Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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O PSDB e sua decomposição moral, por Aldo Fornazieri

O PSDB e sua decomposição moral

por Aldo Fornazieri

Todo organismo político, seja ele um líder, um partido, um movimento ou um Estado tem (ou deveria ter) um fundamento moral, definido pelos seus princípios, e um fundamento ético, definido pelos seus objetivos e finalidades. A corrupção, no sentido amplo do termo, tem se revelado, ao longo dos temos, o mal mortal dos organismos políticos, incluindo os líderes. Ela costuma decompor a substância do organismo nas suas dimensões morais, éticas, políticas e programáticas, transmutando-o daquilo que ele é a aquilo que ele não é.

A História e a Filosofia Política mostram que a corrupção leva os corpos políticos e os líderes a um declínio inexorável, por mais generalizadamente corrupto que seja um sistema e por mais que ele tenha uma vida prolongada no tempo. De modo geral, nos momentos de erosão e de ocaso, o que se manifesta são agudas crises de legitimidade do Estado, do partido ou do líder. Claro que existem possibilidades e mecanismos de regeneração de corpos degenerados, mas esta tarefa sempre é difícil e demanda esforços hercúleos e pouco suscetíveis de serem assumidos pelos entes corrompidos.

Quando se critica um partido, ressalve-se, não se está criticando o conjunto de militantes e das pessoas que o integram, mas aquilo que o partido representa enquanto instituição. Existem pessoas honestas e respeitáveis em todos os partidos, mas nem todos os partidos são expressões institucionais desses valores.

O PSDB e sua autonegação

O PSDB, claro que não algo exclusivo, é um partido que se decompôs, tanto nos seus princípios morais fundantes, quanto em suas finalidades éticas. Na epígrafe do Manifesto de Fundação, que completará 29 anos no próximo dia 25 de junho, está escrito que o partido nascia “longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas”. O partido tornou-se o inverso desse princípio. Já no governo Collor, parte do partido tinha assumido a perspectiva das benesses do poder em detrimento do pulsar das ruas. A adesão não se consumou por conta da contundência de Mário Covas. Com o governo Itamar e, depois, com os governos de FHC a perspectiva das ruas foi completamente abandonada. Este é um mal dos partidos de centro-esquerda e de esquerda que chegam ao poder pela via das urnas.

Não se trata de uma recusa da busca de governos pela via eleitoral. Mas a crítica que precisa ser feita é o abandono dos princípios e das finalidades que os partidos sustentavam no seu ideário fundante. Trata-se de uma corrupção de princípios que transforma os partidos em partidos do status quo, da conservação de uma ordem que, no caso do Brasil, é uma ordem que nasceu degradada e se desenvolveu como uma ordem degradada e corrompida pela natureza injusta e iníqua que ela carrega. Esses partidos, na verdade, se tornam partidos das contra-reformas – uma espécie de cereja do bolo do capitalismo predador.

O Manifesto de fundação do PSDB chamava a atenção justamente para o fato de que o povo se encontrava frustrado porque “não foi cumprida a promessa de mudança social e econômica”. O partido se tornou a contraparte dessa mudança, transformando-se em principal instrumento a serviço das elites econômicas que nunca foram democráticas, nunca foram modernizantes e nunca quiseram que o país se desenvolvesse, pois a manutenção do atraso é condição do seu domínio, dos seus privilégios e de seu modo de extorquir os recursos orçamentários e os fundos públicos por diversas maneiras.

Ao se tornar o partido das elites e, consequentemente, do atraso, o PSDB denegou várias de sua finalidades que poderiam conferir-lhe algum conteúdo social-democrata: defender as justas reivindicações dos trabalhadores, efetivar a reforma agrária pela via da tributação progressiva e desapropriações, proteger os menores e redistribuir renda e “propugnar pela implantação de uma seguridade social no seu sentido mais amplo e inovador, assegurando a habitação, a saúde, a previdência social básica e complementar, com ênfase para as aposentadorias e pensões, o seguro-desemprego, a proteção à infância e aos idosos”.

Na prática, o PSDB tornou-se uma negação escandalosa e desavergonhada de seu programa original, instrumento que é, por um lado, e agente que é, por outro, da perpetuação do mal-estar social no Brasil. O apoio que o partido vem dando a todo tipo de reformas supressoras de direitos e a políticas de violação da dignidade de menores e outros grupos sociais vitimizados e em situação de risco constitui uma veemente confirmação de que o PSDB é um partido anti-social e anti-socialdemocrata.

A democracia e a corrupção

Outro grande contraste entre o que o PSDB se propunha ser e o que é diz respeito à democracia. O Manifesto assevera que o partido surgia para combater o autoritarismo “concentrador de renda e riqueza” e para “defender a democracia contra qualquer tentativa de retrocesso a situações autoritárias”. Ora, o partido não teve apenas um papel de coadjuvante no golpe ilegítimo do impeachment. Foi sócio  equivalente de Temer, Eduardo Cunha, Romero Jucá e toda organização criminosa que se agrupou no governo.

Aécio Neves, com a desfaçatez que não é sustentada nem pelos mais renomados hipócritas, foi o primeiro incendiário que levou o país às chamas dessa crise política prolongada. Jogou fogo na gasolina em nome de uma aventura: “para encher o saco do PT”. O PSDB ajudou a financiar as manifestações de combate à corrupção e pelo impeachment com a face irresponsável de quem queria chegar ao poder sem a legitimidade das urnas. Efetivamente chegou, junto com Temer. Sem capacidade de convocação das ruas, escondeu-se por detrás dos biombos dos MBLs da vida e deu voz e vez a Bolsonaro e a todos aqueles que incitaram a intervenção armada contra a democracia.

O castigo merecido que os tucanos têm é que Bolsonaro ocupa, ao menos por ora, o segundo lugar nas intenções de voto na corrida presidencial. João Dória é um rebento bastardo desse aventureirismo irresponsável, cuja única ideologia é o assalto ao botim das benesses públicas para fins privados. Conceder a designação de “conservador” ao PSDB seria uma honraria, pois os conservadores se guiam por princípios, conservadores, claro, mas por princípios, coisa que o partido deixou de ter.

Note-se que o partido não deu apenas voz a conspiradores antidemocráticos. No Congresso, conduzindo-se pela irresponsabilidade típica dos aventureiros, apoiando as pautas-bomba, guiado que foi por Eduardo Cunha. E à medida em que o golpe se consolidou e a Lava Jato foi avançando e se deslocando de Curitiba para Brasília, o partido, através de seu presidente, começou a participar de novas conspirações para obstruir a Justiça, controlar o Ministério Público e a Polícia Federal e bloquear as investigações para que o governo e seus aliados continuassem cometendo crimes, como vem sendo revelado.

O Manifesto dizia, ainda, que o povo estava “chocado com o espetáculo do fisiologismo político e da corrupção impune”. O PSDB merece a justa ira e o desprezo das pessoas. O que dizer quando se revê as imagens de Aécio Neves, de Dória, de Aloysio Nunes, de Fernando Capez e tantos outros tucanos protestando nas ruas, com suas camisas amarelas e com sua verborragia inflamada, contra a corrupção? O eleitorado brasileiro, com sua baixa cultura cívica, mergulhado na ausência de uma moral social e política, aceita votar em políticos sabidamente corruptos na crença de que eles são espertos e que podem ser eficazes. O que o eleitorado não parece aceitar é a desfaçatez da enganação. Foi isto que o PSDB tentou fazer: passar-se por honesto sendo corrupto. Agora é o principal sustentáculo de um governo cujo presidente chefia uma perigosa organização criminosa, segundo as denúncias que se avolumam na imprensa. Se amanhã o PSDB sair desse lodo, não o fará movido pelos altos princípios e pelos nobres fins, mas pelo oportunismo de que se constitui a sua alma.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.

 

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

20 Comentários

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  1. a doença sistêmica que mata partidos

    O PSDB, a partir de São Paulo e em menor grau no Paraná se fortaleceu em estados como Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia, onde o PMDB se desgastou e o voto conservador sempre foi significativo. Persegue o eleitor conservador e mais à direita desde o primeiro governo de FHC foi mais e mais em direção à direita e ao programa neoliberal, abandonou há muito qualquer identificação a social democracia, se é que a teve. Se examinarmos com cuidado iremos ver esse movimento é aplicado a cada vez que um partido político se torna uma opção viável de poder. Vimos isso ocorrer com o MDB em 1986. Foi tomado de assalto por muitos daqueles que até um ano antes defendiam e faziam parte do esquema de poder que sustentava a ditadura. Isso contribuiu para a fundação do PSDB, como tentatica de se distanciar dessa situação, para, em pouco tempo, ser sequestrado da mesma forma. Em alguma proporção o mesmo ocorreu com  PT ao usar das mesmas alianças e coabitar com os mesmíssimos grupos de poder. Tais grupos se movimentam gravitacionalmente em torno dos governos. Dão suporte eleitoral e apoio parlamentar, desde as prefeituras e câmaras municipais à presidência da República e ao Congresso, em acordos fisiológicos. Esse esquema de funcionamento, corrupto por essência, contamina e destrói as instituições tanto no plano vertical quanto horizontal. É o que permite que os filhotes e netos da ditadura, assim como outros oportunistas, sobrevivam politicamente e projetem poder para o futuro. Quanto mais tempo um partido permaneça no poder ou como alternativa viável a ocupá-lo mais é contaminado.

    Examinando a situação do PT e do PSDB, neste aspecto nota-se uma diferença. O PT é mais programático e a sua militância ainda guarda coerência com suas origens, ou seja, seu sistema imunológico ainda tem alguma resistência o que abre possibilidade para a cura. Já o PSDB parece completamente tomado pela doença e já não é diferente do PMDB. Inclusive no fisiologismo e apego a cargos. Como o PSDB não sobrevive sem o apoio empresarial e a propaganda permanente na grande imprensa, passou a ser seu agente. Defende esses interesses para garantir os seus próprios que, por sua vez, são os interesses de grupos. Não há um interesse institucional a não ser quando coincide com os interesses de seus patronos ou dos grupos individuais que o sustentam, compõem e protegem.

    E, ressalte-se, a proteção à figuras-chave do PSDB nunca foi tão intensa. Basta ver que o foco da imprensa está sobre Aécio, posto além da salvação. Cuida-se agora de conter os danos e tentar livrar o núcleo de São Paulo, Alckemin, Serra e Aloysio e, se possível, manter Anastasia, Perrella, Perillo e Richa. 

     

     

     

  2. o texto se baseia  numa ideia

    o texto se baseia  numa ideia falsa: ter tido moral alguma vez. Era tudo fachada. O bom em tudo é estão todos agora no  mesmo nível moral, se pode partir para oficializar essa igualdade como moral mínima, como vez a Itália legalizando tudo que antes se dizia imoral e fomentou a tal mãos limpa Tanto que nunca mais de falou em corrupção por lá

  3. Perdão…?

    “Quando se critica um partido, ressalve-se, não se está criticando o conjunto de militantes e das pessoas que o integram, mas aquilo que o partido representa enquanto instituição. Existem pessoas honestas e respeitáveis em todos os partidos, mas nem todos os partidos são expressões institucionais desses valores.”

    Aponta-me um tucano honesto, e te apontarei uma falha de julgamento ou uma pesquisa falha.

    1. Prezado Paulo, pior que tens

      Prezado Paulo, pior que tens razão. Como pessoa que vivi toda a era tucanata, vou mais além: não tem, e nem nunca teve. Lamento que seja um partido autoproclamado da social democracia. kkkk

  4. o psdb…..

    “…um partido que se decompôs….” O partido é a própria decomposição. Quando tivemos partidos? Quando tivemos representatividade social? Quando tivemos Democracia? Facções criminosamente e ditatorialmente impondo suas condições sobre o Estado e sobre a Sociedade. E toda uma Elite se beneficiando desta estrutura. Principalmente dentro da Imprensa. Quando Lava Jato chegará ao Judiciário e a Imprensa? Quando serão revelados argumentos, matérias, opiniões comparsas devidamente financiadas e protegidas por este Poder? Ou alguém acredita na lisura de tal Imprensa? Golpe sobre a sociedade. Isto foi uma Constituição farsante produzida por (re)democratas. Culpados também esta sociedade. Creram no Salvador da Pátria, avô do criminoso, elite que não é elite, o tal democrata que dizia favorável à alternancia de poder e da Politica não como profissão, mas como representatividade social. Uma vida inteira pendurado em Cargos Públicos. Representavidade Social? E alguns ainda discutem se este é melhor que aquele. Que deu mais resultados, que é mais democrata que o outro? Será que enxergam tal aberração e a aberração de seus argumentos? Bem vindos ao Brasil/2017 que vocês criaram. 40 anos de Anistia. 30 anos de ConstituiçãoEscárnioCaricaturaCidadã. 100.000 assassinatos. Órgãos Públicos dizem ser somente 65.000. Já sabemos. A culpa é dos outros.    

  5. FHC DÁ ULTIMATO À GLOBO? OU ACABA A LAVA JATO OU ELEGEMOS LULA?

    FHC DÁ ULTIMATO À GLOBO? OU ACABA A LAVA JATO OU ELEGEMOS LULA PRESIDENTE? (E COM LEY DE MEDIOS?)

    Por Romulus & Núcleo Duro

    Vamos para mais uma rodada de análise, pessoal?

    Destaques:

    Ouviram a última?

    – FHC “quer” (aspas!)… “Diretas Já”?!

    – Será que “quer” mesmo?

    Ou…

    – Apenas se utiliza do “fantasma” de Lula, favorito nas pesquisas ~hoje~, para dar um ultimato à Globo e aos juristocratas:

    – Ou param com a caçada e o abate da classe política (ou pelo menos dos meus amigos) ou…

    – Vem aí o governo “Lula 3”!

    – E, “depois de tudo o que vocês fizeram”, certamente desta vez com Ley de Medios (!)

    Mas…

    – O PT e Lula estão dentro ou fora do Acordão?

    – Aliás, nesse tocante (e em todos os demais…):

    – PT = Lula??

    – Blogosfera “progressista” e o “Fora Temer” ~da~ GLOBO: mais uma vez, a dificuldade/ falta de vontade de sair da pauta imposta pelo Cartel Midiático. Comem o “prato feito” – e sem reclamar muito!

     

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  6. sem discordar

    Concordo com tudo que a análise traz. Também concordo com as opiniões dos comentaristas que entendem que o manifesto do PSDB era apenas fachada.

    O PSDB nunca quis ser um partido. Ele sempre quis ser oposição consentida. Ao se fundar, queria restaurar o papel do velho MDB, de covardes cheios de discursos inflamados dirigidos às platéias erradas. Só reagiram e sairam do MDB ao constatarem que Quércia usou a alma fisiológica do partido para transformá-lo no partido que consentia em não se opor mais aos poderosos, nem no discurso, e partir para desempenhar papel de gerentes políticos de quem manda de fato, o dinheiro e seus portadores.

    Tornoram-se especialistas em detectar os grupos políticos que poderiam desmoralizar sua tramoia. Viraram mestres em acusar seus inimigos de fazerem exatamente os mesmos abusos que praticavam. Não precisavam prova nenhuma, tinham conhecimento que os assaltos ocorriam, pois os praticavam. Tudo passou a ser questão de achar um culpado menos vistoso.

    1. Wilson

      Sempre pensei assim do PSDB. Quando ele acusa o PT de fazer algo, ele faz o mesmo há muito  tempo, caladinho. Quem gritou sobre o filho do Lula, se esqueceu do que fez o Paulo, filho do FHC, e Verônica Serra, a gênia das finanças, como diz o PHA e grande socia de quem mesmo ?

      Qual foi a 1ª coisa que disse Aécio após a derrota inesperada : recontagem dos votos. Daí me sinto livre para dizer : Não confio nas urnas paulistas e penso que são manipuladas p/ sempre seus candidatos vencerem no 1º turno. Mas na eleição se esqueceram de Minas, imaginando que seria “mamão com açucar ” , a vitória do Aécio; e que daria para compensar o Nordeste Brasileiro.

      Diziam que o PT aparelhou todo o governo. Agora vemos quem realmente o fez. Não há uma única instituição favorável ao PT, são todos tucanos desde o nascimento. Nisso são PHDs.

      Abraços e boa semana.

       

      1. e mais ainda

        sou paulista e paulistano e não discordo da sua desconfiança sobre eleições por aqui. E nem é preciso culpar as urnas eletrônicas. Em uma eleição para o Senado, se não me engano em 1990, SP elegeu Covas e FHC. As pessoas que participara da apuração juram que quem se elegeu de fato no lugar de FHC foi Hélio Bicudo, então candidato pelo PT. É que na época o voto era assinalado no papel e bastava marcar com caneta azul apenas um só candidado, mesmo sendo a eleição para duas vagas. Os escrutinadores só deveriam usar caneta vermelha na apuração, mas alguns deles enrustiam a azul e preencheram votos em branco para FHC.

        Seria muito estranho se não tivessem atualizado a tecnologia fraudadora após a adoção do voto eletrônico. Meu palpite maior é que a fraude se concentra na imprensa e na contratação de pesquisas muito tempo antes do eleitor se preocupar com eleição. Já vão esquentando na mente do povão os nomes que querem que se lembre na urna.

        Abraço

    2. Discordo totalmente. 
      O PSDB

      Discordo totalmente. 

      O PSDB sempre quis ser um partido – e aí reside o problema. 

      Ao contrário do antigo MDB, que tinha de stalinistas a liberais (e aí também discordo totalmente da sua análise sobre o MDB), o PSDB sempre teve um discurso próprio: o dos “liberals” americanos do Partido Democrata, ao qual prestam vergonhosa vassalagem. 

      Todos – efetivamente, todos – os integrantes do PSDB caberiam direitinho no governo Clinton ou mesmo no Obama. 

      Em termos de política externa, faziam o mesmo papel da antiga UDN, ainda que com outro discurso em âmbito interno: o de serviçal do capital internacional, que apoiava o posicionamento subalterno do Brasil no mundo. 

      Se forem mais um saco de gatos ou uma frente ampla (coisa que o MDB era), não fariam nem 1% do mal que fazem. 

       

       

       

  7. Pior que Aécio é Serra

    Penso que é correta a qualificação de Aécio Neves: dotado de uma desfaçatez maior do que o mais renomado hipócrita.

    Porém, no PSDB existe um criminoso ainda muito mais perverso do que Aécio: chama-se José Serra.

    Articulou (nas sombras) o golpe junto com Temer. Ao derrubar Dilma, tomou duas providências: entregar o pré-sal e destruir a soberania nacional, colocando o Brasil em posição de submissão aos EUA.

    Quando ficou comprovada sua conta ilegal na Suiça, saiu de cena alegando “dores lombares”. E em seu lugar assumiu seu comparsa Aloysio Nunes Ferreira, para dar continuidade à traição do Brasil. Serra está escondido do público, mas continua agindo nos subterrâneos da corrupção como sempre fez.

  8. Os pais do real agradecem ao PSDB, com suas gordas contas

    Ao se apoderar do plano Real e se autodenominar “Pai do real”, jogando Itamar Franco para escanteio, Fernando Henrique Cardoso e seu grupo planejaram um poder longo e duradouro ao PSDB. Imaginaram, então, que nenhum partido, naquele momento, poderia tomar-lhes o poder, ja que haviam recolocado o Brasil nos trilhos e eram o novo, o moderno, a social-democracia europeia na América do Sul. Esqueceram de combinar com o povo. Fernando Henrique, do alto de sua empafia, não quis saber das tantas lições que se pode tirar da Historia, das biografias dos grandes homens e mulheres. Preferiu, no orgulho dos ignorantes, dizer que ele inaugurava com seu governo neo-liberal o fim do varguismo! Que pena, hein, Fernando, que a trilogia de Lira Neto so viria anos depois… A decomposição moral foi um caminho natural para um partido que pouco ou nada se importou em tranformar o Pais em que vivia e do qual sempre sobreviveu em uma real democracia e social. Um Pais para todos e não somente para poucos.

  9. Para se contrapor ao PT, o

    Para se contrapor ao PT, o PSDB abandonou a social democracia, então defendida pela maioria de seus integrantes, entre eles destaco Covas e Montoro, e se aliou ao PFL (hoje DEM). A partir desta aliança,  seria natural que o PSDB trouxesse o PFL para um espectro mais ao centro da política, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. O PFL/DEM foi quem arrastou o PSDB para a direita. Hoje, o PSDB representa o que há mais direitista, fisiológico, corrupto e entreguista na política. 

    A atual condição deste partido, o leva a contrapor, na política externa, a tudo quanto há de popular na democracia. Desprezam o voto do povo e defendem intervenções externas em todos os paises governados por forças populares.

    No campo interno, defendem, de maneira entreguista, a entrega do pré sal às multinacionais, a privatização das estatais, a venda de nossas terras aos estrangeiros, a entrega de Alcântara aos EUA, a educação e a saúde particulares, as manobras militares dos EUA na Amazônia, enfim, inexiste no partido, qualquer sentimento de defesa dos interesses nacionais. Nada de nacionalismo.

    No campo interno, além de terem encabeçado o golpe, são sustentáculo de um governo comprovadamente corrupto. Defendem a retirada de direitos trabalhistas, o fim das aposentadorias, o enfraquecimento das organizações sindicais, o fortalecimento das grandes instituições de seguros e previdência privada, se colocam contrários aos interesses das minorias, desprezam as pessoas negras, LGBTs, indígenas, mulheres, sem-terra, sem-teto, etc.

    Os vínculos deste partido hoje, são com os grandes grupos e corporações do Brasil e do exterior.

    Quando pessoas da esquerda  falam hoje em composição com o PSDB, não imaginam em que base de propostas poderia se dar este acordo, visto que os interesses, hoje, são completamente antagônicos.

     

     

  10. O PSDB nunca possui o que é

    O PSDB nunca possui o que é conhecido por “militância”. Mesmo porque essa surge somente em partidos orgânicos e populares. Exatamente o inverso de uma agremiação que após o colapso das velhas siglas fisiológicas-patrimonialistas, cujo expoente maior era um PMDB, emerge com o propósito de modernizar o sistema político através de um ideário centro-esquerdista tomando por referência a Social-Democracia européia num país com estruturas políticas-econômicas-sociais assentadas no século XIX. 

     

     

  11. Caso Temer e caso Aécio

    Vejo alguns políticos do PSDB defendendo uma permanência no governo Temer para ajudar a economia do país. Outros exigindo a saída desse governo que eles consideram corrupto e imoral. O que mais me surpreende e a mídia esconde, é a posição do PSDB em relação ao senador Aécio Neves. Estes que estão revoltados com a imoralidade do governo Temer fazem cara de paisagem em relação a absurda quebra de decoro parlamentar do Sr. Aécio. Isso entra para a história do Brasil, nunca antes se viu tanta hipocrisia num partido político. Isso niguém tira do PSDB!!!!

  12. Parabéns ao autor.

    Belo texto. Principalmente porque mudou um pouco o tema e o objeto quando fala em críticas e reflexões. Só valeria acrescentar, com as devidas permissões, que para falar na corrupção do organismo político seria interessante elaborar um pouco sobre suas causas, para não ficar apenas nos efeitos.  A causa principal, não resta a menor dúvida é o Capitalismo. Retire as promiscuidades inerentes derivadas das relações público privadas características e inarredáveis do Capitalismo e a corrupção se reduzirá imediatamente para os patamares naturais previsíveis nas imperfeições humanas. Mas a pior causa da corrupção sistêmica e disseminada como metástase em todo o organismo social é que o Capitalismo tem que ser controlado por leis. É preciso, portanto, que haja leis e que haja um sistema judiciario que as aplique com rigor e equidade. No Brasil existem as leis até mais do que seriam necessárias, mas o judiciário é majoritariamente parcial, partidário, quando não corrupto e cúmplice da criminalidade. É por isso que há tantos corruptos e tanta corrupção. Embora corrupção e Capitalismo andem juntos, aqui acontece que o crime prevalece sobre a virtude porque os togados protegem os bandidos abastados e perseguem e caluniam os inocentes pobres. Essa é a versão dantesca do capitalismo selvagem estabelecido no Brasil.

  13. PT e PSDB acabaram, ambos se suicidaram

    Se não quisermos cair nas mãos de extremistas da direita, a centro-esquerda deve jogar no lixo a militância nesses dois partidos e se refundar. Nenhum desses soube lidar com os próprios erros, e com isso se afogaram neles.

  14. AÉCIO… PRESO?! A HORA DA VERDADE PRO “ACORDÃO”

    AÉCIO… PRESO?! A HORA DA VERDADE SOBRE A QUANTAS ANDA O “ACORDÃO”

    Por Romulus e Núcleo Duro

    Mais uma rodada, pessoal. Destaque MÁXIMO do dia:

    “(…) Tem ‘pautas’ do Acordão cujo preço é incerto, variável, de difícil estimação prévia…

    P.e., “prender o Aécio” pode sair… ‘barato’.

    Mas…

    Pode sair beeem ‘caro’ também, se ele pirar na cadeia.

    Aécio está looonge de ter a resiliência física e moral de uma certa ~PresidentA~…

    Aquela que, na juventude, atendia pelo codinome “Vanda”, na VAR Palmares, sabe…

    Em abstinência de… hmmm… “liberdade”, digamos… Aécio sempre pode acabar “causando”, né…

    Ou até morrer!

    Vide Mani Pulite…

    Afinal, “tem que ser um que a gente mata antes de ele delatar” – apud… Aécio (!), não é isso??

    Deve estar com o c* na mão.

    Porque o seu bem-estar deixa de depender dele na Papuda.

    Pode ser paranoia, mas nunca se sabe, né…

    Afinal…

    Cai tanto jatinho no Brasil…”

     

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