiro, à espera de um golpe de sorte. Se o avô tivesse vivo talvez o ensinase a fazer melhor política.  Pelo visto, não completou a lição. Impaciente o rapaz. Tá se queimando.

    Já a Marina é esperta, como vice, não sai do foco, aproveita para organizar sua rede e, daqui ha 4 anos, tá de volta. Se o Dudu fizer uma boa campanha, ela reparte os louros, se for ruim ela não tem nada a ver com o descarrilhar da carruagem, não era cabeça de chapa…. Ganha dos dois lados.

    1. Não sei se o Eduardo Campos

      Não sei se o Eduardo Campos está se queimando, não sei se chega a tanto. Mas achei muito boa a sua análise, Eneuton. Campos poderia se apresentar como uma variante do atual campo governista. Mas não é o que ele está fazendo. 

  5. Futebol e política tem várias

    Futebol e política tem várias coisas em comum além do fanatismo inerente. Uma delas é a facilidade de se construir mitos. 

    O útlimos deles na seara da última foi este de que Eduardo Campos seria “forte” no nordeste, de onde sairia com uma intenção de voto que lhe daria estofo como candidato competitivo. 

    Ora, ora, ora, da mesma maneira que os americanos “pensam” que no Brasil  é só uma imensa favela ou se resume a uma floresta(amazônica), o Brasil “abaixo” da Bahia imagina prevalecer a hemogeneidade quase total aqui por essas bandas: baianos, cearenses, pernambucanos..,…são tudo farinha o mesmo saco, filosofam o pessoal do sul/sudeste “maravilha”. 

    São não, meus caros e caras. Cada estado tem suas singularidades sociais, culturais e políticas. Cada um tem uma formação histórica, se não totalmente diferentes, mas com algumas características únicas. Há, inclusive. velhas e incontornáveis rivalidades como é o nosso caso – Ceará – com Pernambuco. 

    Aqui na nossa região só quem consegue unanimidade é ele, Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio PT é secundário. 

    Em suma: a depender do voto desse cadinho do Brasil o “ômi” dos “oios” verdes tá mesmo é lascado. 

    1. Passei de passagem somente

      Passei de passagem somente uma única vez pelo nordeste.

      Se ainda muito jovem já não tinha a impressão de se tratar de uma região com forte homogeinadade cultural, passei a ter certeza. Uma razão disso é óbvia: Minas também não possui isso e até onde sei e suponho TALVEZ apenas no sul, e olhe lá.

      Vale dizer que é uma construção histórica evidente o estereótipo do “nordestino” abaixo da Bahia, como você diz, e também uma ideologia própria dos “locais” nesse sentido, seja pelas elites ou na cultura popular.

      Mesmo assim, não deixa de ser revelador o resultado das pesquisas.

      1. Para ser honesto, concordo

        Para ser honesto, concordo que nós muitas vezes contribuímos para a fixação desse mito.

        Nem no sul, avalio, existe forte isso. Merce dos três estados nas suas formações históricas terem sofrido fortes influências de imigrantes europeus, em especial alemães, italianos e poloneses. Mas antes, já havia em cada um um forte componente local. 

        As tradições gaúchas, as mais decantadas e efetivamente expressivas do país, antecedem  a esse processo de “branqueamento” e “europeização”, ou seja, remetem a um genuíno gaúcho mestiço inserido numa economia de pastoreio. 

  6. Quando é que esse tonto do

    Quando é que esse tonto do Dudu vai perceber que ele está sendo usado como viagra do psdb?

    Parece que não ouviu os conselhos do avô.

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