Jornalista inglês estranha ‘elite branca’ nos jogos da Copa

Enviado por Pedro Penido dos Anjos

Do Tijolaço

Imprensa inglesa estranha “elite branca” nos estádios

por Miguel do Rosário

O jornal The Guardian fez uma crítica interessante à Copa que até agora não mereceu nenhum comentário de nossa imprensa. Matéria assinada por David Goldblatt fala que, enquanto os gramados (em inglês, pitch) mostram a miscigenação intensa dos países latino-americanos, cujas seleções tem se destacado no torneio, as arquibancadas (stands, em inglês) contam uma “história diferente”.
 
Chamou a atenção do repórter (eu também já havia reparado nisso, mas na torcida brasileira), a hegemonia absoluta de cidadãos de ascendência europeia nas torcidas das nações latinas.
 
É evidente que o fato reflete as desigualdades históricas no continente, uma realidade que explica a emergência de governos populares, progressistas, com políticas públicas visando mudar esse quadro.
 
A matéria faz informações e análises bem mais completas do que o resumo deste post. O problema não acontece apenas nas torcidas latino-americanas, mas de quase todos os países.

 
Houve incidentes de racismo entre argentinos e mexicanos e observou-se a presença de faixas com inscrições de extrema-direita ou mesmo fascistas, entre torcedores da Croácia e da Rússia.
 
Ao final, o jornalista alerta que o mundo deveria se preocupar, na organização de um evento que deveria celebrar a diversidade, a paz e o pluralismo, em aumentar a diversidade social e étnica das torcidas.
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Redação

20 Comentários

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    1. negativo..

      desde a Copa das Confederações que notei esse fato no Maracanã, povão ficou de fora dos jogos..até na minha querida Salvador com mais de 80% da população composta de negros só tinha brancos na Fonte Nova..sábado no Minerão no jogo da Argentina com o Irã a mesma coisa, nessa Copa pretos nas arquibancada só quando jogam as seleções africanas..o “padrão Fifa” é branco e elitista..

      1. Anarquista e desinformada, é

        Anarquista e desinformada, é dureza. Ocorre que quando Brizola foi contratui o sambodromo, imagine o quando o petismo esculambou por esse gastar como que serviria apenas para a elite, enquando milhões de favelados precisavam de casa. E olhe que Brizola ainda fez nisso escola e agora, dizem até que foi ordem superior, nem escolinha de futebol para pobre os estádios fizeram e anda colocaram milhares de favelados para correr das área dos estádios para que a elite que iria aos jogos não poderia ver porcaria pelo  caminho

  1. Esse foi o contrato assinado

    Esse foi o contrato assinado com a FIFA, ingressos muito caros geram um efeito previsivel, é da logica do espetaculo nos termos em que ele foi montado, nas Olimpiadas vai ser ainda pior.

  2. Grande novidade. Estranha

    Grande novidade. Estranha muito um jornalista inglês ignorar o fato de que o objetivo da Copa do Mundo é o lucro e não a miscigenação racial. 

  3. Acompanho futebol a muito

    Acompanho futebol a muito tempo, principalmente pela televisão e tambem já tinha notado essa mudança de público nos estádios brasileiros. Na copa do mundo isso também esta muito evidente. Agora se alguem realmente quiser uma prova definitiva basta assistir o próximo jogo do e Equador, onde o time parece que é da Africa e a torcida parece que é da Europa.

  4. Começo a achar que esta Copa

    Começo a achar que esta Copa foi um grande equívoco do Lula. Aliás junto com a nomeação do Batman para o STF talves seja o maior erro. Se era para levar apenas a elite aos estádios era melhor que tivesse acontecido em algum país europeu ou nos EUA . Afinal, lá eles já  segregam mesmo os mais pobres há muito tempo.

  5. Público de Copa é

    Público de Copa é internacional, os ingressos são vendidos mundialmente. Pra ir ver jogos em outro país, também tem que ter algum dinheiro sobrando. UFC também é cara pra caramba, mas ninguém diz que é ‘elitizado’. Uma final de baseball ou basquete nos EUA custa os tubos. Grandes espetáculos custam caro – shows de rock e corridas de fórmula também.

  6. Esse eh um ponto negativo que

    Esse eh um ponto negativo que pode prejudicar a Seleção Brasileira na conquista dessa Copa.

    Digo isso porque coxinhas não sabem torcer. Vão ao estadio esperando ver um espetáculo do “Cirque du Soleil” e quando o Brasil não mete uma goleada, os mimadinho começam a vaiar. Dai o adversário percebe a falta de suporte da torcida e parte pra cima. Aconteceu isso no jogo contra o México.

    Dai o meu conselho aos coxinhas. Se tiver um minimo de amor ao Pais, ao invés de ir ao estadio tentar minar a Seleção, passe numa favela, ou bairro de periferia e entregue todos os seus ingressos aos primeiros batuqueiros ou roda de discussão que ver. Quando no estadio, a turma do morro / periferia dara o apoio que precisamos e o coxinha tera praticado uma boa ação.

    Não gostaria que a arquibancada permanecesse a quinta coluna que tem sido ate aqui.

  7. A higienização social

    também chegou aos estádios, agora denominados de Arenas. O pobre pode contemplar, mas do lado de fora.

      1. Quem sabe para ingresso em
        Quem sabe para ingresso em cargo público? Itamaraty por exemplo. Professor Universitário, juiz, vamos ser criativos, por que não cargos eletivos?

  8. Sempre criticando no Brasil o que acontece desde sempre

    Todas as COPAS são assim e agora que o jornalista inglês percebeu?

    Os jogadores brasileiios não são incetivados pelos elitistas do estádio… e quando a Copa é fora daqui? Como é que o Brasil ganhou tantas COPAS fora do Brasil com a mesma torcida elitizada ao quadrado e bem menor, claro?

     Pobre sempre fica de fora de todo evento caro. É assim no mundo inteiro há centenas de anos. E agora que jornalista inglês percebeu? Ah, já sei. Como um bom inglês ele quer um motivo pra criticar a COPA do Brasil e não está encontrando… aí ele descobre algo que já acontece desde sempre.

    Tem jogadores negros em quase todos os times europeus. Agora mesmo vi vários na seleção da Holanda, inclusive um que fez gol.

  9. A melamina está sumindo dos estádios.

    Percebo que há bom tempo a classe econômica dos que frequentam nossos estádios vem mudando. Os pobres, que são muito mais numerosos dentre os afrodescendentes, estão sumindo dos estádios. Nem é preciso ir aos estádios para perceber isso, as imagens das torcidas captadas pela TV evidenciam com clareza a mudança. O brasileiro que vai a teatro e principalmente a concertos de música erudita sempre foi branco. Mas o público dos estádios, até coisa de duas décadas atrás, espelhava bem o espectro de etnias e de miscigenação do país. 

    Nesta copa a brancura do público brasileiro extrapolou minhas previsões. Fui com meu neto ao jogo Argentina X Irá, no mineirão. A melamina da torcida brasileira era ligeiramente superior à da torcida argentina. Para se notar a pequena diferença era preciso observar com atenção.

    Sou favorável a subsídios públicos aos clubes (com controle da roubalheira, claro), pois essa exclusão dos pobres poderá trazer um drástico declínio no nível do nosso futebol.

  10. Se o estádio fosse público e

    Se o estádio fosse público e o ingresso fosse barato aí mesmo que o Rodrigo Constantino ia jurar com a mão na bíblia que futebol e coisa de socialista… Mas sem brincadeira , também acho que deveria haver uma forma de tornar o ngresso mais acessível ao torcedor  mais pobre..alguém comentou q ingressos pra finais da NBA por exemplo custam caro, e qualquer ngresso para os jogos de futebol americano ( da bola oval)  também não são baratos , mas os estádios – que são todos gigantescos – estão sempre lotados…Coloque- se a diferença de poder aquisitivo , mas também te a diferença de gestão … Não existe a figura do cartola do tipo federações estaduais de futebol , que mamam na teta do governo, do patrocinador e vive de vender direitos de transmissão  pra Globo e de vender jogador pro futebol europeu Lá e um negócio , claramente e tem que dar lucro – e da . Algum jeito os caras arrumam pra vender tanto ingresso pra garantir estádios  lotados daquele jeito. Algum ponto de equilíbrio entre o poder aquisitivo do torcedor médio e o valor a ser cobrado pelo ingresso eles conseguem achar.  Cabe aos supostos empresários do futebol brasileiro conseguir resultados similares. aí acredito que a proporcionalidade na torcida ( povao) refletiria melhor a sociedade.

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