Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
[email protected]

O otimismo derrotista das esquerdas, por Aldo Fornazieri

O otimismo derrotista das esquerdas

por Aldo Fornazieri

Na semana passada, os trabalhadores brasileiros, os setores progressistas da sociedade e as esquerdas sofreram duas derrotas históricas. A primeira foi a aprovação das Reforma Trabalhista e a segunda, a condenação de Lula, que abre caminho para tirá-lo em definitivo da disputa presidencial de 2018. Do ponto de vista da reação popular, social e sindical, as ações foram pouco mais que nada. Apenas algumas centenas de manifestantes protestaram aqui e ali.

A CLT, criada por Decreto-Lei em 1943, de Getúlio Vargas, simplesmente foi anulada na prática, embora não revogada formalmente. O mecanismo que determina que o negociado prevalece sobre o escrito representa a anulação de fato da CLT. Numa era de sindicatos fracos, o capital imporá sempre negociações vantajosas para si sobre os direitos escritos, numa clara desconstrução daquilo que Norberto Bobbio chamou de Era dos Direitos. Isto ocorre depois da Constituição Cidadã de 1988 e de 13 anos de governos do PT. Não é uma derrota menor, mas a ampliação da larga avenida que consagra o Brasil como um dos países mais desiguais do mundo.

A condenação de Lula não é apenas a condenação de um ex-presidente, de um líder que poderia vencer as eleições de 2018. Trata-se de mais um passo para destruir o poder simbólico do líder-mito, do herói popular, daquele que poderia se constituir na força moral e simbólica de lutas presentes e futuras por parte do povo, dos mais pobres, dos deserdados. Em sua primeira condenação, com exceção das inconformidades nas redes sociais e de pequenos protestos em algumas cidades, Lula experimentou a mesma solidão que haviam experimentado os líderes petistas condenados no mensalão, que havia experimentado Dilma, que enfrentou o processo do golpe com pacatas mobilizações de rua. Nunca se haverá de esquecer a pavorosa cena de desalento do 17 de abril de 2016, quando as pessoas se retiraram do Vale do Anhangabaú cabisbaixas e derrotadas.

É forçoso notar que antes desses eventos que se transformaram em derrotas, partidos, movimentos e ativistas anunciavam lutas monumentais, resistências em trincheiras, mobilizações de exércitos e intocabilidade de seus líderes. Tudo ruiu sem que nada de significativo ocorresse, a não ser pálidas batalhas de Itararé. Após as derrotas, as forças de esquerda e militantes anunciam novas jornadas cívicas, novas lutas libertadoras, vitórias gloriosas no futuro próximo, a derrota fatal dos inimigos, chaves douradas para enfrentar a crise e sair dela, a restauração de um reino da felicidade que nunca existiu. Esse mesmo ufanismo havia anunciado que Zé Dirceu e outros líderes não seriam condenados, que Dilma não cairia, pois os golpistas não passariam, que não haveria nenhum direito a menos e que Sérgio Moro não teria coragem de condenar Lula.

Nesse período em que Lula se bateu com o juiz Moro foi uma batalha de uma banca de advogados contra o arbítrio dos procuradores e do magistrado da Lava Jato que usaram todas as armas jurídicas e não jurídicas, lícitas e ilícitas para garantir o desfecho de uma sentença condenatória, mesmo que sem provas. Lula lutou sozinho ao lado do seu bravo e pequeno exército jurídico, sem o respaldo das ruas e das mobilizações. Nas próximas semanas poderão ocorrer alguns atos de solidariedade um pouco mais encorpados para depois tudo entrar no fastio da normalidade, nas proclamações de lutas com palavras jogadas ao vento. Lula, em sua solidão, caminhará com sua equipe para uma condenação em segunda instância.

O Otimismo derrotista

O fato é que as esquerdas e os progressistas brasileiros inverteram a famosa máxima de Romain Rolland, popularizada por Gramsci: “Pessimismo da razão e otimismo da vontade”. Aqui, vale o “o otimismo da razão e o pessimismo da vontade”. A fórmula Rolland-Gramsci do pessimismo da razão (ou inteligência) é um chamamento para a necessidade do realismo na percepção das condições e conjunturas, da sobriedade analítica e da prudência perceptiva do sentido trágico da existência humana. O realismo prudente nos ensina que as estruturas sociais, políticas e econômicas existentes são resistentes, constituem, hábitos, culturas e mecanismos de sua reprodução e de sua perdurabilidade no tempo. O otimismo da vontade é uma aposta na capacidade criadora e inovativa dos lutadores pela transformação, um chamamento à coragem para lutar, um apelo às virtudes do combate. Somente a dialética desse paradoxo pessimismo/otimismo tem a potência da mudança e a possibilidade de vitórias.

A inversão do dístico Rolland-Gramsci, transformando em “otimismo da razão e pessimismo da vontade”, constitui e fórmula para derrotas certas e fugas da realidade para o êxtase otimista da esquizofrenia. O caráter esquizofrênico da inversão se caracteriza na certeza das vitória e na nulidade da ação e, consequentemente, na negligência da organização de forças e meios para produzir as vitórias. O ufanismo do anúncio otimista é secundado com a covardia na ação. Ao contrário da fórmula rolland-gramscina, que conecta pensamento e ação, a sua inversão desconecta esses dois pares e remete os agentes para a fantasia bêbada do otimismo e da passividade.  

Não há nenhuma correspondência entre os alucinantes delírios de anúncio de vitórias certas e a realidade marcada por sucessivas derrotas. Os erros e as autocríticas são negligenciados pela força dos delírios. Não há rumos a corrigir, não há culpados pelos fracassos porque a culpa é sempre dos outros. A consequência dessa conduta é a fuga da necessidade de definir estratégias eficazes e de enraizar organizações, concepções e visões de mundo em amplas forças sociais. Prefere-se apanhar o fruto já amadurecido no cômodo pomar do Estado do que plantar as árvores inquebrantáveis no terreno rude da sociedade.

O delírio ufanista do otimismo da razão não consegue perceber que, na história, a dominação de  poucos sempre se impôs sobre os muitos, que o egoísmo prevaleceu sobre a solidariedade, a desigualdade sobre a igualdade, a riqueza sobre a pobreza, o capital sobre o trabalho, a injustiça sobre a justiça. Nas guerras, o sangue derramado foi o dos cidadãos, dos trabalhadores, dos pobres, para manter e/ou ampliar a riqueza dos ricos. Essa realidade, que é recorrente nas diferentes histórias, não nos permite o otimismo da razão. Ela requer que a advertência das dificuldades e a necessidade dos combates presida o anúncio das esperanças.

Acreditar que Lula triunfará em 2018, deixando-o caminhar só com sua equipe de advogados até as escadarias do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, significa contribuir para cavar uma nova sepultura para a esperança de mudanças. Pensar que a Reforma Trabalhista não reduzirá direitos sem cercar o Congresso com milhares de trabalhadores, ao mesmo tempo em que no dia da votação o presidente da CUT se esforça para entrar no Plenário do Senado ao invés de comandar protestos nas ruas, significa acreditar que palavras grandiloquentes secundadas por gestos medíocres podem salvar os trabalhadores, os pobres e o Brasil de novas e sucessivas derrotas.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política (FESPSP). 

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

30 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. É traição mesmo

    “Lula lutou sozinho ao lado do seu bravo e pequeno exército jurídico, sem o respaldo das ruas e das mobilizações”. Em que momento a dona Dilma convocou o povo para defender o seu mandato? Em que momento o Lula convocou o povo para a sua defesa? Só ficaram na retórica e no blá blá. Otimismo derrotista? Pra mim isso tem nome: é traição ao povo e ao país. Tempo e História não tem prova de segunda época.

  2. Viés um pouco descolado da realidade.

    Primeiro, estão tendo sim, uma série de manifestações pelo país. Desde antes do golpe, durante o golpe e agora. Algumas tímidas, é verdade, outras, como nunca outrora vistas. Qual é a grande diferença nos dias atuais? um bloqueio brutal do pig talvez nunca visto na história da humanidade. Nenhuma linha no pig para anunciar os protestos (quando não é da direita); apenas citações que o “trânsito está voltando ao normal”.

    Segundo, este “povo” nunca foi às ruas manifestar; seja pela repressão ideológica que sofrem, seja pela repressão física real que eles têm medo (e com total razão). Manifestações tanto da direita quanto da esquerda, é composta pela classe média. Mesmo nas manifestações pelas diretas em 1984, o perfil era de classe média, branca e velha; as mesmas que foram pedir o golpe contra a Dilma, apenas some-se a isso a adesão de partidos de esquerda, entre eles o PT, que na época missigenaram um pouco tanto os palanques quanto o perfil dos manifestantes. Mas as favelas nunca se organizaram para isso, nunca se sentiram parte destas manifestações.

    As forças da esquerda no Brasil sempre foram limitadas, basta ver que não passam de 20% dos parlamentos. O professor ignora que a direita tem muito mais poder. Tanto no aparato estatal (basta ver as aberrações jurídicas contra o presidente Lula), os abusos sistemáticos das polícias,  quanto na economia (basta ver como os empresários compram as leis, que agora está escancarando), quanto midiática (basta ver o bloqueio contra nós e a divulgação de qualquer fofoca contra nós).

    No golpe militar  de 1964 houve ainda menos reação e a direita governou por 21 anos, e foi derrotada pela economia e não pelo suposto povo nas ruas. Façamos a correção que houve uma injeção brutal de dinheiro estadunidense para apoiar o golpe militar, coisa que os EUA hoje não dispoem.

    Nossa luta é de médio e longo prazo e não adianta querer culpar a esquerda pela “letargia”. Se o professor entende que a corrida é de 100 metros rasos, talvez esteja correto, mas nós não temos Usains Bolts; nossa corrida professor, é de 5, 10 e talvez até de 42,14 km. Te encontro na chegada.

     

    1. O tamanho da corrida. Ou a política retrospectiva

      Sou historiador e a grande vantagem disso é fazer análise retrospectiva. Já sei o que aconteceu e assim posso entender o que deu e o que não deu certo nas ações dos sujeitos históricos. Conhecendo isso, fica mais fácil arriscar explicações dos porquês. Quase nunca erro, ou, pelo menos, tenho explicações aceitáveis. Como disse para minha neta, tentando explicar o que o historiador faz, o historiador faz previsões sobre as coisas que já aconteceram.

      Aplicando isso para o momento atual. É fácil apontar os erros cometidos por Lula, Dilma e o PT: deveria ter radicalizado com o povo; não ter desmobilizado os movimentos sociais; deveria ter atacado o financismo e, principalmente; deveria ter atacado e, se não destruído, ao menos neutralizado a Globo. Se tivéssemos feito tudo isso, não estaríamos hoje onde estamos. Receita para reverter a situação atual? É só fazer tudo isso.

      Cabe perguntar: se o PT tivesse proposto isso teria ganhado as eleições em 2002? Nunca saberemos. O que sabemos é que ele não fez isso, fez outra coisa, e ganhou as eleições. Isso depois de ter perdido três delas com programas políticos mais radicais.

      Cabe uma segunda pergunta, mais complicada: uma vez vitorioso, Lula e, depois, Dilma não deveriam ter radicalizado o programa? Talvez, ainda que não se saiba exatamente como. O que se sabe é que não fizeram e, aproveitando-se de circunstâncias econômicas internacionais favoráveis, promoveram e mantiveram – e esse dado é fundamental – uma série de medidas de inclusão social de dimensões e significado inusitados na história da República brasileira. Mais ainda, sabemos que essas conquistas foram feitas em ambiente absolutamente democrático. Sabemos também que o preço político pago para que isso acontecesse foi uma abertura cada vez maior a setores fisiológicos da política, que continuaram a conformar a maioria do parlamento, inclusive dentro do próprio PT. E que bastou as circunstâncias não serem favoráveis para que uma confluência de atores políticos conservadores de ocasião jogasse para o ralo qualquer veleidade democrática e praticasse um golpe escandaloso, mas bem-sucedido.

      O golpe, no entanto, é desmoralizado desde seu início. Cada vez mais, esgota seu capital moral, que já era pequeno, para que não desmorone. Qualquer verniz de Justiça, Democracia, etc. é deixado de lado. Vale tudo. E, depois de abaterem o PT, engalfinham-se entre si. Isso tem e terá pernas curtas.

      Daí a metáfora da corrida.  

      Tudo indica que os golpistas não conseguiram e não conseguirão no curto prazo qualquer unidade de ação. Somente a negatividade de ser anti-Lula e anti-PT. Isso é pouco diante dos avanços da Democracia brasileira dos últimos 30 anos. Só poderia dar certo se fosse um programa contrarrevolucionário aberto. Como foi o golpe de 64. Só que agora isso custaria muito mais sangue. É possível, mas, por enquanto, improvável. O único político com desejo de apostar nesse cavalo é Bolsonaro. Tem crescido, mas ainda não demonstrou estatura. Essa possibilidade é remota, ainda que não deva nunca ser descartada.

      Uma outra solução seria a constituição de um novo centro-direita em torno da Marina, ou de outras lideranças. Até agora, Marina tem vacilado. Sua história com a esquerda atrapalha, tanto por coibir uma guinada mais centro-direita, quanto por mantê-la refém, no sentido negativo, de sua história com o PT. De qualquer forma, a saída da crise da Democracia brasileira – e é disso que se trata, muito mais que a mera crise do PT – passa pela constituição de um centro-direita democrático. Quer ele vença as eleições de 2018, quer não. Sem direita e centro democráticos, assim como esquerda, não há democracia.

      E agora, finalmente, volto para questão do PT e das forças democráticas e populares. O que se deve e o que se pode fazer? Acho que é, basicamente, o que já fazemos: não aceitar o golpe; pedir eleições diretas imediatas; buscar, moralmente, reverter o impeachment e, o principal: apostar na defesa e na candidatura de Lula, como forma de defender as conquistas que os governos petistas representaram. Se não conseguirmos defender sua candidatura, por que não conseguimos reverter sua condenação, temos que construir outra candidatura unitária. A partir de Lula e do PT (não quer dizer que deva ser exclusiva do PT). Esse é o desafio e não se tem bola de cristal para saber quando e como será vencido.

      O que não se deve fazer é aceitar a derrota antes da corrida terminar. E, se é claro que temos que avaliar os passos errados que demos no passado, a corrida está à frente. E é para lá que devemos olhar. Com o pessimismo da razão e o otimismo da vontade.

      1. O TAMANHO DA CORRIDA

        Ricardo Sales, eu me identifico mais com sua explanação.

        O ALDO fez uma bonita esplanação, mas com devaneos que fogem das realidades. Li, praticamente, todos os comentários e notei que a grande maioria mostrou mais desejos do que coisas possíveis. Estão esquecendo que a revolução russa contra o CZAR só saiu vitoriosa depois de longo tempo de fustigamento e quando conseguiu maioria do povo. E o pior foi derrotada pouco tempo depois (pouco para a história da humanidade). E por què? Primeiro porque a cultura da época não admitia nem um, quase, socialismo dos países nórdicos atual e muito menos um comunismo. E porque a força contrária se tornou mais forte do que a força da revolução. O que quero dizer? Vence o mais forte! Não é questão de pessimismo ou otimismo. É criar uma maioria ou mesmo minoria com força, mesmo só força moral. Aí há possibilidade de vitória. É ilusão achar que se partimos para violência sem sermos mais fortes, iremos vencer. Eles têm mais armas! ( David versus Golias é exceção que confirma a regra) .Isto não quer dizer que devemos desistir, pelo contrário. Advogo a guerra de guerrilha. Fustigar diuturnamente. Ganhar o màximo de pequenas batalhas, mesmo perdendo algumas, ganharemos a batalha final. A Esquerda está do lado certo e a humanidade, mesmo em zig zag caminha para o certo e lógico

  3. Senhor Aldo Fornazieri, o

    Senhor Aldo Fornazieri, o senhor deveria sair da janela da crítica pessimista e pegar em armas para lutar,já que o senhor desconsidera tanto a reação popular. O povo mesmo cercado pela casa grande reaje dentro das suas possibilidades. Já que o senhor se acha tão esperto saia do seu berço esplêndido e venha liderar nas ruas a revolução que sugere. Seja a mudança que o senhor deseja!

     

    1. A luta de Aldo Fornazieri

      Acho que Aldo Fornazieri está lutando e muito! Com a sua melhor arma: o intelecto. Se todos fizéssemos o mesmo, não estaríamos contando tantas derrotas de 2014 para cá. Estamos acomodados, desencorajados, desalentados e extenuados. Parabéns pelo excelente texto professor Aldo Fornazieri.

  4. O otimismo derrotista das esquerdas

    -> Em sua primeira condenação, com exceção das inconformidades nas redes sociais e de pequenos protestos em algumas cidades, Lula experimentou a mesma solidão que haviam experimentado os líderes petistas condenados no mensalão, que havia experimentado Dilma, que enfrentou o processo do golpe com pacatas mobilizações de rua. Nunca se haverá de esquecer a pavorosa cena de desalento do 17 de abril de 2016, quando as pessoas se retiraram do Vale do Anhangabaú cabisbaixas e derrotadas.

    como sempre, “a culpa é do povo”, desse povo que não se mexe”, que não vai para as ruas. só que a simples observação dos fatos desmente esta conveniente versão. em 10-MAI Lula não enfrentou sozinho a inquisição da Lava Jato, milhares ocuparam Curitiba. assim como tivemos a maior greve geral brasileira em 28-MAI, logo depois da monumental ocupação de Brasília, em 24-MAI. também não corresponde que o impeachment de Dilma não um período de gigantescas manifestações, algumas nem um pouco pacatas.

    agora mesmo há protestos em Florianópolis, inclusive com ferimentos à bala, contra as privatizações municipais. nem Lula nem Dilma deram as caras por lá. como jamais estiveram no Rio de Janeiro nos atos nada pacatos contra a privatização da CEDAE.

    portanto, o problema não está no “povo”. o problema está na crise da lideranças. na crise de representação, em todos os sentidos e em toda a profundidade.

    a solidão de Lula é resultado de sua opção política a partir de 1989: abandonou as ruas para se fazer acompanhar dos ternos caros, dos vinhos de grife e dos grandes empresários e banqueiros.

    “o otimismo da razão e o pessimismo da vontade” pode muito bem ser consagrado como o lema Lulista. ainda agora apostam tudo em 2018, o ano para sempre longe demais, e numa patética absolvição de Lula na segunda instância (como já haviam suposto que seria inocentado por Moro).

    por isto o Lulismo operou para tirar o povo das ruas. vamos ficar quietinhos, provando sermos bons gestores da Senzala, que a Casa Grande permitirá nossa candidatura em 2018. o Lulismo tem a traição em seu DNA.

    se alguém de fato quiser compreender a inesgotável capacidade do Lulismo em trair o movimento social e dissipar qualquer ímpeto de luta dos trabalhadores, que se debruce sobre o que acontece justo agora em Minas, com a vergonhosa desmobilização dos trabalhadores em educação (Sind-UTE MG). tudo em nome de não entrar em confronto com “o nosso governo” do companheiro Pimentel (o homem que vai privatizar as águas minerais do Sul de Minas).

    e aqui cabe um parêntesis. paulistas e paulistanos de Esquerda padecem de um terrível mal: a falta de experiência direta com um governo do PT, ou de representantes de sua aliança pela “governabilidade”. os anos seguidos de tucanistão em SP forjaram um terrível equívoco de avaliação sobre o que é o PT num governo estadual. mas é algo que pode ser rapidamente desfeito, bastando apenas observar MG e o RJ, este destruído por Cabral e Paes, sob as benções do Lulismo.

    o que diz nos diz o pessimismo da razão, e é sempre por ele que devemos nos orientar:

    – Lula vai ser preso;

    – a Reforma da previdência vai passar;

    – a cleptocracia vai se auto indultar através do Pacto à La Brasil;

    – a cada passo atrás da  Esquerda, a Direita vai avançar;

    – quando Bolsonaro ultrapassar Lula nas pesquisas de intenção de voto, será a senha para a intervenção militar.

    o que nos fala otimismo da vontade, sem o qual não temos força para agir:

    – no Brasil temos uma insurreição em latência. ou virá pela Esquerda, com a derrubada do golpe, ou virá pela Direita, com a ascensão BolsoNazi;

    – a sociedade não permanece perenemente paralisada num beco sem saída, como o atual. sempre busca soluções. cabe a Esquerda se colocar como alternativa. isto só é possível se abraçando ao movimento de massas;

    – a revolta já está acontecendo por toda a parte, só não conseguem vê-la aqueles que só tem olhos para Lula e o Lulismo.

    .

    1. “- a revolta já está

      “- a revolta já está acontecendo por toda a parte, só não conseguem vê-la aqueles que só tem olhos para Lula e o Lulismo.”

      Será que não estamos vendo a revolta porque a globo não está mostrando?

      A única coisa que vi foram uns três gatos pingados gritando palavras de ordem o tomando porrada da polícia.

      Quando vir protestos com três a quatro milhões de pessoas na rua, enfurecidas e arrebentando tudo que aparecer pela frente, especialmente os golpistas, sejam juízes, procuradores, empresários, banqueiros, políticos ou donos de mídia vou começar a acreditar que as coisas podem mudar.

      Não vamos sair desta situação gritando palavras de ordem ou tomando porrada da polícia. Os golpistas não têm mêdo da população e estão transformando o país numa sociedade escravocrata e bananeira onde somente eles terão a grana. E não tem o menor escrupulo em fazer isto.

      Só retrocederão através da violência muitas vezes maior do que a que estão praticando.

       

      1. O otimismo derrotista das esquerdas

        -> Será que não estamos vendo a revolta porque a globo não está mostrando? A única coisa que vi foram uns três gatos pingados gritando palavras de ordem o tomando porrada da polícia. Quando vir protestos com três a quatro milhões de pessoas na rua, enfurecidas e arrebentando tudo que aparecer pela frente, especialmente os golpistas, sejam juízes, procuradores, empresários, banqueiros, políticos ou donos de mídia vou começar a acreditar que as coisas podem mudar.

        vídeo: A Batalha da Av. Presidente Vargas – Rio de Janeiro – 20/06/2013

        [video: https://www.youtube.com/watch?v=h0wAA4fXTsI%5D

        vídeo: ALERJ 09/02/2107 – TV Sind Justiça RJ

        [video: https://www.youtube.com/watch?v=rQv0mWyxGAM%5D

        .

    2. Ternos caros, vinhos de grife e solidão

      A solidão de Lula é resultado dos ternos caros, dos vinhos de grife e da companhia dos grandes empresários e banqueiros?

      Porque o FHC, o Temer, o Aécio Neves, o Zé Serra, entre outros, não vivem na solidão?

      É claro que a culpa da solidão do Lula não é do povo mas também não é dos ternos caros, dos vinhos de grife nem da companhia dos grandes empresários e banqueiros.

      1. O otimismo derrotista das esquerdas

        -> É claro que a culpa da solidão do Lula não é do povo mas também não é dos ternos caros, dos vinhos de grife nem da companhia dos grandes empresários e banqueiros.

        não me parece nesta foto Lula estar solitário, assim como é verdade também que nenhum dos grandes empresários e banqueiros, aqueles que nunca antes ganharam tanto dinheiro quanto nos governos de Lula, tenham prestado qualquer solidariedade a ele.

        a História é cruel e irônica. justo Lula que antes afirmara: “Eu não quero incendiar o país. Eu sou a única pessoa que poderia incendiar este país”, agora sua única chance de não ir preso é tomar a frente do fogo que já está aceso.

        a suposta solidão de Lula não é por causa dos vinhos caros e dos ternos de grife, é porque ele resolve andar mal acompanhado, ao lado de banqueiros e grande empresários, e abdicou de ir aonde seu povo está.

        .

    3. O Lulismo tem o poder de tirar e botar o povo nas ruas?

      O Lulismo operou para tirar o povo das ruas, como Assim, Mano?

      Você acha que é o PT que manda no povo?

      Se fosse o PT que mandasse no povo, ele seria muito burro de não fazer o congresso e ficar se submetendo a esses picaretas.

      1. O otimismo derrotista das esquerdas

        -> O Lulismo operou para tirar o povo das ruas, como Assim, Mano?

        Edson Fachin, indicado pelo Lulismo, em 10/04/2017 negou Habeas Corpus para os 3 militantes do MST presos desde 14/04/2016. Lula foi fazer uma visita de solidariedade a eles na prisão?

        .

  5. Difícil de explicar o Brasil.

    Difícil de explicar o Brasil. Desigual, corrupto, povo sem participação política, soberania e leis jogados no lixo.

     

  6. MÁFIA FHC CLINTON! ESGOTO A CÉU ABERTO DESDE 2002!!!

    “Apenas algumas centenas de manifestantes protestaram aqui e ali.”

    É que o povão já está escaldado de saber que está sendo vítima de gangue poderosa de criminosos, traficantes e até assassinos. 

    Vocês já viram alguma manifestação contra assassinos? E contra traficantes de cocaína via aérea? E contra assassinos? Não viram e nunca vão ver. Uma coisa temos certeza: quem espera manifestações desse tipo não está bem das idéias, nuca esteve e com certeza vai morrer assim, enchendo o nosso saco.

  7. “É forçoso notar que antes

    “É forçoso notar que antes desses eventos que se transformaram em derrotas, partidos, movimentos e ativistas anunciavam lutas monumentais, resistências em trincheiras, mobilizações de exércitos e intocabilidade de seus líderes.” Esta bravataria toda que não se cumpre em ações concretas é que acaba promovendo o desinteresse das pessoas em participarem de novos protestos, manifestações, etc. Se diz que vai colocar no fogo no país, pelo menos tem que tentar, senão fica na base do “allegro ma non trepo”.

  8. O Lula não deveria se candidatar em 2018 ao Planalto. Ao invés d

    O Lula não deveria se candidatar em 2018 ao Planalto. Ao invés disso, ele deveria apoiar a candidatura do Ciro Gomes à presidência, e ambos apoiarem a candidatura do Haddad ao governo do Estado de São Paulo.

    Caso o Lula se lance candidato, ele estará inviabilizando a renovação da esquerda e concentrando em si toda a resistência do campo progressista. Ele age como aquele pai super-protetor que não deixa o filho se desenvolver.

    O que o ex-presidente deveria fazer é usar seu capital político para fortalecer o PT e a CUT, e não desperdiçar esse ativo compactuando com a oligarquia que promoveu o golpe e destruiu os direitos trabalhistas em nome da governabilidade.

  9. É o que penso,
    podem fazer
    É o que penso,

    podem fazer mil manifestações na paulista, escondidas pela mídia terão efeito nulo. A resistência é no corpo a corpo, cara a cara, na porta do congresso, da justiça, do governo, tem que gritar no ouvido deles, deixar a indignação explícita. Ou fazemos isso ou aceitemos omisso destino de gado. Não serão quatro corajosas senadoras que resolverão o esbulho dos direitos de milhões de trabalhadores.

  10. Penso que o Prof Aldo chama a

    Penso que o Prof Aldo chama a esquerda progressista à reflexão das condições reais do que se vai enfrentar e que somente a partir dessa consciência se poderá traçar as estratégias otimistas. A grande síntese do momenmto atual será a substituição do poder que está nas mãos do Judiciário/MP/PF e Globo para o povo via eleições democráticas com a participação do LULA.

  11. “Não existe ninguém no Brasil mais honesto que eu” – triste

    “Acreditar que Lula triunfará em 2018, deixando-o caminhar só com sua equipe de advogados até as escadarias do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, significa contribuir para cavar uma nova sepultura para a esperança de mudanças.” – Ótima frase mesmo que seja uma verdade que dói,mesmo que chacoalhe com nossas paixões que cegam.Acrescento ou lembro que ao povo não interessam rigores das leis,os abusos,a ou as interpretações da Sentença,e, sim, o que pra mim é muitíssimo provável (probabilidade):os 2 Presentes recebidos(acho que recebeu, sim).Mas não sou do povo que na minha micropesquisa individual (Recife) votará(votaria) em Lula.Não sou do povo e não votarei em Lula,exceto num turno 2 diante de uma ameaça.

  12. A dimensão religiosa na politica, no ser humano

    É bom ter alguma crença pra viver, que pode ter ou não ter comprovação científica (e a ciência é dinâmica, amanhã pode confir- mar o que hoje não é testado e indubitavelmente, cabalmente atestado). Na política e na Política dos homens ñao seria diferen-te. É isso que o matemático , filósofo e pacifista Bertrand Russell quer dizer, não é certeza, no espanhol pode ter o significado de crença, de fé. (P.S. – Mas alguma fé,mantê-la pode ser mais prejudicial à vida e à sociedade).Acho que devemos desmistifi-car ídolos.“ Lo que los hombres quieren no es el conocimiento, sino la certidumbre “ – Bertrand Russell

    1. Então um ateu seria um mau político?

      E um crente seria um bom político?

      Acho que é por aí. Bush Jr. dizia que conversava com Deus à noite e que Deus o orientava a bombardear as populações indefesas do Iraque e o Afeganistão.

      Tem tudo a ver essa dimensão religiosa na política.

  13. Eita zorra! Pelo visto até

    Eita zorra! Pelo visto até aqui, tivemos um fim de semana, digamos assim, um tanto  indigesto.  

    A impressão que tenho é que neguinho comeu tudo e bebeu todas. Inclusive o material das pesquisas em andamento nos laboratórios da Universidade.

    Ai na segunda-feira, ainda de cabeça inchada.  Taca bordoada no lombo da esquerda lulopetista.  E de quebra, desanca o povaréu.  Aquele que por não saber de nada, se presta  à servir de massa de manobra para tudo que é filho da puta. Portanto, depois do petismo, o povo, é o maior culpado.  Curiosamente, certos cientistas, chegam a navegar no mesmo rumo da embarcação dos concursados caçadores de Jararaca.

    Orlando 

     

  14. Concordo com o Fornazieri

    Concordo com o Fornazieri. Onde está o povo revoltado??? Onde estão as lideranças de esquerda mobilizando o povo??? E por que o povo não se revolta com tantas humilhações, chutes no traseiro, pisadas no pescoço, chicote no lombo???? Faço o fechamento com a música de Zé Ramalho, que descreve a história de sempre do nosso povo e do nosso país: “E ô ô, vida de gado, povo marcado e povo feliz”……

  15.   Concordo em termos com o

      Concordo em termos com o autor. 

      Eu, com a (questionável) autoridade de frequentador de vários protestos, estou cansado da insistência da esquerda na procura de lindas e memoráveis derrotas, no desejar a vitória “moral”, no salivar com a pancada recebida que mostraria a injustiça.

      Depois não entendem o porquê da militância minguar. Militante não tem complexo de Masoc não.

      

  16. Texto de Aldo Fornazieri, 14/07
    A esquerda tem sim, lutado. Desde a campanha do 2o mandato da Dilma, a esquerda está nas ruas.O Lula não está sozinho. O pt tem uma militância forte, combativa. Quanto estar na porta do Congresso, nas votações, várias foram as manifestações, todas tratada pelo governo golpista com bombas e porrada. Quanto à maioria da população, vivem ainda escravizadas por uma mídia golpista, desumana, inimiga do Brasil, que 24 horas por dia, trabalham na massificação contra a esquerda. Este texto é infame.Venha para a rua conosco, defender os brasileiros.

  17. O xerife moro não prendeu o Lula

    O agente alienígena não cometeu o mesmo erro da condução coercitiva.

    (erro que acordou quem estava dormindo o sono da midiotia)

    A 3ª Guerra já é, mas como não se ouvem os tiros e bombas, a imensa maioria não tem consciência disso.

    Tivemos dias atrás a maior greve geral do Brasil. – mas não deu na rede esgoto –

    Há dois ou três dias uma ovação nunca dantes vista nesse País, e uma moçada porreta em frente à casa do prefake raufilaurenti.

    Já escuto gente coxa admitindo ser o Lula um grande líder.

    Hora de todas as armas apontarem para a famiglia, a rede esgoto.

    Críticas são bem-vindas, mas que sejam acompanhadas de ânimo e garra para levantar mais o moral.

    E o lulismo, dá para esquecer um pouco isso não?

    Péssima hora, não concorda?

     

     

     

     

     

     

  18. O Otimismo Derrotista.

    Em primeiro lugar, hoje em dias as manifestações não acontecem somente nas ruas. Elas acontecem nas redes sociais, no YouTube, no twitter.
    E neste quesito o PT, Lula, Dilma e a esquerda em geral nunca evoluiram. Ou pior nunca digeriram que os tempos estavam mudando.

    A esquerda perde até na batalha dos memes. Se voce fazer um google “Meme Lula”, os memes denegrindo a imagem de Lula estão presentes na base de 20 por 1. Ou seja para cada 20 memes encontrados na internet, 1 é positivo e 19 são negativos.

    E o mais engraçado é que a esquerda esquece que o meme nada mais é do que um AGITPROP ou agitação e propaganda.  
    O interessante é que o “agitprop” foi inventado pelos Sovieticos, e passados exatos 100 anos depois, a direita se utiliza desta ferramenta para desqualificar um governo de esquerda.

    A batalha dos Memes parece perdida.

    Vejamos outra batalha desta guerra de informações:a batalha do YouTube!
    Se voce for no YouTube, e digitar “PT e Lula”, com certeza dos 15 primeiros videos que sairem, 12 vão ser videos contra Lula e contra o PT.
    Novamente aparece o agitpropop, pois, responsaveis por esta propaganda e agitação contra o PT, não importa se o video é falso ou não, o que importa é que o titulo seja estrondoso, que seja provocativo, e que faça a pessoa cair na tentação de clica-lo. Uma vez clicado aquele video, os algoritmos do Google vão jogar este video sempre para o topo da lista. E o que é pior, este video vem “acorrentado” em dezenas, talvez até centenas de videos semelhantes. E dai, um esquerdista ou simpatizante do Lula ou do PT que clicar em um destes videos para debater com os direitistas responsaveis pelo video na rede, acabam sem saber aumentando a popularidade do video. Muitos esquerdistas ao inves de clicarem ao lado do video e dizerem ao Google que eles não estão interessados naquele video, eles fazem o contrario eles clicam no video anti-esquerda e ainda deixam um comentario la. Isto amplifica a popularidade do video. Em outras palavras, a esquerda quer apagar fogo com gasolina.
     

    Tambem ao o meu ver parece que a esquerda e seus lideres ainda não aprenderam as minimas regras da propaganda no seculo 21.
    Quer outro exemplo? Existem no Facebook, dezenas de grupos bem intencionados que são formados por simpatizantes de esquerda. E estes grupos tem nomes como “Todos Contra a Globo”, “Todos contra o golpe da direita”, etc, etc.
    Com certeza os organizadores destes grupos são bem intencionados. E são esquerdistas. Porem o que eles não são, é “experts” em internet. E porque?
    Porque as vezes eles colocam textos do MBL para que os participantes do grupo deem a sua opinião em contra do MLB. So que o que os organizadores destes grupos esquecem é que no momento que eles fazem copy/paste do link do website do MBL, o site do MBL dispara em popularidade para os algoritmos do Google.

    E ai para aquela grande massa neutra, aos poucos esta tsunami de propaganda anti-petista vai fazendo efeito. E ai vem a famosa frase que diz: repita uma mentira mil vezes e ela se transforma em verdade.
    Assim sendo, Lula não precisa nem ser culpado. Basta mil memes, mil videos no You Tube, mil pessoas dizendo no facebook que o Lula é culpado e ele passa a ser culpado.

    Enquanto a esquerda não começar a ver que as principais batalhas estão sendo travadas no mundo do internet. Creio que as passeatas de esquerda não vão ter todo o potencial que poderiam ter.

    1. O otimismo derrotista das esquerdas

      -> Enquanto a esquerda não começar a ver que as principais batalhas estão sendo travadas no mundo do internet. Creio que as passeatas de esquerda não vão ter todo o potencial que poderiam ter.

      seu comentário aborda pontos vitais. é o que deveríamos estar discutindo. assim faço a seguinte ponderação:

      considerar a web como o campo de batalha principal é tão equivocado quanto supor que pela via parlamentar e institucional se processam as mudanças sociais.

      a web é uma instituição! Google e FaceBook são das mais poderosas instituições do capitalismo cognitivo. muito mais do que a Globo, por exemplo, foi no Brasil.

      supor que se vai derrotar os algoritmos do Big Data na arena da web é tão ingênuo, e fadado ao fracasso, quanto crer que a cleptocracia brasileira vai ser vencida apenas pela luta eleitoral.

      tanto a via parlamentar quanto a “militância virtual” só se tornam efetivas quando de fato integradas com as experiências de lutas concretas das comunidades. não se vai mudar o mundo através da web. quem muda o mundo são as pessoas, e o que muda as pessoas são as experiências de vida compartilhadas na luta para mudar o mundo.

      é assunto para ser muito mais e muito melhor discutido

      .

       

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador