Bresser-Pereira: Elite econômica que patrocina governo Temer vai fracassar

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O impeachment resultou da coalizão perversa de políticos e economistas liberais, que foram derrotados nas eleições de 2014 (PSDB, DEM e PPS) com os políticos oportunistas do PMDB e, mais amplamente, do Centrão. A elite econômica quer aproveitar a oportunidade surgida com o discurso de necessidade de ajuste fiscal para reduzir “estruturalmente” as despesas do Estado e acabar com direitos trabalhistas. A ala do PMDB denominada centrão aproveita a crise para ocupar o poder. É essa a análise do economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. correção:

     O impeachment resultou da coalizão perversa de políticos e economistas liberais, que foram derrotados nas eleições de 2002, 2006, 20010 e 2014.

    1. “Golpe”!

      SOU APOLÍTICA. ESSES PARTIDOS QUE AÍ ESTÃO SÃO CORRUPTOS, MANIPULADORES, SÓ VISAM INTERESSES PRÓPRIOS, JAMAIS PENSAM NO POVO QUE OS ELEGEM, É PARTIDO DEMAIS SUGANDO E FARREANDO COM O DINHEIRO DO TRABALHADOR(A) DE BEM, O VERDADEIRO CIDADÃO/CIDADÃ QUE PAGA IMPOSTOS DE VERDADE, E IMPOSTOS ABUSIVOS! AGORA, ACERCA DO “SUPOSTO” GOLPE QUE É GOLPE, LHES DIGO: UM GOVERNO ILEGÍTIMO NÃO TEM FORÇA DEMOCRÁTICA PARA GOVERNAR. É UM GOVERNO IMPOSTO AO SEU POVO DE MANEIRA “COERCITIVA” E GOELA ABAIXO! É DITADURA EM DEMOCRACIA, PORTANTO, É GOLPE PARLAMENTAR!!! ELEIÇÕES GERAIS E REFORMA POLÍTICA JÁ, AINDA QUE TARDIO!!!

  2. As variadas cores tucanas da política

    Para colaborar com a eventual reforma política, repito e complemento aqui uma classificação que tinha feito dois dias atrás, sobre os tucanos pur sang e os genéricos, todos amalgamados por interesses diversos, mas convergentes, como a mágoa contra o PT, a visão internacional e neoliberal sobre a nação brasileira; e a aparente ingerência estrangeira nestes partidos com apoio intelectual, programático y de financiamento.

    PSDB – Tucanos neoliberais originais criados por Washington. Todos com Green Card. Reformulação política para América latina a partir do consenso de Washington, misturando economistas de Chicago e lideranças paulistas. Assim como hoje pretendem fazer com Temer, utilizaram o Itamar em 92 para colocar FHC na passagem de bastão até as eleições de 94. Os EUA ressuscitaram e reprogramaram o “Cerra”, numa espécie de projeto “Lázaro”, quando este fugiu do golpe militar (foi assim como fizeram com a Mila Jovovich no seriado Resident Evil, apenas que Mila é mais bonita e trabalha para o “bem”). O Cerra parece hoje uma espécie de “soldado universal” dos EUA (deve ter até um chip) pronto para qualquer trabalho ou “job”, como por exemplo, acabar com o MERCOSUL e os BRICS.

    DEM – Tucanos de direita econômica local e elites (nacionais e regionais). Antigo PFL que, talvez com inveja dos tucanos, adotou o nome de “Democrata” para pegar alguma relação internacional moderna entre os EUA e os coronéis da política local. Trata-se apenas de uma evolução da “marca”.

    PSC – Tucanos evangélicos. Líderes da bancada da bíblia. Partido do Feliciano (horror!). Lançaram em 2014 a candidatura do pastor Everaldo e, tirando o lado religioso e deixando apenas o seu posicionamento extremamente conservador, são “coerentes” então em lançar a candidatura de Jair Bolsonaro para Presidente em 2018 (mais horror!). O fundo partidário contribuiu para estimular a criação de dezenas de outros partidos satélites subalternos, orbitando ao redor da bíblia.

    PSB – Tucanos do Nordeste (simbolizado por um pombo parecido a um carcará). Eles, depois de um passado glorioso (Miguel Arraes, Roberto Amaral, João Capibaribe e outros) escolheram o “caminho tucano de ser” para tentar colocar no Planalto o seu próprio “Lula”, mais jovem, elegante e de olhos azuis, mas que faleceu tragicamente antes de ganhar a nova identidade Bourne. Quiseram entrar no vácuo pela esquerda que parecia ter deixado o PT, mas caminharam a passos agigantados para a direita. Embora distantes da Av. Paulista deram cobertura e filiação ao Paulo Skaf (líder empresarial de SP) durante 2010. Skaf, em 2011, ao pedido de Temer, vai do PSB para o PMDB. Do seio do PSB surge o Arthur Virgilio, que depois migra para o PSDB e hoje é prefeito de Manaus. Luiza Erundina, depois de abandonar o PT na sua particular caminhada para ter sido “Dilma” e não conseguiu, transitou também por este partido (hoje no PSol é candidata à prefeitura de SP).

    PPS – Tucanos de origem pernambucana (hoje em vias de fusão com o PSB, segundo fala o Google). Hoje tem novo endereço na avenida paulista. Aqui está agora o nosso “senadorzinho”, aquele do “votinho” pelo impeachment, dentro de um partido tão confuso como ele próprio.

    O “senadorzinho” pertence hoje ao partido do Roberto Freire (ambos são também da mesma origem Pernambucana). O PPS, como quase todas as variedades “tucanas” genéricas aqui indicadas, corresponde a uma mudança de nome do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), que seguia linha sindical Europeia, cujo “guru” era o Lech Walesa (da Polônia). Caiu esse “ideal” junto com o fim da Guerra Fria.

    O senadorzinho chegou até o PPS como um boomerang que volta para as mãos do Roberto Freire, depois de ter ficado perdido durante anos querendo ser “Lula”, trocando de partidos, até entender que tinha acabado a guerra fria e voltou para casa, assumindo o seu insignificante tamanho real.

    Walesa foi acusado de informante do regime comunista e colaborador da policia nos anos 70. Walesa é conhecido na Europa pelos seus paradoxos, assim como Freire, o senadorzinho, e diversos outros que queriam ter sido Lula e não chegaram nem perto. O importante nestes tempos mais modernos é saber sobre a mão que alimenta o PPS. Pelo que se sabe, o PPS é um partido tucano com inspiração e provável suporte do leste europeu, porém arrependido ou submisso ao capital global.

    PSD – Novos tucanos de direita conservadora e do poder econômico local. De origem paulista, surge em 2011 com Gilberto Kassab, Afif Domingos e outros políticos do DEM e do PP.

    PDT – Tucanos do sul, órfãos sem Brizola e perdidos no novo espectro da política. Partido com líderes que falam grosso para fora, mas que afinam para os seus – quase todos – parlamentares golpistas, particularmente o Telmário, que durante os primeiros dias do processo falou tão grosso como próprio Ciro, mas depois “tucaneou”, ilustrando com o seu exemplo o quanto seria ruim escolher o PDT como expoente da esquerda para 2018. Na procura de um “Lula” para chamar de seu, hoje dão cobertura para as aspirações políticas do Ciro Gomes, que fala bonito o que as pessoas querem ouvir, mas, cujo discurso se contradiz a cada instante pelos atos e posições do seu atual partido.

    PV – Tucanos verdes, de plumagem europeia, principalmente da Alemanha. O PV adotou a Marina em 2010, a musa da floresta, numa mistura estanha de Natura, natureza e Banco Itaú. Marina é do grupo daquelas que queriam ser “Dilma” e o destino (e também o povo brasileiro, graças a Deus) não quis. Em compensação, a votação de Marina foi expressiva e permitiu ao PV achar que estava com aquela bola toda e lançou Eduardo Jorge em 2014. O Sarney Filho deve ter encontrado o suporte generoso de ONGs europeias e saiu assim das tetas familiares enraizadas no PMDB do Estado de Maranhão. O Álvaro Dias achou aqui um espaço perfeito, com poucos concorrentes internos e com patrocínio liquido e certo para uma eventual investida presidencial. Ainda exibe a sua plumagem tucana, e fala como se estivesse num show.

    PP – Tucanos da Petrobrás. Partido do Paraná (do José Janene, o maior gatuno da Petrobrás e que “dizem” que morreu, embora nem sequer a viúva fosse autorizada para ver o cadáver no caixão que enterraram). Concorre no Guinness Book com Eduardo Cunha pelo tamanho da sua “eventual” delação premiada (embora do “além”). Partido de “boca do caixa”. Partido do Maluf que “rouba, porém faz”, embora hoje somente roube; partido do “estupra, mas não mata”, mas isso mesmo foi o que fizeram com a Constituição e com Dilma. São os mais citados na lava-jato.

    PMDB – Donos da maior escola política brasileira; donos do ninho de onde nascem todos os tucanos. Uma academia de políticos profissionais; a Harvard política tupiniquim. Especialistas em levar poder sem voto, prontos para dar o bote. Partido de nome amplo e acolhedor – por causa de um glorioso passado distante, cobertura de políticos que percorrem todo o espectro nacional, desde ultraliberais conservadores até progressistas e nacionalistas, como Requião – que ainda levam o DNA de Ulysses Guimarães e do Severo Gomes. É a academia de iniciação para qualquer político que queira fazer carreira no Brasil.

    O PMDB também sabe seduzir e aproveitar fraquezas e ciúmes de políticos de outros partidos para atraí-los ao seu seio, como foi o caso da Marta, que também queria ser Dilma e não foi. Marta foi seduzida pelo novo maridão, do PMDB, sendo puxada para o PMDB com a mesma força com que o seu ciúme e mágoas a repelem do seu antigo partido (PT), cujos votos a elegeram na, provavelmente, aquela que pode ter sido a sua última eleição de conteúdo e caráter.

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