A produtividade e o discurso contra a distribuição de renda no Brasil

Do Brasil Debate

O discurso antidistributivo e a produtividade

Por Pedro Rossi

Os críticos à atual política econômica sustentam que o crescimento é comprometido pelos excessivos aumentos de salário mínimo e, de forma sutil, defendem que a distribuição de renda seja posta em segundo plano. É a reedição da ladainha do bolo, que se espera crescer, para depois distribuir

O modelo de distribuição de renda, cujos pilares estão nas políticas de aumento do salário mínimo e de transferências de renda, está sendo questionado no debate público brasileiro. Esse questionamento ganhou força com a desaceleração do crescimento dos últimos anos e já assume a forma de discurso, reproduzido sistematicamente por parte dos economistas e do jornalismo econômico. Diante disso, vale um olhar mais atento sobre os argumentos que sustentam esse discurso.

Durante muito tempo, a literatura econômica dominante negou a necessidade de políticas de Estado voltadas para distribuir de forma mais equitativa os resultados do progresso econômico. O tema das transferências de renda ficou restrito às políticas de focalização para atender à extrema pobreza que, admitia-se, por alguma falha de mercado coexiste com o desenvolvimento econômico. Por detrás desse paradigma está a ideia de que a criação de riqueza depende de incentivos de renda e por isso a desigualdade é funcional ao crescimento.

Nessa perspectiva, ao longo do processo de desenvolvimento, os excessos de concentração da renda seriam corrigidos automaticamente pelo próprio mercado, na medida em que houver transferência de mão de obra dos setores de baixa produtividade para os setores modernos da economia, conforme ilustrado pela metáfora que compara o crescimento econômico com uma maré enchente que levanta todos os barcos.

O discurso antidistributivo traz essas referências, às vezes de forma explícita, como é o caso do conceituado economista americano Gregory Mankiw, que defende a desigualdade de renda e justifica os super salários do setor financeiro, alegando que esses refletem a meritocracia e estão de acordo com a contribuição econômica que esses agentes proporcionam à sociedade (ver artigo “Defending the One Percent”).

Já a versão brasileira do discurso antidistributivo raramente explicita essas ideias, e prefere construir uma argumentação à sombra da ideia de produtividade. O aumento dos salários acima da produtividade, diz o discurso, reduz as taxas de lucro e desestimula o investimento, o que tende a gerar desemprego e baixo crescimento. Armínio Fraga, por exemplo, argumentou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que o crescimento econômico foi comprometido pelos excessivos aumentos de salário mínimo.

Nesse discurso há, portanto, um dilema de curto prazo entre crescimento e as políticas distributivas. De forma sutil, mas direta, coloca-se em primeiro plano o crescimento e em segundo plano a distribuição de renda, e pressupõe-se que o primeiro plano conduzirá a uma melhora espontânea do segundo. Visto de outra maneira, esse discurso reedita a velha ladainha do bolo, que se espera crescer, para depois distribuir.

Esse discurso apresenta dois problemas centrais: primeiro, a produtividade é um indicador muito importante, mas é uma variável de resultado, um termômetro ou um sintoma do que acontece na economia (e por isso depende da expansão dos investimentos, capacidade ociosa, mudanças tecnológicas etc.) e não uma causa ex-ante. Ou seja, a produtividade tem um componente endógeno ao ciclo econômico, e não é totalmente exógena como propõe o discurso. Segundo, nessa leitura, os salários são vistos exclusivamente pelo lado da oferta, como custos de produção, e não como variável de demanda, com capacidade de criar mercados.

Ao combinar essas duas críticas, tem-se que os aumentos de salários podem induzir aumentos da produtividade. Ou seja, diante da expansão do mercado interno provocada pelo aumento de poder de compra dos assalariados, as firmas aproveitam economias de escala e se tornam mais produtivas, o que resulta em crescimento com distribuição de renda. Esse círculo virtuoso ocorreu no Brasil, entre 2004 e 2008, quando a distribuição de renda dinamizou o mercado consumidor doméstico, o investimento agregado e a produtividade, o que permitiu novos aumentos de salários.

Nesse sentido, a discussão importante não é impedir elevações salariais para aumentar a produtividade, mas como distribuir renda e aumentar a produtividade simultaneamente. Trata-se de discutir um modelo econômico, no qual a questão social esteja no centro do projeto de desenvolvimento, e no qual, para sustentar a distribuição de renda e o avanço das políticas sociais, sejam implementados amplos investimentos em infraestrutura, além de incentivos à modernização da estrutura produtiva e políticas que evitem o vazamento da demanda interna para o exterior, por meio das importações.

Com esses elementos, pode-se reforçar a aposta em um modelo inclusivo, em que a distribuição de renda e o mercado interno sejam o motor dinâmico.

Por fim, não há oposição direta entre a distribuição de renda e o crescimento, tampouco entre os aumentos entre o salário mínimo e a produtividade. Há, por outro lado, um conteúdo ideológico no tratamento do tema da produtividade e um discurso montado para esconder um viés antidistributivo.

A politização da produtividade, como discurso, é pano de fundo de um amplo programa de “ajustes” na economia – que inclui a redução do papel do Estado, a flexibilização do mercado de trabalho e a revisão da regra de salário mínimo – cuja implementação pode ter como resultado a restauração de um modelo econômico concentrador de renda no Brasil.

 

Redação

15 Comentários

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  1. Distribuição de Renda

    Essa ideia de crescer o bolo para depois distribuir,não deu e jamais dará certo,pois quando o bolo creceu em outras épocas, suas gordas fatias foram parar na Suíça e outros paraísos fiscais. 

  2. O discurso antidistributivo é

    O discurso antidistributivo é raso e conjuntural. Não resolve o país no longo prazo. É uma forma de empurrar o problema – que é grave – para debaixo do tapete.

    A desigualdade social é o maior desafio do desenvolvimento brasileiro. Se o país não for bom para todos, não será bom para ninguém. A equalização de oportunidades é tarefa preemente e os segmentos mais ricos da sociedade devem se preparar para enfiar a mão no bolso e pagar essa conta.

    Todas as nações mais desenvolvidas no mundo passaram por esse processo.

    Em algum momento da sua história, definiram algum tipo de acordo que promovia a equidade social e, por consequência, o desenvolvimento econômico.

    Mais sobre esse assunto: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1546/1/TD_1373.pdf

  3. Quem espera nunca alcança

    A diminuição da renda o aumento da pobreza e a concentração da riqueza é o que o cálice sagrado do mercado financeiro. Sempre foi assim ao ponto de termos hoje uma dezena de famílias que concentram a metade do PIB do mundo. Evidente que dispõem da Mídia, dos políticos, do cinema,do judiciário, das igrejas  que fazem parte do seu amplo  círculo de poder para tentar convencer os desavisados que o mundo é mesmo  assim, mas se tiverem méritos talvez um dia poderão ver o céu aqui na terra.

  4. Busque o seu lugar ao sol

    Comecemos pela conclusão:

    “Por fim, não há oposição direta entre a distribuição de renda e o crescimento, tampouco entre os aumentos entre o salário mínimo e a produtividade. Há, por outro lado, um conteúdo ideológico no tratamento do tema da produtividade e um discurso montado para esconder um viés antidistributivo.”

     

    Pronto. Já é o suficiente para desconsiderar toda a análise econômica aqui apresentada, isto é, as balelas de produtividade, salário mínimo, o falso dilema entre desenvolvimento versus crescimento econômicos, etc. 

    Vamos reforçar: (…) há um tratamento ideológico do tema da produtividade e um discurso montado para esconder um viés antidistributivo. Faltou acrescentar neste tratamento ideológico o discurso da  meritocracia, ou se preferirem, da merdoritocracia. 

    A OIT – como todos sabem – não surgiu do nada. Foi preciso GUERRA para reconhecer direitos sociais, culturais e econômicos.  Tão pouco a revolução de 1917, a constituição do méxico, a da alemanha,  foram capazes de criar “modelos” econômicos “naturais”  para aqueles que adoram um “say” atemporal e   que veem e que não veem o bastiat que preferem. Nada obstante, foram capazes de propagar o uso intensivo da “mais valia”, pós divisão internacional do trabalho, tecnicamente explorado pela engenharia do homem econômico( taylor, fayol, ford etc)

    O tempo passa e o discurso muda, mas a essência permanece com a garantia do direito positivo, feito para “manter a estabilidade social. 

    Uma estabilidade que no nosso caso, se fundamenta  democracia racial, censitária, cujo liberalismo e o caudilhismo andam sempre de mãos dadas. E isso não consta dos gráficos econonométricos!

    Enfim, para encurtar a conversa, repito:

    Há, por outro lado, um conteúdo ideológico no tratamento do tema da produtividade e um discurso montado para esconder um viés antidistributivo.”

    Logo, podemos concluir: análise econômica e  economia, não passam de BABOSEIRAS para enganar desorientados! 

    assim, quando você ouvir  qualquer enunciado que ao se  misturar com o ar e as cordas vocais de um economista qualquer,  não se engane: você estará sendo sutilmente envolvido num discurso falacioso. Afinal,   somos egoístas e queremos que a mão boba e nada invisível cuide da “solidariedade, da fraternidade , da liberdade, com uma igualdade que tecnicamente, só existe na matemática.  

    Agora sim já termino. Vou apenas explorar um pouco a igualdade, no “case” brasil:

    150 milhões de  trabalhadores assalariados e idiotas =  1000 ( um mil)  proprietários dos meios de produção.

    Eis a igualdade promovida! Pegue o seu ônibus, enfrente o engarrafamento e vá trabalhar feliz! Mas, tenha cuidado com os aforismos econômicos garantidos pelos direito posto. Trata-se de um conluio que lhe dá um bolo, constantemente e com “resiliência”!

     

    Boa sorte

     

     

     

  5. Conceito

    Acho que o texto esclareceu uma dúvida, não se quer produtividade e sim aumentar os ganhos com a baixa produção ou sem grandes mudanças na mesma. Sem investimentos em ‘gestão’ , como gostam os adeptos do mercado autoregulado, em equipamentos, novos processos e inovação nos produtos não há aumento na produtividade. Estes investimentos dependem do tamanho do mercado interno, renda, taxa de juros e câmbio. Não querem nem reduzir juros, ‘spreads’ insustentáveis para o crescimento da economia, nem aumentar renda. Um discurso sem o menor sentido já que não é o governo o responsável pela gestão das empresas. O pedido é para retirar um dos impulsionadores dos investimentos em produtividade,  contraditório, só falta agora pedir subsídio, aliás, mais.

    1. Foi bom vc comparar com o governo…

      Porque no governo também é assim, não se remunera por produtividade. Executando 100% ou 0% das tarefas o seu salário é o mesmo.

      1. Caro Drigoeira.
        Teu

        Caro Drigoeira.

        Teu conhecimento sobre a administração pública brasileira me parece obtido através do Jornal Nacional ou outras balelas da redes de TV.

        Pela primeira vez na história brasileira está se tentando implementar planos de metas para os servidores públicos federais, isto não é muito noticiado porque não interessa, mas a estrutura de controle está sendo montada. Vai demorar algum tempo para que os resultados apareçam, pois partindo do nada em sem “choques de gestão”, que são mais palavras demagógicas a introdução do acompanhamento do desempenho é um processo lento que teria que ser começado e começou!

        Se quiseres mais informações sobre o assunto deves ler a Lei 11784 de 22 de setembro de 2008 e o decreto lei 7.133, de 19 de março de 2010 bem como o Manual de Orientação para a gestão do desempenho.

        Como podes ver, apesar de critérios de desempenho serem previstos na constituinte de 1988, somente em 2008 que se começa o processo de análise de desempenho.

        Demoraremos no mínimo uma década para inverter a prática do serviço público ser um mero emprego para amigos do rei, mas a nova geração de servidores estão começando a pensar nestes termos. Ainda demorará algum tempo não devido aos novos servidores, mas sim as chefias que foram formadas em épocas em que isto não se pensava.

        Antes de repetir palavras de jornalistas tendensiosos e discursos de “choque de gestão” lembre-se que a política de acompanhamento do desempenho deve ser uma política de Estado e não de Governo.

  6. “O estado é a

    “O estado é a grande ficção da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo. “Frederic Bastiat .

    Acaba com os subsidios de empresas e parasitas em geral do estado, diminui o confisco da renda que vai fazer uma grande “distribuição de renda”.O governo arrecada 100 e distribui 1 e tenta argumentar que esta fazendo o certo.

    O Salário minimo aumenta, mas o salário médio pago para o trabalhador se mantém ou pior diminuiu, pq produtividade da mão de obra não se elevou. Salário representa a produtividade marginal do trabalho, não tem pollyana que mude isso.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=pkpqdmxlaKE%5D

      1. ??

        Bom, acho que você não me compreendeu bem ou eu não fui tão claro.

        Eu li o artigo e li o comentário referindo-se ao Bastiat do pessoal da aliança liberal. E li também obras do Bastiat. Neste meu comentário pequeno logo acima, eu me referi apenas às ideias do Bastiat. Só isso. Nada mais na menos.

        Consegui ser mais claro? 

    1. O Bastiat , de fato, sabia

      O Bastiat , de fato, sabia das coisas. Sobretudo, após receber uma boa herança ao 24 anos de idade.

      Isso a gente não vê ou não conta,  não é mesmo?

       

    2. Caro Aliança Liberal.
      O teu

      Caro Aliança Liberal.

      O teu raciocínio só tem um problema, não corresponde aos fatos. Enquanto nos Estados Unidos e Inglaterra aumentam a concentração de renda sem mexer no salário mínimo a famosa e decantada classe média desses países perde cada dia mais renda em termos absolutos (se falar em termos relativos, nem se pode comparar).

      Já no Brasil, categorias de trabalhadores que dependem mais de negociação direta do que da política de salário mínimo, fecharam acordos trabalhistas com os patrões acima dos índices do salário mínimo.

      Este discursinho LIBERAL já está sendo questionado nos países da OCDE, mas como a nossa chamada elite (AH, AH, AH), que ainda tem resquícios da escravidão fica repetindo lemas que estão sendo revisados nos países mais desenvolvidos.

      Não passe filminhos da Dama de Ferro, ela já está debaixo da terra há algum tempo (junto com o Reagan) e o que valia para a sua época está mostrando que não se sustenta a longo prazo.

      1. “O teu raciocínio só tem um

        “O teu raciocínio só tem um problema, não corresponde aos fatos.” pelo contrário acreditar numa solução estatal de fantasia e que não corresponde a realidade.

        “Enquanto nos Estados Unidos e Inglaterra aumentam a concentração de renda sem mexer no salário mínimo a famosa e decantada classe média desses países perde cada dia mais renda em termos absolutos (se falar em termos relativos, nem se pode comparar).” Ocorreu pelo intervencionismo estatal que estes paises estão passando neste momento, paises como a Alemanha não tem salário minimo e tem salários médios maiores que por exemplo a Espanha que tem salário minimo.

        ” Brasil, categorias de trabalhadores que dependem mais de negociação direta do que da política de salário mínimo, fecharam acordos trabalhistas com os patrões acima dos índices do salário mínimo.”

        Pq a produtividade se elevou e tem muito a ser feito.

        “Não passe filminhos da Dama de Ferro, ela já está debaixo da terra há algum tempo (junto com o Reagan) e o que valia para a sua época está mostrando que não se sustenta a longo prazo.”

        Responsabilidade fiscal não é uma idéia que envelhece nunca. Vale para qualquer regime seja socialista, capitalista e em qualquer tempo, vale para uma aldeia na Nova Guiné, para Nova Zelândia, para o Brasil.

         

         

  7. Decisão contra McDonald’s pode abrir portas aos sindicatos

    The New York Times

    By STEVEN GREENHOUSE

    JULY 29, 2014

    O Conselho Geral da “National Labor Relations Board” (NLRB) determinou na terça-feira que a Mcdonalds poderia ser co-responsável ​​pelas violações do trabalho e salários de seus operadores da franquia – uma decisão que, se mantida, quebrará uma prática de longa data na indústria do fast-food e facilitará o caminho para valer em todo o país.

    Os grupos empresariais classificaram a decisão como ultrajante. Alguns juristas descreveram a decisão  como uma possibilidade de se estender os efeitos em outras empresas que utilizam a terceirização, considerando-as co-responsáveis, ao menos parcialmente, em casos de violações das determinações dos sindicatos sobre horas extras ou salários.

    A decisão veio depois que a equipe jurídica da junta do trabalho investigou as várias denúncias feitas pelos trabalhadores do ramo nos últimos 20 meses, acusando a empresa Mcdonalds e seus franqueados de práticas trabalhistas injustas.

    Richard F. Griffin Jr., conselheiro geral da junta do trabalho, disse ter encontrado mérito em 43 das 181 reclamações que acusavam os restaurantes da rede Mcdonalds de dispensas ilegais, ameaças ou penalizações por atividades pró-trabalhistas.

    Nesses casos, o Sr. Griffin disse que incluiria a Mcdonalds como um empregador conjunto, uma classificação que consideraria a empresa como responsável pelas ações tomadas em milhares de seus restaurantes. Cerca de 90 por cento dos restaurantes da cadeia nos Estados Unidos são operadas pelo sistema de franquia.

    Os trabalhadores que apresentaram queixas afirmaram que a Mcdonalds é também o empregador devido ao fato de ordenar que seus franqueados sigam rigorosamente as suas regras sobre práticas alimentares, limpeza e condições do emprego, e, também, o fato de a empresa Mcdonalds ser, em vários casos, a proprietária dos restaurantes franqueados.

    Heather Smedstad, a vice-presidente da Mcdonalds, negou que a empresa interfere nas decisões das contratações, salariais ou qualquer ato relativo aos funcionários de seus franqueados. “A Mcdonalds também acredita que esta decisão muda as regras para milhares de pequenas empresas, e vai contra décadas da lei estabelecida”, disse ela.

    Durante o debate para aumentar o salário mínimo a US$ 10,10/hora, bem como na campanha para pressionar a Mcdonalds e as outras cadeias de restaurantes a adotarem um piso salarial de US$ 15,00/hora, as empresas disseram que não definiam os salários dos funcionários, e sim os proprietários das franquias que o faziam. A decisão do NLRB enfraqueceu consideravelmente essa defesa.

    Agora que as empresas utilizam cada vez mais subcontratados e agências de trabalho temporário para libertar-se das decisões de emprego e dores de cabeça, os especialistas disseram que a decisão poderá forçar as empresas a serem mais responsáveis.

    “Os empregadores como Mcdonalds evitam reconhecer os direitos dos empregados, alegando que eles não são realmente o seu empregador, embora exerçam controle sobre aspectos cruciais na relação empregatícia”, disse Julius Getman, professor de direito do trabalho na Universidade do Texas. “A Mcdonalds já não consegue mais se esconder atrás de seus franqueados”. 

  8. Se não fosse a distribuição de renda. . .

    Se não fosse a distribuição de renda, o aumento da produtividade poderia ser menor ainda, pois esses aumentos de salários mínimos e de ganhos reais nas negociações salariais possibilitaram um aumento do consumo de um modo geral, o que leva a um aumento de empresas no mercado e consequente aumento de produtividade. O que se precisa entender é que o Brasil não tem vocação industrial e que nossos industriais pouco investem em pesquisa como em outros países, essa é a principal razão dos baixos aumentos de produtividade no setor industrial. Já na agricultura graças ao bom trabalho da EMBRAPA e do dinanismo de nossos agricultores vem acontecendo exatamente o inverso.

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