Paulo Pimenta questiona delegado sobre investigações da Zelotes

Da Assessoria de Imprensa do deputado Paulo Pimenta (PT-RS)

Em CPI do Carf, delegado da PF não sabe explicar por que chamou Lula para falar sobre MP editada por FHC

O delegado da Polícia Federal, Marlon Cajado, não soube explicar por que o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, autor de uma Medida Provisória para o setor automotivo sob suspeita, não foi chamado para prestar esclarecimentos no âmbito da operação Zelotes. O questionamento foi feito pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) em audiência da CPI do Carf, nesta terça-feira (29).

Pimenta fez uma série de perguntas que ficaram sem resposta. “Você chamou o ex-presidente Fernando Henrique, como autoridade da época, para explicar porque foi editada e a importância dessa Medida Provisória? Você não entendeu que era importante chamar o presidente que editou a MP original, só quem reeditou?

Sem respostas, o delegado se limitou a ficar em silêncio e a responder “não”, seguidas vezes, aos questionamentos feitos pelo deputado Paulo Pimenta.

Zelotes perde o foco das investigações, “um ano e até agora nada“

A investigação original da Zelotes surgiu para investigar 74 julgamentos suspeitos no Carf, o Conselho de Recursos Fiscais Administrativos, órgão ligado ao Ministério da Fazenda. A operação apurava sonegação fiscal, corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro em que grandes empresas, por meio de escritórios de advocacia, pagavam propina para os conselheiros do Carf anularem multas dessas empresas com o Fisco. O prejuízo estimado aos cofres públicos chega a R$ 20 bilhões.

Segundo Pimenta, houve uma mudança de rumo no meio do caminho da Zelotes. “Não se escuta mais falar nas investigações das empresas. Não se ouve mais falar na máfia do Carf. E as investigações passaram, agora, a se deter na venda de Medida Provisória?”, questionou.

Para Pimenta, “houve um corte ideológico” no episódio em que o delegado Marlon Cajado chamou o ex-Presidente Lula para prestar esclarecimentos. “Se era para as autoridades falarem sobre a Medida Provisória, todas elas deveriam ter sido chamadas. Se o presidente que reeditou tem com o que contribuir, imagina o presidente que editou a Medida Provisória, esse tem muito mais”.

Ao final da audiência, Pimenta reforçou que a Zelotes abandonou a linha de investigação contra as grandes empresas suspeitas de sonegação. Já o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) criticou o trabalho de investigação da operação Zelotes. “Um ano e até agora nada”, disparou contra o delegado da Polícia Federal.

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Redação

19 Comentários

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    1. Emendando

      A frase original é “pau que dá em Chico dá em Francisco, doa a quem doer”. Mas, atualmente, pau que dá em Chico não dá em sobrinho de Francisco; dor neles?

  1. A quem interessa pegar os

    A quem interessa pegar os grandes sonegadores quando há um barco de lata e dois pedalinhos para serem investigados.

    Aquele pato na sede da federação dos golpistas está mostrando quem é o pato.

    Precisa desenhar?

  2. Democracia é isso aí

    Lembrando aqui de que a diferença em transparência entre os governos da ditadura e de FHC é pequenininha. Geraldo Brindeiro, Gilmar Mendes e o PIG que o digam…

    É muito bom saber que denúncias como essas, de Paulo Pimenta e Hildo Rocha, vêm a público. Talvez ainda leve um tempo para que superemos malandragens como a desse delegado, mas a contribuição que estamos deixando a nossos filhos, netos é muito grande, o salto desde Lula é notável. Como prometeu Dilma, não está restando pedra sobre pedra, mesmo.

  3. Peraí.

    ele é delegado da polícia Federal? não, não é, deve ser um laranja, um qualquer mané que pegaram na rua pra tirar onda com a cara de mais um petista que só sabe chorar kkkkkk

  4. A pergunta é: Por que não se

    A pergunta é: Por que não se pune um funcionário desse? onde está o chefe dele que não tirou esse delegado das investigações por pura parcialidade e distorção? a culpa não é só do delegado, a culpa é desse governo fraco que não pune seus funcionários que cometeram infração funcional. 

    Por que o deputado Paulo PImenta não pediu uma investigação funcional desse delegado?

    Sinceramente, o governo é conivente e merece cair por fraqueza e negligência.

     

  5. Esse vídeo é espantoso. Deixa

    Esse vídeo é espantoso. Deixa claro como as denúncias são seletivas e como elas têm finalidades apenas políticas. É constrangedor, o delegado não sabe nem o que responder. 

  6. Acariação do delegado da PF do PSDB

    Infelizmente, assistimos um policial (Del. PF) que se mostrou um corruptor das atribuições da PF. Infelizmente, o deputado Paulo Pimenta não teve a habilidade necessária para extrair, deste infeliz, toda a prova necessária para bani-lo da PF. Faltou a dramatização de um advogado. Deveria ter deixado o pseudo-policial nervoso ao máximo. Repetindo perguntas.  Deveria fazê-lo descrever como foi o seu raciocínio investigatório para só chamar o Lula. Faria perguntas, tais como, como anda estas investigações, irá chamar o FHC e familiares, quem foi a ideia de chamar o Lula, o senhor tem alguma coisa pessoal contra o Lula ou contra o PT. Deveria ter feito, como faz a oposição, uma pesquisa da vida deste “policial”. O mínimo indício de falta deveria ser indagado. O PT e alidados tem que ter em mente, que este tipo de video é uma enorme prova do envolvimento da PF, do MP e do Judiciário no golpe que está em andamento. E pode ser usado futuramente para limpar as nossas instituições.

  7. mais um filme velho

    Paulo Pimenta com o seu questionamento escancarou a desfaçatez com que as nossas autoridades protegem setores empresariais e  quem trabalha para eles, em detrimento da maioria da população. Este questionamento teve valor didático, mas não trouxe novidades, é o mesmo filme velho que se reprisa, cujo título deveira ser : “O silêncio dos Indecentes”.

  8. É este…..

    Um   Delegado p/ investigar a operação Zelotes ? Um delegado que não sabe de nada e parece não querer saber mesmo. Um  delegadinho de 5ª categoria. Se o Paulo Pimenta quisesse, o faria em mil pedacinhos. Quem será que o indicou ? Isto é mt importante. Terá sido por sorteio ou delegação de quem ? Do comandante Janota ?

  9. Dito Popular

    Nassif: mesmo quando se salga o caldo, o peixe deve continua saboroso. Por isto, vamos continuar a dar nomes aos bois, como diria Guimarães Rosa (correspondências). E localizar o curral.

    O Dr. Dalton só disse a que veio. Ele e sua trupe.

    Os que tiveram oportunidade (e paciência) de assistir a audiência pública de mais de 3 horas pode avaliar os fatos sem erro ou dúvida. Especialmente, com os questionamentos levados pelo deputado Paulo Pimenta.

    Conduzido pelo 4º Poder, de que a grande mídia é a figura mais central, aos pouco temos o desenrolar da tramoia, traçada desde a FIESP, com conivência e cumplicidade do Judiciário politizado, da grande maioria do Ministério Público e 90% dos chamados “delegados-cabeça” da Polícia Federal.

    Esse, questionado na Audiência Pública, é “bagrinho”. Ponta de iceberg, misturado a todos esses detritos de maré baixa. Mas mostra o retrato de corpo inteiro da questão, independente de chamar-se “Zelote” ou “Lava Jato”.

    No jogo que se apresenta, aposto só algumas fichas em quem alega que eles, a partir do grupo Bolsonaro, estão querendo uma “nova Canudos”, especialmente em parte do sudeste e em todo sul do Pais. Boa dose de espírito totalitário e separatista sempre habitou boa parte dessas regiões. Especialmente, no extremo sul, desde a “Guerra do Charque”. O Brasil são eles. E o resto, é o resto.

    Outras fichas, aposto num certo blogueiro que alega que esse pessoal se contentaria com alguns cadáveres e exílios. A ideia não é de toda esdrúxula. A túnica ensanguentada de César acalmou os ânimos dos descontentes do Senado, em Roma. E a boa parte do nosso Congresso conhece essa parte da história romana e já ouviu falar de um certo Machiavelli.

    Um quarto dos nossos congressistas já se mostrou a favor da “túnica branca” com detalhes em vermelho. Outro quarto, se contentaria com os exílios. Há um certo quarto contrário a ambas as teses, dizendo oposto e diferente. E um quarto quarto espera os lances para se posicionar. Quem pagar melhor, leva.

    No Judiciário e afins, não é menor o esquema, apesar de mais enrustido.

    Para o grosso do empresariado nacional, por seus órgãos representativos e despidos de qualquer sentimento social, qualquer solução serve, desde que garanta em seus balanços o lucro altamente compensador.

    Do “povão”, invoca-se o testemunho de Bete Carvalho (Corda no Pescoço) — “E o povo como está ? / Está com a corda no pescoço / É o dito popular, / Deixa a carne e rói o osso”.

    Som na caixa: https://youtu.be/YPyBXzF2has.

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