Exposição da vida pessoal na rede pode ser um risco

O passar dos anos,  diz a voz corrente, tende a nos fazer mais sábios. Ao acúmulo de anos vão se agregando experiências – positivas ou negativas – que de certa forma deixam nossos corpos e mentes aptos a dar respostas ou tomar decisões que tendem a serem as mais adequadas. 

Deste modo, é de se supor que a idade também nos precaveria para não cairmos nas arapucas encontradas ao longo do caminho. Entre muitas, uma que destaco é o “sincericídio”, neologismo que emprego para definir o ato de sermos sinceros demais. Ir para além do estritamente necessário, especialmente no que se refere a vida pessoal que, como o nome já prenuncia, somente a dono da mesma diz respeito.

O “sincericída” via de regra também busca ser honesto. Se possível e adequado for,  vai ultrapassar os limites da reserva pessoal para dar veracidade às suas narrativas. Uma coisa, parece, leva à outra. Estão ambos, “sincericídio” e honestidade intelectual,  numa relação biunívoca. 

O advento da internet com seus espaços de interatividade como chamariz., em especial blogs abertos a comentários e as ditas Redes Sociais, tornou propício e perigoso o exercício da sinceridade envolvendo aspectos da vida pessoal; a atual e a passada. Tal como diz a polícia americana quando prende uma pessoa:  ” Você tem o direito de ficar calado, porque tudo que você disser será usado contra você num Tribunal”. 

Ocorre que o recurso contumaz à Rede paulatinamente embota nosso senso de autopreservação e faz florescer o “sincericídio”. Chega no estágio em que nos sentimos, mesmo nos manifestando para milhares de pessoas, como se estivéssemos numa roda de amigos ou só de conhecidos, e que portanto o que expressamos ou revelamos não terá maiores consequências. 

Findo esse introito, vamos as exemplificações.

Presente neste blog desde meados de 2006, de início um pouco tímido para logo depois expandir minhas participações, sempre procurei segurar meu “sincericídio”, em especial no que  tange à minha vida pessoal. Mesmo porque nenhuma viva alma daria a menor pelota para ela. Minha biografia, com todos os altos e baixos, caberia em cinco linhas.

Procurei, mas não consegui. Citei uma duas a três vezes minha experiência de trabalho( a primeira) num presídio aqui em Fortaleza  nos idos de 1973 a 1975. Na função de guarda de presídio, conseguida por concurso público, narrei contatos com presos políticos que então cumpriam pena no Instituto Penal Paulo Sarasate, incluindo o hoje mais famoso, o meu conterrâneo José Genoíno. 

Pois bem. Eis que ontem, numa tréplica a uma réplica minha a um comentário no post Como fica o jogo político com Marina vice de campos, de autoria do Luis Nassif, fui agraciado por um comentarista de “Carcereiro da ditadura“. Para complementar, de “aposentado privilegiado”. Talvez uma ilação por ser aposentado pelo INSS e pela PREVI, condição também exposta aqui.

Além da réplica no próprio post, emiti mensagem pessoal solicitando que cancelasse tais aleivosias. Não obstante, sei que o mais errado fui eu ao fazer uso do “sincericídio” e colocar na baila minha trajetória pessoal que, merce de não ser eivada de atos heróicos, cargos de proa ou títulos acadêmicos, muito me orgulho. 

Redação

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  1. Minha solidariedade

    Não é a primeira vez que acontece este tipo de ataque visando atingir a pessoalidade das pessoas com mentiras e com a intenção de diminuir e humilhar outros comentaristas.

    A denúncia escrita por JB se torna importante para que o blog controle este tipo de atitude que afasta comentaristas, mesmo aqueles que não foram atingidos diretamente,

    O blog já pediu que os comentaristas ajudem neste controle, mas, eu mesmo, já denunciei três comentários neste mesmo sentido do que foi direcionado à JB e no entanto o blog não apagou a agressão.

    Esta insanidade ganha um amplitude grande nos blogs pois estes tem a característica de permitir grandes números de comentários (o que é corretíssimo) e mantem o anonimato dos agressores que covardemente se utilizam destas facilidades para despejar seus vômitos e frustrações em qualquer direção.

    Hoje mesmo, no “fora de pauta” indiquei um post que trata da “regulação” de comentários no blog 247. A intenção era que fosse aqui publicado e servisse de parâmetro para um debate interno de como poderíamos evitar estes desatinos.

    Minha solidariedade a JB.

    A matéria do 247:

    Política de comentários do 247 tem novas regras:

    A partir de hoje, a moderação sobre os comentários postados no 247, que continuarão a ser publicados automaticamente, será mais intensa; a crítica política, econômica ou cultural será sempre bem-vinda; agressões e acusações sem provas não serão mais toleradas em hipótese alguma; pedimos a ajuda de todos os leitores para que nos ajudem a limpar um espaço nobre, que pertence ao público; trolls serão banidos

    8 de Outubro de 2013 às 19:22

    247 – A partir desta terça-feira, 8 de outubro, a política de comentários do 247 passa a seguir novas regras. A mudança é fruto de pedidos de dezenas de leitores, que têm feito apelos contra agressões e posts quilométricos que, em vez de contribuir para o debate, visam apenas tumultuar uma área nobre, que pertence ao público.

    Além disso, a jurisprudência, cada vez mais, também tem apontado veículos de comunicação como responsáveis pelos comentários postados por seus leitores. No caso do 247, há, inclusive, ações judiciais que demandam a abertura dos IPs de determinados leitores.

    Aqui, a crítica de natureza política ou cultural será sempre bem-vinda. Mas não serão mais toleradas agressões gratuitas e acusações sem provas. Posts quilométricos, que não contribuem para o debate e extrapolam o limite do razoável, também serão eliminados. Para isso, contamos com a colaboração de todos os leitores. Caso perceba algum comentário agressivo, por favor escreva para [email protected].

    Como editores do 247, valorizamos a pluralidade política e a diversidade de ideias. Comentários continuarão a ser publicados automaticamente, mas a moderação será mais intensa. Em casos extremos, usuários serão banidos. Contamos com a colaboração de todos para tornar mais rico o debate em nossas páginas.

    Caso algum leitor tenha um comentário banido e discorde da decisão editorial da nossa equipe de moderação, por favor escreva para [email protected]. Todos os casos serão analisados em menos de 24 horas.

    http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/117199/Pol%C3%ADtica-de-coment%C3%A1rios-do-247-tem-novas-regras.htm

     

     

    1. Obrigado, Assis. Tu és sempre

      Obrigado, Assis. Tu és sempre gentil.

      Meu comentáro não foi propriamente para denunciar a tentativa de humilhação. Estou vacinado contra isso. Destinou-se a alertar acerca dos riscos, ou dissabores, que podem nos acometer quando divulgamos fatos ou dados das nossas vidas pessoais, presentes ou passadas,  e pessoas sem escrúpulos façam uso deles para nos atingir.

      Não foi o “carcereiro” que me incomodou. Foi a ligação com a ditadura.

      Mas deixa para lá. Vida que segue.

      PS: não citei, nem vou citar o nome do comentarista porque não vale a pena. Mesmo porque tenho um contencioso com ele de há tempos. Não sou santinho e sei também bater e rebater. Mas nunca, nunca mesmo, apelei para ofensas pessoais  ou humilhações. 

      1. “Mas deixa para lá”:
        NAO.

        “Mas deixa para lá”:

        NAO.  Nao deixe passar, Costa.  Voce nao acha nada esquizito que uma coisa que voce mencionou ha mais de 2 anos atraz subitamente rematerializaria na sua frente assim, jogada na sua cara?  Pois eu nao acho nada incomum.

        EH espionagem sim.

  2. Nao só ataques sao graves; delaçoes tb

    Tive minha identidade da vida offline aberta, sem minha autorizaçao, por pessoa que a conhecia porque eu tinha feito a bobagem de confiar nela. O blog permite o uso de nicks, donde deveria proteger a identidade dos que têm motivos para usá-los; deveria haver puniçoes para quem age como dedo-duro e revela a identidade de outros. 

    1. Eu escrevi um longo

      Eu escrevi um longo comentario aqui e o blog trancou, Analu e Costa.  So de “puteiro de governo norte americano”, eu tinha dois.  O comentario se perdeu.

      EU ESTOU SENDO GIGOLADO PELO PUTEIRO DE GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS 24 HORAS POR DIA, GENTE.

      Nao, isso nao vai acabar nao.  No que eles encostam, eles destroem.  A sua posicao ideal pra eles eh “tudo a perder e nada a ganhar”, e nunca foi diferente.

      Seu inimigo numero um eh O GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS. GENTE.

      Nao, nao vou parar nao.  Eh minha paz ou a gigolagem deles.  Nao paro nao.

      NAO MESMO.

  3. Matéria deveria ser

    Exposição da vida pessoal na rede (pode ser) É um risco

    (JB, num desses domingos dos anos 70 nós provavelmente nos cruzamos no velho e carcomido IPPS. Aos domingos eu visitava o Genoíno e mais Seu Duarte-contemporâneo do Jorge Amado-, Suamy, Fabiani, Sales-último preso politico a ser solto- etc.)

    1. É bem possíve, Nonato. Seu

      É bem possíve, Nonato. Seu José  Duarte – português – era uma “comunistão” da velha guarda. Também travei diálogos com os irmãos Cunha. Fabiani e um outro agora que não me recordo o nome. Deixei o IPPS em 1975 e  fui para o Instituto de Ressocialização lá na Dom Manuel.

      Nesse tempo eu era bem novinho. Lembro bem da doutrinação do Willam Montenegro que passava horas fazendo críticas ao capitalismo, em especial a tal de mais-valia. 

      O IPPS foi desativado esse ano.

       

       

  4. Segurança Pessoal.

    Nassif e colegas comentaristas,

    Também uso nick, por motivos óbvios, principalmente porque sou do interior, onde um livro fechado é aberto, e um livro aberto é escancarado e sem “tramela”. Então deixa “Zé Chico” mesmo. Mas se vocês já perceberam, naquela coluna onde mostra os comentaristas logados, aparece o nome completo tal como foi feito no cadastro, se repousar o cursor do mouse sobre o avatar escolhido. Um pouco inseguro, né?

    Agora pro Nassif:

    Nassif, tenho percebido que o Blog trava ocasionalmente, aparecendo uma tela em ingles, com mensagem de um servidor hospedado em Miani. Tô com medo disso, sô!!! Depois que espionaram a Dilma… Miami é território do Barraca de Brahma… eles devem estar mordidos porque a Dilma engrossou o rabo igual a gato brabo… Tá normal isso???

  5. Nao, nao acabei nao.  Desde o

    Nao, nao acabei nao.  Desde o momento que eu comecei a escrever hoje de manha tinha alguem em cima de mim, ao vivo, em real time.

    So que o Costa nao sabe e eu sei:  ESSE post dele foi especificamente engatilhado para monitoramento.

    Ja avisei -ate agora- o Gunter, o Miguel do Rosario, e o Rebolla.  Costa, se cuide.  O que eles nao queriam que eu falasse e eu vou falar assim mesmo eh como voce pode saber que tem alguem em cima de voce ao vivo e em real time.

    Vou “repetir” porque o primeiro comentario se perdeu:  eh os “pulos” atraz do calcanhar de Aquiles e as infernais coceiras na cabeca.

    ISSO EH UMA LINGUAGEM, Costa.  E o puteiro te infernizando eh o governo dos Estados Unidos.

    “Porque Ivan Moraes falaria isso no Brasil e nao nos EUA mesmo, que eu nao entendi?”

    Resposta:  porque eh ai no Brasil que o futuro telepatico do mundo esta.  Nao tenho nem sequer forum nos EUA pra falar uma coisa dessas.

    SAI DAS MINHAS COSTAS, PUTEIRO DE MERDA.

  6. (Nassif, pode deixar passar

    (Nassif, pode deixar passar todos os meus chiliques.  Eu sei o que estou fazendo.

    Nao, nao vai dar pra parar nao.  Meu bem estar primeiro.  FODA SE A GIGOLAGEM DOS ESTADOS UNIDOS.)

  7. “ontem, numa tréplica a uma

    “ontem, numa tréplica a uma réplica minha a um comentário no post Como fica o jogo político com Marina vice de campos, de autoria do Luis Nassif, fui agraciado por um comentarista de “Carcereiro da ditadura”:

    Voce nao achava que voce teria que ser MUITISSIMO interessante pra ter esse tipo de tratamento da espionagem, Costa?

    Pois eh.  Eu tambem achava que era impossivel.

    Nao eh.  Ja tive gente me “jogando na cara” em lista publica que eu tava “lavando o chao”.  Como eu especifiquei no comentario que a espiaozada apagou.  Ja tive gente aqui no blog me dizendo que eu tinha tomado cachaca.  Ja tive gente aqui no blog tambem me dizendo coisa que eu so tinha conversado com minha filha no carro.

    Ta tudo documentado aqui no blog.  Governo sombra.

    Arquitetado para gigolagem e nada mais.

  8. Houve uma época em que eu

    Houve uma época em que eu comentava em um blog local sobre vários assuntos. Durante um embate entre médicos e o governo estadual, o tal blog fazia muitos posts sobre o assunto e eu comentava sempre. Um certo dia, minha mãe, que trabalhava num hospital público, foi interpelada por uma médica que lhe disse eu eu tomasse cuidado com o que eu falava. A coisa foi tào surreal que eu demorei a entender e fazer as ligações entre as ameças e meus comentários no tal blog. No fim das contas, eu não dei muitas bolas e segui comentando, mas minha mãe que não entende nada de internet ficou preocupada com as consequências.

    Também tive experiências deveras traumáticas com meu sincericídio no Face; demorou para eu entender as diferenças entre meus amigos reais e virtuais, ainda que eles fossem as mesmas pessoas.

    Ainda não me acostumei com os “perigos” do mundo virtual, mas sei que eles são reais e imediatos.

  9. Solidariedade

    JB, fica aqui a minha solidariedade em relação ao triste episódio. O ataque pessoal, num espaço de discussão saborosa como este, diz muito mais sobre o agressor do que sobre o ofendido.

     

  10. Bola prá frente

    JB, lembro do seu relato, gostei muito, vejo mais como um ataque de inveja por parte deste que te atacou, bobagem, sofre por causa disso nao, vc deveria erea escrever mais e mais sobre sua história de vida e matar o troll de vez, a inveja é um veneno que mata que veneno de cobra, e o antítodo contra esses invejosos é a nossa arte, a nossa expressão, seja ela relativa à nossa vida pessoal ou não, o estado de arte não liga muito prá isso  não,  mãos à obra.

  11. Tem muito ataque pessoal em redes sociais

    Tem uma turminha de trolls que tentam calar as pessoas e impor uma sociedade neofascista no Brasil.

    É o tipo de gente que acha certo chamar pessoas de ‘agente da Mossad’ ou ‘espião do Millenium’

    Só que não conseguirão.

    Felizmente a sociedade presencial não é tão ruim, a Lei federal 7716/89 coíbe racismo, xenofobia e intolerância a religiões, a Lei Estadual 10948/2001-SP coíbe a homofobia.

    A taxa por habitante de páginas com discursos de ódio retirados da internet por ações judiciais é o dobro no Brasil que nos EUA.

    Por conseguinte, continuarei combatendo a homofobia e o antissemitismo, que são mais presentes e explícitos, mas outras formas de intolerância também.

    Eu uso o nome próprio, aqui e no facebook. Isso talvez venha a ser um problema, mas por ora não recebi nenhuma ameaça física.

    Se um dia acontecer, o caminho é o GRADI, órgão da PF:

    http://denuncia.pf.gov.br/

     

     

  12. Solidariedade

    Não vi o comentário em questão, mas também me solidarizo com JB Costa.

    Acho que o blog deve fazer um esforço permanente para evitar, ou pelo menos minimizar situações como essa. Sabemos que Nassif e equipe sempre estão preocupados com isso, mas talvez haja um mecanismo mais eficiente.

    Vamos manter a serenidade que, mesmo com eventuais problemas, tem sido a tônica do blog.

  13. Pimenta no olho dos outros é refresco

    Falou o comentarista que certa vez me mandou “comer capim” porque eu critiquei o Diogo e sua mania de distorcer fatos para defender incondicionalmente tudo o que faz o governo… Detalhe que eu jamais postei nenhum comentário em posts ou comentários dele (JB), nem no caso em questão (falava com outra pessoa), tendo sido a agressão completamente gratuita.

    1. Sinceramente, não lembro

      Sinceramente, não lembro disso Charlie. Dê uma dica de quando foi.. Não sei se é possível resgatar comentários mais antigos após o novo blog. Queria saber o contexto em que se deu essa resposta. 

      Se escrevi isso, errei. Mas não fiz o texto  aí em cima para parecer bonzinho. Lá no comentário do Assis assevero que não sou nenhum santinho e que também aqui e ali não extrapole. 

      Meu intuito – ao escrever o texto – foi alertar acerca do inconveniência da exposição excessiva e o relato de experiências pessoais que podem lá na frente ser usada contra você. Detesto “coitadismos”. Portanto teu comentário acima não tem pertinência com o sentido do post. 

       

      1. Foi em um daqueles

        Foi em um daqueles intermináveis posts quando o Nassif limou o Diogo do blog.

        Eu fiz uma critica qualquer ao Diogo, e vc se meteu na conversa dizendo que eu teria de “comer muito capim para chegar aos pés dele”, ao que eu respondi “chegar onde, ao posto de militante ocupante de carguinho comissionado?”.

        Sobre a “pertinência” ou não de meu comentário atual, respondo a V. S.a que a maioria dos comentários aqui tem sido de solidariedade a sua pessoa pela agressão sofrida, motivo pelo qual fiz questão de destacar o episódio em questão.

         

         

        1. Águas passadas

          Charlie, mas houve momentos aqui no blog em que a briga foi geral, tiroteio prá tudo quanto é lado, mas já passou, sejamos resilientes, bola prá frente.

        2. Agora lembro. Foi um

          Agora lembro. Foi um comentário lastimável. Pedir desculpas depois do mal já feito seria hipocrisia. Sou humano e naquele momento realmente estava irritado com a situação.

          Entretanto, queria deixar bem claro, evidente e límpido: te agredi, sim,  mas não recorri a eventuais depoimentos teus para te atacar. Não me servi de fatos da tua VIDA PESSOAL para te humilhar. 

          Mas, reitero, merce da solidariedade de alguns colegas aqui, não escrevi esse texto buscando desagravo. Fi-lo apenas talvez como uma expiação pelo erro de expor minha vida pessoal num ambiente público. 

          Posso ter todos os defeitos do mundo, mas sou autêntico e não tenho medo de me reposicionar quando necessário.

           Num processo de auto crítica, já  cancelei comentários meus por achá-los além do ponto. 

           

        3. Assim é fácil…

          Você “apaga” o que disse naquela ocasiao — uma crítica qualquer? qual, em que termos? — e censura a resposta do JB, que é normalmente muito gentil. Resta ver se você mereceu a resposta dele. Era um momento especial, um comentarista importante do Blog tinha sido bloqueado, a maior parte de nós estávamos tentando demover o Nassif disso, e você aproveita para descer o pau? E num comentarista bloqueado, que nao podia responder… Covardia, nao acha? Bom, você fez, nao deve achar; para você agir assim deve ser normal. 

  14. Radicais confortáveis

    JB,

    Não se aborreça com revolucionários do teclado, que posam mascarados em suas fotos do perfil. É fácil para eles atirar para todos os lados, como se estivessem num jogo virtual. 

    Gozando de uma liberdade que muitos não tiveram. Gozando da impunidade de seus atos, e clamando por castigo aos “impuros”.  Apontando o dedo, e incapazes de fazer autocrítica. Como se fosse possível extrair algo límpido da baixeza.

     

     

    1. Concordo 100%, Gunter. Mas

      Concordo 100%, Gunter. Mas levada ao limite pode se virar contra a gente. É o que chamo de sincericídio. Especialmente no que tange à vida pessoal. Eis o perigo.

      No ambiente da Rede não há limites, ética, nada. Devemos ser mais cautelosos sob pena de sérios aborrecimentos. 

       

       

    2. Sim

      Concordo Gunter e mais uma coisa que aproveito a oportunidade para explicitar: É sobre uso de nomes que não o próprio nome, o da RG. Eu mesmo não uso mas as pessoas sabem quem sou, basta ver o perfil. E há pessoas que não revelam seus dados pessoas no perfil, o que não impede que, com o tempo, formemos uma identidade sobre essa pessoa. De forma que é muito relativo essa coisa de nome x não nome. 

       

  15. JB

    Bom JB, até onde vejo, não creio que ninguém passe da discordância no meio virtual (e até eventuais agressões verbais), para a agressão física presencial. Só um psicopata faria isso.

    Eu sempre compareço com meu nome verdadeiro, conheço pessoalmente vários frequentadores do blog, e gosto que seja assim, pois acredito que opinar também é exercer cidadania…

    De resto, trato na base do se é educado, é tratado com educação, e se é revoltado, com retórica agressiva, leva na mesma moeda… Simples assim…

    Um abraço. 

  16. eu também estou com você, JB…

    considero o alerta muito importante e acredito que, pela pertinência e relevância muito bem colacadas, inicialmente ficamos com a impressão, pelo menos eu fiquei, que se limitou apenas ao nosso blog, mas que na verdade deve ser levado em consideração para toda rede, qualquer lugar onde pessoas “desconhecidas” se comunicam

     

    sou de mesma opinião, JB, nunca deixará de ser um risco e já ocorreram vários casos que confirmam, principalmente com jovens

  17. Minha Solidariedade

    JB,

    Não sou cadastrado e não costumo postar nas páginas do Nassif, entretanto, leio todos os dias o que ele escreve e os comentários. Acompanho o Nassif desde o tempo da coluna na Folha (tinha certeza que ele era tucano – com o tempo descobri que ele era apenas jornalista e encarava tudo com boa fé).

    Lamento que seres humanos usem a boa fé de terceiros para ataques pessoais e gratuitos. Geralmente, são doentes e não tem argumentos, assim, usam desses métodos para tentar calar quem descortina as incoerências deles.

    Abraços,

    Ricardo Gomes

  18. PODRES PODERES

    Prática estranha (e cada vez mais corriqueira) essa de institucionalizar o mal para atacar alguém: que seja um político (ora morto, literal ou metafóricamente), um soldado (então eunuco e senil) ou mesmo um homem comum, quando se expressando; O mal verdadeiro é intangível, e o tempo, ainda que provavelmente não seja infinito em ambas as direções [passado-futuro], não pode ser curvado, distorcido, e nem mesmo diretamente observado por nós, isento de influências. No entanto, ainda assim, sobejam os meninos [este é o termo adequado, independentemente do sexo] que insistem em lutar contra sombras projetadas em nossa jovem e efervescente caverna chamada Brasil. Mal sabem eles que atentam contra a própria causa e favorecem a perpetuação de ideologias que só combatiam com eficácia a detestável ditadura (nosso mal maior e renitente) unicamente na vigência da mesma. Praticados hoje, os argumentos estendem e potencializam limitações do discurso político que parecem pedir pra morrer na frágil e corrosiva linha do tempo. Entendo ser muito difícil assimilar tal princípio, e que ao homem seja mais natural se irmanar com o sofrimento dos degredados/torturados, e combater, perpetuando as imagens dos tais. É nobre, e seria lindo… caso a prática se resumisse a isso. Prevalece o medo, eco infindo ressoando em ondas quase imperceptíveis; atira-se na direção de qualquer silvo que soe como sobras das bufadas taurinas daqueles que torturaram. E, no entanto, eis aí uma casa onde já não se pode habitar. Pior ainda: tornar a mexer em sua estrutura apodrecida só representa risco para nós mesmos. Tentar trazer uma estrutura de raciocínio praticada anteriormente em um Estado sitiado para os dias atuais surte em um efeito contrário: aquele pensamento bípede ditadura-oposíção, quando exposto em tempos de raciocínios e métodos “centopéicos” tende mais a atrair mentes a seu favor (posto que se torna mais fácil e confortável assimilá-los) do que nos preservar de um “retorno iminente” dos camisa-parda. 

       Perceba-se que o raciocínio vai além da política, e se estende para a nossa própria compreensão do tempo, bem como a aceitação de nossas reais participações dentro do mesmo. Em relação à política, recomenda-se a leitura diária de Hannah Arendt e, antes de mais nada, que se consuma do começo ao fim o livro ‘Eichmann em Jerusalém – A Banalidade Do Mal’. Que mulher! Que coragem! Eis uma mulher que, ao se fazer gente do seu tempo e do seu espaço, tornou-se eterna. Passada a leitura, partiremos então para [MAIS UMA! É QUASE UMA COMPULSÃO QUE MANTENHO POR AQUI] a crônica do bom e novo Machado de Assis, sobre o ódio, o tempo e a “viscosidade” das idéias feitas. Desta vez vão em par.

      Fiquemos de olho nos ideais retrógrados, temamos a sua ressureição zumbi, mas vamos dispôr as coisas na ordem adequada: o medo deve existir, mas como a quarta instância em uma ordem de quinhentos, mil, DOIS MIL fatores.

    “… Não me acuseis de teimar neste chão melancólico. O livro da semana foi um obituário, e não terás lido outra cousa, fora daqui, senão mortes e mais mortes. Não falemos do chanceler da Rússia, nem de outro qualquer personagem, que a natureza e a distância do cargo podem despir de interesse para nós. Mas vêde as matanças de cristãos e mulçumanos em Constantinopla. O cabo tem contado cousas de arrepiar. Na capital turca empregaram-se centenas de coveiros em abrir centenas de covas para enchê-las com centenas de cadáveres [QUE IMAGEM!]. Não nos dizem, é verdade, se na morte ao menos foram irmanados cristãos e maometanos, mas é possível que não. Ódio que acaba com a vida não é ódio, é sombra de ódio [GÊNIO!], é simples antipatia. O verdadeiro é o que passa às outras gerações, o que vai buscar a segunda no próprio ventre da primeira, violando as mães a ferro e fogo. Isto é que é ódio [VOILÁ!]. O provável é que os coveiros tenham separado os corpos, e será piedade, pois não sabemos se, ainda no caminho d’outro mundo, o Corão não irá enticar com o Evangelho. Um telegrama de Londres diz que Istambul está sossegada; ainda bem, mas até quando?[…]”

    MACHADO DE ASSIs, em crõnica datada de 06/09/1892

     “_Há alguém – disse o Sr. Senador João Alfredo, citando um velho dito conhecido – ‘há alguém que tem mais espírito que Voltaire, é todo o mundo.’

     Não sei se já alguma vez disse ao leitor que as idéias, para mim, são como as nozes, e que até hoje não descobri melhor processo para saber o que está dentro de umas e de outras, senão quebrá-las. Aos 20 anos, começando esta vida pública que Deus me deu, recebi uma porção de idéias feitas para o caminho. Se o leitor têm algum filho prestes a sair, faça-lhe a mesma coisa: encha uma pequena mala com idéias e frases feitas, se puder, abençoe o rapaz e deixe-o ir.

     Não conheço nada mais cômodo. Chega-se a uma hospedaria, abre-se a mala, tira-se uma daquelas coisas, e os olhos dos viajantes faíscam logo, porque todos eles as conhecem desde muito, e crêem nelas, às vezes mais do que em si mesmos [HÁ!]. É um modo breve e econômico de fazer amizade.

      Foi o que me aconteceu. Trazia comigo na mala e nas algibeirads [HEHE] uma porção dessas idéias definitivas, e vivi assim até o dia em que, ou por irreverência do espírito, ou por não ter mais nada que fazer, peguei de um quebra-nozes e comecei a ver o que havia dentro delas. Em algumas, quando não achei nada, achei um bicho feio e visguento. 

     Não escapou a este processo a idéia de que todo o mundo tem mais espírito do que Voltaire, inventada por um homem ilustre, o que foi bastante para lhe dar circulação. E, palavra, no caso desta senti profundamente o que me aconteceu.

     Com efeito, a idéia de que todo mundo tem mais espírito do que Voltaire é consoladora, compensadora e remuneradora. Em primeiro lugar, consola a cada um de nós por não sermos Voltaire. Em segundo lugar, permite-nos ser mais que Voltaire, um Voltaire coletivo, superior ao Voltaire pessoal. Às vezes éramos vinte ou trinta amigos; não era ainda todo o mundo, mas podíamos fazer um oitavo de Voltaire, ou um décimo. Vamos ser um décimo de Voltaire? Juntávamo-nos; cada um punha na panela comum o espírito que Deus lhe deu [HEHE], e divertíamo-nos muito. Saíamos dali para a cama, e o sono era um regalo.

     Perdi tudo isto. Peguei desta compensação tão cômoda e barata, e deitei-a fora. Funesta curiosidade! O que achei dentro foi que todo o mundo não tem mais espírito que Voltaire, nem mais gênio que Napoleão. Cito estes dois grandes homens porque o segundo lá está citado na frase do eminente senador.

     Sim, meus amigos. Choro lágrimas de sangue com a minha descoberta; mas que lhes hei de fazer? Consolemo-nos com o ser simplesmente Macário ou Pantaleão. Multipliquemo-nos para vários efeitos, para fazer um banco, uma câmara legislativa, uma sociedade de dança [IMPAGÁVEL!], de música, de beneficência, de carnaval, e outras muitas em que o óbulo de cada um perfaz o milhão de todos; mas contentemo-nos com isto. 

     Nem me retruque o leitor com o fato de ser de um lado a opinião do autor da idéia, e as gerações que a têm repetido e acreditado, enquanto do outro estou apenas eu. Faça de conta que sou aquele menino que, quando toda a gente admirava o manto invisível do rei, quebrou o encanto geral, exclamando: ‘_El-rei vai nu!’. Não se dirá que, ao menos nesse caso, toda a gente tinha mais espírito que Voltaire. Está-me parecendo que fiz agora um elogio a mim mesmo. Tanto melhor: é a minha doutrina.”

    MACHADO DE ASSIS, em crônica datada de 03/03/1885

  19. Não superou o Policy of Truth

    Parou no Depeche Mode

    Policy of Truth http://www.youtube.com/watch?v=RHjSU1QLS9I[video:http://www.youtube.com/watch?v=RHjSU1QLS9I]

    Você tinha algo a esconderDeveria ter escondido, não vocêAgora você não estiver satisfeitoCom o que você está sendo submetido a É apenas a hora de pagar o preçoPara não ouvir os conselhosE decidir em sua juventudeSobre a política de verdade As coisas poderiam ser tão diferente agoraEla costumava ser tão civilizadoVocê sempre vai saber comoPoderia ter sido, se você só tinha mentido É tarde demais para mudar os eventosÉ hora de enfrentar as consequênciasPara entregar a provaNa política de verdade nunca maisÉ o que você jurouO tempo antesnunca maisÉ o que você jurouO tempo antes Agora você está ali a enrolar a línguaÉ melhor aprender a lição bemEsconder o que você tem a esconderE diga o que você tem a dizerVocê vai ver os seus problemas multiplicadosSe você decidir continuamentePara prosseguir fielmenteA política de verdade nunca maisÉ o que você jurouO tempo antes

  20. Caramba, o bagulho tá doido,

    Caramba, o bagulho tá doido, hein!?

    JB, eu não vi o tal comentário a que vc se refere na postagem e, se o Ivan tiver razão, então daqui para frente acho que o ideal é que deixemos passar esses “engatilhamentos”. É isso, Ivan? Ou é o conrário, o melhor é fazer a denúncia nos comentários?

    De resto, sou solidária e vc e creio que a maioria de nós aqui. Vc sabe disso.

    1. Eu acho que…

      Se nos comentários houver injúria ou ofensa a pessoas e/ou grupos, devemos denunciar. Melhor que se omitir.

      Depois a moderação vê se retorna ou não o comentário.

    2. Parabéns ao JB !!!

      Tirando injuria, difamação, agressões verbais e preconceito, tudo mais é válido. Afinal aqui é para debatermos e expormos o que pensamos. Aqui é blog de adultos. Aqui é blog de verdades. Posições firmes e sinceras. 

  21. Deixa o cocoricó prá lá

    JB,  os malas estarão sempre de plantão para cuidar da vida alheia e o que sei é que se alguém aponta a profissão do outro como indício de conduta errada, isso só pode partir de gente que nunca precisou trabalhar nem em hospital nem em presídio nem em lugar nenhum. Vc é aguia, deixa o galinácea com seu cocoricó lá embaixo

  22. Não encane com isso

    Esses paspalhos da Internet só sabem falar essas asneiras, geralmente usando fakes safados e escrotos (não sei se foi o teu caso).

    Não são como eu e você, que temos a coragem, a decência de usarmos nossos perfis verdadeiros. Esses fakes são todos uns rematados filhos da puta covardes, sem exceção.

    No mais, você ficou sentido porque é normalmente mais tranquilo e costuma manter o nível, não se envolvendo em maiores altercações com os pilantras de plantão.

    Mas não se preocupe com esses ataques ridículos. Palavras passam, as ações concretas, que geram efetivamente resultados e mudanças no mundo físico, essas ficam. A vida segue. Ataque de Internet é uma besteira. Com o tempo, esses específicos xingamentos viram bytes de informação que ninguém irá consultar. Perdem-se no amontoado de comentários, afinal, ninguém normal, inteligente, irá focar nisso quando tiver que consultar algum post. O que importa são os debates produtivos, onde existem argumentos, troca de informações e etc.

    O melhor a fazer é ignorar esses pilantrinhas safados, geralmente fakes indignos, que não merecem qualquer respeito ou consideração.

     

     

     

      1. Gosto quando o post atinge em

        Gosto quando o post atinge em cheio a escumalha para o qual se dirige rsrs.

        Todo idiota é o primeiro a vestir a carapuça. Questão de pendor para a idiotia.

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