Os caminhos para a regulação democrática da mídia

Vamos a algumas considerações sobre a regulação da mídia.

Um dos pontos é a regulação econômica, seguindo os preceitos da Constituição que condena concentração de poder nesse mercado.

Outra é a regulação de conteúdo, tratada hoje em dia como um enorme tabu.

Está na hora de tirar alguns fantasmas do armário.

Fato 1 –Nas últimas décadas, a parte podre do jornalismo passou a se valer de práticas criminosas, como o uso de grampos ilegais, matérias deturpadas, informações não confiáveis, disseminação de intolerância e de assassinatos de reputação, sem direito de resposta e sem condição de defesa para as vítimas. Esse poder ilimitado tem sido utilizado em alguns casos – especialmente na revista Veja – para jogadas comerciais. Todo esse lixo se acumula debaixo da blindagem genérica da liberdade de imprensa.

A dificuldade de conseguir um direito de resposta é geral. Na Inglaterra, o relatório do juiz Leveson (sobre abusos da imprensa) constatou: “Alguns jornais têm recorrido a uma abordagem defensiva, fazendo ataques estridentes e extremamente pessoais àqueles que os questionam: não basta simplesmente discordar. (…) O resultado é que possíveis críticos às vezes não reclamam, não porque não tenham uma reclamação válida a fazer, mas porque não têm energia para a inevitável batalha ou porque não estão dispostos a expor seus amigos e sua família a danos. Esse estado de coisas não pode ser descrito como saudável.”

Fato 2 – mesmo com todos esses abusos, a liberdade de imprensa é essencial em uma democracia. Por isso mesmo, há óbices consideráveis para qualquer proposta de regulação de conteúdo que passe pelo Executivo. Além disso, a expectativa de censura poderá estimular mentes retrógradas, a exemplo do que ocorreu com a Comissão de Censura de Hollywood nos anos 50.

Fato 3 – por outro lado, nenhum projeto de auto-regulação é eficaz. Quando o Guardian revelou as práticas criminosas do The News of the World, a Comissão de Reclamações da Imprensa (PCC) – o órgão de auto-regulação da imprensa britânica – condenou o Guardian por ter divulgado os resultados da investigação, não o jornal acusado de abuso.

Fato 4 – tem-se, então, um conflito de interesses entre grupos de mídia e Estado, no qual os maiores afetados são os cidadãos, especialmente aqueles vítimas de ataques da mídia.

O caminho é tirar a discussão das mãos do Executivo e coloca-las no lugar correto: uma comissão de alto nível, composta por representantes dos principais poderes, disposta a discutir o tema sem tabus.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) já tem uma Comissão nesse sentido, assim como o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Até agora, as comissões foram apropriadas pelos grupos de mídia, através do lobby de seu representante, ex-Ministro Ayres Britto. Mas não haveria dificuldade em ampliar seu escopo com pessoas independentes.

A discussão pode ser enriquecida com as comissões já existentes no âmbito do Ministério Público Federal, do Congresso, de vários conselhos profissionais – como os de psicólogos.

Desse grupo sairiam as propostas para coibir exageros e atos criminosos, garantir os direitos das vítimas, sem colocar em risco a liberdade de opinião e afastando qualquer possibilidade de censura prévia .

Luis Nassif

78 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. regulação da mídia

    Ora! Se países com longa tradição democrática como Inglatera e Estados Unidos ainda não encontraram uma saída razoável para tais desvios do poder da mídia, é pouco provável que aqui, nestas atuais terras bolivarianas, de longa tradição autoritária e de instituições cada vez mais fragilizadas, um governo desmoralizado e corrupto como o que atual,  consiga regular democraticamente a mídia “que assassina reputações”. Político que reclama da mídia é como marinheiro que reclama do mar…

    1. Humm… hoje esse mar tá

      Humm… hoje esse mar tá danado de bravo! Melhor colocar minha roupa de neoprene, o colete salva-vidas, pegar o barco e ir trabalhar, porque o peixe continuar lá, esperando pelo anzol!

  2. regulação da mídia

    Nassif: bom dia. Em primeiro lugar acho que falta alguma palavra/correção na frase abaixo.

    “Além disso, a expectativa de censura poderá mentes retrógradas, a exemplo do que ocorreu com a Comissão de Censura de Hollywood nos anos 50”

    Nassif:

    Em primeiro lugar, acho que, na frase acima, falta alguma palavra (ou precisa correção). Considero seu artigo extremamente pertinente e oportuno. Entretanto, tenho algumas perguntas. A primeira é como viabilizar isso na prática. Parto do exemplo, talvez não muito apropriado, das agências reguladoras que, no meu entendimento, não cumprem adequadamente seus papeis. Você propõe participação de entidades como OAB e CNJ que já tem comissões para exercer essa “vigília cívica”, como prefiro chamar, pois, para mim, tem o sentido de defesa da cidadania. Mas, como você mesmo assinala, pelo menos a CNJ tem sido objeto de cooptação. Considero real a possibilidade que isso ocorra com membros da comissão que você propõe. Nesse caso, a emenda não seria pior do que o soneto? Concordo que não tenho a menor ideia de, sem coibir a liberdade de imprensa, proibir a libertinagem que temos assistido em nosso país por parte da imprensa partidarizada e golpista. E o pior, em nome dessa liberdade. Acho que essa discussão que vem sendo feita nos “blogs sujos” precisa ser ampliada. Como? Essa é minha segunda pergunta.   

  3. regulação da mídia

    “Além disso, a expectativa de censura poderá mentes retrógradas, a exemplo do que ocorreu com a Comissão de Censura de Hollywood nos anos 50”

    Nassif:

    Em primeiro lugar, acho que, na frase acima, falta alguma palavra (ou precisa correção). Considero seu artigo extremamente pertinente e oportuno. Entretanto, tenho algumas perguntas. A primeira é como viabilizar isso na prática. Parto do exemplo, talvez não muito apropriado, das agências reguladoras que, no meu entendimento, não cumprem adequadamente seus papeis. Você propõe participação de entidades como OAB e CNJ que já tem comissões para exercer essa “vigília cívica”, como prefiro chamar, pois, para mim, tem o sentido de defesa da cidadania. Mas, como você mesmo assinala, pelo menos a CNJ tem sido objeto de cooptação. Considero real a possibilidade que isso ocorra com membros da comissão que você propõe. Nesse caso, a emenda não seria pior do que o soneto? Concordo que não tenho a menor ideia de, sem coibir a liberdade de imprensa, proibir a libertinagem que temos assistido em nosso país por parte da imprensa partidarizada e golpista. E o pior, em nome dessa liberdade. Acho que essa discussão que vem sendo feita nos “blogs sujos” precisa ser ampliada. Como? Essa é minha segunda pergunta.   

    1. liberdade de imprensa não é Marronzinho chamar FHC de maconheiro

      Eu penso que notícias que atinjam a reputação de pessoas ou instituições devem merecer o direito de resposta imediato, e nenhuma notícia poderá ser publicada a esse respeito se não puder ser provada. O sigilo da fonte continua, por óbvio, mas no limite, se a acusação não puder ser provada, o jornalista e o jornal (ou TV, ou rádio, ou portal de internet) se tornam responsáveis pelas mentiras que propagam. Penas pecuniárias e no limite, de prisão.

  4. ….
    Nos EUA cada uma pessoa so pode ser proprietaria de um tipo de midia….por aqui nao ha limite…isso eh um absurdo…
    No Ma o Sarney domina todo o ciclo….de radio a tv passando por jornal impresso. Nao tem pra onde correr nao

    1. No MA

      Muito errado essa coisa de político poder ser dono de rádiofrqeuência que, como sabemos, é concessão pública, pertence ao povo brasileiro. Aliás, a CF proibe isso mas como respeitar uma CF que está sendo mudada a toque de caixa, vai lá um Gilmar Mendes dá na telha que quer ficar mais 5 anos no STF e recorre ao baixo clero no Congresso para garantir sua Bolsa Pé na Cova, o próximo passo será uma PEC que lhe garanta cargo vitalicio…Eles são donos da CF, são donos da voz, manipulam e monopolizam o direito à informação, soltam as notícias aos pedações ou distorcidas, conforme seu próprios interesses, o governador eleito Flávio Dino que se cuide

      http://donosdamidia.com.br/estado/MA

  5. Incomodado pela crescente presença no nosso blog

    de comentaristas treinados por veja e outros sócios da máfia, decidi apertar a tecla “denunciar” a cada texto que usar as palavras:

    “bolivariano, russo, chines ou cubano” (e sinônimos como Coreia do Norte, Irã e outros “satãs”).

     

    1. Começou a regulação

      O blog não é “de vocês”. É aberto a qualquer um que queira ler e comentar o conteúdo.

      Esse seu comentário é próprio de quem aceita como certo aquilo que vai de encontro ao seu pensamento, e que o oposto é errado, e portanto deve ser denunciado, e se você pudesse, censurado.

      Assim como o pensamento dos companheiros petistas, em que qualquer coisa que seja divergente de sua ideologia é reacionário, fascista, golpista, que é a reação típica dos que não tem argumentos contra o que é questionado, e preferem atacar o mensageiro, a responder a mensagem.

      Se o PT pudesse – graças a Deus não pode – permitiria que fosse publicado apenas o que lhes interessa, segundo sua visão deturpada pela ideologia doente que defendem.

      Quem não consegue “enxergar’ o que aconteceu ou acontece nesses lugares que você citou, que procure um oftalmologista, pois está com “deficiência visual”.

      Eu mesmo sou apartidário, não estou defendendo o PSDB ou qualquer outro partido, mas é visível pela prática (vide o recente manifesto da cúpula do PT defendendo hegemonia, regulação da mídia e representação do povo por “sovietes”que é o que são essses “conselhos populares”que se dependesse deles implantariam), que o que o PT quer, é impor a sua visão de mundo, e governam para isso, defendendo o que interessa a eles, e não necessariamente ao país..

      1. Quando o sujeito começa a

        Quando o sujeito começa a frase com “não defendo nenhum partido”, “sou apartidário”, “não sou racista” etc., esquece que lá vem incoerência.

        1. Como eu escrevi: está

          Como eu escrevi: está chamando o mensageiro de incoerente, ao invés de mostrar onde está a incoerência na mensagem.

          Dá um tiro no próprio pé e só comprova o que argumentei.

          1. Você não é o outlook da

            Você não é o outlook da Microdoft para apenas “entregar a mensagem”. Você toma partido, não é neutro ou imparcial e ninguém é! Exemplo? Sua fala: Se o PT pudesse – graças a Deus não pode – permitiria que fosse publicado apenas o que lhes interessa, segundo sua visão deturpada pela ideologia doente que defendem.

            O PSDB de Aécio fez isso em MG durante anos, mas vc citou apenas o PT, que só pediu o direito de resposta na Veja. A incoerência maior está no último parágrafo. “Sou apartidário…” e só cita o PT. Isso, caro colega, é incoerência.

          2. Você parece ser uma pessoa

            Você parece ser uma pessoa inteligente, e acredito que saiba o que é uma figura de linguagem, já que usou do mesmo instrumento para se expressar.

            Mas o que você fez foi exatamente o que escrevi, por mais que não admita. Leia o que escreveu.  

            Citei o PT pois é o partido que defende abertamente o que é o foco do artigo, e que deixei claro que não concordo, assim como os outros pontos também defendidos pelo mesmo e que citei. Se o PSDB ou qualquer outro partido político fez ou vier a fazer algo parecido, da mesma maneira terá minha desaprovação.

            Por isso não vejo incoerência alguma.

  6. FLUXO

    endinheirados que–>  financiam a mídia(gazeta do povo PR) -> que elegem políticos(ex: alvaro dias PR) -> que defendem os endinheirados -> que financiam a mídia -> que elegem políticos -> que defendem…………

  7. Regulação da Mídia

    Bom mesmo é a liberdade de imprensa,  tal como existe no nirvana dos petista, Cuba. Bom mesmo é a salutar alternância no poder como existe no nirvana dos petistas, Cuba. Nassif, você honestamente acha que esse pessoal têm um ´viés democrático ou quer se perpetuar no moder, como Fidel?  Imprensa livre, sempre!!!!!!!. Abaixo a tendência Bolivariana deste governo. Eu me acho no direito de opinar, pois votei no pt, com exceção da última eleição, e me sinto incomodado com a possível venezualição ou angentinização de nosso país.

     

    1. Hum….”eu votei no pt”…

      Conversa fiada, pela sua cabeça foi foi fã do Pinochett e Garrastazu Médici desde criancinha….Vai corre olha tem um comunista debaixo da sua cama ..kkkkkkkkkk

      1. A todos os amantes da

        A todos os amantes da censura, “regulação democrática”, ” controle econômico da mídia”; aviso que o Congresso Nacional está com quase 50% das cadeiras ocupadas pela oposição e está vigilante em relação a esses temas.

        Pelo que ando ouvindo na rádio câmara e tv senado dessa vez não vai rolar mesalão para aprovação de medidas autoritárias por parte do PT, por alguns momentos achei que o País já estaria morro abaixo rumo ao chavismo mas atualmento percebo que a democracia brasileira, embora jovem, aprendeu muito com o período militar e não vai aceitar essa palhaçada desses petistas, BRASIL NÃO É ARGENTINA //// BRASIL NÃO É CUBA OU VENEZUELA/////   Esses caras deveriam estar é tentando dar um jeito na economia, geração de emprego, melhora da saúde e segurança pública, oportunidade aos jovens, aposentadoria digna e outras prioridades da população e não ficar perdendo tempo com essas tentativas imorais de controle e perpetuação do poder.

        1. Tá na Constituição  do Brasil

          Tá na Constituição  do Brasil de 88 e ela deve ser respeitada, portanto regular economica e democraticamente impedindo monopolio e oligopolios nos meios de comunicação não é censura. Por isso vá estudar um pouquinho antes de difundir aqui sua ignorancia.

    2. Bom mesmo foi o “bolivariano” Sarney no MA

      Bom mesmo foi o “bolivariano” Sarney no MA. Mais de 50 anos no poder e vc nunca se indignou, talvez sim, mas apenas enquanto retórica anti-pt, nada mais que isso. Pois é, Lula derrotou FHC em 2002 e até agora não implantou por aqui a tal ditadura que vc tanto teme. Vá estudar história antes de falar abobrinha.

    3. incrivel

      Eu fico estupefato com alguns comentários.. Em primeiro lugar, estude melhor quem foi Simon Bolivar.

      Essa sua associação do Brasil com Cuba ou Venezuela ou Argentina vem de onde mesmo? Olha pro nosso país. Aqui a imprensa mete o pau a torto e a direito no governo. Onde está a censura? Aqui os bancos lucram como em nenhum lugar do mundo. A Argentina é assim? Temos uma industria sólida. Cuba é assim? Nossa eleição é acançada democraticamente.

      E ainda tem uns que dizem que a liberdade de expressao é não comprar a Veja. Claro que não, pois o que está em jogo é a reputação de pessoas e partidos baseados em mentiras. É óbvio que requer direito de resposta. Até na constituição dos militares em plena ditadura existia o direito de resposta. Mas o Ayres Britto….

    4. Enfiar Cuba em comentário é como enfiar Hitler

      Sinal de falta de argumentos e de radicalizaçao IDIOTA. Ninguém aqui está discutindo o regime cubano, favor ficar no tema e nao vir com lenga lenga macartista em pleno século XXI. Venezuelizaçao do Brasil estao tentando vocês com esse tipo de histeria anticomunista completamente fora de propósito. Nao tem ninguém querendo implantar comunismo no Brasil. 

  8. É da Constituição

    A regulação da mídia, econômica (evitar o monopólio ou oligopólio) e de conteúdo (defesa de cidadãos e de entidades/ instituições que o representam) está no texto constitucional, logo, não vejo razão alguma p/ discussão sobre essa providência. Nessa questão, só cabe uma pergunta: por que essa regulação ainda não aconteceu até hoje, com a Constituição tendo sido promulgada em 1988 (passaram-se 16 anos) e quem são os culpados por essa transgressão constitucional. Um deles, segundo o texto, parece ser o ex-ministro Aires Brito. Aí repito a velha frase: numa País decente, esses indivíduos estariam sendo punidos por desrespeito à carta Magna. Ou será que eu estou enganado?

  9. Alguns países játêm essa

    Alguns países játêm essa regulação da mídia, e estão funcionando muito bem, como Cuba ou Venezuela. Em outros casos, como o da Coreia no Norte, a regulação se estende à internet. Eles estão certos, claro. Afinal, seu povo goza de ótimas condições de vida e liberdade.  Eu diria, no entanto, que o governo e os jornalistas alinhados com essa ideologia nem precisam gastar energia pra que isso aconteça. A julgar pelo resultado das eleições, parece que aproximadamente metade do país já concorda com tudo que está havendo por aqui nos últimos 12 anos. 

    O problema está na outra metade…

  10. Regulação da mídia não

    Regulação da mídia não esconde que seu significado é o mesmo que controle e censura.

    Não acredito na necessidade de mecanismos de regulação da mídia , uma vez que quem recebe a informação já tem o poder de controlar a mídia.

    Por exemplo, Carta Capital eu não leio.Não leio porque não me passa credibilidade ou porque simplismente não concordo com o que eles pensam.Mas, eu nunca preguei o controle ou regulação dessa revista, eu simplismente não a leio.

    Acredito que quem não gosta de uma determinada mídia deveria fazer o mesmo.Essa é a melhor regulação,sem comprometer a liberdade de expressão.

    1. Liberdade de expressão

      A liberdade de expressão tem que vir acompanhada de responsabilidade, só que esta vem acompanhada de impunibilidade, assim…

      Não leio a Veja desde 1988 quando li notícias deturpadas de assunto que eu domino. E agora, veja o prejuízo que ela causou em nome da liberdade de imprensa. Então alguma coisa tem que ser feita.

      1. Qual prejuízo e para quem?

        Qual prejuízo e para quem?

        Já existem leis que punem  informações caluniosas e falsas, como também leis que dão direito a indenização a quem for prejudicado.

        Algo a ser feito é lançar uma revista melhor e mais forte que a Veja, e com o mesmo número de leitores.

        MÃOS Á OBRA.

      2. MORDAÇA COM MAQUIAGEM

        A proposta desse governo e ramificações para a regulamentação da mídia é mais suspeita do que qualquer outra iniciativa ou publicação de qualquer Veja, ou Isto é, ou Exame da vida.

        Não tenham dúvidas que de que querem o amordaçamento sob um nome ou título faceiro e de engodo para fazer valer a não divulgação das transgressões , abusos e desvios do partido e do poder.

        Se realmente as notícias forem falsas, há que se lançar mão dos dispositivos já existentes através do Poder Judiciário e embolsar milhões de indenização, se for o caso. Não há que se falar de MORDAÇA.

      3. Que prejuizo?

        Que prejuizo? Exceto a ela mesma com a depredaçao de sua sede pela UJS, qual outro prejuizo ela causou?

        Reproduzir o que um delator falou nao é prejuizo pra ninguem, exceto o acusado pelo delator se for culpado e pro proprio delator se for mentira.

    2. Confusões e simplificações conceituais equivocadas

      Aos que acham que “regulação é censura” e que o “direito de escolha” resolve tudo:

      Regula(menta)ção e censura evidentemente são coisas diferentes. Vc estará simplificando, exatamente como a mídia de “sua preferência” que, ao misturá-las age de má fé, já que não vamos supor que seja por ignorância.

      Vejamos exemplos:

      Se eu regulo que qualquer um pode processar qualquer outro por qualquer coisa e qualquer outro pode se defender do um, eu não estou proibindo ninguém de nada, só regula(menta)ndo.

      Se eu permitir que vc fale o que quiser sobre mim, mas quando for falso, ofensivo ou distorcido, eu puder exigir que vc prove ou que eu possa me defender do mesmo jeito que vc me acusou, eu não estou lhe censurando ou proibindo de nada, só regula(menta)ndo.

      Se eu regular um monopólio ou cartel formado por um grupo de pessoas ou famílias que sejam dona de 90% das rádios, TVs, revistas, jornais, portais de Internet e outro meios, forçando a maior variedade de interesses e opções, eu não estou censurando nada nem ninguém, apenas assegurando maior concorrência, diversidade e pluralidade.

      Portanto, fica muito claro que censura e regula(menta)ção são coisas diferentes. Só as mistura quem não pensa por si ou tem interesses escusos.

      Vamos agora falar da simplificação da “escolha ou preferência”.

      O fato de por ex. haver 15 bancos para eu poder escolher, dos quais 6 são fraudulentos, não exime a necessidade de regulá-los todos. O que não inibe os sérios em nada.

      Não vamos confundir regular toda uma mídia com regular específicamente uma Veja, Globo, Folha, Estadão ou a Carta Capital. Ou “só as que eu não gosto”. .. Uma lei não vale só para criminosos. Vale para todos e será aplicada se e quando vc cometer um crime. Ninguém vai proibi-lo de sorrir ou dar doces a crianças, mas cuidar que vc não seja um pedófilo.

      Não dá pra exercer preferências quando 90% das opções são consistentemente a mesma coisa sob sutilmente diferentes roupagens. Uma questão quantitativa de possibilidade e abrangência de escolha.

      O que não se quer é, por ex. que vc comece a odiar sua mãe porque 90% das pessoas que vc conhece (ou 3 que são donas de todos os microfones) começam a dizer, sem provas ou riscos de punição que ela trabalhava na zona e vc é fruto de um pai desconhecido, não é mesmo?

      Note que não estamos falando em mudar suas preferências e simpatias. Mas em evitar que elas, irresponsável, irrestrita e impunemente lhe (de)formem a opinião ao bel interesse específico delas. 

      O fato de uma Veja ter sua (legítima) preferência não dá a ela o direito de mentir, ocultar, exagerar ou distorcer os fatos. No máximo ela pode lhe passar editorialmente a opinião e vc navegar entre o aplauso e o vômito. Um direito seu. 

      Afinal, sabemos que a mídia forma e deforma opinião. Porque molda nossa percepção de mundo. E também sabemos que as pessoas escolhem suas mídias em sintonia com sua opinião, como vc. Aí podemos caíir no velho dilema do ovo ou galinha.

      Portanto colegas da “seleção”: (1) Regular não é censura (2) Tanto a mídia como seus leitores podem ser livres em suas opiniões e escolhas. (3) Mas nunca impune, irrestrita e irresponsavelmente. Isso não faz parte da civilização, de direitos e responsabilidades! 

      Regular é assegurar que o poder de (de)formar opinião não seja livremente farsesco e concentrado no interesse irrestrito de alguns poucos, mas que seja distribuido e reponsável pelo interesse de muitos.

      Em momento algum censurar ou proibir expressão ou opinião qualquer. Apenas dar-lhe reponsabilidade, DEPOIS de emitida, SE for o caso.

      Não está em discussão calar a mídia A ou B mas que tenhamos a A, B, C, D …Z…

      E nenhuma tenha o poder irrestrito de abafar as outras.

      Ou qualquer um.

  11. É a velha história

    Nassif, você disse “Mas não haveria dificuldade em ampliar seu escopo com pessoas independentes.”. Aí vem uma pergunta repetida mil vezes aqui no blog: Independente de quem, cara pálida?

    Quando estão contra nós são forças ocultas e quando ao nosso favor são independentes?

    Desculpe-me Nassif, mas essa história de regulação é muito mais complexa do que parece.

    Por exemplo, tenho notado que o assunto da regulação na Argentina sumiu da pauta do Blog, por quê? Será que foi depois que o Clarín mostrou o que Cristina estava fazendo no comando da regulação ? (enquadrando o Clarín na Lei dos Meios e liberando geral para a Telefônica).

    Entendo que a Dilma esteja sob pressão, mas também não é com justiça seletiva que vamos avançar.

    Mas concordo que seja necessário um brainstorming até conseguirmos um modelo bom.

  12. Interesses

    Fora desta discussão os partidos políticos, os sindicatos(atrelados ao governo ou a partidos politicos), os grupos corporativistas em geral( do poder econonômico inclusive), até que poderia ser gerado uma boa “regulação”.

  13. comissão de alto nivel é o

    comissão de alto nivel é o escambau!!

    tem que descer o debate para todas as instâncias de mobilização social: sindicatos, associações de bairros, escolas, centros acadêmicos, enfim; a sociedade inteira deve debater o tema e levar os projetos de uma lei de mídia que seja verdadeiramente popular e socialmente justa.

    Do contrário, é apenas mais blablabla tecnocrático que já sabemos aonde nos levará. A lugar nenhum.

  14. imprensa livre

    Cada qual que diga o que quiser e, eventualmente, responda cível e criminalmente pelo que disse !

    “Regulação democrática da mídia” ?  Faz-me rir……………………

  15. Vou repetir o que escrevi

    Vou repetir o que escrevi ontem.

    A solução britânica não pode e não deve ser usada como exemplo de regulação de conteúdo. Está sendo criticada por publicações da left-wing britânica, como o Morning Star e o New Statesman e amplamente elogiada pela mídia alinha ao capital, os jornalões britânicos.

    Essas tais comissões de alto nível são velhas conhecidas. Plínio Salgado foi relator de uma delas na década de 70.

  16. Educação e Cultura.

    Quando li “assassinatos de reputações” me lembrei do Lula e da Dilma, não sei porque. É a mesma história das agências reguladoras, esvaziadas pelo PT, ou, seja lá o que for feito – e “parece” que é preciso fazer alguma coisa – será encampado, cooptado, use-se a palavra que quiser, pela situação para benefício proprio, o governo, mais poder para o governo. É mais saudável para a democracia que a coisa penda para a oposição do que para a situação. Se ficar como esta é melhor, se mudar piora. Educar o povo, coisa que o PT evita à exaustão, é a solução. A única coisa capaz de regular a mídia é um povo educado e culto. O resto é balela e política, é o que faz a Veja, e é o que se faz aqui, política.

  17. o incrível é que o ex-ministo

    o incrível é que o ex-ministo franklin martins

    defende apenas o cumprimento da constituição,

    mas assim mesmo é contestado pela grande mídia

    que pretende ficar acima da lei.

     

  18. A pergunta que não quer

    A pergunta que não quer calar: se não querem controlar o conteúdo, por que esse assunto veio à tona exatamente depois da matéria da Veja acusando Lula e Dilma de saberem da corrupção na Petrobras? Por que se tornou prioridade para o governo quando a cada dia nos deparamos com mais um dado negativo na área econômica e social? 

    1. Menino, releia o texto.

      Menino, releia o texto. Estamos falando de assassinatos de reputação sem provas e mentiras acobertadas por “fontes sigilosas” que nunca se confirmam. Tudo isto exige um regulamento na forma de direito de resposta ágil e na mesma proporção da notícia que não foi provada.

      Aliás, uma péssima notícia na área econômica e social saiu hoje: o desemprego caiu de novo. Chora aí, vai…

      1. Sim, é bem anterior.

        Sim, é bem anterior. Provavelmente foi levantado no dia seguinte ao PT ter chegado ao poder, mas a importância do assunto a ponto de ser colocado em uma declaração do partido, como sendo uma das prioridades do próximo governo, e, coincidentemente, após a matéria da Veja é que chama a atenção. Até parece que não tem nada mais importante e urgente no país, como os déficites da balança comercial e das contas públicas, a inflação (aumento da taxa de juros, aumento dos combustíveis, aumento da energia); o aumento da miséria; a seca com risco de racionamento de água e de energia. 

        1. Desinformado assim só pode opinar pior ainda

          O direito de resposta existia muito antes do PT, até na ditadura que tinha censura.

          Quanto às outras prioridades citadas por vc, elas apenas corroboram a importância de uma mídia plural que assegura ao público, de forma equilibrada, os diversos lados, o contraditório.

          Como não temos (e até o direito previsto na ditadura foi eliminado pelo Ayres “empresa brasileira” Brito, o resultado é termos papagaios currupaqueando exatamente o que a míRdia unilateral lhes põe massivamente na cabecinha.

          Veja que vc só mencionou manchetes e prioridades midiáticas.

          Não mencionou que temos um dos melhores índices de desemprego do mundo em crise, que a miséria aumentou excepcionalmente 0,25 milhões neste ano mas diminuiu + de 30 milhões após FHC, o risco de racionamento por enquanto é só tucano, a inflação, que é a metade da que FHC entregou, está razoavelmente estável há anos, que a dívida pública é muito menor do que nos tempos de receitas neoliberais, que nosso rating país é muito melhr, que NÃO pedimos empréstimos ao FMI 3 vezes e agora emprestamos a eles, tudo sem precisar vendoar patrimônio público de quase 100 bilhões, que tomaram doril, que o combustível está bmais barato do que deveria, que mais que dobramos a produção de petróleo, multiplicamos o valor de mercado da Petrobrás, somos pinoeiros mundiais em produção num pré-sal … ufa! Tem muito mais!

          Veja que o efeito nefasto da bandalha de míRdia está todo na sua própria cabeça, por isso vc sequer percebe os danos…

          1. Luis Nassif

            Lalau, até teu nome é sugestivo, mas deixa prá lá! O governo atual só tem esses índices porque aparelhou todas as instituições que se dedicam a produzir estatísticas confiáveis, IPEA, IBGE, etc. Tanto que os que recebem o bolsa família são considerados empregados!!! A inflação quem domou foi FHC!  O Brasil continua com uma dívida externa muito maior do que quando FHC entregou o governo, o país nunca pagou, o que ocorre é que com as exportações de minério de ferro e outras comodities o país teve entrada recorde de moedas fortes e elas se contrapões à dívida, porém se a queda dos preços do minério continuar, ela vai ficar no vermelho de novo. A dívida pública é muitas vezes maior que no início do governo Lula.  Quanto ao racionamento tucano, coloca tua língua no congelador porque ela vai fritar em 2015. Agora, passa lá no partido e pega teu jabá, ainda tem um troquinho que sobrou da Petrobrás…

          2. É vêidaaadi: aparelhou a ONU, as agencias de risco, etc.

            Vc apenas confirma a lavagem cerebral que a míRdia faz em muitos, deixando as cabecinhas limpinhas e vazias, fazendo-as opinar alternativamente com o o fígado, cheio de bilis odiosas, presunções e inferências. 

            Currupaqueando bobagens vc não convence nem a si próprio. Vou ser paciente:

            a) Quem acabou com a inflação foi o governo Itamar e quem conduziu 90% da implantação do Plano Real foram: Rubens Ricúpero e Ciro Gomes. FHC começou seu governo com quase 1 ano de plano Real, com uma inflação já em 2 dígitos. Entregou-a também com os mesmos 2 dígitos à Lula. Desde então nunca mais chegamos a 2 dígitos. Isso tudo sem juros de 45% (FHC) e desemprego.

            b) O governo FHC quebrou o Brasil 3 vezes (não teve dinheiro para pagar o que precisava), tendo que recorrer a empréstimos externos (não só o FMI), apesar de vendoar quase 100 bilhões em patrimônio público (seu também). Hoje o Brasil empresta ao FMI, sem vendoar patrimônio público. E ainda diminiu a dívida (informe-se). Não pagou a dívida externa, apenas tem reservas para pagá-la, se for conveniente. Com FHC, elas implodiram (daí, FMI).

            c) O desemprego com FHC chegou a ~25%, hoje mantém-se estável em torno de ~5%. 

            d) A ONU reconhece o desempenho social do Brasil como exemplo para o mundo. Não me consta que seja petista.

            e) As agências de risco estrangeiras passaram a dar grau de investimento ao Brasil, que não era o caso com FHC. Não me consta que sejam petistas.

            f) Nos tempos de FHC o investimento era só especulativo (não produtivo), para sugar os maiores juros do planeta. O Brasil tem hoje um dos melhores investimentos diretos (produtivos) do mundo, variando dentre os cinco primeiros lugares em atração destes investidores há anos. Não me consta que sejam petistas.

            g) O racionamento tucano (de quase 1 ano) JÁ OCORREU em 2001, não é preciso esperar (ou congelar) nada. E a seca de 2001 foi bem menor que a atual. Isto chama-se hoje de seriedade e competência.

            h) A Petrobrás vai muito bem obrigado, dando lucros liquidos anuais consistentes e contínuos de mais de 20 bilhões para seus acionistas. Produz mais do dobro do que com FHC, descobriu novas reservas já sendo exploradas e com toda a “desvalorização”, vale no mercado mais de 5 vezes o que valia com FHC. 

            Chega, acabou a paciência!

            Se vc quiser discutir com conhecimento, inteligência, sem sandices de “jabás, partido, troquinhos” e outras estultices infanto-adolinquentes, cresça, vá se informar, traga suas fontes (e confirmará tudo que está acima).

            Se não, continue reverberando o vazio de sua cabecinha bem lavadinha, opinando com o fígado e …

            Vatktá.

             

          3. Vai ser bem informado assim lá na Burrolândia!

            “”Tanto que os que recebem o bolsa família são considerados empregados!!!”

            Um cara que escreve barbaridades bobajosas como essa só pode se informar, se não na míRdia, no fêicebuque dos colegas adolinquentes que clamam pela volta da ditadura. 

            É mole?

    2. Porque foi UM CRIME

      Tentativa de interferir nos resultados das eleiçoes com uma “informaçao” nao comprovada e ainda baseada em violaçao de sigilo, e quando nao havia mais oportunidade de resposta. 

  19. Sobre conteúdo há conteúdo

    Sobre conteúdo há conteúdo para muito filosofar e longas tertulias e elucubrações…

    Sobre monopólio e regionalização, não. É preto no branco.

    O direito de resposta, o anti-jornalismo, tudo isso pode e deve ser regulado e é simples: sem prova, sem matéria.

    Mas o monopólio é solar: pode ser feito intem e por decreto – sem frescura.

    1. cENSURA PRÉVIA?


      Pelo que entendi, o que você quer implantar é a censura prévia, não é? Os militares colocaram censores nos jornais e onde deveria estar uma reportagem aparecia uma receita de torta. Tá bom pra ti? É só copiar o que já foi feito na ditadura militar e implantar na ditadura bolivariana.

  20. Sobre a dificuldade do

    Sobre a dificuldade do direito de resposta, se não fosse tão concentrada, não seria tão vital, não que não fosse importante, mas a ponderação seria outra.

  21. E a propósito, a mídia, as

    E a propósito, a mídia, as fontes de divulgação de informações, tem papel muito importante na educação. Então, todo esse assunto não é pouca coisa não. Basta comparar o conteúdo de um programa educativo com aqueles de auditório, que mais cria ruminantes do que seres pensantes.

  22. A leitura das opiniões

    A leitura das opiniões postadas, que engrandece a discussão, em muitos casos é lamentavelmente equivocado e miope. Muitos comentários parte para o ataque  aos petitas e ao governo atual, acusando-os de censor. O tópico apresentado pelo jornalista, acima, no entanto, apresenta uma discussão exatamente em outro sentido, ou seja, que a regulamentação econômica da mídia, prevista na Constituição desde 1988, seja realizado por uma “Comissão de auto nível”, formada por diversos seguimentos da sociedade. Outrossim, esquecem os críticos do petismo que uma legulamentação enconômica da mídia não será aproveitada apenas por este governo que hoje esta ai, nem pelo próximo, mas por todos mais que se sucederão, inclusive aqueles que desejam e simpatizam. O direito de resposta, não é para este ou aquele governo, é para todo o cidadão que precisar se defender de acusações injustas. A regulamentação da mída é para democratizar, não fechar a opinião como ocorre nas didaturas.  

  23. De quem vem

    Essa é uma pérola, regulamentar  a mídia é a mesma coisa que censura? não gostou processa a pessoa e não calar a boca das pessoas.

  24. Midia

    Além da regulação da mídia, que já vem tarde, há outras deficiências no setor que não são discutidas habitualmente. Por exemplo, a falta de uma cadeia pública – não estatal – de televisões como as que existem nos Estados Unidos, na Inglaterra e quase todos os paises da Europa (Na Alemanha, até uns anos atrás, as cadeias eram regionais, e controladas por uma comissão de umas trinta pessoas, indicadas pelos sindicatos de patrões e empregados, os partidos da situação e da oposição, as principais confissões religiosas etc. Essa comissão contratava um diretor, com mandato de dois anos e possi-bilidade de apenas uma recondução. Mas sua demissão era ad nutum se cometesse qualquer deslize que ofendesse a maioria da comissão. Esse sistema produziu uma tv de tal nível que a maior reclamação do povo era contra o excessso de programas com a Filarmônica de Berlim). Creio que uma cadeia assim conseguiria inclusive reduzir a influência das emissoras privadas, ao proporcionar ao povo informações isentas e honestas como há muito não se vê por aquí. Outra questão nessa área é a falta de uma agência  internacional de notícias que se encarregasse de transmitir ao mundo o que se passa no Brasil e transmitir aos brasileiros o que se passa no mundo. Os Estados Unidos, a China, a Russia, a Inglaterra, a França, a Italia, a Espanha  e muitos outros paises têm agências incumbidas de fornecer as suas versões dos fatos, naturalmente de acordo com seus interesses. E o nosso povo, que já é mal informado sobre o que se passa aquí dentro, ainda precisa engolir notícias facciosas  defesa de vigaristas. Um projeto desses não custaria um centavo aoTesouro: bastaria tirar uns 40% da publicidade com que o governo sustenta a midia que não informa e gastar o dinheiro para fornecer informações verazes para o povo.

  25. Essas viúvas

    Essas viúvas da ditadura cada vez mais cansam. Não se pode discutir assunto nenhum sem citarem Cuba, Venezuela, Coréia do Norte e outros países similares. Será que não conseguem discutir um assunto racionalmente? (Acho que a resposta é não).

    O que se discute não é se o país A ou B tem liberdade de expressão ou não; é se no Brasil o sujeito pode jogar no ar matérias como a famosa Escola Base e ficar por isso mesmo.

    A família proprietária da escola quase foi linchada e perdeu seu ganha pão por conta de uma notícia infundada e sem embasamento, publicada por vários jornais e TVs, e no fim não aconteceu nada com os veículos irresponsáveis que fizeram isto.

    Gostaria de perguntar ao antipetistas se louvam estas atitudes e se se deve mesmo dar aos meios de comunicação esse tipo de “liberdade”.

    1. O direito de resposta e as

      O direito de resposta e as indenizações por danos materiais e/ou morais já existem. Inclusive, ontem foi divulgado que o SBT e o Ratinho foram condenados a indenizar em R$ 150.000,00 uma igreja de gays que se sentiu ofendida por um comentário do apresentador. E olha que estamos falando de uma única conduta em um programa de baixa audiência.. Portanto, se já existe direito de resposta e indenização (que são concedidos) somente o que “falta” é a censura (não importa o nome bonitinho que queiram dar a ela). Se a concessão do direito de resposta e de indenização é lenta, então basta se fazer mudanças nos ritos desses procedimentos (leis processuais), o que não tem nada a ver com “democratização” ou regulamentação da mídia. 

  26. a mordaça vermelha

    A partir dai o cumissariado nao tera mais problemas com denuncias “fantasiosas” é o brasil se transformara num mar de rosas.

  27. Pois é Nassif, pelo que estou

    Pois é Nassif, pelo que estou sentindo, a “tropa de choque” dos tucanos, que tinha ficado desempregada, conseguiu rapidinho um novo emprego na Mídia. Defendê-la “custe o que custar” ! Mas penso que poderiam dar um treinamento melhor à esta tropa. Seus argumentos são tão frágeis que dá pena. Usam, como sempre Cuba, em todos os comentários, além de termos chulos. Aviso: aqui no Blog do Nassif, não conseguiram convencer ninguém, com seus comentários pueris. Portanto …… Deve ser por isso que o desemprego caiu mais um pouquinho  haha

  28. Regulação da mídia

    Não entendi. Qual é mesmo a proposta do Nassif sobre a regulação da mídia?

    Se ele fizesse parte da comissão que ele sugere, qual seria sua proposta?

    Num exemplo simples: qual a ideia do articulista para coibir reportagens consideradas inadequadas (matérias deturpadas, informações não confiáveis, disseminação de intolerância e de assassinatos de reputação)? Submeter todas as reportagens previamente a uma comissão? Seria uma comissão da verdade? Com poder de censura, ops, veto?

    Por que motivo o articulista não expõe claramente a sua ideia a respeito? Sem tabus.

    1. Direito de resposta

      Ramon,

      impedir esses tipos de reportagens é impossível, no meu ponto de vista – a não ser que voltemos para a ditadura. 

      A questão, se é que entendi, é fazer uma lei mais clara e eficaz com relação ao direito de resposta. Se a regulamentação conseguir tornar o direito de resposta mais eficiente, os meios irão pensar 20 vezes antes de publicar uma reportagem de risco. 

       

       

       

  29. Desinformados, deformados ou mal formados

     

    Nos artigos publicados no IG, nota-se que o Nassif procura ser bastante didático e claro, mas não adianta, os sujeitos indicados no título aparecem aos montes. Senhores de uma lógica que só faz sentido nos preconceitos que carregam. Possuem enormes grilões que os impedem de ver um palmo na frente de seus narizes. Repetem chavões como papagaios e só…

  30. Este tópico está o paraíso de trolls nao cadastrados

    O tema realmente está incomodando, haja grana envolvida na compra dessas  “opinioes” tao livres… IRONIA ON, claro. 

  31. bancos
    Antes da midia vamos fazer a regulamentação economica dos bancos? Afinal são 7 ou 8 familias que controlam os principais bancos do país. vamos regulamentar economicamente as montadoras de veiculos do país afinal são todas genuinamente estrangeiras, vamos criar um montadora genuinamente nacional, a carrobras? Assim quem sabe a midia possa ser regulada pelas diferentes opiniões e não por um governo cujo interesse é não ser investigado e que não tolera oposição?

  32. Os coxinhas vão a Miami mas não prestam a atenção

    Os coxinhas vão a Miami não não prestam a atenção na forma como funciona a mídia americana. Por lá é proibido se acumular a propriedade de mais um tipo de mídia. Por aqui as pessoas estão na TV Globo e ligam a rádio caem na CBN da Globo, correm para a TV Fechada e tá lá a Globo proprietária de vários canais, corre pra noticia impressa e tá lá o Globo.

    As vezes fico pensando se esses coxinhas são mesmo ignorantes ou fazem de conta que não sabem, claro que é esta segunda opção: Sabem mas agem por má fé.

  33. Os caminhos para a regulação democrática da mídia

    Nassif, concordo em tese com a sua reflexão e o seu posicionamento em relação a regulação democrática da mídia. No entanto, é necessário lembrar-mos que durante o governo LULA aconteceram diversas Conferências Nacionais em vários setores para discussão de diversas políticas públicas, dentre elas a Conferência Nacional de Comunicação, precedida das etapas municipais e estaduais. Este processo DEMOCRÁTICO foi estimulado pelo governo e amplamente divulgado para a possibilidade de participação de qualquer cidadão e instituições interessadas, sindicatos de categorias profissionais, associações de classe ou empresas de comunicação etc. Portanto, a minha divergência ao texto é que parece que a proposta construída durante a Conferência Nacional das Comunicações não está sendo levada em consideração. Temo que uma “comissão de alto nível” deixe de fora importantes sujeitos políticos que queiram participar do debate e transforme mais uma discussão estratégica para o país num assunto de “NOTÁVEIS”, ou seja, mesmo com boa intenção, na minha opinião seria mais do mesmo. O processo de Conferência não exclui a participação dos NOTÁVEIS, porisso, acho que a discussão precisa ser mais democrática e ampliada para que um maior número de cidadãos possa opinar sobre o tema. O Brasil tem diversas experiências sobre particpação popular e cidadã nos âmbitos municipais, estaduais e federais. Exemplo: o SUS que é o maior sistema público de saúde do mundo não foi obra de uma comissão de notáveis, mas fruto da luta coletiva de diversos atores da sociedade civil organizada. Antes que digam, isto não é “bolivarianismo” e nem “chavismo”, é participação cidadã e está previsto na Constituição Federal.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador