A Folha na era da pós-verdade

Ontem a Folha lançou sua nova versão do projeto editorial. Sob o título “Jornalismo profissional é antídoto para notícia falsa e intolerância” (https://goo.gl/6GeZEF). O manual lista 12 princípios editoriais, dentre os quais

  • Há uma demanda mal atendida por informações proveitosas e inspiradoras, sem prejuízo da prioridade dada a enfoques críticos e à busca da notícia exclusiva.

  • As reportagens deveriam ser mais conclusivas, indicando, quando viável, prós e contras das soluções para os problemas apontados.

Com 11 anos de atraso, finalmente cai a ficha. Não faltaram alertas do suicídio editorial que significaria um jornal líder do mercado de opinião ir a reboque do pior jornalismo já praticado no Brasil, a pós-verdade da Veja, introduzido por Roberto Civita para enfrentar a entrada de novos concorrentes.

Quando o discurso de ódio tomou conta de toda a mídia, se a Folha ousasse repetir o contraponto dos anos 80 entraria na era digital com a credibilidade renovada.

Em vez disso, quando surgiu o tal “jornalismo de esgoto”,  a Folha foi atrás de Veja sem o menor senso crítico, sem a menor noção de auto-estima, com um complexo de inferioridade fatal.

Todas as maluquices de Veja foram emuladas pela Folha, desde a ficha falsa de Dilma no DOPS ao escândalo da tapioca, o assassinato de reputação de juíza que votou contra Daniel Dantas às denúncias de um “consultor”, Rubnei Quícoli, saído da prisão há menos de um mês por prática de estelionato e transformado em um consultor honesto, que recusou um financiamento de R$ 7 bilhões do BNDES por negar a pagar propina de R$ 5 milhões.

De jornal amado pelos jovens progressistas, admirado pela esquerda e respeitado pela centro-direita, tornou-se alvo de ódio generalizado das esquerdas, de desconfiança dos leitores mais críticos e um pastiche, veículo secundário para a ultradireita.

Antes, perdoava-se a Folha até pelo carbonarismo juvenil. Quando passou a propagar o ódio, perdeu seus melhores leitores. Jogou fora o enorme salto editorial representado pela campanha das diretas e pelo seu apogeu, nos anos 90.

Mais que isso: matou toda a proatividade dos seus jornalistas. De jornal que se orgulhava de ser a cara multifacetada de colunistas de diversas linhas, representando os ares de modernidade que nasceram com o fim do regime militar, tornou-se veículo de discurso único, com os colunistas de caráter mais sólido tendo de recuar, para não abrir mão da dignidade, e de caráter mais frágeis se transformando em pitbulls para seguir os ventos emanados do 6o andar.

Foi um erro que custou caro ao jornal. E mais caro ainda ao país. Nesses anos todos, a Folha poderia ter sido um farol no meio da tempestade. Agora, tenta buscar uma vela para se livrar da escuridão.

Que seja bem sucedida.

 
Luis Nassif

56 Comentários

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  1. Por mim que feche as portas e

    Por mim que feche as portas e sua sede e filiais virem igrejas evangélicas de aluguel. A mídia é um dos cartórios que meia dúzia domina, uma reserva de mercado abominável.

  2. Comentário paralelo…

    Talvez seja o local inapropriado, mas não vi outro até o momento.

    Se puderem, busquem o áudio do programa (de ontem) “Bastidores do Poder” da Rádio Bandeirantes.

    Foi noticiada a prisão do Cunha e tal. Aí, pelas tantas, foi entrevistado o advogado do Cunha pelo Fabio Panuzzo, do mesmo jeito que foi entrevistado o Holliday, pelo mesmo apresentador – cortando, atravessando a fala, etc.

    Lá pelas tantas, para falar sobre corrupção, aparece a Adevogada Tucana.

    No meio disso tudo, o Claudio Humberto começa a falar, tratando da questão da chapa Dilma-Temer no TSE, o Claudio derrapa, declarando que é para impugnar apenas a Dilma. A que o Fabio Panuzzo corrige o colega, dizendo que é para a chapa, mas que nas considerações finais o PSDB declara para impugnar apenas a Dilma. Claudio Humberto reitera a informação torta e começa uma discussão, a que o Claudio chega para o Fabio e diz “me deixa falar que vc tá fazendo comigo igual ao que fez com o advogado”.

    Foi tosco, hilário. Mas um festival de desinformação. Meio óbvio: a informação está nos autos, e parece que um deles não leu aquilo que está afirmando.

  3. Ao otimismo polianesco de

    Ao otimismo polianesco de Nassif, prefiro a crueza de PHA: este manifesto é o caminho para demissões de todos os tipos, incluindo do que resta de jornalismo. No fundo, a decadência da FSP é a grande vingança de Lula aos maus tratos de Otavinho no famoso almoço no jornal em 2002. Otavinho julga que é competente, que tem mérito, porque é herdeiro, no jornal, de um pai que foi um esperto completo, pulando do apoio a Sílvio Frota  para a campanha das diretas. É um dos cultores da famosa meritocracia do DNA. Destruiu o jornal. 

  4. A Follha ao vento

    A folha secou foi levada pelos ventos da irracionalidade e do ódio. Hoje esfarelando-se ao sabor dos ventos e do sol reza para se transformar pelo menos em adubo orgânico que alimentará novas espécies. No entanto, pelo andar da carruagem acabará transformando-se em gás fétido nos aterros sanitários da vida.

  5. Me identifico totalmente com seu relato, Nassif

    “De jornal amado pelos jovens progressistas, admirado pela esquerda e respeitado pela centro-direita, tornou-se alvo de ódio generalizado das esquerdas, de desconfiança dos leitores mais críticos e um pastiche, veículo secundário para a ultradireita.”

    Ali, na minha adolescencia nos anos 90 / inicio dos 2000 a Folha era referência.

    Morando no Rio, ia à bilbioteca da UERJ – Ah, a mesma UERJ do Min. Barroso… – no intervalo das aulas para ler a parte de política e economia da Folha. Plural, era um sopro de oxigênio na terra cativa do grupo Globo.

    Ainda antes disso, secundarista, ia tambem no intervalo para a biblioteca do Colegio de Aplicação da UFRJ – público, gratuito e de excelência! – fazer a mesma coisa: “respirar” um pouco lendo… a Folha.(*)

    Pois foi justamente nessa época que tive os primeiros contatos com as colunas do Sr. Luis Nassif… que fui conhecer “pessoalmente” mais tarde na TV Cultura, quando assumiu o horário que era do Paulo Henrique Amorim – outro egresso do meu amado Colegio de Aplicaçao da UFRJ, em que começou seus dias de jornalismo, escrevendo no jornalzinho da escola! – no momento em que esse foi para a Record.

    Pois bem.

    Com  “formalização” da pauta única do ~Cartel~ midiático ali no “mensalão”, tive de fazer o luto da Folha… e, progressivamente, passar para os onlines e os blogs.

    Ali ainda havia uma transiçao… o Blog do Noblat, no Estadão e depois no Globo, era plural (!). Publicava artigo do… Jose Dirceu (!) e do Bruno Lima Rocha ao lado de artigos do Arnaldo Madeira, do Sandro Vaia, da coluna do Merval Pereira, etc.

    Até o próprio Noblat ainda era “isentão”…

    Foi por aí tb que cheguei ao blog do Nassif (e ao PHA na internet, entre outros veiculos “alternativos”).

    E, para nosso desalento, pouco a pouco o colunismo digital do Cartel Midiático foi aderindo tb à pauta única dos impressos.

    Fomos ficando cada vez com menos opções de pluralidade.

    Graças a Deus o GGN segue firme e forte… ainda mais nestes tempos bicudos, imprevisiveis há um par de anos.

    *

    (*) Quem quiser ler sobre o meu caminho na educação pública federal (Colegio de Aplicaçao da UFRJ) e estadual (UERJ) gratuita e de excelência, à qual tanto devo, pode conferir aqui neste artigo que publiquei no GGN no ano passado:



    (https://jornalggn.com.br/blog/romulus/selfie-com-bolsonaro-prova-documental-da-falencias-dos-valores)

    1. ”Ainda antes disso,

      ”Ainda antes disso, secundarista, ia tambem no intervalo para a biblioteca do Colegio de Aplicação da UFRJ – público, gratuito e de excelência! ”

       

      Se é colégio de educação básica federal, é restrito (a LDB 9394/96 determina que a educação básica é de prioridade para municípios e estados). Daí não ter sentido em dizer ”de excelência”, pois não é uma rede pública convencional nacional e sim ligados às universidades federais, assim como os colégios militares e do PedroII.

      Aliás, dizer ”público, gratuito e de excelência” é terra pisada, principalmente no ideário da classe média esquerdista, que foi agraciada a contento durante os 13 anos de governos progressistas com cursos e bolsas a perder de vista.

      De excludência, talvez fosse mais adequado ao classificar tais instituições de ensino federal, pois além de serem visadas por alunos mais aquinhoados dos extratos sociais mais favorecidos, é uma rede paralela àquela vislumbrada pelos teóricos da educação.

       

      1. “De excludência” é o seu comentário

        >>Daí não ter sentido em dizer ”de excelência”, pois não é uma rede pública convencional nacional e sim ligados às universidades federais, assim como os colégios militares e do PedroII.

        Oi??

        Quem disse que “de excelência” só se aplica ao que pertence a uma rede “convencional”? Quantos centros de ensino e pesquisa pela mundo não são ditos “de excelência”, sem que necessáriamente façam parte de qualquer “rede”?

        >>Aliás, dizer ”público, gratuito e de excelência” é terra pisada, principalmente no ideário da classe média esquerdista, que foi agraciada a contento durante os 13 anos de governos progressistas com cursos e bolsas a perder de vista.

        Ah, é?

        Como vc sabe?

        Foi você beneficiário de “cursos e bolsas a perder de vista”?

        Pois eu não…

        Inclusive, estudei nesse colégio federal nos anos FHC, sob Paulo Renato. Além de nunca ter papel higiênico ou sabonete nos banheiros, as paredes passaram 8 anos sem serem pintadas. Fiquei 1 semestre sem aula de química, porque não se conseguia autorização para abrir um concurso para preencher a vaga. No semestre seguinte tive sim aula de química, mas com uma professora “contratada” (não concursada), que recebia uma bolsa de R$ 200,00 por mês para assumir as 3 turmas do ensino médio (!). Só o fazia, evidentemente, porque dar aula lá, mesmo que por 6 meses, “fazia currículo”.

        >> De excludência, talvez fosse mais adequado ao classificar tais instituições de ensino federal, pois além de serem visadas por alunos mais aquinhoados dos extratos sociais mais favorecidos, é uma rede paralela àquela vislumbrada pelos teóricos da educação.

        É mesmo??

        Engraçada que nunca vi ninguém lá, entre professores e alunos, defender ou se apegar à excepcionalidade da condição “de excelência” do colégio em relação ao restante da rede pública… como se assim devesse permanecer.

        Pelo contrário… muito antes de se falar em “cotas em universidades”, ainda nos anos 90 o colégio deliberou e implementou o sorteio para ingresso, em vez do concurso classificatório, como fora até então. Justamente para franquear o acesso de alunos menos favorecidos, em vez dos filhos da classe média “meritocrática” (como eu!), que até então ocupavam as cabeças do concurso de admissão – mais concorridos que vestibulares de medicina (gerando inclusive uma indústria paralela de cursinhos preparatórios).

        >> De excludência, talvez fosse mais adequado…

        Sim… mais adequado para o seu comentário. ~Exclui~ qualquer lógica, com falsos dilemas e falsas equivalências. 

         

         

    2. Também me identifico com

      Também me identifico com isso.

      Comecei a ler a Folha na minha adolescência, na época ainda do Collor (ainda me é viva na memória aquele avatar que a Folha usava sobre o “Collorgate”). Meu pai era assinante da Folha e, à princípio, me incentivava sempre a ler o primeiro caderno do jornal – sabe como é, adolescente queria mais é ler o “folhateen” ou o caderno de esportes.

      Com isso fui pegando gosto de acompanhar política através do jornal.

      Era um jornal que, sem dó, ia pra cima do Maluf, do FHC (até então ao menos eu achava que ia pra cima dele).

      Depois, já na faculdade, estudando fora de SP, primeiramente tinha que comprar a Folha na banca de jornal com 3 dias de atraso (comprava na quarta o jornal de segunda). Depois começamos a assinar, além da Playboy, a Folha.

      Aliás, muitas repúblicas assinavam a Folha de S. Paulo. Além de ser o melhor jornal (o único aparentemente imparcial), era “cult” ser leitor da Folha.

      Me lembro com uma certa nostalgia quando eu ia para o representante da Folha em minha cidade para tentar conseguir ingressos de cinema gratuitos (geralmente eram pré-estréias). Assisti a muitos filmes fazendo isso.

      Me recordo das antológicas charges do Angeli, do Glauco, do Spacca, ironizando FHC e sua relação com o ACM. Duas charges do Angeli ficaram vivas em minha memória, porém, não as encontro no Google:

      – Itamar Franco encontrando o representante da OEA (se não me engano essa era a posição dele), chamado Iglesias, quando Itamar dizia: “Iglesias, do you sabias que I have todos os seus discos?”.

      – Uma charge com duas situações: Na primeira uma multidão de crianças famintas batiam palmas em frente a uma hipotética casa do Lula gritando: “Lula, viemos buscar nosso almoço”. Na segunda, uma multidão de homens engravatados com charutos, cartolas e sacolinhas, no portão de uma hipotética casa do FHC, interfonando e dizendo: ” Fernando, viemos trazer o seu jantar”.

      Infelizmente a Folha foi se transformando após a posse de Lula e a ruptura definiticva se deu em 2006.

      Hoje, pra mim, é um jornal morto. Vive apenas em meu passado.

  6. Nassif, só discordo do último

    Nassif, só discordo do último parágrafo. A folha não tem mais credibilidade. Transformou-se no PMDB do jornalismo, seu foco é o poder.  

  7. Quem garante que o simples

    Quem garante que o simples lançamento de um manual de edição vai ser respeitado internamente e que a FSP voltará a fazer jornalismo de qualidade ? Em outras palavras, será que os chefes de editoria não vão “alterar” a seu gosto o texto das notícias mais sensíveis ?

  8. Outra pós-verdade

    Esta estória de que a Folha irá fazer novamente jornalismo de verdade…

    É SÓ MAIS UMA PÓS-VERDADE DA FOLHA

  9. A família frias pode apostar

    A família frias pode apostar de que estamos tolerantemente torcendo por êles desde 1964! Estamos torcendo para que morram enforcados que nem fizeram com o Vlad! E estendemos a nossa torcida para todos os colaboradores da folha bem como para seus parceiros como o bando dos marinhos da globo, bando dos mesquitas do estadão, bando dos civitas da veja e todos os bandos da grande imprensa golpista assassina.

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  10. Virgindade

    No entanto a expansão de movimentos religiosos mais conservadores e a consciência dos riscos ligados às doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS (Brasil) ou SIDA (Portugal) têm levado a uma renascença da virgindade como um ideal positivo e desejável para alguns. (Wikipédia)

  11. Promessas não são nada.
    E

    Promessas não são nada.

    E essa história de “sua excelência, o consumidor de notícias”, expressa em sua declaração de intenções (quem segue o link para o manual a encontra) , é boa para comerciante de “secos e molhados”, não para quem quer praticar Jornalismo. Jornalismo significa às vezes publicar o que seus leitores não querem que seja publicado, significa causar, se necessário, certo incômodo no leitor.

    “Sua excelência, o consumidor…”. A escolha do termo o consumidor e não o cidadão, ou até mehor, o fato, não inspira muita confiança. Parece que Otavinho não consegue superar a ideia de que é um simples vendedor de papel impresso, não consegue atinar com misteres mais elevados do Jornalismo. Será que algum dia Otavinho deixará de considerar-se, como ele próprio se definiu, “apenas um vendedor de papel impresso”?

    O que fez Fernando Rodrigues com a lista do HSBC? Caluniou colega de profissão que lhe cobrou a divulgação, o Alberto Dines…

    No dia em que algum jornal fizer como aquele jornal francês que publicou o nome de seu dono como constante da lista de pessoas que escondem dinheiro no HSBC, começa a ter alguma credibilidade.

    Até lá, como acusou a própria Folha, como se ela própria não cometesse tais desonestidades, “é possível contar um monte de mentiras dizendo apenas a verdade”.

    1. ”Jornalismo. Jornalismo

      ”Jornalismo. Jornalismo significa às vezes publicar o que seus leitores não querem que seja publicado, significa causar, se necessário, certo incômodo no leitor.”

       

      Bem…então poderei a partir deste seu pressuposto ler desassossegadamente o Reinaldo Azevedo, Merval et caterva, pois eles sempre me causaram incômodo (entre outras coisas) ao lê-los. 

      Acho que você está confundindo a articulação de ideias incômodas com sensacionalismos de pasquins (tipo Casseta Popular) ou de jornalecos do estilo ”Notícias Populares”

      1. Me referi à opção entre

        Me referi à opção entre agradar ao freguês e para tanto tentar deturpar os fatos OU relatar os fatos com maior fidedignidade mesmo sabendo que seu “target” mercadológico não gostará do relato, entre praticar Jornalismo ou ser apenas um comécio. Difícil crer que a Folha opte pelo Jornalismo: Otavinho, como demonstrado nessa declaração de intenções disfarçada de manual de redação, prefere a expressão “consumidor” à “leitor” ou, o que seria melhor ainda, “cidadão”. Vejo que esse jornal vai continuar sendo o “Buzinha do Chacrinha” dos jornais brasileiros, apenas isso.

        “Vocês querem bacalhau?” Nos armazéns de secos e molhados tem. Na Folha também.

  12. Serventia ?
    Se estiver em um banheiro , sem papel , só a Folha , sei que vou pensar , num átimo, se deveria usá-la…não recomendo nem pra embrulhar peixe , nem pra lanternagem de carro.
    Nem mudando de nome : Já era

  13. O jornal do rato sempre

    O jornal do rato sempre praticou a pós-verdade,só que de forma dissimulada. O panfletinho da Barão de Limeira sempre se regozijou-se de dar o mesmo espaço para ambos os lados. Parecia até verdade em seus anúncios mas,os leitores mais atentos percebiam claramente que isto era uma meia verdade: O espaço dado a parte não apoiada pelo panfleto sempre teve voz somente após fatos consumados,com eleição,ou destruição de alguma reputação.

    Se falir,quebrar,ou continuar vendendo sopa para os zumbis,tanto faz,o público não voltará jamais.

  14. Queremos Xico Sá de volta.

    Como apagar atos bárbaros como a ficha da Dilma que não tem como provar que é verdadeira mas também não tem como provar que é falsa (argumento risível, clássico de emenda pior que o soneto). Vão recontratar o Xico Sá (se ele topar voltar)?. Se não, não há como apagar o ato bárbaro para um jornal que foi essa demissão por crime de opinião. Vão denunciar o anti-jornalismo de Veja e demais? Vão fazer jornalismo na cobertura de Temer? Atentar para a erosão de credibilidade é virtuosa, mas projetos de duas páginas e frases de efeito não são suficientes para tirar a Folha do buraco em que se meteu.

  15. Folha de SP
    Estou com o Naldo: quero q a Folha se dane. Fui assinante por mais de trinta anos. Deixei de ser no dia da consumação do golpe. Agora me oferecem um mês de graça… NÃO! Não me interessa ler um jornal golpista e reacionário de direita mas que tira onda e posa de plural e democrático. Danem-se.

  16. Muito tarde para a Folha, bem
    Muito tarde para a Folha, bem como para todos os jornais controlados pelas famílias tradicionais. A única esperança no país é a entrada de novos players nesse mercado fechado dos marinhos, Frias e todos mais. Abrir esse mercado e a única salvação.

  17. Certo, mas e aí, o Kin

    Certo, mas e aí, o Kin cataguri já foi demitido? Só a presença do fedelho no mesmo prédio em que trabalha um Jânio de Freitas já é uma ofensa inademissível. Jornal algum readiquiri credibilidade com um 171 mirim desse nível

    1. Não é mais possível retornar .

      Sim , que já vá tarde . Junto com sua siamesa VEJA , e tal qual a GLOBO ,  avançou até um ponto onde é impossível retornar. 

      E , pior ainda , é difícil de acreditar na sinceridade de seus votos . Talvez tenha adotado essa iniciativa porque pense que seus objetivos de destruir o PT tenha sido cumprido , então pode abaixar as armas . 

  18. o bando dos frias sempre

    o bando dos frias sempre imprimiu esse panfleto golpista da elite retrógrada de golpistas assassinos que chamam de jornal, da mesma forma que chamam o seu UOL de provedor de internet, mas não é, é apenas um canal de informações distorcidas pagas pelas mesmas elites retrógradas golpistas assassinas. Sempre foram bancados pelos governos ditaduras, aos quais apoiaram ao máximo, chegando a participar de assassinatos covardes de adversários para manterem-se ganhando dinheiro na base da trapaça mais rasteira imaginável. O mesmo aplica-se a toda a grande imprensa / mídias brasileiras, como os marinhos da globo, os mesquitas do estadão, os civitas da veja etc etc etc… Desejamos a todos eles, tolerantemente há 53 anos, o mesmo que fizeram com o inesquecível Vlad! serem torturados e enforcados covardemente em porões cheio de ratos, pois continuam prontos para novos assassinatos, diria Teori.

    O suicidio de Vladimir Herzog - A fotografia, que tornou-se um símbolo da repressão promovida pela ditadura militar, foi feita em 25 de outubro de 1975

  19. E o mais absurdo nessa

    E o mais absurdo nessa história, é que um et poderia pensar que a imprensa mainstream foi pra cima de um governo porque este lhe reduziu ou cortou verbas d epublicidade – sem as quais todos quebram (ironia= batem tanto quem do andar de baixa recebe alguma ajuda do governo, quase equiparando-o a parasitas, mas eles mesmos não ficariam um dia sem a graninha estatal).. Mas que nada. Nunca os veículos tradicionais de comunicação receberam tanto dinheiro do governo Lula e Dilma. Se os dois acharam que com isso teriam alguma justiça por parte deles, erraram tragicamente. 

  20. Sintomático!

    Lia a Folha na década de 90 e começo dos anos 2000.  

    Perdi a paciência nos últimos 15 anos.

    Bem sentido pelo Nassif!

    Para melhorar algumas cabeças precisam rolar, principalmente alguns comprometidos com uma visão de mundo tacanha. . 

  21. Enquanto a Folha fazia as

    Enquanto a Folha fazia as estripulias que fez e faz,  a folha ja não tinha um manual de redacão maravilhoso? Pelas minha contas ja deve estar la pela decima versão, a cada nova versão parece que baixou um anjo por la e em seguida merda voa.

  22. Jornalismo profissional, logo eu…

    Preconizo o jornalismo profissional. Logo eu, FSP, que pratico a “pejotização” a rodo nas redações.
    Quantos são os jornalistas da Folha que trabalham com carteira assinada?

  23. Tarde demais para

    Tarde demais para autocrítica, o estrago causado é muito maior do que qualquer arrependimento tardio possa consertar.

  24. Arrisco afirmar que a Folha

    Arrisco afirmar que a Folha deixou escapar pelo ralo(!) a oportunidade de ter se tornado uma referência, tanto editorial-jornalística como empresarial, em função da soberba conjugada com a falta de visão, de projeção, do que seria o jornalismo após o advento da internet e mais recentemente das redes sociais. 

    Essa processo paulatino de emulação do padrão VEJA tem como pano de fundo o processo político. É a partir dos governos petistas que se inicia a indistinção dentre seus congêneres. Em vez de serem guias(do jornalismo) se tornaram guiados ao aderirem ao modus operandi pelo qual os compromissos jornalísticos cederam vez a outros menos nobres e até escusos.

     

     

  25. que exploda

    Vem, se é que vem mesmo, muito tarde esta mudança, e sinceramente para mim não fara diferença alguma, pois, não leio a folha a anos, agora, do fundo da minha alma, desejo tudo de ruim para ela. Que exploda!!!

  26. Como se diz: JÁ ERA
    Construir credibilidade leva muito tempo, destruí-la é rápido. Que cada um pague o preço justo pelo mal que causou ao Brasil.

  27. ‘Que seja bem sucedida.’

    ‘Que seja bem sucedida.’ escreve Luis Nassif. Interessante a questão de pontos de vista, já eu desejo que se foda.

  28. a folha na era da pós-verdade

    Leio assiduamente a coluna do Nassif e concordo praticamente com tudo o que ele diz.

    Só me permito discordar da última frase desta coluna: “Que seja bem sucedida”.

    Acho que a folha já fez muito mal ao país ao escolher acolher a pós-verdade dos veículos golpistas (que ela se tornou) para manter seus níveis de lucro. Já está na hora dela dar o lugar para um jornalismo mais sério….

  29. Ines é digital
    Agora em que o jornal tradicional esta caindo no mundo,em que com advento da internet os que ainda sobrevivem do mundo do papel para os bits em tempo real,em que não quer sor ler a informação,quero participar.A folha poderia estar com uma sobrevida digitalizada,aberta,mas virou monolitica e de barro.Vive de verbas publicas no troca troca.Não tem volta,não tem salvação,como todos os grandes e médios grupos de midia do Brasil tambem não se salvam mais,o ponto a que chegaram é estreito,escuro … sem retorno.

  30. Fosse verdade o primriro
    Fosse verdade o primriro passo seria a Folha apontar as cagadas que fez. Com perdão do baixo calão.
    Já tentou no passado recente e deu na “Ditabranda”.
    Vai no mesmo passo do O Globo que de tempos em tempos lança novo manual de conduta.
    A Folha que vá tentar com o Diário Oficial dos tucanos.

  31. Cinco meses após a morte de

    Cinco meses após a morte de Franco, El País, atualmente o principal jornal da Espanha, publicou seu primeiro número em maio de 1976. Após o longo período da ditadura franquista El País foi o primeiro jornal com vocação clara e abertamente democrática na Espanha e encarnou muito bem o espírito da Transição. Desde a sua fundação não foram poucas as guerras internas derivadas tanto na forma de dirigir o diário como em relação a diferenças políticas e ideológicas. O que unia as diferentes tendências era a visão empresarial e o desejo de fazer o jornal e sua linha editorial ser um referente da democracia e dos novos tempos, além de um passado franquista comum a todos. Em 1976 Jesús de Polanco, proprietário de um grupo editorial (cuja marca mais conhecida é a Editora Santillana de 1958), fundou o jornal El País, e nomeou a Luis Cebrián seu primeiro diretor, cargo que ocupou até novembro de 1988, quando foi nomeado conselheiro delegado do Grupo Prisa. e vicepresidente da SER (radiodifusão) e da Prisa TV. O pai de Luis Cebrian ocupou um alto cargo na imprensa do regime franquista, e foi diretor do diário Arriba, órgão de comunicação da Falange Espanhola. O próprio Luis em 1974 foi nomeado chefe dos serviços informativos de RTVE no último governo da ditadura franquista.

    4 anos após a sua criação o jornal sofreu um atentado a bomba em sua sede perpetrado por um grupelho de ultra direita que matou um funcionário e feriu outros um dia antes da aprovação da nova Constituição espanhola no Parlamento em outubro de 1978. Durante a tentativa de golpe de Estado em fevereiro de 1981 foi o primeiro jornal a se posicionar claramente contra o Golpe e a cobrar dos outros jornais e meios de comunicação a mesma postura. Na própria noite do Golpe publicou uma edição especial na qual conclamava todos os cidadãos a manifestar-se contra o Golpe de Estado e a favor da democracia e da nova Constituição. El País apoiou abertamente o Partido Socialista espanhol, o PSOE, e seu líder político Felipe Gonzales nas eleições de 1982. Desde então foi se estabelecendo e se fortalecendo uma espécie de sintonia e afinidade política-ideológica entre El País, os governos do PSOE e as “esquerdas” na Espanha – o que por sua vez sempre foi “denunciado” pelos órgãos de imprensa mais alinhados com a direita espanhola que acusavam o jornal de ser o braço mediático do PSOE.

    No entanto, nos últimos anos essa vocação democrática, pluralista, socialdemocrata de El País que foi referente de jornalismo de qualidade e para as esquerdas tem sido colocada em dúvida e em entredito. El País tem sido acusado de fazer um giro ideológico à direita, uma verdadeira deriva à direita. As mudanças no rumo do jornal e do grupo como um todo tem sido vista como algo perturbador. A deriva de um jornal e um grupo com as dimensões, a trajetória e o prestígio que tinha como o El País e Prisa tem sido é visto como uma tragédia nacional, tanto para os leitores, quanto para a democracia, tanto do ponto de vista informativo e cultural, quanto do ponto de vista político. Seus dirigentes atuais e principais articulistas afirmam que o jornal “não é de esquerda” e que “nunca foi de esquerda”. Pode até ser, mas o que ninguém podia esperar é que acabariam sendo tão de direitas. 

    Alguns associam estas mudanças no rumo político e ideológico e na linha editorial do Jornal a um largo processo de mudanças acionárias, econômicas e financeiras que acabaram por conformar um “novo modelo de negócio” em contraposição com o antigo modelo familiar de Jesus Polanco fundador do jornal, que sempre foi visto como uma barreira a essas mudanças tanto em sua linha editorial quanto em seu modelo de gestão.

    O ano de 2007 foi fundamental para o futuro econômico e ideológico de El País. Em julho desse ano morreu Jesus de Polanco, fundador do jornal em 1976. Juan Luis Cebrián, fundador e atual presidente do jornal, em seguida, passou a ter mais controle do que até então tinha tanto o Grupo Prisa como no próprio jornal, o que lhe permitiu a tal mudança no modelo de negócios de ambos. Nesse mesmo ano o IPO (“aipiou” como os mercadistas e seus macaquinhos amestrados aqui gostam de dizer) e uma dívida de 5.000 milhões de euros em 2008 levou ao início das negociações de Luis Cebrián com empresários e novos acionistas.

    Em 2010 a família Polanco passou de ter 71% de participação para menos de 20%, e o preço por ação do grupo caiu 90% . Nesta data, CaixaBank, Banco Santander, Telefónica, HSBC, um empresário mexicano e outro do Catar, absorveu mais de 70% dos acionistas do Grupo Prisa e El País. Desde 2010, o proprietário do El País é um fundo de investimento norte-americano, Liberty Acquisition Holding, que detem quase 60% das ações do Grupo Prisa.

    Com o novo modelo de gestão começaram e presença de bancos e fundos de investimentos, vieram os executivos de grandes empresas e bancos com suas políticas de salários bonos e pensões e o papel central. Mas sem dúvida o papel central nesse câmbio vem da mão de Luis Cebrian, atual conselheiro delegado, sua forma de gestionar o negócio e suas profundas relações com o estabilish politico e empresarial espanhol. Tudo isso coincide com as saídas, as aposentadorias compulsórias ou mesmo o despido de jornalistas que criticavam a direção do jornal (Maruja Torres, Miguel Angel Agullar, Ignacio Escolar), jornalistas veteranos que escreviam reportagens extensas e assinavam artigos de opinião.

    Em abril de 2016 se publicam os Panama Pappers que apontam a vinculação de Luis Cebrian com uma empresa petrolera (Star Petroleum SA) criada em Luxemburgo em 2005 por um empresario hispano-iraniano Farshad Zandi e que obteve o direito de exploração de reserva petrolífera em que se implicou o próprio Felipe Gonzales com as autoridades do Sudão em condições bastante vantajosas para a empresa e pouco favoráveis ao pais como se descobriu um ano e meio depois no agora dividido Sudão do Sul. Após a publicação destes dados, Cebrián anunciou uma demanda contra o meios que publicaram essa informações além de de despedir um jornalista Ignacio Escolar que colaborava numa cadeira de rádio do Grupo e proibiu a colaboração de trabalhadores do Grupo Prisa naqules meios de comunicação.

    Se com um meio com a história do El País passa tudo isso imagina o que não se passa com um estadão ou uma folha da Bruzundanga e sua pobres “sessões de cócoras”.

    1. bom post

      Valeu o comentario.  Vivendo e aprendendo.

      Nunca gostei de banqueiros donos de jornais e revistas!

      Essa combinação nunca dei certo!

      Ganham eles, perdemos nós!

  32. Já fui assinante. Mas se

    Já fui assinante. Mas se tornou repugnante. Tal qual os demais PIG cheirosos. Quando tento ler um editorial da folha, quando olho as capas da veja, istoé, época, a chamada do jn, tenho ânsia de vomito.

  33. Decadência da Folha

    Já fui assinante e deixei de sê-lo a mais de 15 anos, mas, aida dava uma olhadas na NET!

    Quando contratou reinaldo e kataguire (ambos em letras minusculas mesmo) foi demais nunca mais dei credibilidade a nada!!!

  34. Novo projeto editorial da Folha

    Mas não vai ser bem sucedida, Nassif… Também gostaria que fosse, pelo bem de todos nós.

    Veja as capas de hoje, tanto impressa quanto online: não há um – um destaque sequer sobre as manifestações de ontem, que só em São Paulo reuniram entre 50 e 70 mil pessoas. Não é pouca coisa!  O El País, sim, dá o devido destaque.

    A Folha parece querer passar a imagem de que não há oposição forte e organizada contra Temer, com o qual ela deve ter algum compromisso (não é possivel!)

    Não vai ser bem sucedida. Infelizmente… 

  35. Comecei a ler jornal bem

    Comecei a ler jornal bem jovem com cerca de 14 anos.Lia a folha,estadão,jb e globo.Com o tempo fui me identificando mais com a folha eacabei ficando só com ela,mas eventualmente comprava outro.Nunca fui assinante,sempre comprava na banca ja que gostava de levar outro jornal ou revista.De poucos anos pra ca,quase não a lia toda mais,ia pulando os colunistas editoriais etc até que…reinaldo,kintaguri,caiado…não deu mais.Hoje nem passo na frente de banca.Nem uol acesso.

  36. A Folha na era da pós-verdade

    no mesmo dia em que o Brasil é tomado por manifestações contra as reformas anti-Povo e anti-Nação do governo golpista, o usurpador Temer sanciona a terceirização.

    este é o momento mais dramático de nossa História: já não existe qualquer legitimidade em nenhuma das instituições. a lumpenburguesia brasileira assumiu definitivamente sua total incompetência em comandar este país. como nenhum vácuo pode persistir, avançamos para um impasse gravíssimo.

    a isto, some-se o complicadíssimo contexto global e uma crise climática que se aprofunda, com imensas conseqüências no funcionamento de nossos corpos.

    não há retorno. a única saída é construir coletivamente um portal de entrada para um novo ciclo.

    .

  37. Folha de São Paulo

    Quando era jovem, estudante secundarista, orientado pelos professores do colégio Marista de Londrina, na época capital do café, assinava a Folha de São Paulo, todos os dias, logo após o almoço, quando acabava de chegar do colégio, lia a Folha, de cabo a rabo, todinha. O tempo foi passando e aos poucos parei de ler a Folha, pois já não concordava mais com suas publicações, com seus jornalistas. Hoje tento ver as manchetes da Folha de vez em quando e vejo que nada mudou, continua aquele jornal parcial e tendencioso, que gosta de manipular os seus leitores e como não sou dessa turma, não leio mais a Folha e faz tempo, muito tempo.

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