Moralista, Pedro Taques é acusado de ter sido eleito com recursos desviados da educação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Empossado governador do Mato Grosso em 2015 após fazer uma campanha centrada em ataques à educação estadual oferecida por seu antecessor, Pedro Taques (PSDB) caiu numa delação premiada feita pelo Ministério Público no âmbito da operação Rêmora, que investiga justamente desvio de recursos da área de Educação para abastecer a campanha do senador licenciado, em 2014.

Segundo informações do Estadão, o empresário Giovani Guizardi afirmou em acordo de delação que o “esquema de corrupção entranhado na Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso teve origem na necessidade do pagamento de dívidas de campanha do tucano Pedro Taques ao governo de 2014. Segundo ele, outro empresário integrante do esquema, Alan Malouf, contou que investiu R$ 10 milhões na campanha de Taques. Da sua parte, Guizardi declarou ter doado R$ 300 mil ‘para não ter dificuldades nas atividades junto ao governo’.”

O delator disse que a prática de contribuir com a campanha eleitoral para não ser prejudicado em negócios com os governos era “comum” entre os empresários. “Cheguei a doar R$ 1 milhão na campanha de Silval Barbosa. Não sei informar se esse valor de R$ 300 mil [a Pedro Taques] foi declarado”, disse.

Há ainda a informação de que houve pagamento de propina ao secretário de Educação Permínio Pinto Filho.

A operação Rêmora foi deflagrada em maio passado, para apurar fraudes em licitações e contratos de construção e reforma de escolas.

Taques se elegeu direcionamento sua campanha para a educação. Ele defendeu a greve de professores que exigiam reajuste salarial e afrontou decisão do governo de gastar dinheiro com alimentação para os servidores do Executivo em vez de aplicar em educação de qualidade.
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Já vi esse indivíduo. . .

    Já vi esse indivíduo cheio de moralidade,  criticando duramente o PT na televisão, como um partido de corruptos. Cada vez me dá mais nojo desses golpistas, falsos moralistas. Mas, como é do PSDB, não vai acontecer nada com ele.

  2. PSDB dando aula

    Foi só entrar no PSDB e já aprendeu a tirar dinheiro dos recursos da Educação.

    Acho que o Geraldo Merendão deu umas aulinhas pra ele…

    Tem empresa pública de trens no MT? Se tiver é bom dar uma investigada também.

    A daqui de SP eles roubaram por décadas.  

  3. Mais um “anti corrupção” que
    Mais um “anti corrupção” que apoiou o impeachment sem crime da Presidenta Dilma e agora é pego com a mão na boca do cofre. O Brasil é um País sui generis, quanto mais o cara tem discurso anti corrupção, mais corrupto é. Disfarce quase perfeito, mas que não resiste ao tempo. 

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