Entenda por que JK foi assassinado

Luis Nassif entrevista no programa Na sala de visita pesquisadora que ajudou a desvendar a morte do ex-presidente 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ejpmp-HMzH4&feature=youtu.be width:700 height:394
 
Jornal GGN – Sim, ao contrário do que os registros oficiais da época contam, Juscelino Kubistchek sofreu um atentado. Na estreia do programa “Na sala de visita” com Luis Nassif, que você poderá acompanhar na íntegra nessa quarta-feira, no GGN, o apresentador recebe a advogada e pesquisadora da USP, Lea Vidigal Medeiros, uma das responsáveis pelo trabalho que revelou os fatos por trás da tragédia que tirou a vida do ex-presidente.  Segundo a especialista, a morte de JK fez parte de um plano bem mais amplo que promoveu antes o assassinato de sua reputação através dos grandes meios de comunicação. 
 
Juscelino morreu em um acidente de carro em 22 de agosto de 1976, na Via Dutra, enquanto saía de São Paulo em direção ao Rio de Janeiro. Segundo notícias da época, estava indo ao encontro de uma amante. O veículo, um opala dirigido pelo motorista Geraldo Ribeiro, levou uma batida de um ônibus que vinha logo atrás e, no desvio, se chocou com uma carreta que ia em sentido contrário. 
 
O acidente ocorreu em uma área plana, em linha reta e com um carro novo para a época, pontos que suscitaram dúvidas se o ex-presidente teria ou não sofrido um atentado. Mas a conclusão do laudo oficial da época, comprada pela imprensa, foi a do acidente. Anos mais tarde o assunto voltou à tona durante a atuação de comissões da verdade para colocar luz sobre os abusos cometidos na ditadura militar brasileira. A reabertura do caso JK, em especial, ocorreu graças à atuação de Lea. 
 
Enquanto preparava sua dissertação de mestrado sobre a importância do BNDES para o desenvolvimento Lea se deparou com o papel do banco na realização do Plano de Metas do governo Juscelino e acabou encontrando documentos esparsos sobre a morte do ex-presidente que revelavam indícios de um atentado planejado no âmbito da Operação Condor, uma aliança político-militar entre os regimes militares da América do Sul com apoio do governo norte-americano. 
 
Para conseguir informações mais apuradas que comprovassem o crime, Lea se uniu com estudantes e professores da USP e do Mackenzie para montar o Grupo de Trabalho Juscelino Kubistchek, ligado à Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva, que começou a atuar em 2013. Cerca de um ano depois estava pronto um relatório de quase mil páginas com a “conclusão irrefutável de que foi um assassinato”. 
 
Para começar, há provas de que o ex-presidente não foi para o Rio ao encontro de uma amante. Essa notícia foi encaixada nos fatos históricos como mais uma peça para a desmoralização da vida de JK, em marcha desde o golpe militar. Documentos trocados entre embaixadas brasileiras e norte-americanas comprovam, por exemplo, que Juscelino era monitorado pelo serviço secreto norte-americano desde 1963. Nessas cartas os americanos destacavam que ele era o político mais popular da época, com grandes chances de ganhar novas eleições presidenciais. 
 
A viagem para o Rio foi marcada para encontrar uma velha amiga e empresária portuguesa. JK pretendia fechar um negócio. “Juscelino, naquele período, estava sem um sustento garantido, ao contrário do que diziam, que tinha a sétima fortuna do mundo”. A vida política do ex-presidente estava bem agitada, há provas de que dois dias após o atentado fatal tinha um encontro secreto com generais contrários ao governo golpistas marcado com a ajuda do seu primo Carlos Murilo, que está vivo e prestou depoimento para o Grupo de Trabalho JK. 
 
“Ele tinha ambição de se candidatar e voltar a ser referência política para o Brasil”, pontuou Lea. Antes de ir para o Rio, JK tinha acabado de voltar de um encontro com governadores da Bacia do Prata  e chegou a ficar alguns dias na casa do jornalista e amigo Adolfo Bloch, dono da Manchete. 
 
Um ponto que ficou mal explicado na reprodução dos fatos antes da morte de ex-presidente é uma parada que fez, saindo da Dutra, no Hotel-Fazenda Villa-Forte cujo proprietário era o brigadeiro Newton Junqueira Villa-Forte, amigo do general Golbery do Couto e Silva e um dos criadores do Serviço Nacional de Informação (SNI). 
 
Segundo depoimento do filho de Villa-Forte, Gabriel, que estava presente naquela tarde de domingo, o hotel estava vazio e o ex-presidente ficou lá por quase duas horas, depois ele e o motorista voltaram para a estrada e poucos minutos depois aconteceu o acidente. Um depoimento feito pelo manobrista do hotel, e registrado na época, destacou que o motorista Geraldo Ribeiro estranhou o carro assim que pegou para retomarem a viagem. O grupo de trabalho encontrou, ainda, registros de um jornalista que esteve no local do acidente e viu as provas do crime serem alteradas de madrugada pela perícia. 
 
A colisão com o ônibus também não teria acontecido.  “Tem fotografias revelando que a traseira esquerda do opala, onde a perícia disse que teria sido o ponto de colisão entre o carro e o opala estava na íntegra no momento seguinte da colisão, mas, no dia seguinte, a polícia fabricou outras fotos com a traseira esquerda avariada. Ou seja, a avaria do opala que serviu de causa, digamos, do acidente, foi produzida depois do acidente, em algum momento posterior”.  Lea afirmou que existem cálculos matemáticos feitos para reproduzir o acidente na época demonstrando que as provas oficiais produzidas para fechar o caso foram “primitivas” e que claramente “adulteram o local do acidente”. 
 
A imagem assassinada
 
 
Antes de perder a vida, JK enfrentou tortura psicológica e assassinato de imagem. O boato de que seria dono da sétima fortuna do mundo, por exempla, foi diversas vezes espalhado em jornais da época como fruto de corrupção de dinheiro desviado da construção de Brasília. Mas a realidade de Juscelino naquela época era outra. 
 
“O coronel Affonso Heliodoro, que está vivo, contou que o visitou algumas vezes no exílio para levar dinheiro. Ele viu Juscelino contar moedas”. O entrevistador Luís Nassif também lembrou que o banqueiro e empresário Walther Moreira Salles contou que chegaram a fazer “uma vaquinha” para um tratamento médico de JK. 
 
Segundo Lea, as propagandas falsas contra o ex-presidente foram arquitetadas entre as embaixadas do Brasil e Estados Unidos. “Veículos de comunicação da época, como Jornal do Brasil, repetiam calunias e todas essas histórias falsas como se fossem verdade. Por exemplo, tinham notícias do tipo ‘saiu documentos que provam a corrupção na construção da Ponte da Amizade no Paraguai ‘, e o documento nunca apareceu, mas a notícia estava lá, repetida várias vezes até a exaustão”. JK chegou a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal que o absolveu por falta de provas quanto ao crime de corrupção. 
 
Em nenhum momento da ditadura militar a vida foi fácil para o idealizador de Brasília, em junho de 1964 o ex-presidente teve seus direitos políticos cassados, acusado de corrupção e de ser apoiador de comunistas. Exilou-se por conta própria passando por cidades dos Estados Unidos e da Europa. Voltou para o Brasil em março de 1967, se unindo a Carlos Lacerda de João Goulart na articulação da Frente Ampla, em oposição ao regime militar. O movimento foi extinto pelo regime ditatorial, levando JK à prisão por um curto período. Depois de solto Juscelino respondeu a vários Inquéritos Policiais Militares, submetido a interrogatórios que duravam horas. “Uma tortura psicológica para um senhor de quase 70 anos”, analisou Lea. 
 
A entrevista completa com a pesquisadora você acompanhará nessa quarta, na estreia do programa Na Sala de Visitas com Luis Nassif, aqui no Jornal GGN. Não perca! 
 
 
Clique aqui e tenha acesso aos dois volumes do Relatório da Comissão da Verdade Rubens Paiva sobre o assassinato do Presidente JK:
 
 
 
Redação

35 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Os métodos continuam os

    Os métodos continuam os mesmos, assassinato de reputações com a ajuda da mídia e se necessário eliminação física dos adversários.

  2. Ultimamente tenho me

    Ultimamente tenho me preocupado muitissimo

    com a sorte do ex-presidente Lula.

    Os canalhas assassinos estão alvoroçados.

  3. Alguns dos órgãos de imprensa

    Alguns dos órgãos de imprensa que promoveram o assassinato da reputação de JK ainda continuam por aí, conspirando contra a Nação Brasileira.

  4. Como é fácil repetir a batida

    Como é fácil repetir a batida campanha da corrupção contra líderes nacionalistas e populares. E sempre funciona!

    Da mesma forma que foram acidentes/casos fortuitos e coincidências as mortes de Lacerda, JK e Jango, também o foram os cânceres dos líderes populares da América do Sul mais ou menos à mesma época, inclusive de futuros líderes.

    1. Realmente muito suspeitas essas enfermidades…

      Felipe,

       

      Os pseudo-céticos sempre gostam de atribuir aos desconfiados a pecha de teóricos da conspiração. É claro que tais teóricos existem. Mas na maioria das vezes as desconfianças que alguns cidadãos mais atentos e observadores têm não são apenas teoria; a História já mostrou que muitas dessas ‘teorias’ se confirmaram na prática, ou seja, não eram teorias, mas sim observações inteligentes daqueles que lêem as entrelinhas e cuja visão vai além da primeira página ou daquilo que é vendido como verdade factual pelos veículos do PIG. As falsas verdades sobre Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola, JK e agora sobre Lula e outros líderes do PT e da Esquerda estão aí para confirmar que não se trata de teoria cosnpiratória, mas de efetiva conspiração golpista. Os mais atentos sempre souberam que os golpes de Estado na América Latina, a partir de meados da décda de 1960, foram cuidadosamente planejados pelos EUA, no contexo da Guerra Fria. Os pseudo-céticos sempre enxergavam aí a tal ‘teoria da conspiração’; só calaram a boca, quando documentos oficiais do Dep. de Estado dos EUA, comprovando o planejamento e execução desses golpes na AL, foram liberados  ao público.

      Dá para desconfiar que seja ‘mera coincidência’ os líderes da Esquerda latino-americana (Hugo Chávez, na Venezuela, Lula e Dilma no Brasil, Fernando Lugo no Paraguai) serem acometidos por câncer. Quando relembramos que o líder palestino Yasser Arafat foi envenenado com polônio, provavelmente por terroristas israelenses, podemos ligar todos os alertas e desconfiômetros. A morte de Arafat até hoje não foi esclarecida; a única coisa que se sabe é que foi encontrado no corpo dele o elemento radioativo polônio, que não é usado em tratamentos de patologias humanas, pelo menos naquelas que o líder palestino apresentava. A mídia comercial do mundo – dominada em essência por judeus – tratou de abafar o caso. No Brasil,  em menos de 9 meses, foram assassinados Carlos Lacerda, Jango e JK. Coincidência demais, não acham?

  5. Interessante é que acabei de

    Interessante é que acabei de postar no Fora de Pauta uma notícia sobre JK que vi ontem na página de turismo do Correio Braziliense.

    É que vão reabrir a Fazendinha JK em setembro ao público, pois lá foi a última moradia do ex-presidente. 

    A fazenda foi comprada em 1972, quando JK já estava com os direitos políticos cassados. Por ser impedido de transitar em Brasília, ele queria um lugar onde pudesse rever os amigos, e ver as luzes de Brasília se acenderem, mesmo distantes. A localização da fazenda, que o ex-presidente chamou de fazendinha, e ganhou, por fim o nome de fazendinha JK, é Luziânia, cidade do entorono entre Brasília e Goiás, na verdade, a 60km da Capital, que ele ergueu, mas não podia nela transitar.

    Vejam que nessa matéria é explicado, ainda, que Niemeyer foi quem fez, pela primeira vez, uma obra em zona rural, ao reestruturar o casarão, moradia de JK, inaugurada em 1974, portanto, dois anos antes de sua morte. E, por sinal, todos os gastos financeiros partiram dos amigos dele, porque, como está na matéria, JK não dispunha de dinheiro para nada. 

    Por fim, eu nunca acreditei que JK morreu por um acidente automobilístico. E acho que quem o conhecia pessoalmente, e prvava de sua amizade, pensava o mesmo. Por exemplo, e citaria dois nomes: Block, da Manchete e o escritor Carlos Heitor Cony. 

    O que mais me entristeceu na história de JK, nos seus últimos dias de vida, foi, primeiro, ele ser chamado de corrupto, sem provas, e depois, mas a pior de todas, esse gande homem ter ficado impedido de caminhar pela cidade que ele criou e ergueu. 

    Conta-se que JK pôde sair um dia, escondendo sua aparência, e passear pela Esplanada como uma pessoa comum. 

    Lula é um novo JK. Do mesmo modo, querem que ele seja preso por ser uma ameaça aos que não aceitariam vê-lo novamente candidato. E as mesquinharias feitas contra Dilma tem mais ou menos a mesma linha de raciocínio dos golpistas da ditadura militar. 

    Tudo muito parecido.

  6. É por aí…

    Televisão tem que ter “gancho”. É preciso ir mais longe: polarizar fortemente com a Rede Globo, fazendo ataques frontais, citando nomes, etc. Causar.

  7. Pobre JK, vítima dos milicos

    Pobre JK, vítima dos milicos golpistas e impiedosos e da CIA.

    Porém o texto esqueceu de dizer que o próprio JK teve participação no golpe civil-militar de 64, inclusive sendo uma espécie de conselheiro informal da CIA. 

  8. Nossa, será coincidência?!

    Nossa, será coincidência?! Pois o que assistimos hoje comprova que nada mudou, exceto, o tempo e as pessoas, mas o modus operandi continua o mesmo, recheado de farsa e mentiras! Como a maldade continua a mesma, acho melhor p Lula precaver-se! Pois é Juscelino de hoje! 

  9. Teorias conspiratórias servem para distrair

    Da outra vez foi um tiro que o motorista levou, até acharam depois a bala. Que se revelou um prego do caixão…

    Agora a traseira do carro estava íntegra e depois foi adulterada. Cadê as fotos da traseira do carro antes e depois?

    Teorias conspiratórias servem para distrair a imaginação. Mas ensinam os psicólogos, também são um sinal de desalento.

  10. a direita associada a grande


    a direita associada a grande mídia e aos interesses internacionais

    golpístas age sempre da mesma forma….

    assasssina  REPUTAÇÕES, TENTA ABOLIR

    A POLÍTICA E ELIMINA ATÉ FISICAMENTE OS GRANDES LÍDERES…

    sempre a mesmice infame de uma direita colonialista, escravocrata,

    e cruel com seu próprio povo…

    é uma recorrencia histórica aBOMINÁVEL….

    agora repetem com lula o que fizeram com os governos populares daquele período…

    agpra sáo assassionatos de repútaçoes e inviabilização política

    dos adversários através da repúbtlica morocráTICA E GUanTANAMICA de curitiba,

    associaDA aos interesses capitalistas da  GRANDe  BURGUESIA NAxional e internacional,

     orientados  pela grande midia tb golpista…

  11. Eu não vejo como possível

    Eu não vejo como possível essa hipótese por uma razão = se os militares se livraram de JK, por que eles não tentaram algo contra Brizola, que aliás foi a liderança política mais prejudicada pelo golpe militar, tinha carisma e ainda idade e energia para tentar chegar à presidência? Se havia algum político civil que os militares queriam ver acabado era o Brizola.

    Mas isso é o que eu creio. NEsse país, como disse PEdro Malana, nem o passado é previsível e hoje mesmo acham uma prova irrefutável desse atentado. 

  12. Em 1976 o regime estava em

    Em 1976 o regime estava em escala descendente rumo a abertura, não havia logica em cometer um assassinato politico de quem não oferecia risco algum ao regime. As circunstancias do acidente foram exaustivamente analisadas, a FAMILIA nunca teve duvidas sobre o acidente.

    O caso JANGO foi reaberto recentemente por iniciativa do Governo Dilma e e depois de todas as analises efetuadas em laboratorios de referencia o caso foi encerrado com a conclusão de morte natural,

    não se encontrou nenhum vestigio de envenenamento como a mesma teoria da conspiração alardeava.

    LACERDA morreu de morte natural, não há remotamente a hipotese de assassinato mesmo porque não oferecia risco algum ao regime naquele momento.

    1. http://www.brasil.gov.br/gove

      http://www.brasil.gov.br/governo/2014/12/laudo-e-inconclusivo-sobre-a-morte-de-joao-goulart

       

      Laudo é inconclusivo sobre a morte de João Goulart

      Ditadura militar

      Segundo o médico perito Jorge Perez, do ponto de vista científico não se pode excluir a hipótese de envenenamento, nem confirmá-lapor Portal BrasilPublicado: 01/12/2014 12p2Última modificação: 09/12/2014 18h01Divulgação/EBCFamília do ex-presidente Jango solicitou a reabertura das investigações sobre a morte do político em 2007

      Família do ex-presidente Jango solicitou a reabertura das investigações sobre a morte do político em 2007

      Itens relacionadosDilma participa de sessão de devolução simbólica do mandato presidencialCongresso Nacional honrou ex-presidente Jango, diz ministraHomenagens a Jango seguem com exibição do discurso de posse

      O resultado do laudo da perícia sobre a morte do ex-presidente do Brasil, João Belchior Marques Goulart, o Jango, foi inconclusivo, segundo a Polícia Federal. Das substâncias analisadas pela perícia, não foram identificados elementos para determinar se a causa da morte foi natural ou violenta.

      O anúncio foi feito nesta segunda (1º) pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti, e pelos peritos criminais federais Amaury Alan Junior e Jefferson Evangelista Correa.

      De acordo com Jefferson Evangelista Correa, nenhum medicamento tóxico ou de envenenamento foi encontrado. Além disso, não havia sinal de violação da sepultura ou da esquife e também não havia sinal de morte violenta.

      “Do ponto de vista científico, as duas possibilidades não podem ser  excluída [envenenamento ou morte natural]. É importante que as perícias continuem”, afirmou o um dos integrantes da equipe internacional de trabalho, o médico perito Jorge Perez.

      A ministra da SDH afirmou que o anúncio de hoje é parte de um processo de investigação. A família do ex-presidente Jango solicitou a reabertura das investigações sobre a morte do político em 2007.

      Segundo Amaury Alan Junior, o documento, que ficará em poder da Polícia Federal (PF), foi produzido de forma totalmente consensual entre os profissionais envolvidos nas análises.

      Segundo Ideli, o sigilo do documento busca manter a privacidade dos dados obtidos. De acordo com a Ministra, qualquer órgão que desejar acessar essas informações deverá solicitar à PF.

      O filho mais velho de Jango, João Vicente Goulart, agradeceu ao governo brasileiro e à PF pelos esforços na investigação e ressaltou que esse é um dos passos importantes para que todos os casos ainda não resolvidos da época da ditadura sejam esclarecidos. Disse também que a família continuará na luta por uma conclusão sobre a causa da morte de Jango.

      No encerramento do anúncio, Ideli ressaltou que esse processo faz parte do resgate da história do Brasil e rechaçou as declarações que alguns cidadãos brasileiros têm feito solicitando a volta do Regime Militar.

      Perícia

      O trabalho de perícia foi executado por profissionais do Brasil, da Argentina, do Uruguai, de Cuba, representantes da Cruz Vermelha e do Ministério Público Federal, além da família de Jango. 

      Os restos mortais do ex-presidente foram exumados há um ano, em São Borja (RS), sua cidade natal. Ao todo, três laboratórios foram responsáveis pelos laudos finais:

      O brasileiro TASQA Serviços Analíticos, que analisou os gases liberados no momento da exumação;O português Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, queexaminou os restos mortais; eO espanhol Serviço Externo de Ciências y Técnicas Forenses, que também examinou os restos mortais.

      João Goulart (Jango)

      João Belchior Marques Goulart (Jango) foi vice-presidente da República pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nos mandatos dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. Jango também foi deputado federal e ministro do Trabalho, Indústria e Comércio no segundo governo de Getúlio Vargas.

      Após a renuncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961, João Goulart assumiu a presidência, no dia 7 de setembro do mesmo ano, porém em regime Parlamentarista.

      O golpe militar ocorreu no dia 31 de março de 1964. Entre as razões para a atitude, estão perfil mais ligado à classe trabalhadora e as reformas (agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional) promovidas por Jango. Um dos ícones do golpe foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, com o objetivo de dar apoio aos militares. 

      Após deixar o governo, Jango se refugiou no Rio Grande do Sul. De lá, foi para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde morreu, em 1976. O laudo oficial, feito à época, afirma que ele sofreu um ataque cardíaco.

      Entretanto, havia suspeitas de que ele tenha sido envenenado por uma cápsula colocada no frasco de medicamentos que tomava para combater problemas no coração.

      A família de Jango acredita que ele teria sido assassinato em uma ação da Operação Condor, aliança entre as ditaduras militares da América do Sul nos anos 1970 para perseguir opositores dos regimes.

       

    2. Menos. A Chacina da Lapa foi

      Menos. A Chacina da Lapa foi em dezembro de 1976, pouco tempo após a morte de JK e dias após a Jango. Brizola saiu corrido do Uruguai, com a ajuda dos americanos ligados a Carter, pois tinha todos os indícios de que seria a próxima vítima do Condor. O caso de Lacerda nunca foi investigado ou gerou interesse jornalístico. Parte da abertura política, lenta e gradual, foi, certamente, a eliminação das principais lideranças políticas que poderiam gerar algum tipo de problema aos detentores de poder de então. Ainda tivemos de passar pelo golpe de abril de 77, que gerou o pacote e as reformas constitucionais que garantiram a institucionalidade da ditadura, com a criação do senador biônico, por exemplo, o impedimento de eleições diretas para os governos dos estados, etc.

      Ao contrário do que você expõe, a ditadura estava no auge de seu poder quando da morte de JK. 

      1. A familia seria a primeira a

        A familia seria a primeira a querer esclarecer se houvesse a possibilidade de outra hipotese e a familia não teve em momento algum duvida sobre o fato de acidente. JK iria ao Rio de avião, já estava com a passagem no bolso,  e à ultima hora resolver ir ao Rio de carro, seria impossivel preparar uma operação com essa mudança repentina de viagem.

        1. Se ele era monitorado, o

          Se ele era monitorado, o preparo deste tipo de operação de eliminação não seria impossível não.

          Ou acredita que o pessoal que o monitorava já não era preparado para este tipo de mudançã repentina de situação?

          O fato de ele ter decidido de última hora trocar a viagem de avião pela viagem de carro não seria uma tentativa frustrada de despistar os agentes?

    3. Se o regime estava em

      Se o regime estava em declínio e não havia lógica em cometer assassinatos políticos, como explicar o atentado do Rio-Centro 6 anos mais tarde?

  13. Duas biografias de JK

    Duas biografias de JK (Cláudio Bojunga e Ronaldo Costa Couto) dizem que ele estava indo se encontrar com Maria Lucia Pedrosa. Salvo engano, Cony também já corroborou essa versão. A morte ainda carece de explicação, é um fato, e tudo se encaminha para seu assassinato. 

    Mas de JK o que falta ser explicado é sua participação (por ação, omissão, cálculo político) no golpe de 64. E seus atos em abril/64, apoiando a eleição indireta de Castelo e votando no ditador. 

    1. JK, Lacerda, Adhemar etc

      Sobre a última parte do comentário (participação no golpe de 1964, seja por ação, omissão, cálculo etc), a história de JK deveria servir de alerta para os golpistas de 2016.

      Como sabemos, não somente JK, mas também Lacerda e Adhemar, os dois últimos dos mais entusiasmados apoiadores do golpe de 1964, sentiram na pele o significado do arbítrio.

      Gente como Aécio Neves, principalmente, deve sentir em breve a roubada em que se meteu. Se é que já não está sentindo…

    2. JK

      Castelo não queria ser chamado de “ditador”. Queria ser chamado de “presidente”. Precisava do apoio do PSD, liderado por JK para isso. Prometeu eleições diretas em 1965. JK era fortíssimo candidato.Seu “bottom” de campanha era uma um trator. Iria fazer da agricultura seu  carro chefe. Meu pai ganhou um desses bottons que guardo até hoje. Foi traído por Castelo, dizem, por influência de Costa e Silva. Depois de conseguir o apoio de JK, Castelo o cassou. 

  14. Não sei se é teoria da

    Não sei se é teoria da conspiração ou não. Só sei que se não matamos o golpismo, o golpismo volta pra nos matar.

  15. PRIMEIRAMENTE, #FORATEMER
    BRASIL ASSOLADO POR ALGUNS DOS MAIORES CANALHAS DO PAÍS!O TEMERÁRIO PRESIDENTE INTESTINO CHEIO DE BOSTA, O HOMEM QUE VEIO PARA NOS ENTREGAR AOS ESTADUNIDENSES… E COMEÇOU O DESMANCHE! PRIMEIRAMENTE, #FORATEMER Esta quadrilha NÃO nos representa – É GOLPE! É GOLPE SIM!>> https://gustavohorta.wordpress.com/2016/04/28/esta-quadrilha-nao-nos-representa-e-golpe-e-golpe-sim/ ”É GOLPE! É GOLPE SIM! É GOLPE! É GOLPE SIM!É GOLPE! É GOLPE SIM!É GOLPE! É GOLPE SIM! Não somos todos GOLPISTAS!Não somos todos SABOTADORES DA NAÇÃO!Não somos todos TRAIDORES!Não somos todos JUDAS, JOAQUIM SILVÉRIO, CALABAR!Não nos aliamos ao CAPETA!Nós somos o povo brasileiro, nós somos 54 milhões de eleitores roubados!Nós somos o pobre e manipulado povo brasileiro!Nós somos a nação brasileira de verdade.Não somos esta elite podre que infelizmente temos!NÓS NÃO SOMOS GOLPISTAS! NÃO NÃO PRECISAMOS DE GOLPE PARA NOS ESCONDER E PARA ESCONDER AS NOSSA SACANAGENS, COMO ALGUMAS QUE LISTAREI ASEGUIR.Tá vendo?Não somos todos Cu-nha!Não somos todos Boçalnaro!Nem somos todos cretinos exploradores escondidos atrás das religiões!Não somos todos corruptos, com diversas – e põe diversas e muitas nisso – denúncias, delações e processos nas mais variadas instâncias jurídicas do país.Não temos o nosso nome nas listas de delação da fantasiosa operação Lava Jato, que somente existiu para a caça aos poderes populares.Não estamos na lista da Oderbrecht. Não estamos em nenhuma lista! …” O que me faz pensar é que, antes das eleições eu comentei com um conhecido paulistano, que hoje vive no RGS, sobre a podridão que esse carinha aspirador de pó representava e como ele era conhecido aqui em Minas Gerais. Ouvi de volta algo assim: “Eu sei disto tudo. Mas eu conheço o PT desde lá de S. Bernardo e qualquer um é melhor do que alguém deste partido”. Um outro conhecido aqui em Minas, colega de anos de trabalho na indústria me disse que “qualquer coisa ele aceitaria para que o PT fosse derrubado do poder”.Pois bem, é assim. Entre um golpe e outro, o povo vai se lascando.Abraço.Amor, compaixão, solidariedade.Felicidade. Sempre.

  16. Tudo a mesma

    Tudo a mesma coisa.

    Perseguições.

    Assassinatos de reputações.

    Asfixia financeira e social.

    E a mídia sempre lá, fazendo o seu papel imundo.

    Nada mudou.

  17. Os ladrões americanos e os

    Os ladrões americanos e os golpistas daqui, deixam as digitais do crime,  porque copiam sempre o mesmo roteiro de criminalidade. Até a dissimulada Marcha da Família com Deus pela Liberdade, é usada para engambelar o povo.

    Vão ser salafrários assim naquele lugar !

  18. Culpa da Globo, digo Rede Esgoto

    Enquanto houver Rede Globo & Associados o Brasil será um país Colonizado, do futuro sempre. Ou do Foolturo. 

  19. Qualquer semelhança

    Antigamente era o carbono, hoje é só copiar e colar.

    Pelo passado temos uma melhor consciência do que está acontecendo agora, e pelos fatos atuais temos a possibilidade de melhor apreender o que realmente teria acontecido.

    Lula difamado, corrupto e rico, assim como JK; e a mesma atitude de toda a mídia amarra o pacote.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador