Como não ser um Juiz de Direito?, por Rômulo de Andrade Moreira

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Empório do Direito

Como não ser um Juiz de Direito? Fácil, leia as decisões de Sérgio Moro

Por Rômulo de Andrade Moreira

Como foi amplamente noticiado pela imprensa, acabou de ser concedida a liberdade provisória a um casal de réus, com arbitramento de fiança, na chamada Operação Lava-Jato que, como o próprio nome indica, deseja fazer uma “limpeza” ou uma “lavagem” moral no Brasil. Acho até que, talvez, o que se queira mesmo é fazer uma limpeza em si mesmo (Freud explica). Como a repressão é tremenda (e o inconsciente acaba quase sempre vencendo), cuidemos dos outros. Assim, ficamos em paz com o nosso consciente e, de quebra, ainda recebemos prêmio da Rede Globo e aparecemos em manchetes de jornal. Tudo muito bom, portanto. Só não tem nada a ver com Processo Penal. Tem a ver com a psicanálise!

Segundo a imprensa, o Juiz Sérgio Moro “fez duras críticas ao ´álibi` do casal nas ações penais“. Penso até que ele usou o significante sem saber mesmo o seu significado técnico-jurídico (eu até o perdoaria, se se tratasse do padeiro aqui ao lado de minha casa, que não é Juiz de Direito e não dá palpite quando não entende do assunto. É um sábio.).

Também o Juiz afirmou tratar-se de “uma trapaça que não pode ser subestimada“, devendo ser censuradas em ambos os acusados (que serão julgados por ele, pasmen!) “a naturalidade e a desfaçatez com as quais receberam, como eles mesmo admitem, recursos não-contabilizados.”

Em um claro pré-julgamento esse arremedo de Juiz de Direito (pois não demonstra ser um Magistrado imparcial), afirma que o (tal) álibi “não é provavelmente verdadeiro e ainda que o fosse não elimina a responsabilidade individual.”

 Não contente em dizer tantas asneiras, o Juiz Sérgio Moro faz uma comparação absolutamente impertinente, digna de um neófito em Direito: “Se um ladrão de bancos afirma ao Juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não faz qualquer diferença em relação a sua culpa.” Que brilhante!

Por fim, uma última pérola do Magistrado incompetente (nos termos do art. 70 do Código de Processo Penal): “É possível reconhecer, mesmo nessa fase, que, mesmo se existente, encontra-se em um nível talvez inferior da de corruptores, corrompidos e profissionais do crime.” Enfim, já estão todos condenados, ou como corruptores ou como corrompidos. E o que seriam mesmo “profissionais do crime“? Veja, ele próprio é um profissional do crime, ou não? Não é um Juiz criminal? Eu, por exemplo, Procurador de Justiça criminal, sou um profissional do crime, pois dedico boa parte do meu tempo e do meu estudo ao estudo do … crime. E ganho uma fortuna com isso.

Não é possível que o Supremo Tribunal Federal, quando instado a fazê-lo, não reconheça que o Juiz Moro está ultrapassando todos os limites. Óbvio que não espero de Gilmar Mendes qualquer decisão nesse sentido, pois de imparcialidade ele entende tão pouco como Moro. Tampouco vou fazer referência ao Conselho Nacional de Justiça, pois, afinal de contas, é órgão de controle externo e não um Colegiado com competência para ensinar Juiz a trabalhar (e não para que não cometam asneiras processuais – o mesmo vale para o Conselho Nacional do Ministério Público).

Será que há alguma dúvida quanto à parcialidade do Magistrado de Curitiba? Acho que não precisa ser nenhum “calouro” do curso de Direito. Diante desse tipo de declaração (infeliz, despropositada, impertinente e, sobretudo, burra – porque sujeita a uma forte contestação na Superior Instância), haverá alguma dúvida que o casal “beneficiado” pela concessão da fiança já está condenado? Aqui a defesa fará um mero papel decorativo, salvo se o Supremo Tribunal Federal tiver a coragem (que eu duvido!) de lhe afastar por suspeito de julgar o processo.

Aliás, o Juiz Sérgio Moro, que no caso Banestado já havia demonstrado seus pendores para acusador e sua incapacidade para presidir um processo complexo e de apelo midiático, neste caso da Lava-Jato comete erros a mancheias, cada vez mais grosseiros e recorrentes.

São vários, a começar por se arvorar Juiz competente para processar e julgar todo e qualquer caso penal relativo à corrupção que envolva a Petrobrás, independentemente do local onde o suposto crime tenha se consumado, afrontando as regras impostas pelo Código de Processo Penal (o art. 70, acima referido). Ele sustenta uma conexão processual entre inúmeros crimes e dezenas de acusados, fenômeno jurídico nem sempre existente, usurpando a competência de outros Juízos federais. Outro absurdo que esse Magistrado pratica é o abuso na decretação de prisões preventivas e temporárias, com fundamentações muitas vezes genéricas, quando sabemos que as prisões provisórias – anteriores a uma sentença condenatória definitiva – devem ser decretadas excepcionalmente. O Juiz Sérgio Moro, ao contrário, transformou em regra o que deveria ser uma exceção, o que é um retrocesso em relação à Constituição Federal. E o mais grave: tais prisões, revestidas de uma suposta legalidade, são decretadas, na verdade, na maioria das vezes, com uma finalidade: coagir o preso, ainda sem culpa certificada por uma sentença condenatória, a delatar. Isso é fato e é gravíssimo. Deixa-se o investigado ou o réu preso durante meses, trancafiado em uma cela minúscula, praticamente incomunicável, sem que se demonstre legalmente a necessidade da prisão, pressionando-o a firmar um “acordo” de delação. Ora, quem não se submeteria? E quem não falaria o que os inquisidores queriam? Isso é muito complicado. A Lei nº. 12.850/13, que trata da delação premiada, exige expressamente a voluntariedade do delator. Será mesmo que estas delações que estão sendo feitas em Curitiba são voluntárias no sentido próprio do vernáculo? Se não o são, até que ponto podem ser críveis? Vejam os benefícios que estes delatores estão tendo em relação às suas penas. Sem falar em outros que sequer estão previstos em lei, contrários à lei, inclusive.

O Juiz Sérgio Moro deslumbrou-se! Muito difícil para um jovem não sucumbir a tantos holofotes e ao assédio da grande mídia e de parte da população, especialmente da classe média, da qual ele faz parte. Mas, isso não o isenta e a História não o perdoará, ao contrário do que ele e muitos acreditam. Assim, ficou difícil impedi-lo de tais abusos. Tudo que ele faz, todas as suas decisões têm uma presunção de legalidade e de justeza, o que é um equívoco, obviamente. Como frear um “salvador da pátria”, o redentor! E é óbvio que assim o sendo, a tendência é que as decisões do Juiz Sérgio Moro sejam confirmadas pelos demais órgãos do Poder Judiciário que, muitas vezes, não ousam ser contra majoritários, como tinham que ser em uma República e em um Estado Democrático de Direito. O Magistrado, ao contrário do que já se disse, não tem que decidir conforme “a voz das ruas” ou para atender ao clamor popular. Isso é pura demagogia e, portanto, inaceitável. Magistrado tem que ter compromisso, exclusivamente, com a Constituição Federal, isso é o que o legitima, já que ele não tem a legitimidade popular. Os Juízes brasileiros têm que ter essa consciência: como eles não são votados, a sua legitimidade decorre da fundamentação de suas decisões e tal fundamentação, por sua vez, decorre da observância das leis e das regras e dos princípios constitucionais. Passar em um concurso público, marcando um “x” e discorrendo sobre a doutrina do jurista “A” ou “B” ou sobre o entendimento do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal sobre tal ou qual matéria, não lhes dá nenhuma, absolutamente nenhuma, legitimidade constitucional para exercer a sua jurisdição. Neste sentido, considero que, ao ratificarem as decisões do Juiz Sérgio Moro, todas as demais instâncias do Poder Judiciário brasileiro, inclusive o Supremo Tribunal Federal, cometem abusos. E, repito: a História não os perdoará!

Os impactos dessa Operação Lava-Jato serão desastrosos. Aliás, já estão sendo. Cada decisão do Juiz Sérgio Moro, devidamente “chancelada” pelos Tribunais e, por fim, pelo Supremo Tribunal Federal (que nem sempre decide contra majoritariamente, como deveria ser) passa a servir de paradigma para outras decisões de Juízes em todo o Brasil. Se um sujeito processado na Operação Lava-Jato passou um ano preso até delatar, e o Supremo Tribunal Federal nada fez, o Juiz de Direito de Cícero Dantas, aqui no Sertão da Bahia, também vai se sentir no direito de fazer o mesmo. É essa também a minha preocupação. Esse sujeito é que vai ficar esperando preso dois anos por uma sentença, mesmo porque, muitas vezes, nem tem Juiz na Comarca para julgá-lo e ele fica esquecido na Delegacia de Polícia, porque, aliás, também não tem Promotor de Justiça nem Defensor Público. A Justiça Estadual brasileira é um caos! É outro mundo. Não tem Magistrados suficientes, nem membros do Ministério Público. Quanto à Defensoria Pública, melhor nem falar (com relação a ela, os Estados não têm o menor interesse em aparelhá-la, afinal de contas, elas cuidam dos necessitados). Não há, sequer, funcionários. A Justiça Comum Estadual não funciona. Finge-se que trabalha. Sugiro que o Conselho Nacional de Justiça faça uma inspeção nas Comarcas do interior do Brasil, não nas grandes cidades e não somente nas Corregedorias dos Tribunais. Pergunte aos cidadãos o que eles acham do serviço prestado pelo Judiciário nestas pequenas e médias cidades. Sugiro o mesmo para o Conselho Nacional do Ministério Público. Mas, o que tem isso a ver com a Operação Lava-Jato? Tem tudo a ver, sabe porquê? Por que a “República de Curitiba” não é a República do Brasil. Esta existe e é formada por uma Nação: o povo brasileiro.

Claro que a prática de um delito exige a punição pelo Estado (até que se encontre algo mais humano para se fazer com quem o fez e se procure entender porquê o fez), mas não se pode punir a qualquer custo. Há regras a serem observadas. Regras e princípios constitucionais. E no Brasil, hoje, isso não ocorre. E a Operação Lava-Jato é um exemplo muito claro disso. Vivemos um verdadeiro período de exceção. Hoje, não há Estado Democrático de Direito. Isso é balela! Conduz-se coercitivamente que não pode sê-lo. Invade-se domicílio que não pode ser invadido. Determina-se interceptações telefônicas de quem não pode ser interceptado. Prende-se quem tem imunidade constitucional. Ministro da Suprema Corte dá declarações em relação a processos que serão julgados pela Corte Constitucional (inclusive de natureza político-partidária, como Gilmar Mendes). Aqui faz o que o Judiciário quer ou o que o Ministério Público pede. Dane-se a Constituição Federal! Estamos vivendo dias verdadeiramente sombrios. A nossa única esperança, que era o Supremo Tribunal Federal, virou uma desesperança. Apelar mais para quem? Isso sem falar na pauta conservadora que assola o País. Vejamos, por exemplo, o prestígio de um Bolsonaro, um homem que não se envergonha de fazer homenagens a um torturador e menospreza uma conduta tão violenta quanto o estupro. Bem, mas aí é outro assunto.

Eu até acho que a Operação Lava-Jato pode estar perto do fim. Depende do desfecho do processo de impeachment da Presidente Dilma. Se ela, efetivamente, for derrubada pelo Senado, acho que a Operação Lava-Jato acaba. Se não, acho que continua. Tem que continuar, não é? Afinal de contas, o Juiz Sérgio Moro estudou bastante nos Estados Unidos e aprendeu muito a combater a corrupção e ele tem se mostrado um aluno bem disciplinado. Na verdade, o pessoal da de Washington, D.C. não estava nada satisfeito com essa história do pré-sal, do fim das privatizações, etc. Ele estava mesmo interessado em destruir as empresas concorrentes brasileiras (como a Petrobrás e as empresas de construção civil, mundialmente conhecidas e concorrentes), preocupados com a pauta social distante dos princípios neoliberais, contrariados com a independência dos BRICS, etc. Eles são implacáveis. Eles estão sempre em guerra. E nem sempre usam as mesmas armas.

Por fim, recordo da Operação Mãos Limpas, na Itália. Lá, como aqui, pretendeu-se acabar com a corrupção e, tal como na Itália (um dos Países mais corruptos do mundo, que o diga Berlusconi, filhote da Operação Mãos Limpas), a Operação Lava-Jato não vai acabar com a corrupção, muito pelo contrário. Se ela vai acabar com alguma coisa é com algumas das maiores empresas brasileiras (e, consequentemente, com o emprego de nossos trabalhadores – o que vai permitir que as empresas estrangeiras voltem ao Brasil com os seus empregados ou pagando uma miséria à nossa mão de obra) e com os direitos e garantias individuais arduamente conquistados com a redemocratização. Há outra semelhança: pretende-se acabar também com um partido político, como ocorreu na Itália (Partido Socialista Italiano). A corrupção, ao contrário do que muitos pensam, não é um problema do Sistema Jurídico, mas do Sistema Político e do Sistema Econômico, daí porque serem fundamentais reformas políticas e econômicas. O neoliberalismo é perverso e o nosso modelo político favorece a corrupção. O resto é engodo para derrubar Presidente da República legitimamente eleita e para atender aos interesses externos.

Rômulo de Andrade Moreira é Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia. Professor de Direito Processual Penal da UNIFACS, na graduação e na pós-graduação (Especialização em Direito Processual Penal e Penal e Direito Público). Pós-graduado, lato sensu, pela Universidade de Salamanca/Espanha (Direito Processual Penal). Especialista em Processo pela UNIFACS.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

14 Comentários

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  1. Perfeito, nada a acrescentar.

    Perfeito, nada a acrescentar. Parabéns ao jurista. Quando os otarios da classe média, que apoiaram o golpe, acordarem, vai ser tarde

  2. Essa questão certamente não caiu ou não foi entendida no

    concurso que o referido prestou:

    Questão: O que significa a expressão “Pecunia non olet” ?

    1. Por isso mesmo…

      Por isso mesmo é que o senhor Procurador tem a moral e autoridade necessárias, para dissecar e tecer críticas sobre essas máculas ínsitas a esses boçais que por serem aprovados num concurso público (isso não tem nada de meritório, pois, qualquer indivídio de inteligência mediana consegue se assim o desejar), se imaginam semideuses. Na verdade não servem nem mesmo para ser auxiliares de um educador de escol, que na verdade é quem lhes propicia algum conhecimento, que os fazem galgar, repito, esses cargos que exigem mediana capacitada intelectiva. O autor do texto sim, é uma exceção à regra, pois, não se deixou contaminar por essa boçalidade que é a principal síndrome de 99 em cada 100 corcurseiros! 

  3. surreal

    Circula na rede coxa uma convocação para uma: Mega e internacional manifestação de apoio ao juiz moro, no dia da abertura da Olimpiadas. Deve ser para abafar as vaias aos golpistas!

    Se um representante da classe coxa-midiota fica sabendo que são $80 paus o que o juiz recebe de salário mensal, acha pouco. Quando informado que esses salários são anticonstitucionais e auto concedidos, diz dane-se a lei!

    Essa é a colheita de anos e anos de liberdade do PIG. Sem questionamentos e sempre defendida por democratas pueris que acreditavam na eficácia do…controle remoto!. Essa imprensa bandida e mitomana formou uma geração de idiotas! 

  4. Gostei do texto!

    E gostei também, é claro, da coragem do autor em escrevê-lo.

    O magistrado excelso de Curitiba deve estar uma fera, depois de ter lido e relido o artigo.

     Parabéns, Doutor Rômulo de Andrade Moreira!!!!!

  5. moro e o golpe

    Em 64, eu tinha 19 anos. Naquela época, dei minha modesta contribuição à luta contra a ditadura como membro da AP (Ação Popular). Hoje vivo na área rural do sertão norte da Bahia, sobrevivendo como pequeno produtor rural. Aqui cheguei no final da seca de 96/99. A partir do Lula, a vida mudour radicalmene para nosso povo, antes tão maltratado.

    Quase como num pesadelo, vejo a quase volta de de 64. “Ou vc fala ou te ponho no pau de arara”, na versão atual da delação premiada, auto-censura da imprensa talvez a níveisnunca vistos, o Supremo de joelhos e uma classe média (prefiro falar pequena burguesia) usada como massa de manobra da burguesia e do latifúndio, da mesma forma que em 54.

    “Senhor Deus dos desgraçados

    Dizei-me vós, senhor Deus,

    Se é mentira ou se é verdade

    Tanto horror perante os céus”

  6. Eita baiano arretado esse Dr.

    Eita baiano arretado esse Dr. Romulo, meteu o dedo na ferida com gosto e sem dó, mostrou com classe e conhecimento que o rei judicial do Brasil  está nú.

    O que falta a nossos ínclitos e preclaros ministros do STF para darem um basta no Estado de Exceção que se criou em curitiba por um juíz de 1º grau !!

    Na lava jato simplesmente foram abolidos os direitos e garantias individuais e revogado o código de processo penal, inexiste a presução de inocência e o direito de defesa é apenas formal, pois todos os réus  já estão pré-condenados,  onde a prisão preventiva e eterna virou regra, a menos que o preso abra o bico e fale o que os templários do MPF e o tal juíz desejam ouvir, mas só ser for contra um lado, a esquerda, pois se for contra os da direita, nunca vem ao caso.

    Será que os ministros do STF acham que serão poupados na conflagração social que pode explodir neste país com os milhões de trabalhadores que estão perdendo seus empregos nas empresas afetadas pela lava jato !

    Nos países nórdicos e frios do norte da Europa (Suécia, Noruega, Finlandia)  existe um animalzinho parecido com um coelho, que de tempos em tempos, sem maiores explicações formam grandes manadas e todos caminham no mesmo sentido e  para a morte ao despencarem de precipicios em direção as àguas geladas do oceano, em um grande suicídio coletivo, a ciência ainda não conseguiu explicar tal comportamento.

    Parece que a sociedade brasileira está contaminada pelo mesmo sentimento, inexplicável,   de caminhar para um suicidio coletivo de nossas instituições e sociedade, o descalabro está à vista de todos, mas quem pode evitar a tragédia ( o STF ) se faz de cego e de conta que não tem nada a ver com o que está acontecendo no país, nossa maior empresa (Petrobrás) e empreiteiras  sendo destruidas, nosso futuro (riquesas do prés-sal) sendo entregues por um governo ilegítimo e golpista para interesses estrangeiros e todos fazendo de conta que não está acontecendo nada de grave !

    Porque só se ouvem vozes isoladas, como a desse corajoso e destemido Procurador da Bahia  para  denunciar a loucura coletiva que infelicita nossa nação há 2 anos, com essa operação policial-judicial interminável e midiática da lava jato !

    Quando a razão, o direito e o bom senso voltarão a prevalescer em nossa nação !

     

  7. de fato, ser  juiz e não

    de fato, ser  juiz e não gosta mais de corrupto do que  criança de chococlate, nasceu no país errado, deveria é ser juiz na Argentina, por exemplo, mas jamais no Brasil

  8. Sérgio Moro

    Sérgio Moro é um mistificador. No depoimento – disponível no youtube, o marqueteiro em nenhum momento diz que pratica o caixa dois porque outros também o fazem. Ele diz, claramente, que, se não aceitasse trabalhar daquela forma, simplesmente estaria fora do mercado, pois a prática é universal.

  9. Parabéns e agradecimento.

    Prezada equipe do GGn,

     

    Agradeço por terem publicado esse contundente artigo, escrito por um operador do Direito. Jornalistas e cidadãos comuns estão mais sujeitos aos abusos de poder, aos arbítrios e ilegalidades criminosas que vêm cometendo vários agentes da burocracia estatal (PF, MP e PJ) e que são denunciados por jornalistas, blogs e portais que praticam o verdadeiro jornalismo independente. 

    Nas universidades, na advocacia, em instituições como o MP (mesmo no PJ e na PF) há profissionais que ainda respeitam a Constituição, as Leis e garantias que essas conferem ao cidadão contra o Esttado persecutor-opressor. Esses operadores do Direito têm ao seu dispor mais ferramentas, para lutar contra os abusos, arbítrios e ilegalidades cometidas por agentes do Estado persecutor-opressor. É salutar, portanto, que os blogs e portais independentes convidem esses profissionais a escrever e publicar artigos contundentes como este. É preciso desnudar ‘o rei’ e expô-lo em praça pública, como fez Rômulo de Andrade Moreira. Eugênio Aragão é outro a quem deve se deve pedir que escreva artigos críticos sobre a Farsa Jato.

  10. Peço desculpas até onde não

    Peço desculpas até onde não mais puder,por não ter atentado para o artigo do Prof.Romulo Moreira.Aula magna,pura e verdadeira,sobre a celula Curitibana,tendo como chefete,o Dr.Moro.Posso garantir assinando com letras de ferro e jaspe,que o Prof. Romulo Moreira,não abre nem para o trem.

  11. Dr. Rômulo e seu intelecto abestalhado

    Asneiras são as palavras de um ilustre membro do ministério público que, infelizmente, usa de seu precioso (ou nem tanto assim) tempo e disposição para pregar um perjúrio (a TODO custo) ao Juiz Sergio Moro.

    Um sujeito que ostenta uma importante posição institucional tentar, de todas as formas e com todos os instrumentos, extrair ilegalidades nas ações de um magistrado que conseguiu estremecer as estruturas da impunidade e do colarinho branco, é realmente lastimável.

    Não mais vê-se um embate pragmático e moderador, mas sim uma tentativa irrisória e diga-se “abestalhada” de querer manchar o legado que o juiz vem construindo durante a operação lava-jato.

    É uma pena, ou melhor dizer, uma idiotice intelectual o que este procurador tenta fazer. 

    Para se aparecer? Para defender uma bandeira que privelegia a classe corruptora? Para, com isso, ganhar alguma vizibilidade no cenário jurídico? Por falta de tempo ou trabalho? Por falta de assuntos que demandem uma maior atenção e importância? Por vestir a camisa de um rebelde da legalidade, que com sua visão mediocre favorece a manutenção de um Estado opressor e desigual? Realmente não dá pra entender a necessidade que Dr. Romulo tem de entrar nessa discussão tão idiota…

    Uma coisa é defender os institutos e principios constitucionais. Outra é vestir a bandeira de um legalista abobalhado que não leva em consideração a necessidade de adaptação dos ditames legais às tristes injustiças de um ordenamento que se pauta, antes de tudo, numa espessa malha a ser usada como proteção dos poderosos e corruptos.

    Ao invés de se focar tanto em apontar desvios e ilegalidades na postura do juiz em atento, Dr. Romulo, busque voltar seu olhar ao quão importante está sendo o trabalho deste na desmistificação do ideal de impunidade que nutriu durante muito tempo a mente dos oligarcas sociais. 

    Ressalte-se que as decisões e atitudes do magistrado pautam-se sobreturo nas leis, uma vez que este é um sujeito extremamente técnico e coerente.

    Pare de querer ser um rebelde abestalhado que tenta se blindar de uma realidade eficaz no combate ao crime em nome de uma bandeira legalista que se esvai diante da crua e triste realidade brasileira. Use o seu conhecimento em favor do país e não contra ele. Reconheça o papel que Sergio Moro possui em uma neo conjuntura da punibilidade brasileira.
    Infelizmente o senhor jamais terá o reconhecimento que busca com essas ideiais que não tem aplicabilidade prática.

    Lê algumas das decisões e estuda mais um pouco sobre a OBRA de Sergio Moro e tenta se inspirar.

    Os homens não são forjados em palavras ou idéias, mas em atitudes. De nada adianta ser um respeitado jurista se suas contibuições vão de encontro aos anseios sociais. 

    E veste o manto da humildade e do reconhecimento, quem sabe assim a (nas suas palavras) merda (opinião pública), tão imponente em todos as mutações e revoluções históricas, passem a admirar o senhor.

  12. Brasil, O Estado de Direita E A Escolha de Moro
    Boa noite. Escrevi, em maio p.p., no meu blogue, Brasil, O Estado de Direita E A Escolha de Moro Acesso Aqui. Nele, eu teço sobre a impossibilidade de encerrar a Prescreve [PT] A Jato. O artigo magistral do Prof. Rômulo coteja o que eu pensava: Moro não tem escolha. Só encerra a mani raphastidae sordidis quando entregar o acordado: destruir Lula. Qualquer notícia afora isso é somnus Loqui pecus. Nossa justiSSa é um oximoro.

  13. É COM GRANDE CORAGEM

    que o Procurador Rômulo escreve com tanta contundência contra essas operações que visam tão somente destruir um partido político e  um líder político que tentou desenvolver o Brasil e levar uma vida melhor aos milhões de miseráveis que sempre existiram no país.

         Depois de tantas operações, investigações e condenações do Mensalão e Lava Jato, é bom lembrar que se esqueceram dos principais corruptos desste país: os barões da grande imprensa, principalmente a Rede Globo e acobertaram os políticos aliados/amigos, novamente os corruptos e ladrões estão no PODER com Temer e seus Ministros.

        Destruíram importanes empresas e prenderam um homem que tanto fez para o país como o Almirante Othon.

        Se estivesem no poder canalhas como FHC, JOSÉ SERRA, essas operações jamais teriam acontecido. E FIM DE PAPO.

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