Por calúnia, IstoÉ é condenada a indenizar governador em R$ 60 mil

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou a Istoé e o jornalista Hugo Marques a indenizarem o governador Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais, em R$ 60 mil por calúnia e danos morais. A revista teria noticiado o envolvimento do político no escândalo do Mensalão, apontando o petista como “operador de remessas ilegais”.

A decisão divulgada nessa quarta-feira, 19, confirma a sentença de primeira instância do juiz Geraldo David Camargo, da 30ª Vara Cível de Belo Horizonte, determinando que a condenação seja publicada em edição impressa e mantida no site do veículo de comunicação.

Na visão do desembargador Manoel dos Reis Morais, relator do recurso, jornalista e a revista não confirmaram as informações publicadas e “interpretaram equivocadamente os fatos apurados” . Segundo os autos do processo, a Istoé publicou, em março de 2010, em três edições reportagens assinadas por Marques com acusações a Pimentel sem que o político fosse efetivamente denunciado ou indiciado no escândalo de corrupção.

“Não se pode perder de vista que a matéria jornalística foi publicada em ano eleitoral e que Pimentel exercia à época função de coordenador da campanha para a presidência, sendo patentes as repercussões negativas”, ressaltou o relator, que ainda concluir que a IstoÉ abusou do exercício da liberdade de expressão jornalística.

No recurso, a IstoÉ alega que não teria caluniado o então ex-prefeito de Belo Horizontes, porque publicou informações com respaldo de documentos recebidos por autoridades. A revista ainda diz que críticas a figuras políticas são parte do direito à informação. O valor de R$ 60 mil deverá ser corrigido com juros de 12% ao ano desde a data das publicações, em março de 2010.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Nooooossaaa…60 mil?!!!!!  

    Nooooossaaa…60 mil?!!!!!   Vai quebrar a editora…!!  
    Imaginem: eu quero destruir um adversário em véspera de eleição. Contrato um jornalista- pistoleiro  por, sei lá, uns 300 mil, a depender da vítima (governador de estado importante não deve sair por menos). Depois de alguns anos, o estrago feito, objetivo alcançado, eu pago 60 mil de multa: Lucro de 240!

    1) A quantas anda (existe?) o processo penal sobre isso?
    2) A resposta vai ser em formato de reportagem ou aquela página branca com  a sentença em letras miúdas e linguagem jurídica que ninguém vai ler?

  2. Em compensação, a erondida e

    Em compensação, a erondida e a petista que dançou no congesso, tiveram que pagar 1.000.000,00. É mole? As indenizações que a justiciaria manda pagar para os de esquerda ofendidos, é irrisória, mas as multas que eles têm que pagar por qualquer coisinha, é exorbitante. Bem típico da justiciaria paraguaia tupinica.

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