MPF recebe assessor da Embaixada dos EUA para discutir terrorismo e fronteiras

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Procurador Alexandre Camanho e o assessor jurídico da Embaixada dos EUA Andy Rodrigues. Foto: PRR1/MPF
 
Jornal GGN – Através de nota publicada em seu site, o Ministério Público Federal divulgou a reunião entre o procurador regional Alexandre Camanho de Assis com Andy Rodriguez, novo assessor jurídico da embaixada dos Estados Unidos, na semana passada.
 
Segundo o MPF, o encontro teve o objetivo de discutir o combate ao terrorismo e a segurança nas fronteiras. Camanho integra a Secretaria Jurídica Internacional (SCI), fazendo parte do Grupo de Trabalho (GT) sobre terrorismo e também coordenado o grupo que lida com segurança nas fronteiras no MPF.  
 
Já Rodriguez irá trabalhar na Argentina em julho, com atuação também no Paraguai, para “apoiar os esforços dos órgãos ligados ao Poder Judiciário na aplicação da lei nesse três países”.
 
Longe de ser uma novidade, o Ministério Público Federal tem trabalhado com autoridades norte-americanas em diversas áreas, com o caso mais emblemático sendo a da Operação Lava Jato.

 
Em 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, viajou aos EUA para reuniões com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), o FBI e a Organização dos Estados Americanos (OEA). 
 
Junto com o PGR também foram integrantes da força-tarefa da Lava Jato, como Deltan Dallagnol e Carlos Fernando Lima, que participaram de reunião técnica com o DoJ e com a Securities and Exchange Commission (SEC), que fiscaliza o mercado de capitais. 
 
Depois, no mesmo ano, a força-tarefa aionou autoridades norte-americanas para rastrear depósitos de propina feitos em contas que eram do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa.
 
No final do ano passado, matéria do Estadão revelou que delatores da Lava Jato estavam tentando fazer acordos com autoridades dos EUA,  Itália, Suíça e Peru. 
 
A reportagem destacava que as colaborações não tinham a participação oficial do MPF ou de órgão do Ministério da Justiça. “As tratativas individuais com os delatores são feitas com base em acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos, de cooperação, que permite que o Departamento de Justiça norte-americano busque individualmente os investigados, que podem evitar serem alvo de processo naquele país”, dizia a matéria. 
 
Leia também:
 
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Redação

16 Comentários

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  1. Em termos de defender o

    Em termos de defender o interesse nacional e a geopolitica, esses procuradores são analfabetos de pai e mãe. 

    Ou o Brasil acaba com o MPF ou o MPF acaba com o Brasil, eles fazem acordos à revelia dos nosso interesses, os EUA vem com esta história boba para ampliar sua dominação. 

    Tal como ocorre mundo afora, o MP não pode continuar como Quarto Poder.

  2. então, …. o patrão tio sam mandou…

    um capataz pra falar com os lacaios das nossas forças armadas, … vão combinar uma intervenção na Venezuela…

  3. colonia

    o citado elemento tem longa carreira organizando a submissão da Colômbia.

    Mas, façamos uma breve linha do tempo:

    – golpe no Paraguay, organisado pela embaixadora do império.

    – a embaixadora é transferida para a embaixada no Brasil, e começa a merda em que estamos metidos.

    – a embaixadora é transferida para a Venezuela, e começa a  merda lá.

    – atualmente a embaixadora é a chefe da diplomacia do Comando Sul do império:

    . a Venezuela está à beira de uma intervenção militar do império.

    . o Comando Sul convocou as FA peruanas, colombianas e brasileiras para exercícios militares na fronteira Brasil-Venezuela. Deve-se observar que Perú e Colombia são narco-estados controlados pelo império (à semelhança com o Afeganistão).

    Parece que a lava-jato é apena cortina de fumaça para ocultar o que realmente está acontecendo.

    1. Algumas correções factuais: A

      Algumas correções factuais: A Embaixadora Lilane Alayde saiu da Embaixa em Brasilia e voltou para os EUA, nunca foi Embaixadora na Venezuela, a Embaixa dos EUA em Caracas está vaga, não tem Embaixador há anos, é chefiada hoje

      pelo Chargé dÁffaires (Encarregado de Negocios) Lee Mc Clenny.

      A Embaixadora Liliane Alayde NÃO era Embaixadora no Paraguay quando o Presidente Lugo foi impedido pelo Senado

      paraguaio. O impedimento foi em 22 de junho de 1014, a Embaixadora Liliane Alayde deixou Assunção em 5 de Agosto de

      2011 portanto já não era Embaixadora no paraguay  há quase 11 meses.

      A Embaixadora Liliane Alayde é hoje Vice Comandante Civil do Comando Sul (Southcom) dos EUA com sede em Mayport, no norte da Florida, cargo novo mas de expressão mais simbolica do que de poder real.

      Quanto ào tema , trata-se de uma completa aberração o Ministerio Publico se relacionar diretamente com a Embaixada americana, a representação internacional do Brasil pela Constituição é EXCLUSIVA do Poder Executivo, o unico que pode se relacionar com Paises estrangeiros., especialmente nste caso que envolve FRONTEIRAS e COOPERAÇÃO MILITAR.

      Isso está ocorrendo por DESIDIA do Poder Executivo que não zela por suas atribuições, cabe ao Ministerio da Justiça a operação de acordos judiciais e nesse caso de exercicios militares e fronteiras a jurisdição é do MINISTERIO DA DEFESA.

      Esse abandono de suas obrigações vm de longe, desde quando o Ministerio da Justiça abriu mão de representar o Byasil em Acordos de Cooperação Judiciaria, delegando essa tarefa indelegavel à Procuradoria Geral da Republica, que não fala pelo  Poder Executivo porque se apresenta como orgão autonomo, fora da subordinação ao Presidente da Republica.

      Assuntos desse tipo pelas normas diplomaticas reciprocas devem ser tratados em nivel de ADIDO MILITAR e não de assessor juridico, só o ADIDO MILITAR tem representação diplomatica e fala em nome do Embaixador, assessor juridico não tem representação diplomatica, é um funcionario de 3º escalaão da Embaixada e não fala em nome do Embaixador porque não qualificação de diplomata. Portanto não é capacitado para tratar de assuntos de importancia estrategica de nivel maximo, qual seja FRONTEIRAS E COOPERAÇÃO MILITAR.

      Esse quadro é o resultado do CAOS JURIDICO implantado no Brasil durante os governos do PT, partido qu hoje colhe os frutos do abandono de tarefas fundamntais do Estado nacional em mãos NÃO subordinadas ao Presidente da Republica.

      1. Petista esqueceu

             Ou não tomou conhecimento, e o governo a época não propagandeou, que a reaproximação militar e de assuntos de defesa,  abalada no periodo entre Sarney até FHC, iniciou-se em 2010 com a assinatura em Washington de dois acordos, o DCA ( Defense Cooperation Agreement )* e o GSOMIA ( General Security of Military Information Agreement ), referendados pelo Congresso Nacional em 2015  consolidados em junho do mesmo ano ,quando da visita do MinDef Jaques Wagner ao DoD.

               Exemplo atual : A participação de elementos norte-americanos, nesta operação conjunta a ser realizada na Amazonia ( Brasil – Colombia – Perú – Estados Unidos ), esta compreendida pelo acordo DCA , inclusive proposta desde 2015, tanto que desde este ano elementos selecionados, tanto do US Army quanto do USMC, participaram de treinamentos de intercambio no CIGS ( Manaus ).

        1. Depois a esquerda se queixa,

          Depois a esquerda se queixa, foram eles que deram a chave do portão aos americanos, a razão?

          Não sei. Tem coisas que só Deus sabe, o que o Brasil ganhou com isso? Nem verba e nem medalha.

          1. Nem Deus sabe

                  E caso saiba, irá ficar calado, já quanto a “esquerda”, a tese do “violino”, neste caso, aplica-se a certas descisões do antigo governo, pois a época muitas variaveis estavam envolvidas, de ambos os lados.

                  

  4. E o MPF retrocede aos tempos

    E o MPF retrocede aos tempos em que as otoridades brasileiras tiravam os sapatos e exibiam o chulé para o sub do sub do sub de alguma coisa nos EUA.

  5. Combate ao terrorismo e

    Combate ao terrorismo e segurança na fronteira não são questões da competência do Ministério da Defesa?

    Sempre achei que para discurir esses assuntos um representante diplomático deveria procurar autoridades do poder executivo, que representa o país.

    Nâo é mais assim? Ou nunca foi e eu estou equivocada?

    1. “Emprestado”

           Procure, não será facil encontrar, na relação do DHS ( Homeland Security ), um ex- USMC com passagem pelo DEA.

  6. Não é assessor juridico ( seria do DofJ / FBI )

      Esta “noticia” possui um erro de origem, do MPF ou do GGN, pois “assessores juridicos” , ou qualquer assessor creditado a uma embaixada americana, os “field officers” em varios temas, são creditados a uma UNICA embaixada, cargos de 3o escalão que são apresentados ao governo do País que os recebe, no caso do Brasil na area de segurança, o “juridico” sempre, desde que me entendo por gente, é oriundo do DofJ/FBI, alem de algum nominado em 4o nivel emprestado do DEA  ( Drug Enforcement Administration ) ao DepOf State, que se linka ao nosso DPF – no jargão “um sombra com dolares”.

       Pela descrição das futuras atividades do Andrew Rodriguez, como Brasil – Argentina – Paraguai ( o “roteiro” ), ele faz parte da doutrina do DHS, a da extensão das fronteiras de segurança norte-americanas, que na AS possuem, e faz tempo, dois locais, a “triplice fronteira” e o “arco norte de defesa “, o qual pela analise norteamericana encontra-se em processo de fragilização.

        A doutrina do DHS/ICE, quanto a “fronteiras”, os Estados Unidos não terminam no Rio Grande, lá que elas começam, a real fronteira sul, encontra-se nos limites do México com a Guatemala, a qual por esta doutrina – que tem uma base referente a serem os estados da América Central frageis, quanto ao controle de fluxos fronteiriços, não apenas relativos a pessoas, encontra-se ao Sul ( fronteira do Panamá com Colombia ), com ao famoso ” Arco de Defesa Norte da América Latina “, o qual atualmente encontra-se desestabilizado, e com perspectivas de maiores problemas ( Venezuela ).

         As ações “diplomáticas” americanas ( DeptofState ), neste caso são subsidiarias as atitudes e doutrinas estratégicas, tanto do DHS/ICE como do SouthCom, nem importando o “partido” ( Elefantes ou Burros ), pois trata-se de um programa de Estado, de projeção de Poder, é até simples :

         O DeptofJustice, mais o DoD, mais o DHS, mais os diplomatas do DeptoState, acrescidos de agencias federais a eles subordinadas, até mesmo de outros depts ( Agricultura, USAID, FDA, etc.. ), atuam sinergicamente visando os interesses estratégicos e geopoliticos deles – INDEPENDENTE de qualquer que seja o Presidente – pois trata-se de uma ação de Estado, que perpassa partidos politicos.

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