Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Declaração de guerra contra Trump, por Aldo Fornazieri

Declaração de guerra contra Trump

por Aldo Fornazieri

Em apenas uma semana na presidência dos Estados Unidos, Donald Trump promoveu uma devastação inimaginável e colocou o mundo sob a égide do descontrole e do temor. Aqueles que acreditavam que o Trump candidato era um e que o Trump presidente seria outro se enganaram. O que se vê é que, nas ações do presidente, não há nenhum sistema de mediações, típico da governança democrática. Há uma ação direta, manifestação de uma vontade de ilimitação, algo típico de um poder elevado à potência do descontrole. As tiranias mais perversas e os ditadores totalitários eram expressões dessa vontade absoluta de poder.

A mentalidade governante de Trump foi erguida sobre os escombros a que foram reduzidas as democracias ocidentais pelo liberalismo radical. Essas democracias se tornaram sinônimo de um capitalismo anárquico pós-moderno. Venderam a ideia da máxima liberdade individual e da maximização do individualismo como o sumo da liberdade e do prazer. Mas essa ideia é um véu que acoberta e esconde o poder ilimitado do capital financeiro e das grandes o corporações transnacionais. Aqui também o sistema de mediação democrática já havia sido erodido, havia entrado em colapso. Esse sistema de injustiça e de desigualdade mantinha e mantém uma aparência de mediação, uma aparência de que as instituições permeiam os interesses da diversidade social.

É a partir dessa aparência enganosa e do colapso real da democracia que se viabiliza esta nova vontade governante, expressa pelo grande e pequenos Trumps, geralmente provindos do setor empresarial privado. Quando esses políticos de novo tipo percebem que os freios efetivos da democracia e da república já não funcionam, se lançam na busca do poder e, ao empalmá-lo, o governam como se estivessem governando os seus próprios empreendimentos privados. Para eles, pouco interessam as leis, os códigos sociais, os direitos estabelecidos, os símbolos de uma cidade ou de uma nação. Querem dispor do poder e de seus instrumentos ao seu bel prazer. Vejam quantos tirantes surgem nas prefeituras, nos estados, nos países pelo mundo a fora.

O estilhaçamento das democracias

O resumo de tudo isto é que, aquilo que se manifesta como autoritarismo sistêmico e institucional nas democracias ocidentais, particularmente na Europa, agora, Trump quer exercê-lo de forma direta, imediata, unipessoal. Esse autoritarismo, seja na sua forma institucional ou na sua forma unipessoal, expressa e dissemina valores anticívicos e anti-civilizatórios, valores anti-humanistas. Nacionalismos, xenofobias, racismos, machismos, sexismos, radicalização religiosa são condutos desse autoritarismo e de violências crescentes. Validar e ampliar as desigualdades, buscar desenfreadamente a realização de desejos narcísicos, suplantar ou eliminar o outros porque é simplesmente o outro, constitui e alimenta essa corrida enlouquecida para a morte em um mundo em desatino, com uma humanidade desnorteada de valores.

Os valores que fundaram o pacto civilizatório da Carta dos Direitos do Homem após o horror da II Guerra, que viabilizaram a construção do Estado do Bem Estar Social, que sustentaram a perspectiva de um mundo solidário e pacífico se estilhaçaram pela força anti-comunitária, anti-política e anti-Estado que o neoliberalismo sacramentou em toda a parte. O mundo que surgiu a partir dos anos de 1980 sufocou a própria democracia liberal, asfixiando-a, retirando-lhe quaisquer valores de que fosse portadora. A vitória das forças do capitalismo perverso e pervertido foi tão devastadora que transformou as forças progressistas e de esquerda em escudeiras da democracia, do Estado de Direito e do constitucionalismo.

As alternativas do mal

A democracia liberal havia criado um conjunto de crenças e um sistema político, tecnológico, militar e institucional para sustentá-lo. Tratava-se da fé na razão, na ciência, na propriedade privada, nas liberdades individuais, na competição e na solução tecnológica. Tudo isto foi involucrado pelo valor e pelas necessidades do mercado. O mercado definiu o jogo das emoções, das afetividades, dos desejos e das necessidades. Quanto mais o mercado definia as regras desse jogo, mais a humanidade se esvaziava de humanismo e de civilização. O conhecimento, a ciência, a razão e tecnologia não servem a humanidade e seus valores constitutivos, mas servem o mercado.

Neste momento em que o mercado põe em movimento uma nova revolução tecnológica, que devastará parcelas enormes do emprego e as formas de trabalho tal como as conhecemos até agora, começa a se estabelecer uma luta encarniçada por salvaguardas de poderes, posições e interesses que decorrem deste processo transformador. Duas forças principais e igualmente perversas disputam estes espaços de controle e poder. A força do neoliberalismo que quer o mercado agindo diretamente com os indivíduos desorganizados na sua anarquia pós-moderna e as forças da xenofobia e do protecionismo, que acreditam que, com o fechamento de relações, espaços, fronteiras etc., podem construir as centralidades de poder que dominarão o jogo do futuro.

Imensas forças de controle serão necessárias. Afinal de contas, serão massas incalculáveis de desempregados, a desigualdade, que já é insuportável, tenderá a ser ainda maior. As sociedades estarão envelhecidas e com necessidades de recursos sociais. Não existem forças capazes de fazer um novo pacto. Neste cenário, guerras, que poderão assumir formas ainda desconhecidas, são uma possibilidade que ganha cada vez mais força.

Donald Trump decidiu antecipar essa guerra. Vê os imigrantes como forças anômalas, que precisam ser estancadas e controladas. Vê as políticas ambientais como limitadoras de recursos e espaços de poder necessários para sustentar controles. Em uma semana declarou guerra à Constituição, aos imigrantes, aos muçulmanos, à mídia, aos democratas, aos republicanos, ao México, aos latino-americanos, aos chineses, aos tratados comerciais e ao mundo. Na campanha já havia declarado várias outras guerras. Mas aquilo que era verborrágico e desrespeitoso, agora se tornou agressivamente violento e  real.

O que resta de mundo civilizado e as pessoas de bom senso e sensatez não podem titubear: é preciso declarar guerra imediata a Trump e às forças que o sustentam. Ele é perigoso e precisa ser contido. A contenção de Trump não será suficiente para salvar o mundo. Mas sem a contenção de Trump o mundo parece caminhar para um desastre de grandes proporções.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

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  1. Trump e a economia de ilusão

     

    Temos vivido durante muitos anos dentro de uma bolha global que pratica economia de ilusão. O valor das coisas extrapola do nosso pessoal conceito de valor, pois é convencionado pelo chamado “mercado”. O mercado diz que uma tela pintada por um sujeito de nome estranho vale milhões. Uma cueca usada por Elvis Presley pode valer – segundo o mercado – mais do que uma fábrica inteira de tecidos. O Eike foi coroado pelo mercado, como o sujeito mais rico do Brasil, e logo destronado, sem piedade.

    Estas assimetrias acontecem com tudo o que relaciona o valor de um bem real com a mera percepção dos valores de “coisas”, “objetos”, “ações”, “ilusões” ou “papeis” que o mercado diz que valem. O mercado neoliberal é um conjunto de ilusionistas no palco do mundo, cuja ação é transmitida e divulgada pela mídia global, cujos donos e jornalistas mais importantes fazem parte desta enganação, como uma engrenagem. O Trump parece não admitir que seja o mercado quem balize o valor dos EUA.

    No mundo inteiro, em qualquer ramo ou atividade econômica, aplica-se o conceito de que a publicidade é a alma do negócio. Paradoxalmente, é a mediocridade a que precisa de uma boa apresentação. Uma música qualquer ganha pela quantidade de vezes que a mídia toca. Um político medíocre é convertido num estadista, pela mesma mídia. As noticias empacotam um número limitado de pílulas noticiosas, que engolimos diariamente, vindas das redes globais de comunicação. O mundo todo é um show de Truman, onde a mídia está cheia de figurantes que te “engalobam” o dia todo.

    O mundo global, depois de transformar a verdadeira riqueza em equivalência do Ouro, e logo no papel moeda, agrega valor venial a marcas, ações, obras de arte “canonizadas” pelo mesmo mercado, pedras preciosas e uma série de objetos que servem de intercambio para valores reais, dependendo da credulidade do caboclo que aceita a troca, como os portugueses já faziam 500 anos atrás no Brasil.

    Em breve haverá a fuga desde valores fictícios para valores materiais, de papel moeda por ativos reais, de ações na bolsa por propriedades efetivas, de patrimônios. Isso está começando, a julgar pela voracidade com que o patrimônio brasileiro está sendo entregue nestes dias pelos tucanos e golpistas. O Trump já deve ter pressentido essa situação e sabe que, nesta dança das cadeiras, quando a música do capital volátil do “mercado” parar, quando a bolha estourar; poderá ficar sem a sua cadeira ou com apenas pedaços dela.

    Se não reagirmos agora aqui no Brasil será tarde demais, e já teremos entregado a Amazônia, os Portos, as ferrovias, Alcântara, a Petrobras, a VALE e etc. Participamos durante anos numa troca estúpida de matérias primas e riquezas por espelhos e ilusões; por viagens a Disney. Mas, essa credibilidade está acabando: o Rei está nu!

  2. Qual a diferença entre Trump e Hilary?

    A diferença é que Trump não mente. Ele fará/faz o mal e o diz. A “esquerda” neoliberal tinha um discurso politicamente correto e promovia desigualdade e matança. Neste ponto Trump é mais fácil de se combater. Não sei porque tanta histeria…

    Outro erro de diagnóstico é que o capitalismo neoliberal acabou com a democracia e nos levou à barbárie. Está subentendido nesta afirmação que o capitalisto social-democrata era civilizatório etc etc.

    A verdade é que o neoliberalismo não é uma deformidade ou perversão do capitalismo, mas seu desenvolvimento necessário. É o capitalismo em si que é anti-democrático por natureza, não há como humanizá-lo com instituições ou reformas pró-democracia. A social-democracia foi uma excessão num contexto muito específico.

    Cansei! Cansei de reformistas como Aldo, que ainda creem nessa ladainha de democracia, esquerdas, estado de direito, possibilidades de restaurar a república. Isto não existe, não funciona, faz parte da ideologia do capitalismo, que está chegando ao fim.

    E, em nossa cegueira,  não conseguimos ver que o capitalismo está no fim e nem pensar alternativas, porque estamos bitolados nesta ideologia “republicana” do estado de direito.

     

     

    1. Nenhuma diferença, ou muito pouca

      Há mais de 200 anos que Republicanos e Democratas se revezam nesta brincadeira entre o Boi Garantido e o Caprichoso. EUA finge que vive em Democracia.

    2. O Aldo que fazer guerra aos sintomas…

      Mais uma pitada nesta linha.

      Nosso articulista Aldo quer fazer uma guerra ao Trump? Por que não uma guerra ao que gera este estado de coisas que por sua vez produz os Trumps? Em seu esquema analítico se confundem causas com consequências, confunde o aparente com o real. Se quiser compreender o governo Trump precisa buscar fontes mais qualificadas, caso contrário fica no lugar comum alimentado pelas grandes redes de comunicação americanas. Mas, confesso que fiquei com a dúvida se as “confusões” são por razões ideológicas ou falta de informação.

      Um abraço e boas reflexões.

  3. O problema não é o Trump, é o capitalismo

    Sem Trump, há capitalismo e capitalismo dá à luz miríades de Trumps, mas sem capitalismo não há Trumps. Definitivamente, o problema é a merda, não a mosca.

  4. A diferença entre Trump e Obama é que o 1º é menos hipócrita.

    Prezados leitores,

    Com toda a franqueza lhes digo que essa missiva de Aldo Fornazieri nada traz de novidade, não me assusta, sensibiliza ou me torna mais pessimista em relação ao futuro da Humanidade.

    Não é preciso ser cientista social ou político nem ter destrinchado o sistema capitalista e o imperialismo estadunidense para saber o que Donald Trump representa. Ao contrário do hipócrita que o antecedeu, Barak Obama, Trump não enganou nem surpreende ninguém, pois há muito já se sabia o que ele é, o que ele representa e do que é capaz. Cerca de 50% dos estadunidenses, descontentes com a globalização e o neoliberalismo na forma como ele era vendido por Obama e antecessores, optaram por entregar a chefia do Estado e do governo a esse homem cujas características não preciso repetir aqui, já que de todos conhecidas.

    Os golpistas tupiniquins estavam afinadíssimos como o neoliberalismo de Obama e congêneres e já haviam se especializado em ‘agachamento de costas’ perante o Tio Sam. Basta ler os documentos publicados no wikileaks, que mostram a atuação de michel temer e josé serra em prol dos interesses ianques ou investigar os cursos e treinamentos de sérgio moro nos consulados, embaixada e mesmo no Dep. de Estado dos EEUU, para constatar essas coisas. A prostituta Brasil já estava de quatro para para os que comandavam o império, na era Obama. A diferença é que, agora,  o ‘cliente’ está personificado num sujeito  bruto, arrogante, boquirrroto, mal-educado, xenófobo; antes havia um hipócrita, um dissimulado, que por ser negro e com sobrenome muçulmano, além de bom orador e muito midiatizável, enganou muita gente. Obama foi premiado com o Nobel da Paz, ma foi o presidente estadunidense que mais guerras iniciou ou continuou, que mais ordenou bombardeios e matanças contra a população civil de diversos países.

    Trump é o mal personificado, mas que assim sempre se mostrou. Obama e antecessores posavam de ‘bons moços’, enganando a maioria que gosta de ser enganada.

  5. Eu estou evitando comentar

    Eu estou evitando comentar sobre Trump, mas devo fazer uma ressalva sobre o texto: Para o bem ou para o mal Trump têm todo esse “poder” porque ele é o presidente. Não é a ficção brasileira aonde o presidente é praticamente uma peça decorativa aonde quem manda mesmo é a TV, na minha terra quem manda é o presidente.

    1. 100% de acordo!!!

      Inclusive sobre evitar comentar sobre Trump! Concordo 100% de que ele é o presidente e que o presidencialismo tupiniquim do Brasil não passa de perda de tempo!  O cara é presidente eleito e manda! Ponto!

    2. Lá  quem manda mesmo é o

      Lá  quem manda mesmo é o Presidente?

      Será? 

      Pelo que se sabe dos registros históricos, quem tentou mandar mesmo pra valer, encarando setores do tal ‘Deep State” foi defenestrado, morto. Diz-se até que os EUA sob Trumpo corre o risco de provar do veneno que serve aos outros: revolução colorida. E a julgar pela equipe escolhiida parece que não teremos nada de novo nesse front.

      1. Ah claro, eu não quis dizer

        Ah claro, eu não quis dizer que também não temos os nossos assassinatos ocasionais. Mas se tivessem tentado aqui a mesma coisa contra o presidente que fizeram contra a Rousseff e tão às claras, os responsáveis já estariam no corredor da morte.

  6. Quando trump disse que o

    Quando trump disse que o Brasil está uma bosta, parece que o autor da matéria entendeu que êle é um bosta. Podem apostar que o ilustre aí escreveu sôbre o trump, mas no fundo pensando no temer e toda a gangue demotucana do fhc que roubou 55 milhões de votos (por isso que o trump disse que o Brasil está uma bósta).

  7. Já começou.

    Segundo Bloomberg, Trump enumerou sete países muçulmanos proibidos de enviarem imigrantes aos EUA, mas deixou fora da lista os países com quem sua corporação mantém negócios: Egito, Turquia, Emirados Árabes e Azerbaijão que lhe rendem lucros.

    No Egito existem negociações sobre dois projetos: Trump Marks Egypt and Trump Marks Egypt LLC.

    Turquia: duas torres (hotéis luxuosos)

    Emirados Árabes: Quadras de Golf

    Egito e Turquia estiveram no topo da “Black List” dos atentados terroristas  em 2016.

  8. Na verdade Trump age sem a

    Na verdade Trump age sem a hipocrisia de Obama e desfaçatez dos Bush…

    O “Nobel da Paz” promoveu guerras que mataram milhões de inocentes (não é exagero!).

    Quem criou a imagem satânica do mulçumano terrorista não foi Trump.

    Quem criou a Guerra ao Terror foi a família Bush, continuada ipsi literis pelo senhor da “paz”, Mr. Obama!

    Apenas reinava a hipocrisia… sorrisos , apertos de mão e facada nas costas.

    Vide a espionagem de TODO o mundo… de Israel, Alemanha e Japão passando pelo Brasil…

    Isso para os EUA saberem como o mundo pensa e age… e assim dar continuidade a derrubada de presidentes eleitos democraticamente ou derrubarem ditadores quando esses não lhes convém…

  9. Continua em campanha………

    Vai propor as barbaridades logo de entrada, assim ele tem certeza que não vão deixar ele fazer o que prometeu……e tranquilamente vai dizer:

    O muro?….o congresso não quis pagar….

    Os imigrantes?A justiça e os manifestantes não deixaram……mas eu queria muito…..

    Ou como criar espectativas, e ao mesmo tempo as condições da não realização dessas espectativas…..

  10. Aldo Fornazieri volta a se fantasiar

    Voltou o velho Aldo Fornazieri do junho de 2013 (evento macabro que ele saúda até hoje como uma espécie de maná revolucionário…). A primeira reclamação se deve ao fato do presidente eleito Donald Trump ter exarado algumas Ordens Executivas. Para Aldo um presidente governar a partir de Ordens Executivas é algo inaceitável e ditatorial! 

    Em primeiro lugar o professor deveria saber que as Ordens Executivas (deliberação unipessoal do presidente dos EUA) existem desde a fundação daquele país. No século XIX o General Ulysses Grante (então presidente) governou com 217 Ordens Executivas. Grover Cleveland governou com 253 Ordens Executivas. No início do século XX o padrão se altera e Theodore Roosevelt governa com mais de mil Ordens Executivas (1.081 no total).

    Woodrow Wilson governou com 1.803 Ordens Executivas; Franklin Delano Roosevelt governou com mais de 3.500 Ordens Executivas! Só para ficar nos últimos 40 anos, Jimmy Carter expediu 320 Ordens Executivas, Ronald Reagan 381, Bill Clinton 364, George W. Bush 291, Barack Obama 275 e Trump, até agora, expediu cinco Ordens Executivas. 

    Mas para Aldo o Trump é um ditador e todos os outros presidentes dos EUA, que expediram exponencialmente mais Ordens Executivas ao longo da história, sequer são analisados…

    A Ordem Executiva de Trump, que proibiu temporariamente a concessão de refúgios e viagens aos Estados Unidos, de pessoas oriundas da Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e Irã, apenas segue os parâmetros definidos pela lei sancionada por Obama em 2015 (que definiu estes países como ameaças terroristas contra o país do Tio Sam). 

    Foi Trump que destruiu a Líbia, a Síria, o Iraque e outros países? Foi Trump que financiou e apoiou entusiasticamente os golpes de estado em Honduras, no Paraguai, no Egito, na Ucrânia e no Brasil? Foi Trump que criou e fiinanciou a Al Qaeda, o Estado Islâmico e outras organizações terroristas?

    Foi Trump que defendeu com unhas e dentes a globalização neoliberal, feita através de pérfidos acordos de livre comércio, como o Nafta e o Tratado de Livre Comércio Transpacífico? Não foram justamente esses acordos que ajudaram a levar o mundo para a situação em que se encontra atualmente?

    Porque o sr. Aldo Fornazieri JAMAIS declarou guerra contra Obama e Hillary Clinton?

    1. Trump vai fazer acordos

      Trump vai fazer acordos infinitamente melhores do que os existentes porque como ele já adiantou, ele vai fazer somente acordos bilaterais. O que isso quer dizer? Acordo da maior potência do planeta com um paiseco qualquer. Quem vai sair ganhando, o elefante a formiga? Ele já falou que quer de cada acordo bilateral as melhores condições para os  EUA. Evidente: America First. Ou: America only !  Como ele também já adiantou, os acordos vão ter prazos de término de 30 dias. Não está bom para mim,næo gostei, caio  fora! Ele quer agir como ele agia no seu reality show na tv: os candidatos se apresentavam e se o  desempenho não era satisfatório para ele, ele dizia: you are fired! E assim o apresentador de televisão quer agir na relação comercial com o mundo. Vai ser o capitalismo mais exacerbado que já houve em qualquer tempo. Os miliardários, como seus amigos que formam seu ministério vão se enriquecer mais ainda, já de saída diminuindo os impostos. Viva Trump ! O genial docialista dos miliardários ! 

  11. A academia terá também que se
    A academia terá, ela também, que se reinventar para entender as mudanças que estão ocorrendo.

    O autor, cita fazendo uma crítica ao presidente Trump:

    “O que se vê é que, nas ações do presidente, não há nenhum sistema de mediações”

    Ora, mas onde se vê sistemas de mediações neste mundo de torta hegemonia e clara arrogância do grupo controlador?

    Pelo enunciado, seria Temer uma sumidade do “sistema de mediações”, pois seu governo é quase desprovido de críticas por parte da imprensa e pela falta de questionamento dos seus excessos pelo poder judiciário?

    Alguém poderia imaginar que nessa atualidade o hábil Lula conseguiria arregimentar acordos com base no “sistema de mediações”. Difícil de imaginar pela própria perseguição sistêmica contra ele, empreendida pelo aparato judicial em conluio com a imprensa.

    Não há possibilidade de negociação em um mundo intransigente, negligente à tudo o que seja divisional, participativo, coletivo.

    A “CARTILHA”, no próprio conceito da palavra – já orienta para a subserviência à determinados princípios. E é ela que orienta o que DEVE ser feito , sem chances de apresentação de alternativas, o que enterra o diálogo, a política, a cultura, o “sistema de mediações”.

    É um mundo que nos diz, à todo o tempo, que não há alternativas viáveis ao padrão. E todos os que podem apresentar propostas do novo é ridicularizado e desprezado pela mídia.

    O que o sistema tenta impedir ao perseguir Trump é que ele termine por implantar o prometido controle do capital.

    O sistema neoliberal de mercado, e este que é o hegemônico, o único permitido pelo aparato mídia – justiça – população subjugada, luta para bloquear tudo o que possa servir de alternativa ao lucro fácil e descomprometido com o social, povo, coletivo, ético e responsável.

    O sistema de mercado derrubou Dilma e tenta derrubar Trump.

    Eleições para quê?

  12. Parabéns pelo excelente artigo, caro Aldo!

    “O clima nunca foi tão ruim como agora, nem depois do 11 de Setembro”

    Os fiéis de uma mesquita nos EUA analisam o impacto do veto a imigrantes muçulmanos e a refugiados

    Protestos contra Trump no aeroporto de San Francisco.

     

    http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/29/internacional/1485660130_3073

    Eles falam como se não acreditassem. Estão com medo. Os sete homens muçulmanos, com idades entre 20 e 50 anos, com trabalho e família, chegaram aos Estados Unidos há duas décadas e têm nacionalidade norte-americana. Sentem-se integrados na sociedade, mas temem que tudo mude: que a retórica discriminatória prevaleça e que a essência multicultural deste país fique manchada. “O clima nunca foi tão ruim como agora, nem depois do 11 de Setembro”, diz Mohamed, de origem argelina, 44 anos (22 nos EUA) e pai de duas filhas nascidas perto daqui.

    É sábado à tarde na mesquita de Dar Al Hijrah, o epicentro social da pujante comunidade muçulmana de Fall Church (Virgínia), nos arredores de Washington. Passaram-se 24 horas desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um decreto que, sob o argumento de combate ao jihadismo, proíbe por três meses a entrada nos EUA de imigrantes de sete países de maioria (Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália, Iêmen e Iraque) e paralisa por quatro meses a chegada de refugiados de qualquer país.

    Mohamed e seus amigos analisam o impacto do decreto de Trump na porta da mesquita após se juntarem a outras 200 pessoas na primeira reza ao anoitecer. “Ele está criando terrorismo. É a melhor receita para dar razão aos extremistas”, lamenta, em referência à possibilidade de o veto ser interpretado como uma declaração de guerra ao islamismo.

    Ali, de 29 aos, digere com humor a tristeza e o nervosismo. “Sou da Somália, um país banido!”, proclama. Todos riem. Ele conta que conhece muitos somalis que gostariam de ir para os Estados Unidos, mas que não poderão fazê-lo. Teme que a proibição seja indefinida. Considera injusto que não afete países como a Arábia Saudita, de onde procediam 15 dos 19 terroristas dos atentados de 11 de setembro de 2001. E afirma que o veto é desnecessário porque os controles já eram muito rigorosos.

    Nenhum dos homens quer dar seus sobrenomes nem ser fotografados. Preferem ser prudentes diante de possíveis represálias, apesar de insistirem que a convivência no município é muito boa. Um segurança protege as portas da mesquita.

    O templo, aberto em 1983, tem um passado incômodo. Anwar al-Awlaki, o clérigo norte-americano que se uniu à Al-Qaeda e que os EUA mataram em 2011 em um ataque com um drone no Iêmen, era o imã de Dar Al Hijrah durante o 11 de Setembro. Dois dos terroristas assistiram brevemente a seus sermões e, segundo a investigação oficial do atentado, sua presença “poderia não ter sido uma coincidência”. A mesquita insiste que, na época Al-Awlaki não tinha se radicalizado e o fez no exterior.

    Falls Church, de 13.500 habitantes, fica em uma das regiões mais progressistas do país, que se envolveu na acolhida de refugiados sírios. Esse microcosmos, com seu passado e seus medos, serve para medir o sentimento da comunidade muçulmana nos Estados Unidos um dia depois de o republicano Trump traduzir pela primeira vez em atos o discurso islamofóbico que professou em sua campanha. O medo é fundamentado: no fim de 2015, após os atentados de Paris, um homem lançou um coquetel molotov contra a mesquita. Nas escolas dos arredores foram registrados casos de abuso a muçulmanos. É um fenômeno nacional.

    Os especialistas atribuem o auge dos ataques de ódio contra muçulmanos nos Estados Unidos ao discurso de Trump, que como candidato promoveu um veto aos muçulmanos, defendeu a espionagem de mesquitas e flertou com grupos racistas. “Trump os normalizou e os tornou mais fortes”, diz Ali, em relação aos islamofóbicos. “É irônico que estejamos falando disso em pleno 2017”, acrescenta. “Há uma guerra contra o islamismo. Ponto final”, proclama Abdullah, de 50 anos e origem argelina.

    O que mais preocupa seu amigo Mohamed é que desapareça a “cultura de tolerância”, que faz parte do DNA norte-americano e que ele sentiu quando chegou à Virgínia com sua mulher, em 1995. Ele diz que nem após os atentados de 2001 percebeu que os muçulmanos foram tão marcados publicamente e percebidos como sinônimo de perigo. “As pessoas nos entenderam naquela época”, afirma, em relação à essência pacífica do islamismo. “Se você cumpria a lei, tudo estava bem”.

    Agora é diferente. Mohamed teme que, se Trump tiver sucesso com sua política econômica, a população tolere sua retórica discriminatória contra os “vulneráveis”, como muçulmanos, mexicanos e mulheres. “Agora ele coloca na berlinda os muçulmanos, mas logo virão outras minorias”, alerta. E vê paralelismos com sua Argélia natal: “Os autócratas do terceiro mundo pedem à população que ceda valores em troca de estabilidade. Mas é um método muito ruim. É preciso conhecer a história”.

    Os sete homens admitem estar assustados pelo que pode ocorrer nos quatro anos da presidência de Trump. Mas não vão ceder. “Temos o mesmo passaporte que Trump, e o obtivemos antes mesmo que Melania”, lembra Abdullah sobre a esposa do mandatário, nascida na Eslovênia e nacionalizada em 2006. “Enquanto vivermos aqui, somos americanos”.

    1. Tá vendo, Mujica?

      A exquerda brasileira não gosta mais de você. Prefere sair em defesa (mesmo que velada) do glorioso Trump, o salvador do planeta contra o neoliberalismo! rs

      Parafraseando Xico Sá: A exquerda brasileira precisa voltar a amar Pepe Mujica.

  13. Só para constar…

    Só para constar, e sem desmerecer o resto do texto, a  frase “O conhecimento, a ciência, a razão e tecnologia não servem a humanidade e seus valores constitutivos, mas servem o mercado” é estapafúrdia! Não apresenta conexão lógica com o texto e também não é verdadeira. Não sei se o autor quiz dizer o que a fraze diz, ou se quiz  dizer que conhecimento, a ciência, a razão e tecnologia têm sido utilizadas como instrumentos de dominação. O endeusamento do mercado é um fato, mas não podemos confundir a coisa com o uso que se faz dela. Já parou para pensar que conhecimento, ciência, razão e tecnologia podem ser utilizadas para o bem estar social? Talvez não, pois quem ataca o conhcimento e a razão, em geral não faz uso deles. Ou talvez sim, pois quem ataca o conhecimento e a razão às vezes o faz conscientemente de forma desonesta. 

    1. Sem dúvida alguma sua interpretação foi equivocada

      Phil, realmente, pode até ter parecido confuso, mas é óbvio e cristalino que o autor quis dizer que a ciência e a tecnologia estão sendo postas em favor do mercado, em vez de servirem às pessoas, a qual deveria ser sua função. Eu não estou dentro da cabeça do autor, mas é preciso apenas um pouco de boa vontade na interpretação para entender o que está sendo dito. Não é uma crítica à tecnologia e à ciência em si mesmas, mas sim ao uso que tem sido dado a elas pelos barões do mercado em seu benefício próprio, que a utilizam como instrumento de dominação, como você frisou.

      1. Pode ser…

        Pode ser, Diogo, e até por isso deixei as duas ressalvas:

        “sem desmerecer o resto do texto” 

        e

        ” Não sei se o autor quiz dizer o que a frase diz, ou se quiz  dizer que conhecimento, a ciência, a razão e tecnologia têm sido utilizadas como instrumentos de dominação”

        mas é que a frase me soou como uma afirmação incisiva e contundente, com intensão de dizer o que diz. Por isso a reação.

        1. O que o autor quis dizer já foi dito por Marx em 1856:

          “Nos nossos dias, tudo parece prenhe do seu contrário. Observamos que maquinaria dotada do maravilhoso poder de encurtar e de fazer frutificar o trabalho humano o leva à fome e a um excesso de trabalho. As novas fontes de riqueza transformam-se, por estranho e misterioso encantamento, em fontes de carência. Os triunfos da arte parecem ser comprados à custa da perda do caráter. Ao mesmo ritmo que a humanidade domina a natureza, o homem parece tornar-se escravo de outros homens ou da sua própria infâmia. Mesmo a luz pura da ciência parece incapaz de brilhar a não ser sobre o fundo escuro da ignorância. Todo o nosso engenho e progresso parecem resultar na dotação das forças materiais com vida intelectual e na redução embrutecedora da vida humana a uma força material. Este antagonismo entre a indústria e a ciência modernas, por um lado, e a miséria e a dissolução modernas, por outro; este antagonismo entre as forças produtivas e as relações sociais da nossa época é um fato palpável, esmagador, e que não é para ser controvertido.” Karl Marx

          https://www.marxists.org/portugues/marx/1856/04/14.htm

    1. É o teu salário um pouco mais elevado que tá tirando teu emprego

      Não é o imigrante que tá tirando teu emprego, Amiga, é o teu salário um pouquinho mais elevado do que o dele que tá tirando o teu emprego. É por isso que o google, a Starbucks e outras corporações transnacionais sediadas nos EUA reagiram contra a lei anti-imigração do Trump.

      Claro que as máquinas também tiram o emprego da Amiga Norte-Americana em vez de contribuir para diminuir a sua sobrecarga de trabalho.

  14. Impeachment

    Pelo visto, o presidente Trump vai receber o impeachment. Um banho de água gelada nos fascistóides daqui e de outros lugares. Outra paulada na cambaleante e desmoralizada economia norte americana.

  15. Impeachment

    Pelo visto, o presidente Trump vai receber o impeachment. Um banho de água gelada nos fascistóides daqui e de outros lugares. Outra paulada na cambaleante e desmoralizada economia norte americana.

  16. Os acadêmicos e liberais de

    Os acadêmicos e liberais de esquerda tratam do pós-guerra como se o mundo por mágica tivesse encontrado um caminho, uma solução para a luta por recursos naturais, mercados e dominação das massas.

    A Europa achou a solução – mídia de massa, que surgiu de forma bem pensada e calculada na Escola de Frankfurt, no Instituto Tavistok e outros assemelhados. A União Européia era um ideário nazista e foram eles que auxiliaram os burocratas a darem os primeiros passos.

    O Estado de bem estar social europeu sempre esteve aconrado em novas formas de dominação mundial e colonização. Os impérios continuam lá. A II Guerra acabou, mas o conflito persiste até hoje.

    Não concord com a frase “Há uma ação direta, manifestação de uma vontade de ilimitação, algo típico de um poder elevado à potência do descontrole.” como se isso fosse novo e exclusive de Trump. Isso é velho e vivemos isso no Brasil de hoje, o que não vivemos na era Lula-Dilma.

    O PIG internacional trata as ações de Trump sob uma ótica surrealista ou hyperrealista desde o início. As manifestações já estão pré-programadas, a mídia atiça os lobos solitários como no Canadá, o ódio é plantado a cada notícia.

    O muro físico (já existe a fronteira), os 7 países bloqueados por 90 dias e o Obamacare foram promessas de campanhas, já foi imensamente debatido, o povo democraticamente escolheu esse caminho e o PIG INTL trata como se fosse assunto novo.

     

  17. Trump

    Com a Clinton e os democratas os EUA estavam buscando um plano mais megalomaniaco através da estratégia de primazia nuclear e o continuo e crescente antagonismo com os russos. Acho que não temos que ficar caricaturando lideres mas sim entendermos os movimentos que o sustentam. A eleição de trump mostra um retorno dos estados unidos a uma especie de releitura da doutrina monroe, um isolacionismo, uma clara vontade de nao arcar mais com os custos de um império global para facilitar os meios para a elite financeira mundial. Uma especie de acontecimento similar que aconteceu no pos crise de 30. Nao podemos fazer como aquela geração e ficar caricaturizando personagens colocando uns pro lado do bem e outros pro lado mal. Foram esses tipos de pensamentos romanticos (não realistas) que levaram as atitudes desastradas por parte do ocidente que levaram a segunda guerra mundial. Declarar uma guerra a trump só pioraria e muito a situação.

  18. Chegou atrasado

    O populismo autoritário (já definhando na América Latina) chegou atrasado aos EUA. Ao comparar Trump com Maduro, Correa, Morales, Kirchner, etc… vê-se mais semelhanças que diferenças. Em breve veremos até tentativas de controlar mídia, especificamente as de oposição. É até curioso ler elogios a Donald Trump nos comentários de um blog de esquerda, mas realmente faz todo sentido. A diferença é que os EUA tem instituições fortes, e se Trump continuar nessa toada com certeza não termina o mandato, diferente de uma Bolívia ou Venezuela.

     

    1. Então, Cristiano Peixoto, você preferia a Hilária?

      Uma viúva democrata.

      Eu também vejo mais semelhanças do que diferenças entre um gato e um tigre da Sibéria. Mas, mesmo menores, as diferenças são abissais.

      Comparar Morales, Kirchner, Maduro e Correa com o Trump é como comparar caviar com merda. só que a Hilária seria uma merda mais fedorenta ainda. Tapa o nariz, rapá

      1. Não Rui Ribeiro, não sou

        Não Rui Ribeiro, não sou democrata, nem republicano, até porque não voto nos EUA, e imagino que você também não. E não Rui Ribeiro, o fato de eu não ser um “Trump lover” como você, não me torna um admirador da Hillary. Além disso esperava um contraponto com argumentos ao invés dessa analogia com gatos, bem fraca diga-se de passagem.

        1. Sendo Trump lover eu o chamo de merda, imagine se eu o odiasse..

          As diferenças entre um gato e um tigre siberiano são menores do que suas semelhanças mas enquanto um gato nos livra dos ratos, o rigre siberiano nos trata como um gato trata um rato.

  19. Existem pontas soltas nessa análise

    1) O processo de globalização – sempre criticado pela esquerda – retirou milhões de pessoas da miséria em países em desenvolvimento e propiciou um processo de internacionalização e multilateralismo que é o exato oposto ao que Trump e os pró-Brexit pretendem. A esquerda e a extrema-direita se aliaram na destruição desse internacionalismo e multilateralismo construídos com muito esforço nas últimas décadas. Ao ler essa análise do Aldo parece que a esquerda mais uma vez está errando o alvo. 2) Pelo menos no Brasil, o procedimento da classe política em sistematicamente desacreditar a imprensa livre se iniciou com a nossa esquerda. E agora a direita entrou no jogo. Mais um exemplo de que nossa esquerda ainda não entendeu quem são os reais inimigos: o conservadorismo em geral. Na revolução francesa, os liberais sentavam-se à esquerda, diga-se de passagem…

    1. A globalização tirou milhões da miséria mas lançou bilhões nela

      Os custos da globzaliação foram superiores aos seus benefícios. Enquanto os BRICS reduziram a miséria de suas populações, o restante do mundo, inclusive Europa e América do Norte, foi atirado na miséria.

      1. Não, não foram atirados na miséria, onde estão seus dados?

        A Europa e os EUA continuaram crescendo, basta você pesquisar a respeito. Sem dúvidas o crescimento foi desigual, porque a “grande roça branca” nos EUA central não foram tão beneficiada quanto o restante do país.  Mas você acha mesmo algo ruim milhões de chineses e indianos serem tirados da miséria em detrimento da “grande roça branca” nos EUA? Ser pobre na Índia é muuuito diferente de ser pobre nos EUA. O nome disso é redução da desigualdade entre países ao final das contas. O único argumento contra a internacionalização que você pôde apresentar foi dizer que algumas regiões de países DESENVOLVIDOS não foram tão beneficiadas quanto populações inteiras de países EM DESENVOLVIMENTO. Poderia jurar quem em um blog de esquerda veríamos pessoas defendendo políticas que beneficiem países e pessoas mais pobres – e o processo de internacionalização comprovadamente fez isso. Mais uma vez: nossa esquerda está precisando rever seus conceitos.

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