Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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João Doria: um falso brilhante, por Aldo Fornazieri

João Doria: um falso brilhante

por Aldo Fornazieri

O prefeito Dória é um político esperto, inteligente, flexível, tem método, tem estratégia e sabe o que quer e como quer chegar. Ao contrário da maioria esmagadora dos políticos brasileiros sabe jogar com a lógica do poder e usa os instrumentos de psicologia nas suas relações pessoais e com a sociedade. Por tudo isso, Dória é um político perigoso pelo potencial que ele tem de alcançar distâncias consideráveis no seu projeto de poder. Nada disso seria recriminável se Dória fosse um político autêntico, um democrata compromissado. Mas o fato é que ele não o é e sequer é um liberal, algo que aqui no Brasil nunca existiu.

Dória, como se sabe, reza pelos piores manuais da enganação, da manipulação e do charlatanismo (Robert Greene). A cartilha que o prefeito segue, cita e admira é a cartilha da vigarice. Por isso, ele é perigoso. Quer o poder pelo poder, pelo brilho que o poder oferece e pelas suas benesses, evidentemente. A personalidade de Dória é a condensação pura da vaidade. Para usar a linguagem weberiana, em Dória não há causa a realizar, não há propósito, não há senso de proporção, não há distanciamento crítico e nem existem as mediações necessárias entre o essencial e o aparente. Tudo é jogo de aparência, dissimulação, ardil.

O manual de Dória é o do antimaquiavelismo. Não se trata do Príncipe virtuoso e prudente que, pela sua coragem e dedicação à causa, age para governar bem os governados, quer realizar as grandes obras físicas e morais, quer dar o exemplo para construir a grandeza da cidade e alcançar a glória nos tempos. Dória é o antípoda de Moisés, de Ciro, de Teseu e de Rômulo, heróis de Maquiavel. O prefeito faz um tipo mais próximo de um Agátocles o Siciliano e de um Oliverotto de Fermo. Parafraseando Maquiavel, não se pode reputar como virtude a manipulação, a propaganda enganosa, a mentira e o charlatanismo. Tal modo de agir pode levar à conquista do poder, mas não à glória.

A compulsão autoritária de Dória

Seria um erro, contudo, reduzir Dória aos tipos consagrados da cartilha pela qual reza. Pela sua inteligência, astúcia e ambição, ele é bem mais perigoso do que os escroques que querem simplesmente se dar bem enganando os outros. Como prefeito, Dória age pelo descomedimento, pela destemperança e pela provocação. Tudo indica que é um jogo calculado, mas é um jogo que pode provocar consequências nefastas.

Dória age como se fosse dono da cidade. Foi assim com as pichações e com o  grafite. Cercado de seguranças, parte para cima dos seus críticos em vários eventos. Quer expulsá-los para Curitiba. Semeia os ventos da fúria persecutória que é secundada pelos seus camisas amarelas, uma espécie de Camisas Pretas (Mussolini) do facebook e das redes sociais que o mitificam e pregam o ódio e a violência como meios de imposição política. Não respeita nem FHC e menos ainda Lula. Entregou o primeiro para que fosse destroçado pela milícia verde-amarela. Ataca Lula com violência verbal diária incitando a violência física dos seus seguidores.

A violência verbal e os enfrentamentos que Dória promove não se coadunam com o cargo de prefeito. Pelo contrário, retiram-lhe a dignidade e a autoridade que o cargo de um governante sempre deve ter. Dória vem se transformando, de forma recorrente, em um provocador, um arruaceiro político. Calculadamente ou não, o fato é que o prefeito vai assumindo dimensões de um desequilibrado, seja pela violência verbal que pratica e pela violência física que incita, seja pela espalhafatosa exposição propagandística a que se expõe até aos exageros da saciedade.  Um governante não pode apresentar-se como chefe de uma facção. Deve ser o ponto de unidade dos governados, conduzindo-se pelo equilíbrio e pela prudência.

Ao semear tantos ventos poderá, por um lado, colher dolorosas tormentas e, por outro, o espalhafato poderá identificá-lo mais com um ator circense do que com um prefeito realmente dedicado a buscar soluções aos duros problemas de São Paulo. A Cidade Linda, até agora, é uma propaganda enganosa. Nos últimos anos a cidade nunca esteve tão esburacada como está agora e nunca existiram tantos semáforos queimados com tanto tempo para serem concertados. Seria risível se não fosse trágico sugerir que o Corujão solucionou os problemas de saúde da cidade, que passam por uma de suas piores crises. Por outro lado, cultura e programas sociais sofrem o mesmo desmantelamento que o governo golpista está promovendo no plano nacional. 

Se os riscos políticos e o mal que Dória representa se restringissem à cidade de São Paulo, o desassossego com a sua figura seria circunscrito e até suportável. O problema é que as circunstâncias e a Deusa Fortuna parece que se enamoraram do alcaide paulistano: podem torná-lo candidato a presidente da República, mesmo que ele não queira – embora tenha feito o jogo para querer, ao menos até agora. Os imponderáveis da crise política e da Lava Jato podem destruir as pretensões presidenciais dos outros líderes tucanos.

Um novo tipo de líder de direita

Quando se diz que Dória representa uma potência do mal não se trata de um mero artifício retórico. Ocorre que, de fato, ele é um novo tipo de líder político, mas que tem fortes reminiscências nos líderes autoritários do passado. O prefeito se dirige diretamente às massas, na rua e nas redes sociais, e busca construir uma identidade com elas, dissolvendo as mediações necessárias que as instituições democráticas e representativas exigem. Prescinde até mesmo do PSDB. Essa identidade, à medida que se constrói com os recursos da violência verbal e do ódio, pode prescindir também das mediações da lei, da ordem e dos outros recursos do sistema político e tornar-se imposição de força e de violência física numa conjuntura que caminha cada vez mais para a polarização.

A novidade singular que Dória representa surge num momento que lhe foi muito oportuno e que ele soube aproveitar. O sistema político brasileiro está destroçado, cheio de escombros e de cadáveres políticos. A crise de legitimidade que devasta instituições, partidos e líderes é imensa. A sociedade vê corruptos por todos os lados. Num ambiente como este, nada mais oportuno do que apresentar-se como antipolítico, como empresário rico, honesto e empreendedor, mesmo que parte dessa riqueza tenha sido amealhada com recursos do Estado e com a parvoíce de outros empresários.

Nesse cenário de devastação, onde políticos e partidos se caçaram, brigaram, se denunciaram e se mataram, o mentor de Dória recomenda que a conduta mais adequada seja a da hiena ou a do abutre. Ou seja: os outros animais (políticos) trabalharam para que o cenário propício a Dória (e no limite, a Bolsonaro), surgisse sem que ele fizesse nenhum esforço. Ele simplesmente se aproveitará deste ambiente putrefato proporcionado pelos outros.

Qual é o principal problema de Dória? Como um falso brilhante, ele não é nenhum líder autêntico, entranhado e enraizado na vida e nas lutas sociais do povo. Surgiu repentinamente, quer o poder pelo poder e se promove pela propaganda. As massas sentem um fascínio por ele, pela sua inteligência, pela sua esperteza. Consegue enganar ao mesmo tempo a elite branca dos Jardins e a periferia. Quer promover uma aliança entre ambas. A propaganda, contudo, não resolve os problemas da vida. Sem substância real e conteúdo político e social, a liderança de Dória pode se esfumar de forma tão repentina quanto a rapidez do seu sucesso.

Mas existe um perigo em tudo isso. Dória não é um Collor, um Aécio ou um Serra. É bem mais astuto e preparado do que todos eles. Percebeu que a substância do seu sucesso não está nele, mas fora dele, na sociedade cindida, desencantada, desiludida. Acena para essa sociedade com a possibilidade do sucesso, pois ele se apresenta como a encarnação do sucesso. Numa sociedade que precisa desesperadamente de esperança, Dória poderá se tornar a fúria de sua busca arrastando massas atrás de si, mesmo que isto implique graus variados de violência e uma destruição ainda maior da democracia e dos direitos.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.

Crédito foto: site de Ivan Valente

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

48 Comentários

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  1. É isso ai

    É isso aí, sem tirar nem pôr. Aldo fez uma análise brilhante e verdadeira das circunstâncias que têm impelido figuras como o Dória e Bolsonaro no cenário político atual.Com a diferença de que o Dória é muito mais esperto que Bolsonaro. No entanto, como dito acima: ” a personalidade de Dória é a condensação pura da vaidade. Para usar a linguagem weberiana, em Dória não há causa a realizar, não há propósito, não há senso de proporção, não há distanciamento crítico e nem existem as mediações necessárias entre o essencial e o aparente. Tudo é jogo de aparência, dissimulação, ardil.”

  2. Aldo Fornazieri/João Doria
    Prezado Sr. Fornazieri:

    De que adiantou a democracia ser pautada pelos dispositivos mediadores até então? Isso foi garantia para o comportamento ético e irrepreensível? Na verdade sempre que um paradigma é quebrado essa ruptura choca a muitos. Doria pode ser esse manipulador, porém, para o eleitor no momento é a única opção de renovação. “Bolsonaro que o diga”.

  3. SP declarou guerra ao Brasil

    SP declarou guerra ao Brasil em 32 por se oposição ao trabalhismo. SP elegeu Collor. SP elegeu Aécio presidente. Esperar o que de SP…

  4. propaganda

    Seu Aldo,

    O falso é fácil de encontrar mas o “brilhante” está impossível !

    A respeito desse cidadão tudo é apenas propaganda. Enganosa!

  5. Trocando o Disco Para Não Tornar Chiclete a Música Péssima

    Doria é o nada, com todos os predicados vigaristas que o texto explicita, querendo ser tudo e por isso é perigoso ficar falando-se do nada a todo momento, repetindo seus “predicados”, que daqui a pouco estarão suavizados e palatáveis a maioria de ouvidos frágeis, como exagero de seus “detratores”.

    Nessas circunstâncias, o nada deve ser “ignorado”, pois combater o nada antes que torne-se tudo, exige basicamente ignora-lo ou indiretamente deixar os receptores “frágeis” concluírem tratar-se dele, aquilo que não deve ser admitido em qualquer pretendente a presidente de um país que está entre as dez maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo,  possui uma das maiores desigualdades.

    Aprendamos com os exemplos italiano e americano, Berlusconi e Trump.

    Esse artigo, como tanto outros escritos e sendo escritos, na boa intenção de combate-lo, não deveria dirigir-se diretamente a Doria, pois só leva água a sua “candidatura” na base do “falem mal, mas falem de mim”, que bancou a vitória dos dois estropícios citados.

    Que tal dessa vez, mudarmos o ritmo trocando o disco? 

  6. joão ….bobo ou de barro?

    Pobre país que depois de 30 anos de redemocratização, de uma nova Constituição não construiu um caminho. Pasto para aventureiros, lunáticos, desesperos e mediocridades. Uma carreta carregada para um adolescente aprender a dirigir. E na Serra do Mar. Era isto que esta gente tinha a oferecer ao país lá no inicio de anos de 1980? O Brasil se explica.  

  7. Sinal claro pra mim de que

    Sinal claro pra mim de que Dória é o escolhido pra ser o candidato dos que mandam no Brasil de verdade [claro que não estou falando do fantoche temer] é a capa da veja, alvejando Aécio. Como dória está num partido conhecido pelo fogo amigo entre suas lideranças, os que mandam já deixaram claro pros caciques do psdb – aécio, serra e alkimin – que ou eles deixam o dória em paz ou vão pagar um preço alto. Aécio e Serra – no caso da propina de 23 milhões – já foram alvejados. O recado está claro pro Alkimin = não queira matar sua cria, o dória, se não você vai acordar num dia e ver uma capa da veja mostrando a ruína do monotrilho – só pra começar. Que o Alkimin trate de se contentar em ser um senador pra manter o foro. 

    Há uma chance muito grande da operação lava jato repetir em tudo a operação mãos limpas = no final, veio a figura grotesca de um berluscone. Dória quer ser um clone de berluscone [ olha aí, um bom eptiteto = clone de berluscone rss] 

  8. O ego de Dória é tão grande

    O ego de Dória é tão grande que ele pode ficar preso no marketing e seus factóides e se esquecer de que quem vai avaliá-lo não é a imprensa amiga que o quer como candidato mas o povo de São  Paulo. Sei não, mas acho que despois da guascada do impeachment o povo de amarelo que ele corteja está um pouco mais esperto.

  9. Aldo, favor corrigir a grafia

    Aldo, favor corrigir a grafia consertar em: nunca existiram tantos semáforos queimados com tanto tempo para serem concertados.

    1. Margarina faz tanto mal
      Margarina faz tanto mal quanto mortadela. Possui alto teor de gordura transaturada. Se mortadela ja fazia, imaginem em tempos de “carne fraca”. Vai vai carne podre em mortadela. Ficou mais que provado.

  10. Vou repetir comentário já

    Vou repetir comentário já publicado em outro post: João Dória só foi eleito por conta dos votos nulos e brancos em um momento em que a Lava Jato alcançou o ápice de popularidade. Teve 9 mil votos a mais que Serra no primeiro turno de 2012. Praticamente a mesma votação. provavelmente as mesmas pessoas de 2012. Só que, por causa dos nulos e brancos, se elegeu no primeiro turno. 

    Essa conjuntura de 2016 não se repetirá em 2018 por diversas razões:

    – A Lava a Jato começa a naufragar entre o povo;

    –  A perseguição a Lula e ao PT ficou evidente para boa parte do eleitorado;

    – A forte ligação do PSDB no golpe e com Temer trará consequências eleitorais;

    – Sua administração real por enquanto não decolou (só marketing não convence eleitorado);

    – As reformas promovidas por Temer, e com apoio declarado de Dória, cobrarão o seu preço;

    – Dória dificilmente vencerá no Rio e em Minas, estados chave, e dois dos locais onde o “Fora Temer” ecoa com mais força (Belo Horizonte teve 100 mil pessoas no ato do dia 31, mais do que em SP);

    – No Nordeste então, Dória levará uma sova.

    Talvez se as eleições presidenciais acontecessem em 2016, com Lula enfraquecido, Dória pudesse levar.

    No cenário com Lula fortalecido e com Ciro Gomes na espreita e preservado de ataques, Dória não tem chances. 

    1. Essa eleição não será para

      Essa eleição não será para essa turmar perder. Se Lula for vencer, não será candidato. 2018 é longe demais…

  11. Dória
    Bastante lúcida a análise, professor. O escritor Robert Greene é autor de manuais da atualidade que, na verdade, trazem princípios maquiavélicos com roupagem dos dias de hoje. É prudente termos medo desse ‘bom mocismo’ travestido de várias intenções.

  12. Dória
    Bastante lúcida a análise, professor. O escritor Robert Greene é autor de manuais da atualidade que, na verdade, trazem princípios maquiavélicos com roupagem dos dias de hoje. É prudente termos medo desse ‘bom mocismo’ travestido de várias intenções.

  13. Dória é a evolução de Lula.

    Dória é a evolução de Lula. Se com Lula o povo aprendeu que podia sair da miséria, com Dória aprende que pode ficar rico, milionário. O PT deu um tiro no próprio pé quando transformou pobre em classe média: é que a classe média não vota no PT, só pobre é que vota no PT.

    O conhecimento acadêmico que não chega às massas é inócuo, politicamente falando, e o que mais falta ao povo é educação política. E a instituição mais eficiente quando se fala em massas – a mídia – faz o contrário, deseduca para a política. Educação seria o único antídoto contra Dória, Luciano Huck e outras bobagens perigosas que-tais.

  14. Engana-se muito quem pensa

    Engana-se muito quem pensa que Doria seria escolhido para duelar com Lula por qualquer motivo sério dentro da discussão política e econômica de que tanto o país necessita. A aposta por Dória sobre Lula é simples e não difere em absolutamente nada da aposta por Collor sobre Lula. Aliás, neste golpe a direita está a repetir um após outro muitos dos seus mais tradicionais truques. No caso do Dória-Collor é exatamente a mesma coisa, a mesmíssima estratégia. O Caçador de Marajás será o Caçador de Políticos. O que setores golpistas como por exemplo a Mídia e a Globo em particular poderiam vir a vislumbrar numa aposta que fizessem de Dória sobre Lula, seria sobre a possibilidade de que ele também, nos debates televisivos, cometesse sobre Lula algumas piadas desconcertantes à moda Collor, nítidamente pré-elaboradas, que não dependeriam muito da presença de espírito de Collor ou Dória, mas que vieram de uma cuidadosa seleção prévia. Tal como a acusação feita em pleno debate de que “Lula nunca trabalhou, nunca deu um murro numa broa”, frase de Coollor que fez enorme sucesso, embora criada sobre uma baita mentira. Seus possíveis apoiadores estariam apostando na presença de espírito e na falta de escrúpulos de Dória, que por ser bocão, teria potencial para desancar Lula num confronto onde valeria muito mais quem apelasse para a cara-de-pau do xingamento troglodita, e não para proposta viável e profundas de reconstrução para o país. . 

  15. Algumas dúvidas

    Prezados,

    Lendo este artigo de AF tive algumas dúvidas:

    1ª) Só agora, depois que João Dória Júnior foi eleito prefeito e começou a m ostrar de forma escancarada o fascismo que o caracteriz, é que AF percebeu o mal e o perigo que o almofadinha representa?

    2ª) Um cara que confronta o patrono/líder do partido pelo qual se elegeu prefeito – o PSDB – que ameça de forma clara trair o padrinho que lhe apoiu e financiou para chegar à prefeitura paulistana  – o “santo’, na lista de alcunhas da Odebrecht – que persegue publicitários, jornalistas e quaisquer outros que o criticam, batendo boca e ofendendo os adversários como se fossem inimigos, dentre outras ações beligerantes, pode ser considerado, astuto, inteligente, preparado e diferente de Collor e Aécio?

    3ª) O que o Doriana quer não é isso mesmo, que estudiosos, jornalistas e analistas o tomem por alguém astuto e inteligente, mesmo que não o seja? 

    Em vez de pintar Dória como esse líder perigoso, o professor e outros devem é desconstruí-lo mostrando que ele é uma fraude.

  16. O desespero dos golpistas é

    O desespero dos golpistas é evidente.

    Eles deram um golpe e não tem quem colocar no poder.

    E também não tem militares para garantir a força a revogação da soberania popular.

    Comparados aos golpistas de 1964 os tucanos, juízes e jornalistas que derrubaram Dilma são apenas amadores. 

  17. É o espelho que seduz

    “As massas sentem um fascínio por ele, pela sua inteligência, pela sua esperteza. Consegue enganar ao mesmo tempo a elite branca dos Jardins e a periferia.”

    Essas porções da população são enganadas pelo Dória apenas por sentirem grande admiração por personalidades psicopáticas; o sucesso de Dória, como fator de sedução, é na verdade percebido por essas porções como o sucesso de alguem que escolheu mimetizar psicopatia; a mesma escolha de seus eleitores que buscam obter sucesso por caminhos parecidos.

    O caso do Trump deixa isto bem claro: ele convenceu milhões de pessoas de que ele é um campeão dos pobres contra os bilionários, sendo que essas pessoas passaram décadas assistindo as atuações de Trump na televisão – atuações estas que variavam de um playboy fanfarrão a um boss desalmado. Como é possível as pessoas acreditarem que esse sujeito é um campeão dos pobres contra a classe da qual ele faz parte? Torne as pessoas a serem convencidas o mais similares possíveis a psicopatas e,então, elas serão seduzidas por aqueles que se parecem com o que elas veem em si mesmas – mas uma versão bem sucedida de si mesmas. Isto é o Trump e isto é o Dória.

  18. Algumas dúvidas

    Prezados,

    Lendo este artigo de AF tive algumas dúvidas:

    1ª) Só agora, depois que João Dória Júnior foi eleito prefeito e começou a m ostrar de forma escancarada o fascismo que o caracteriz, é que AF percebeu o mal e o perigo que o almofadinha representa?

    2ª) Um cara que confronta o patrono/líder do partido pelo qual se elegeu prefeito – o PSDB – que ameça de forma clara trair o padrinho que lhe apoiu e financiou para chegar à prefeitura paulistana  – o “santo’, na lista de alcunhas da Odebrecht – que persegue publicitários, jornalistas e quaisquer outros que o criticam, batendo boca e ofendendo os adversários como se fossem inimigos, dentre outras ações beligerantes, pode ser considerado, astuto, inteligente, preparado e diferente de Collor e Aécio?

    3ª) O que o Doriana quer não é isso mesmo, que estudiosos, jornalistas e analistas o tomem por alguém astuto e inteligente, mesmo que não o seja? 

    Em vez de pintar Dória como esse líder perigoso, o professor e outros devem é desconstruí-lo mostrando que ele é uma fraude.

    1. propaganda gratuita

      E fora de hora.

      Pra que ficar falando tanto desse sujeito, o João Agipino, tão cedo?

      Está chegando agora, nunca foi nada a não ser um bom oportunista nos negócios. Não sabemos – ainda – se todos lícitos ou não.

      Por enquanto está circunscrito à cidade de São Paulo, e só venceu devido à imensa quantidade de votos nulos, brancos e as abstenções.

      Qual a penetração que esse almofadinha tem fora de Sampa? 

      Se é para falar de Agipino, que seja para ridicularizá-lo. Porque é o que ele é, um sujeitinho ridículo.

  19. O neo-udenismo

    João Doria Jr. talvez seja tudo aquilo que parte da sociedade brasisileira sempre sonhou: oco por dentro, mas brilhante por fora. Lembro que na eleição do Collor muitos diziam que Collor falava varias linguas, que Collor era corojoso, que Collor era jovem, forte, que Collor era anti-corrupção, que Collor era brilhante!

  20. O singular em Dória, um político diferente que merece respeito

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=xttiNVkEXjQ%5D

    A análise do professor Fornazieri é objetiva e clara. Coloca o Dória como uma evolução macabra de Maquiavel no teatro político brasileiro.

    Como a autoridade do articulista é indiscutível meu contraponto  é assaz temerário, mas como não tenho medo de nada, exceto que o Céu caia sobre minha cabeça rsrsrsrs…., vou arriscá-la assim mesmo.

    Pimeiro faço uma inversão na órdem do destino político, não é o homem que busca a situação, mas a situação que escolhe o protagonista da hora, no caso do Dória, uma moleza de perceber isto. Não vou sozinho nesta, vou com  a LSE que elegeu o Giordano Bruno como o mentor da política moderna e não o Machiavel. No seu seminal ensaio “de vinculo in genere” ele estabelece as bases para a conquista e manutenção do poder, cartilha que o Dória, consciente ou incosciente segue a risca.

    O resto, é resto mesmo.

     

  21. Dória é sim forte candidato

    Dória é sim forte candidato em 2018.

    Só que se ele vencer, ao contrário de Lula ou Ciro, o “ajuste” que ele fará será mais privatizações evidentemente.

    Provavelmente sairá  da Presidencia bilionário. Ou ainda mais Bilionário que já é.

    A esquerda erra em substimar esse sujeito.

     

    1. Exatamente
      Aqui só iludido comenta. A esquerda agora vive no mundo das cinderelas… Doria na minha opinião já ganhou é óbvio vai Privatizar tudo. Vai se resumir a isso.

      1. Grave isso é no final do ano que vem veremos
        Você acha que esse fatalismo, de um suposto isentao ou de suposto esquerdista auto-critico engana leitores do GGN? Em 2014 a FSP chegou a divulgar “pesquisa” apontando o “mineirinho” 6 PP a frente. Induzidos ou cegos pelo desejo muitos acreditaram. Os tucanos perderam, apesar de todas as trapaças. Só voltaram ao poder por meio de um golpe de Estado. Em São Paulo o número de votos inválidos e das abstenções foi maior do que os votos em João botox. Apenas a mídia bajuladora e os cabos eleitorais realmente levam esse marqueteiro a sério. Lembre-se que JS e o picolé de chuchu foram fragorosamente derrotados e Aécio só foi ao segundo turno em virtude de crimes e sabotagens, que começaram em 2013.

    2. Não se trata de subestimar: temos de desconstruí-lo

      Esse comportamento ‘margariada’, dizendo que os críticos de joão botox o estão subestimando, me incomoda. O que nós, da Esquerda, temos de fazer é desconstruir, de forma crítica, dura, impiedosa, diária, esse farsante hoje na prefeitura e São Paulo. Não podemos lhe dar um minuto de trégua. Não podemos ser condescendentes com ele; nunca!

      Esse papo de ‘subestimar’ tem penas e bico de uma ave da família ramphashtidae.

  22. AS 48 LEIS DO PODER

    Da cartilha do Doria Gray o primeiro mandamento :  NAO OFUSQUE O BRILHO DO MESTRE- ja foi quebrado pelo assanhamento do alcaide. O Chuchu arreganhou-lhe os dentes amarelos e pontudos. Doria Gray esta pavimentando sua estrada ao poder fazendo inimigos poderosos. Logo ele se vera`  preso num caixotinho sem saida onde sucumbira` por asfixia , ou se enforcara` com a propria corda.

  23. DÓRIA É INTELIGENTE COMO

    DÓRIA É  INTELIGENTE COMO OS OUTROS CANDIDATOS, MAS NÃO É EXCELÊNCIA. QUANDO PROVOCADO ELE ENTRA NA ONDA  PARTINDO TAMBÉM PARA BAIXARIA E  PARA A OFENSA, ISSO NÃO É BOM PORQUE ELE  ACABA PERDENDO ELEITOR. NÃO VOU FALAR DE LULA, MAS EU PENSO QUE ELE NÃO PÁREO, POR EXEMPLO, PARA O CIRO GOMES. APESAR DE CIRO SER BRUTO, A EXPERIÊNCIA POLÍTICA DE CIRO PASSA A PERNA EM DÓRIA. O POVO ESTÁ CALEJADO DE SER MALTRATADO POR POLÍTICOS COMO DÓRIA, ALCKIMIN, TEMER, AÉCIO E OUTRAS PORCARIAS. O POVO PODE ATÉ VOTAR EM QUALQUER UM, MAS DÓRIA NÃO GANHA, PORQUE ANTES DELE SE CANDIDATAR MUITA GENTE VAI DETONAR O DÓRIA, INCLUSIVE OS PAULISTAS.

  24. ACREDITO SIM. OU O DESCONSTRUÍMOS, DIUTURNAMENTE

    DIARIAMENTE, ou o jogo sujo que tem sido as campanhas eleitorais dos malinos será extremamente PIORADO. Se o problema grave no Brasil é a mídia, NUNCA nos esqueçamos, Dória e eles, é deles, é parte deles, pensa e vê o Brasil como eles, de modo piorado. É o maior mal no momento, que pode vir.

  25. Acho difícil  Dorian com

    Acho difícil  Dorian com chances numa campanha presidencial. Se ele for realmente esperto, continuaria enganando Santo e concorreria ao governo de São Paulo. Se ele tiver que terminar o mandato de prefeito se sentirá e parecerá um DERROTADO, diminuindo seu charme aventureiro com dinheiro alheio e lhe causando muito dor. 

  26. 1 – você conseguiu ver tudo

    1 – você conseguiu ver tudo isso em 3 meses ou são somente elucubrações? 

    2 – Dória é representante do mal porque ofende a Lula?

    3 – Me parece que a esquerda realmente sentiu o golpe! *nao me refiro a aplicação infantil usada. 

     

    1. 1- Sim.Caras como o Doria são

      1- Sim.Caras como o Doria são de fácil leitura, (para quem busca a verdade, obviamente) ele age de maneira similar em seus conflitos, é nao são precisos 4 anos para avaliar seu comportamento.

       

      2- ??????? Isso está relativizado, mas não no sentido de causa e efeito. Sugiro ler o texto novamente.

       

      3- Discordo. Como o texto diz, num campo arrasado de políticos, é facil alguem chegar, falar que não representa nada disto, para se aproveitar politicamente e tornar-se um candidato contundente. Se a esquerda tivesse realmente sentido o golpe, ela estaria se mobilizando para enfrentar o charlatanismo que Dória representa, mas vejo a esquerda ainda fragmentada. Ainda espero por representantes que não sejam bonzinhos como o Haddad foi nos debates, que tenham habilidade suficiente para debater e expor as reais intenções deste enganador.

  27. Doria nem brilhante nem bijouteria apenas mídia

    Nada do que faz Dória resistiria a uma imprensa de fato. Seus atos sucessivos, são apenas atos midiáticos. As privatizações ou anuncios de privatizaçoes, o ato talebanico contra os grafites , as palavras contra Lula e o encontro com Kitaguri, mostram que Dória é apenas poder e mídia e se cacifa apenas pelo desespero de uma direita que não encontra candidato.  Dória não é lógico, mas apenas um comico desempenhando um papel feito num roteiro de terceira categoria, mas seus amigos lhe deram o teatro municipal para atuar.  Não existe lógica em destruir grafites e obras de arte, não existe lógica em retroceder o trânsito da capital, não existe lógica em conspirar contra as ciclovias não existe lógica nem psicologia que  explique o mito demagógico de se vestir como gari. Apenas um surfista de ocasião. A onda apareceu e ele pegou e agora não se equilibra, apenas ajoelha na prancha. O que Dória tem é apenas uma mídia que só faz descer a ladeira. Sem nenhuma crítica ou análise ou reflexão, o desespero o está tornando candidato a presidente. Será que o antipetismo  e o discurso anti política é suficiente para elegê-lo. Não, mas talvez a cumplicidade da mídia e  do dinheiro arrisquem suas chances nesta aposta? É muito triste quando associam lógica e psicologia para uma figura que só tem poder e dinheiro e mais do que isto herdado de quem o alçou ao poder. Não tem luz própria, mas sim tem holofote.  Mas  Fornazieri tenha a paciência, achar que o frufru fantasiado de gari é psicologia de massas, é aceitar  a concepção de povo de Dória e seus amigos.  Só quem despreza o povo se fantasia de Gari.

  28. O que vejo é alguém cansado
    O que vejo é alguém cansado de ver essa cidade maltratada ,evidentemente que não sairá de graça, entretanto as melhoras pelo menos são exemplares e novos paradigmas, uma nova realidade no jeito de fazer política.

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