Brasileiros são os vilões em novo game

Sugerido por Marco St.

Logo quando estourou o escândalo da esiponagem americana sobre Dilma e a Petrobrás, já havia “previsto” aqui mesmo nesse blog de que o Brasil e os brasileiros seriam vilanizados pela turma de Hollywood. Nem demorou muito. Saíram os russos, cubanos,  iraquianos, paquistaneses, iranianos. Entra Brasil, Chile. A Venezuela continua firme como vilã oficial.

Da Folha

A maldição do petróleo, via Hollywood

Nelson de Sá  

PetrobrasMinistério das Minas e Energia e Presidência da República foram devassados pelos Estados Unidos e pelos chamados Cinco Olhos, Five Eyes, os países de língua inglesa que compartilham ações de espionagem _além dos EUA, participam Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Como avaliou o jornalista americano Glenn Greenwald numa das reportagens iniciais no “Fantástico”, “é muito claro que o objetivo é econômico”. Foi o que reconheceu a própria imprensa canadense, cuja agência de espionagem digital, CSEC, comandou a invasão eletrônica do Ministério das Minas e Energia.

A notícia surgiu há um mês, logo após Petrobras e Presidência, mas neste curto tempo os vazamentos de Washington já reverteram a narrativa jornalística, tornando o Brasil, de vítima de espionagem para favorecer empresas americanas, canadenses e australianas de petróleo e mineração, em vilão.

Para além da jornalística, uma outra narrativa, ficcional, entra agora no jogo. Foi lançado na quarta, com roteiro de Stephen Gaghan, vencedor do Oscar com “Traffic” e diretor de “Syriana”, filme sobre uma disputa por reservas no Oriente Médio entre petroleiras americanas e chinesas, o game “Call of Duty: Ghosts”.

Versões anteriores do game como “Modern Warfare” e “Black Ops 2” traziam como vilões, respectivamente, russos e chineses. Em “Ghosts” os inimigos são os brasileiros, que se uniram aos venezuelanos e chilenos em uma Federação das Américas, que concentra a produção de petróleo no mundo.

“O Brasil é um dos principais inimigos dos EUA e de outras ‘nações do Primeiro Mundo’ na trama”, explica o UOL. “O Brasil ao lado do Chile e da Venezuela são os inimigos dos EUA, país que o jogador deve defender”, acrescenta o G1.

O enredo do novo game da Activision, sediada em Los Angeles:

“O Oriente Médio é devastado pela Guerra de Tel Aviv, que cria uma crise de energia. Os países da América do Sul se tornam os principais fornecedores de petróleo. Brasil, Venezuela e Chile se unem para garantir proteção dos países desenvolvidos. Eles usam uma arma espacial dos EUA contra o próprio país, criando um conflito que dura mais de dez anos.”

Para o crítico da Fox News, é “uma das premissas mais direitistas na história dos games… uma trama saída das mentes de quem apoia prospecção de petróleo nos EUA, misturada com política externa neo-conservadora e borrifos de segurança de fronteira”. Vendeu US$ 1 bilhão no primeiro dia, novo recorde.

Redação

20 Comentários

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  1. Show de bola.Finalemnte

    Show de bola.

    Finalemnte entramos para a big league.

     

    E a série não é propagada de direita. Muito pelo contrário!

    É tipo Hariovaldo de Almeida Prado.

    Deixa bem claro que os EUA vão a guerra porque querem petróleo. Simples assim. Isso é retratado em algum lugar da imprensa com clareza?

     

    Faz mais bem a opinião pública do que todos os blogs de esgoto juntos!

    É a verdade nua e crua para quem quiser ver…

    1.  Sou gamer, fan de

       Sou gamer, fan de MMO(Massive Multiplayer Online)  e pouco importa o enredo. Queremos diversão.  Já comprei pelo site da Steam.

      Para reforçar a resposta, Sou de Esquerda, isso mesmo S Maiusculo!

      Seu comentário me faz pensar o porque o os movimentos de junho e julho pegaram tantas pessoas de surpresa.

      Me incluo nessa também.

      Internet realente é outro mundo e está nessecidado de Cabrais, Vascos da Gama e Colombos.

      1. Eles tentam passar a mensagem

           …mas não conseguem mais com a mesma eficiência de antes, e não se iluda eles tem essa intenção sim, acho que ainda há um público vulnerável seja à filmes ou a jogos, mas com cada vez mais fontes de informação a coisa fica mais difícil, eu estava escrevendo um texto sobre isso para o fora de pauta, vou postar mais tarde, quanto ao MMO creio que é mais para “mundos fantásticos” certo ? vem outro jogo aí que vai atacar cuba ehe, eles não pretendem que ninguém saia por aí atirando contra os cubanos, isso é muita besteira, alguns tão querendo dar essa fama aos “games” como diz o colega aí em cima, mas o texto fala do enrredo, antes da influência que esses produtos possam ter estamos falando da mudança de postura deles para com o Brasil e  vizinhos.

  2. ♫ Parabéns, ó brasileiros… ♫

      Eu já tava com invejinha da venezuela, os caras maus, brasileiro é tão bonzinho.

    agente tava agradando demais essa turma

  3. Nassif
     
    Nao tem nada a ver

    Nassif

     

    Nao tem nada a ver com o tópico, mas senti falta das notícias sobre a Venezuela. Por que o Blog não retrata o caos que virou a Venezuela. Para mim com riscos até de uma guerra civil.

    Nao dá para esconder o que os amigos bolivarianos estao fazendo nos países vizinhos… vide Venezuela e Argentina.

    Graças ao Lula o Brasil não embarcou no modelo do sr. Hugo Chaves,mas com Dilma estamos mais pertos dos bolivarianos do que da prosperidade.

  4. Pensamento

    Me ocorreu um pensamento meio ao largo dessa pendenga sobre o jogo, mas correlato, sobre a capacidade que os americanos tem de criar silogismos hipócritas que justifiquem suas intervenções, sua lógica imperial… Explicitando, um sujeito que nasceu, mora e quer o direito inalienável de influir na política de seu próprio país, quando não comunga com a lógica do “império da liberdade”, se torna rebelde (antigamente), e insurgente (nos dias do hoje)…

    Em seu próprio país!

    Não é mole não, os caras se metem no seu país e te tratam como um tutelado ou um “invasor”. Um escárnio criminoso!

    Um abraço.

  5. Chile????

    Só não entendi a inclusão do Chile.

    Pra mim disputa com a Colômbia e o México pra ver quem é mas capacho dos EUA.

    Coitados devem estar arrasados com esta notícia.

  6. só pra consideração

    eu tenho umas centenas de horas de battlefield e nem por isso tenho vontade de ir pra foz do iguaçu e sair atirando em todo brimo que cruzar na frente. será que eu sou retardado e não sofro esse tipo de efeito nos games?? 

    meu intelecto não me permite nem mesmo compreender essas bombar semióticas dos games??

  7. Entrelinhas

    “A notícia surgiu há um mês, logo após Petrobras e Presidência, mas neste curto tempo os vazamentos de Washington já reverteram a narrativa jornalística, tornando o Brasil, de vítima de espionagem para favorecer empresas americanas, canadenses e australianas de petróleo e mineração, em vilão.”

     

    E nas entrelinhas o jornalista que escreveu a matéria criticou seu próprio jornal por seguir as linhas editoriais ditadas por Washington, invertendo o papel do Brasil para vilão….

  8. Game e game! …orra!

    São soldadinhos animados, muito melhor que os de plástico da infância. Para descarregar nada melhor que detonar tudo o que aparece pela frente. Pode ser em primeira pessoa ou de estratégia…

    É ótimo nos tornarmos vilões em games e filmes americanos, melhor assim que a nossa imagem atual de puxa-sacos ou de algo indesejável que grudou nos sapatos yankees.

    Para os nossos marxistas-leninistas-maoístas-castro-guevaristas-bolivarianos do blog: até hoje só joguei um jogo russo que achei bom, Stalin Subway, nunca mais encontrei outro interessante. Para a época do lançamento até que os gráficos eram razoáveis. a música principal da trilha… em versão rock ficou boa… URA! Com certeza devem existir outros bons, mas não chegam aqui.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=wyWJhCCkilM%5D

     

     

     

     

  9. Acho que é pra se comemorar…

    Tava cansado de jogar com o exército de outros países para lutar contra o domínio mundial estadunidense.

    Agora vou poder me divertir com certeza…

    O inimigo de Hitler matou mais que Hitler.

     

     

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