Por que retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal é ruim para o Brasil?

Retirar esta condição da Petrobras significa renunciar à gestão estratégica de um recurso finito e não renovável, sem a qual o Brasil poderá se converter em mero exportador de petróleo cru, ao sabor dos interesses particulares e imediatistas de empresas estrangeiras e deixando de investir em seu desenvolvimento

do Brasil Debate

Por que retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal é ruim para o Brasil?

por Marcelo Zero

Conteúdo especial do projeto do Brasil Debate e SindipetroNF Diálogo Petroleiro

I- Porque ter a Petrobras como operadora única garante ao País o controle estratégico das reservas e da produção do óleo. Sem a Petrobras, perdemos essa garantia.

A experiência internacional demonstra que os países que são grandes exportadores de petróleo têm, em sua grande maioria, robustas operadoras nacionais de suas jazidas.

Hoje, cerca de 75% das reservas internacionais provadas de petróleo estão nas mãos de operadoras nacionais. Conforme previsão da Agência Internacional de Energia, a tendência é a de que essas operadoras nacionais sejam responsáveis por 80% da produção adicional de petróleo e gás até 2030.

Isso não é casual. Para dominar o mercado, os países produtores precisam dominar as reservas e controlar o ritmo e os custos de produção. O primeiro fator é assegurado pelo regime de partilha e o segundo fator é assegurado pela operadora nacional. A OPEP seria inviável sem o regime de partilha e sem grandes operadoras nacionais.

A operadora nacional é o complemento necessário ao regime de partilha. De nada adianta o país ter o domínio das reservas se a produção é ditada pelos interesses imediatistas de grandes operadoras multinacionais. Sem uma grande operadora, o país não tem controle efetivo sobre o ritmo da produção, sobre os seus custos reais e, consequentemente, sobre a remuneração efetivamente devida ao Estado.

Foi essa realidade que levou os grandes países produtores, nos anos sessenta e setenta, a nacionalizarem as jazidas e, ao mesmo tempo, constituírem robustas operadoras nacionais. Com isso, eles multiplicaram seus rendimentos, passaram a deter as informações estratégicas sobre as jazidas e os custos de exploração e dominaram o mercado mundial do petróleo.

Retirar da Petrobras a condição de operadora do pré-sal significa retroceder à lógica predatória e imediatista da época na qual o mercado era dominado por sete grandes companhias internacionais de petróleo. Uma época em que os países produtores sequer conseguiam saber os custos de produção de suas próprias jazidas. Significa, em última instância, renunciar à gestão estratégica de um recurso finito e não renovável.

Sem essa gestão estratégica, o Brasil poderá se converter em mero exportador açodado de petróleo cru, ao sabor dos interesses particulares e imediatistas de empresas estrangeiras, contribuindo para deprimir preços internacionais e deixando de investir em seu próprio desenvolvimento.

II- Porque o petróleo ainda será um recurso energético fundamental ao longo deste século.

Um dos principais argumentos que motivam os que querem enfraquecer a Petrobras tange ao suposto fato de que o petróleo deixou de ser um recurso estratégico, pois deverá ser substituído rapidamente por outras fontes de energia, particularmente as limpas e renováveis.

Segundo eles, a grande baixa atual do preço do óleo já reflete essa tendência e deverá ser permanente. Assim, teríamos de explorar o pré-sal de modo célere, com o auxílio de multinacionais, antes que se torne um ativo sem valor.

Ora, tal previsão não tem nenhum fundamento científico. A grande baixa dos preços do petróleo está obviamente relacionada à crise mundial, que contraiu conjunturalmente a demanda, bem como às disputas geopolíticas e geoeconômicas sobre o controle do mercado mundial, particularmente no que tange à viabilidade econômica do óleo de xisto. Há um claro processo de dumping em andamento, que contraiu artificialmente o preço do petróleo.

Esse dumping já começou a ser revertido, como mostra o recente acordo feito entre Arábia Saudita, Rússia e outros países, e a crise mundial não durará para sempre.

A maior parte dos analistas prevê que a demanda mundial por óleo subirá de 91 milhões de barris/dia, em 2014, para 111 milhões de barris dia até 2040. Tal demanda será puxada pelo crescimento dos países emergentes, em especial na Ásia, e pelas necessidades dos sistemas de transporte e do setor petroquímico. Observe-se que o petróleo não serve apenas para produzir gasolina e diesel. Ele é insumo para mais de três mil outros produtos.

Com isso, o preço do petróleo voltará a subir. O suprimento de energias renováveis crescerá, mas a transição para uma matriz energética inteiramente limpa será, sem dúvida, gradual.

Na realidade, o que os analistas afirmam é que as necessidades ambientais e climáticas impactarão mais o carvão, responsável por dois terços do estoque de carbono das jazidas minerais, que o petróleo e o gás, fontes mais limpas que esse mineral.

Obviamente, o atual ambiente de dumping produz grande pressão para que o Brasil venda rapidamente o pré-sal. Seria erro trágico. A venda nessas condições de preços artificialmente baixos renderia pouco no presente e comprometeria muito nosso futuro.

Devemos ter em mente o que aconteceu com a Vale. Na época de sua venda, com os preços do minério bastante baixos, diziam que o ferro já não tinha valor estratégico algum e que o futuro pertencia aos novos materiais sintéticos. Pouco tempo depois, os preços do minério dispararam e a Vale privatizada passou a faturar mais por ano que o preço aviltado de sua venda.

III- Porque a Petrobras tem totais condições de explorar o pré-sal.

Outro argumento muito usado nesse debate é o de que a Petrobras, fragilizada financeiramente, não teria condições de explorar o pré-sal.

Não é verdade.

Todas as grandes companhias de petróleo passam, em maior ou menor grau, por dificuldades econômicas ocasionadas pela conjuntura negativa do mercado. No caso da Petrobras, seu endividamento se deve também à necessidade de realizar os grandes investimentos imprescindíveis à exploração do pré-sal.

Contudo, a Petrobras, além de operar com lucro substancial, tem solidez financeira, pois está lastreada num fantástico ativo patrimonial: o pré-sal. Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Óleo e Gás da UERJ, divulgada em 2015, o pré-sal contém 176 bilhões de barris, óleo suficiente para cobrir, sozinho, cinco anos de consumo mundial de hidrocarbonetos. Perto dessa riqueza extraordinária, a dívida atual da empresa é troco miúdo.

Não faltarão recursos para que a Petrobras continue a investir no pré-sal. O mercado financeiro nacional e internacional sabe muito bem que a Petrobras tem expertise, tecnologia e patrimônio para superar suas atuais dificuldades.

Sabe muito bem que, independentemente de seus detratores internos, a empresa tem tudo para gerar lucros e dividendos muito maiores que seus passivos. Ademais, o mundo dispõe hoje de fontes alternativas de financiamento, como a do Banco do BRICS, por exemplo, que podem ser acionadas de forma complementar.

A dívida da empresa poderia se tornar um grande problema, porém, na situação em que a Petrobras perca o acesso às jazidas, como querem os propugnadores do projeto que retira dela a condição de operadora única. Nesse caso, a empresa perderia seu lastro patrimonial e, aí sim, poderia se fragilizar ao ponto de não conseguir mais operar.

Em vez de simplesmente reduzir seus investimentos, como faz agora para se adaptar à nova realidade do mercado, a Petrobras poderia não ter mais como investir um centavo.

Na realidade, ao se retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal poderia se conduzir a empresa à falência ou a uma inevitável privatização. Talvez seja esse um dos objetivos implícitos do projeto.

IV- Porque o País perderia todo o investimento feito pela Petrobras e a alta tecnologia por ela desenvolvida

Ao contrário de outras operadoras nacionais, que apenas se apropriaram de jazidas já provadas, a Petrobras, desde o início, teve de investir maciçamente, ao longo de décadas, em prospecção e desenvolvimento de tecnologia.

Com isso, ela se tornou uma das operadoras mais eficientes e lucrativas do mundo e conseguiu, a muito custo, produzir tecnologia de ponta na exploração em águas profundas e ultraprofundas.

A Petrobras é a empresa brasileira que mais gera patentes e ganhou, por três vezes, o OTC Distinguished Achievement Award, maior prêmio internacional concedido às empresas de petróleo que se distinguem em desenvolvimento tecnológico. Tal esforço inovador se espraia por áreas diversas, como Petroquímica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Segurança do Trabalho, Medicina e Física, e repercute positivamente numa vasta cadeia produtiva.

Ora, todo esse esforço histórico, iniciado a partir da década de 1950 (quando se dizia que o Brasil não tinha petróleo), se perderia, caso a Petrobras perca, agora, a condição de operadora única do pré-sal. A inevitável e profunda fragilização da empresa que seria derivada dessa trágica decisão jogaria fora todo o investimento realizado em décadas de trabalho duro e o país perderia uma grande fonte de desenvolvimento tecnológico.

Não nos parece racional e justo que, após todo esse esforço, se dê de bandeja, sem nenhum risco e por um preço aviltado, os recursos do pré-sal a empresas que nunca fizeram investimentos de prospecção no Brasil e que não desenvolvem tecnologia no país.

V- Porque o Brasil perderia os instrumentos para conduzir a política de conteúdo nacional, consolidar a cadeia produtiva do petróleo e alavancar seu desenvolvimento.

A cadeia de petróleo e gás, comandada pela Petrobras, é a maior cadeia produtiva do país, responsável por cerca de 20% do PIB brasileiro e 15% dos empregos gerados.

Tal cadeia é sustentada por uma política de conteúdo nacional, que gera demanda robusta em setores-chave como o da construção civil pesada e a indústria naval, só para citar alguns poucos.  

Ora, retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal poderia implodir toda essa política e desarticular essa estratégica cadeia produtiva.

As empresas estrangeiras de petróleo normalmente contratam serviços no mercado internacional e importam insumos e bens em seus países de origem. Ao contrário da Petrobras, não têm compromisso algum com o desenvolvimento da indústria nacional brasileira.

Já a Petrobras, em seu Plano de Negócios e Gestão, previu investimentos de US$ 130,3 bilhões para o período de 2015 a 2019. Trata-se de mais de R$ 400 bilhões que serão investidos quase que totalmente no Brasil. Não podemos comprometer esses e outros investimentos, seguramente mais volumosos, que virão mais tarde, graças à exploração do pré-sal pela Petrobras.

Os recursos que a Petrobras investe e investirá para explorar o pré-sal são e serão fundamentais para alavancar o desenvolvimento do Brasil. Assim, retirar da Petrobras a condição de operadora do pré-sal significaria, em última instância, a destruição dessa alavanca única e o consequente comprometimento do nosso desenvolvimento.

VI- Porque o Brasil perderia futuro.

Por ser recurso finito e não renovável, o petróleo tem de ser gerido com perspectiva de longo prazo e com base na solidariedade intergeracional.

Foi essa visão que fez o Congresso Nacional aprovar a destinação dos royalties e participações especiais do petróleo para a Educação (75%) e Saúde (25%). Decidimos trocar recursos do presente para investir nas futuras gerações.

Temos de analisar a questão da Petrobras como operadora do pré-sal dentro dessa mesma visão estratégica.

A retirada da Petrobras como operadora única obedece a uma lógica de curto prazo: estamos numa crise e precisamos de dinheiro rápido para nos dar alívio financeiro. Se vendermos o pré-sal às multinacionais do setor, poderemos gerar uma receita que nos ajude a pagar juros da dívida, a fazer superávits primários e a equacionar desequilíbrios fiscais.

Já manutenção da Petrobras como operadora do pré-sal, com tudo o que isso implica, obedece a uma lógica de longo prazo: estamos em crise e, se alavancarmos nosso desenvolvimento com os recursos do pré-sal, não só contribuiremos para a sua superação, como criaremos as condições para o Brasil inicie um novo ciclo de crescimento mais sólido e duradouro.

Neste segundo caso, trata-se de cambiar a miragem liberalizante de curto prazo pela visão estratégica que assegurará futuro para as novas gerações de brasileiros.

No primeiro e trágico caso, trata-se de trocar o futuro pelo presente.

Retirar a Petrobras dos campos do pré-sal significa simplesmente vendê-los. E vender o pré-sal é vender futuro. E quem vende futuro já se perdeu no presente.

Marcelo Zero – É sociólogo, especialista em Relações Internacionais e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)

 

 

Redação

40 Comentários

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  1. Por quanto tempo o petróleo ainda vai ser um bem valioso?

    O petróleo tem tudo para perder valor seguidamente com a avanço de novas tecnologias. Estupidez ficar se apegando algo que não se pode explorar por falta de recursos até o dia em que não estiver valendo mais nada.

    1. Que “novas tecnologias”, meu
      Que “novas tecnologias”, meu querido???

      Ninguém está falando para explorar o pré-sal daqui 300 anos, mas não há qualquer necessidade de explorar tudo PARA ONTEM!

      Estupidez é achar que petróleo serve só para fazer gasolina, petróleo é composto químico necessário e IMPRESCINDÍVEL em milhares de produtos, estamos A ANOS-LUZ de achar qualquer substituto, o máximo que dá para fazer é substituir em uma ou outra aplicação, não EM MILHARES!!

  2. Dilma pede para sair

    Dilma pede para sair …

     

    Dilma pede para sair e vai fazer m….. em outro lugar.

    Traiodora.

    Seu slogan PATRIA EDUCADORA poderia mudar para PATRIA TRAIDORA.

    Não dá para não fazer coro com os coxinhas:

    FORA DILMA

     

  3. Temos que falar sobre Kevin

    Esse partido camado PMDB

    A PL 131 foi motificada ontem e votada, ponto.Dilma se adaptou a traição do PMDB, ponto

    Agora esse projeto tem que ser confirmada, modificada ou derrubada na Camara Federal, ponto

    A negociação ( adaptação à traição ) de ontem não significa que o Governo vai evitar que ela seja derrubada, pelo que eu entendi, o jogo na Camara zera tudo e trabalhar para aprovar não está na ordem do dia do governo de esquerda. 

    A pergunta que não quer calar, o PMDB na Camara vai salvar Renan Calheiros ou vai fazer a coisa certa, deixar o   PSDB ter morte piedosa, uma morte rápida?

    Está claro que Renan Calheiros não tem salvação, ele é o simbolo da traição, essa marca estará para sempre em sua testa.

    1. Desculpe, mas você está

      Desculpe, mas você está falando da câmara presidida por cunha, o imexível? A câmara tá mais dominada que o senado. Sendo que o governo fez o acordo para aprovar a emenda entreguista, como a própria Dilma irá veta-la, depois? Já era. A única esperança é que lideranças organizem algum tipo de contra golpe a médio prazo para que se criem condições de desfazer o crime contra a nação cometido ontem e, de quebra, promover uma profunda reformulação no judiciário. Difícil, né, fala a verdade? Agora só  falta derrubar dilma e empossar aécio que, imediatamente, vai determinar que a PetrobraX abra mão de participar da exploração do pré-sal. Vamos aplaudir o eleitorado brasileiro, sobretudo o paulista, aquele que mais complexo de vira latas tem. O melhor é a gente ir cuidar da própria vida, pensar nos filhos e o resto que se lasque. Mais de 11.000.000 de eleitores do Tukanistão votaram em serra, eles que se ferrem.

    2. Calma, Ana Cruzzeli.

      Prezada Ana,

      Solicito que tenha calma.

      Tenho eu me debatido contra os discursos ácidos em relação ao governo.

      O  que aconteceu ontem, com a interposição  do substitutivo do  senador Jucá não foi ruim.

      ————–

      Na verdade, o que se percebeu foi uma articulação muito eficiente do Poder Executivo com o Senado Federal.

      Essa articulação prova definitivamente que o Executivo está no comando, prova que há apoio  congressual no Senado e principalmente prova que os interesses nacionais foram preservados.

      Há dois aspectos importantíssimos a serem levados em consideração.

      O primeiro afere com a minha eterna campanha por mais representatividade popular no Congresso Nacional.

      Desde já, convido você a participar.        [email protected]

      De fato, José Serra não  representa os interesses do povo brasileiro e é importantíssimo que todos os comentários de Blogs façam a devida coligação  entre o eleitor e os ataques que o eleito faz aos interesses da nação.

      José Serra não  entrou pela janela. Ele está ( desgraçadamante ) dentro do Senado Federal graças a paulistas que não se interessam com o futuro do país.

      Em outras palavras, José Serra não pode ser culpado, porque todos nós já sabemos que se trata de um apátrida.

      A culpa está na colossal ignorância política de quem o elegeu por oito longos anos.

      Que isso seja sempre bem lembrado por todos os comentaristas.

      ————–

      O segundo aspecto é de ordem técnica e política.

      Estamos no final de fevereiro.  A carreira política de Eduardo Cunha já morreu… só falta deitar.

      Suponhamos que  o tal PLS 131/2015 seja posto em votação em caráter de urgência por Cunha. A liderança do PMDB tem a maioria do partido. Haverá inúmeros requerimentos, para que o trâmite de urgência não seja interposto. Haverá a justificativa de necessidade de análise, porque o tema é de alta relevância.

      Trocando em miúdos, a possibilidade de trâmite em regime de urgência na Câmara é baixa.

      Isso  quer dizer que a possibilidade de Cunha cair antes seja muito alta. 

      Lewandowski já tratou de limpar a pauta e o julgamento de Eduardo Cunha não tarda.

      É quase certo que assim que Cunha cair, o PMDB aceite apoiar a CPI da Lava Jato ou coisa tão impactante quanto.

      Resumo… essa discussão só vai acontecer lá para maio ou junho… A votação não  deve ocorrer antes de 17 de julho, quando o Congresso entra em recesso.

      A bancada governista  ainda tem o (nefasto) recurso da obstrução…. atrasando o processo de votação, mediante a interposição de infinitos recursos regimentais.

      Ou seja, se a votação terminar pouco antes do fim de setembro, esse PLS vai à sanção lá pra outubro.

      ———————-

      O terceiro aspecto se refere ao preço do petróleo , quando a presidenta for sancionar.

      Se o petróleo estiver acima de US$ 80,00 é provável que a presidenta vete, devolvendo tudo ao Congresso.

      Eu só tenho que verificar se lei que nasce a partir de PLS pode ser vetada.

      ———————

      Mesmo que isso não ocorra e que a lei seja aprovada e sancionada, até que ocorram os leilões e até que a Petrobrás diga se quer ou não poço somente para si…. lá se vão mais alguns meses.

      ——————–

      Por isso eu peço calma, porque a instalação da parafernália para que um poço seja explorado não é menor que um ano e meio, dois anos.  Isso  quando as condições são favoráveis.

      Concluindo, eu digo que a jogada do governo foi boa, porque não havia a certeza da vitória.

      Quem ficou com o mico foi o PSDB.

      Ainda bem.

      Valeu.

      1. Gostaria de acreditar em você

        Gostaria de acreditar em você e pensar que o que aconteceu não foi o fim do mundo. Estou arrasada com a quebra de um projeto de País.

      2. Gostaria de acreditar em você

        Gostaria de acreditar em você e pensar que o que aconteceu não foi o fim do mundo. Estou arrasada com a quebra de um projeto de País.

  4. Senhores,
    Esse discurso de

    Senhores,

    Esse discurso de “entreguista” é vazio e superficial.

    Nossas reservas devem ser exploradas o mais rápido possível, antes que tecnologias como a Solar e Eólica cresçam a ponto de substituir o Petróleo. Pois quando esse dia chegar, todo o óleo sob a superfície não valerá nem 1 centavo por barril.

    O melhor dinheiro é em VALOR PRESENTE. E não o que sindicalistas dizem sobre produção controlada no futuro.

    Teremos perdido a grande chance de transformar o Brasil em uma nação desenvolvida, utilizando essa riqueza na educação.

    Temos que apoiar um estado mínimo e eficiente, não a esse elefante branco que só consume nossos recursos sem dar ao Brasil a infraestrutura necessária para ser realmente competitivo.

    Teorias de conspiração de CIA x povo brasileiro é um deserviço à sociedade.
    Energia gasta desnecessariamente. Poderiamos usar essa energia estudando finanças!

     

    1. Sua ignorância assusta. Sim,
      Sua ignorância assusta. Sim, sua ignorância, porque você fala com naturalidade sobre assunto que obviamente desconhece.

      Meu caro, petróleo não serve apenas para aquecer casas e movimentar carros. Petróleo é um CURINGA QUÍMICO.

      Siga seu próprio conselho é vá estudar as aplicações do petróleo na vida moderna, em TODOS os campos. Depois, se quiser, volte a falar a respeito – mas não antes, para não fazer papelão de novo.

  5. Pre-sal

    176 bilhões de barris à 8 dólares dá 1 trilhão,708 bilhões de dólares,que multiplicado por 4 dá em R$ 6 trilhões e 800 bilhões de Reais.Dá pre tu coxinha?.

  6. Estou de luto. Na conta do

    Estou de luto. Na conta do Lindenberg Farias a medida de roubo da Petrobrás não passava. Dilma sacaneou o PT e os brasilerios. Se é para acabar com o país porque ela não entra no Psdb de uma vez?

    Ninguém vai bater panela e ela poderá acabar com o projeto de educação, com a  bolsa família  e com a aposentadoria dos trabalhadores. Terá como vantagem não ser caçada e poderá frequentar os rapapés do Gilmar Mendes. E poderá ser amiga da Miram Leitão, da Cristiana Lobo e caterva.

    Ah! Esqueci do da cereja do bolo: poderá também mandar a PF do Zé Cardoso produzir documentos para prender o Lula. Já imaginou a Dilma e o Zé Cardoso dando um comando para a Polícia Federal?

    E falta um recado para o canalha juiz Moro: o Zé Dirceu está preso pro lobby, não é seu lesa  patria? Nesses dias o congresso estava cheio de lobistas das petroleiras estrangeiras comprando voto de senador. Vai encarar? Ou já tinha recebido visita dos lobistas anteriormente?

  7. Petrobrás, culto à personalidade e carnavalização da tragédia

    A mandatária e a bancada do PT no senado estão se entendendo maravilhosamente, estou impressionado. Só cabeçada. Dilma não fala coisa com coisa desde sua famosa “Saudação à Mandioca”. Diante de empresários, o vice-presidente jura que não há crise e esfrega o nariz pelo menos duas vezes. E, pior, ainda há quem acredite que o Petróleo é nosso passaporte para o futuro, em pleno século XXI (claro: nada mudou desde os anos 1950). Defender monopólio da extração no Pré-Sal por parte de uma empresa que está atolada em 500 bilhões de dólares de dívidas, é realmente um prodígio de desinteligência coletiva. O país descendo a ladeira… e a propaganda do PT, depois de sua sessão de culto à personalidade do Grande Líder, termina com imagens de uma porta-bandeira e mestre-sala fazendo um “xô crise”: é a alienação elevada ao seu estágio último, o da carnavalização. A lista de sandices parece não ter fim.

    Eis minha recomendação para o ex-maior partido de esquerda da América Latina. Sigam o exemplo do Lindenberg:

  8. É muito triste ver o Brasil

    É muito triste ver o Brasil entregue a um governo( sim, letra minúscula) covarde e sem pulso. Mas é o que eu digo, temos que começar a aprender a usar melhor nosso título de eleitor. Como pessoas que visam um melhor futuro para os nossos, temos que nos unir para impedir esse crime lesa pátria contra nossa nação.

  9. O PT chega enfim à fase da síndrome bipolar

    Afinal, me esclareçam uma vez por todas: o governo está na oposição ao PT, ou é o PT que virou oposição ao Governo? A síndrome de médico e monstro do PMDB contaminou o Partido dos Trabalhadores? A foto abaixo está na página do PT na internet. Quer dizer então que a Dilma se tornou “entreguista”?

     

    1. O PT tem que sair fora deste

      O PT tem que sair fora deste governo. Dilma despreza o PT, sua militância e suas propostas.

      Vai catar coquinho na Praça do 3 Poderes junto com republicano Zé Eduardo Cardoso. E aproveita pra mandar uma cesta para o Serra, Caiado (já repararam como o governo tem Dilma deixado impune as mortes de indígenas?) e caterva. Só deveria ter dignidade e mudar de partido. Não trabalhar para a sua extinção enquanto coloca em prática o governo do Aécio.

  10. Ontem, passei a tarde toda….

    Ouvindo a TV Senado. O que foi aquilo ? Após a luta dos verdadeiros leões do PT e PCdoB, vem a dona Dilma com um bilhetinho lido pelo Jucá, dizendo que aceitaria a derrota ??? Onde é que nós estamos ???? após jurar de pés juntos que defenderia o atual direito de partilha e a Petrobrás ?? Tem de ser retirada mesmo e urgentemente ! O canalha do Renan vai continuar sendo , tal como o Sarney, o eterno presidente do Congresso. E pelo jeito o Cunha só sairá após a Dilma, não pq roubou feito um louco varrido, mas pq fez má-criação aos Egrégios.

    A conspiração, que eu já via no horizonte quando o Eduardo Campos virou oposição, aconteceu mesmo. Estão de parabéns pela orquestração, que não acredito ter saído do PSDB, que não tem “cabeças” para tanto, mas de “alguens” muito habituado à  produção de estratégias. Toda a América Latina está caindo, como previsto. E só o governo não vê, ou está de pleno acordo.

    Pobre povo, pobre Brasil.

    Daqui há pouco assistiremos a batalha PSDB x PMDB, ou alguém vai deixar barato?

    1. Do povo eu não tenho pena

      Do povo eu não tenho pena porque foi o povo que elegeu este congresso e é o povo que engole tudo que o PIG lhe enfia pela goela abaixo sem oferecer a menor resistência. Estamos por nós mesmos.

    2. Não houve entreguismo algum.

      Bom dia, prezada Lenita.

      Os tais “leões” já sabiam da articulação. 

      Mas, eles precisam de votos.. deixem os parlamentares discursarem… faz parte.

      ———————–

      Eu admito que tanto Renan quanto Jucá foram bons parlamentares.

      Diante da incerteza, interpuseram um substitutivo que desmontou a sanha entreguista.

      Essa é a verdade.

      Dilma e assessores estão de parabéns.

      Quem ficou com o mico , muito provavelmente, foram os “patrocinadores” do tal de José Serra.

      A soberania nacional não foi sequer arranhada.

      Educação e Saúde ficaram como  já estavam em relação aos ganhos obtidos a partir do pré-sal.

      A Petrobrás ficou numa situação confortável.

      Se precisar de fazer dinheiro rápido, opta por não participar.

      Se quiser a partilha ou até mesmo o poço todo, pode optar.

      Onde está o prejuízo ?

      ————————

      Você sabe o quanto eu a a damiro. Escrevo isso de coração. É sério.

      Aliás, eu admiro todos os comentaristas e admiro também o Blog , por nos conceder esse espaço cidadão.

      Peço-lhe que dê uma olhada com carinho no texto do substitutivo e peço-lhe que leia uma reposta dada à Ana Cruzzeli, uma colega nossa de comentários.

      Não houve derrota.

      Valeu, Lenita…. grande abraço e um excelente dia.

      1. Esqueceu de observar que se o

        Esqueceu de observar que se o Conselho Nacional do Petróleo e o presidente da ocasião for entreguista a Petrobrás cai fora.

        1. Não esqueci não.

          Bom dia, Vera.

          Como assim, ” cai fora ” ?

          É a própria Petrobrás que responderá se tem ou não interesse.

          Não é o Conselho.

          Além disso, nesse caso, a palavra final é da presidência .

          O substitutivo também, indiretamente, permitiu tirar do Congresso mais essa prerrogativa.

          É muita ingenuidade e vontade de escrever conclusões aparentemente ultra verdadeiras, quando se imagina que um presidente de Conselho terá mando sobre um patrimônio desses.

          Poxa, colega…  Veja se consegue aumentar a vontade de acreditar mais em coisas críveis.

          Você leu o substitutivo ?

          Valeu.

      2. Sérgio

        Antes de tudo, obrigado pelo carinho, eu estava precisada mesmo. A questão, que me deixa c/ raiva é: Quem será o próximo governo ? Será que não deixarão passar toda a boiada ?

        Outro grande abraço.

        1. É esse o meu medo.

          Prezada Lenita,

          Eu tenho medo dessa onda de indignações que exige do Poder Executivo o ótimo , esquecendo-se do bom.

          Quem só admite o ótimo pode ficar com o péssimo.

          Olhe lá as milhares de pessoas nas ruas da Argentina, chorando de arrependimento.

          Essa juventude critica o governo, sem saber o que é governo ruim.

          Governo não é só Dilma. Ela é apenas uma parte do governo.

          Foi a população quem pôs o José Serra dentro do Senado. Ele não caiu lá de para-quedas.

          É isso que essa juventude tem que ver.

          ————————-

          O seu medo é o meu medo também.

          Se essa onda de críticas permitir a volta da direita, já era.

          Abração.

  11. Está circulando uma história

    Está circulando uma história no Facebook (creditada, não sei se corretamente, ao Ricardo Melo) de que o governo teria se dedicado integralmente em barrar o projeto, mas que, ao perceber que seria voto vencido, agiu com rapidez e negociou uma cláusula para que a Petrobrás continue pelo menos tendo prioridade na exploração (mas não obrigatoriedade). Seria interessante se o blog pudesse chegar essa informação e divulgar, se for o caso.

  12. SLOGAN PARA A PETROBRAS
    Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2016 SLOGAN PARA A PETROBRAS Caros amigos (as) Getúlio Vargas entrou pra história do Brasil, por defender o nosso pretroleo (riqueza) e a Petrobras, agora outros vão entrar por entragar o nosso futuro.    Se a presidenta Dilma não pretente mais defender a Petrobras, também não pretendo mais colaborar com projetos (ideias) para o seu governo, nem defender, assim como eu, deve ter outros milhares, que estão agora com esse mesmo pensamento. SOU BRASILEIRO E A PETROBRAS É BRASIL Que os bons funcionários, que não tem nada haver com essa roubalheira, usem e abusem desse slogan, para defender a nossa riqueza e futuro, o petróleo.  

  13. Deus que me perdõe !Esse

    Deus que me perdõe !

    Esse Serra é um cancêr no país, destruidor do patrimônio nacional.

    Ainda bem que essa desgraça está no fim da vida.

    Deus, perdõe minhas palavras !

  14. A pergunta deveria ser, por

    A pergunta deveria ser, por que seguraram o preço da gasolina, obrigando a Petrobrás a importar derivados a um preço mais caro do que vendia aqui  ? Isso por 3 anos ?

    Eu disse isso aqui há muito tempo, não há saída para a Petrobrás, continuar coom operadora exclusiva em virtude de sua situação financeira.

     

  15. VÃO ROUBAR E SUMIR COM NOSSO PETRÓLEO PELO MAR!

    Muito mais fácil do que invadir país, como Iraque ou Syria, basta encostar a frota de navios, sugar nosso petróleo

    e ir embora. Nunca vi tanto ladrão e tanta gente sem noção como esse senado.

    O tal do petróleo tirado de pedra é uma anedota, ainda teve senador (Agripino Maia) que falou que EUA da 

    america já não precisava de petróleo. O Tal petróleo de xisto custa U$ 60,00 para retirá-lo a golpes de

    dinamite debaixo da terra. Dinamita-Injeta água-Sunga e tira uma gosma, guarda para ser processada.

    Fica o buraco no chão, cheio de água, terra estrupada a Us$ 60,00.  É uma vergonha esse José Serra

    e os senadores do Brasil.

  16. Sabe onde estão comemorando a decisão de ontem?

    Sabe onde estão comemorando a decisão de ontem? Na rua Chile, 65, Rio de Janeiro

    Dentro da Petrobras. Mais exatamente no Gabinete da Presidência e na Diretoria Financeira e de Relações com Investidores. Aquela sensação, quase uma certeza de que o substitutivo aprovado ontem pelo Senado foi soprado no ouvido de alguém, tem as digitais de duas mãos, a do presidente Aldemir Bendine, vulgo Dida, e do seu Diretor Financeiro, Ivan Monteiro, ambos ex-BB.  

    Dida quer ter a liberdade de participar da exploração de um campo de petróleo se o caixa da empresa permitir, e não a obrigação, a custa de endividamento externo. Ou participar, mas dividir a conta com mais 3 ou 4 parceiros. É a receita que ambos ( Dida e Ivan Monteiro) trouxeram do Banco do Brasil para a Petrobras. Reduzir o endividamento é a meta. Portanto, tudo dentro do planejamento.

    Dida passou 37 anos dentro do BB, de 1978 a 2015. Testemunhou todas as etapas, entrou num BB pré-histórico paquiderme estatal movido à lenha, até a mutação para uma empresa de mercado, ágil, gestão profissional, controles internos, governança corporativa modelo, tecnologia de ponta. Aprenderam assim, assim vão replicar na Petrobras.

    Desde que o Dida aprendeu a soletrar a expressão “core business” no Banco do Brasil, há uns 20 anos, não tem entrevista atual em que ele não se refira ao core business da petroleira, que em bom português significa desimobilizar, vender tudo que não se refira a atividade-fim da empresa. Na Petrobras, por força de uma presença maciça de sindicalistas nos vários escalões da empresa (*), era impossível falar em venda de ativos. Era. O Dida já avisou várias vezes que vai passar tudo no martelo. Mantra: reduzir o endividamento.

    Posso estar redondamente enganado, mas pelo que conheço da cultura organizacional do Banco do Brasil, e a maneira como o processo foi conduzido pelo Planalto, tudo indica jogo combinado com a direção da petroleira.

    (*) No Banco do Brasil também era assim, sindicalistas espalhados pela empresa, incentivados pela administração da dupla Camilo Calazans, Presidente, e Edson Mandarino, Diretor de Recursos Humanos. Foram expulsos a pauladas, a partir de 1995 (coincidência?). 

    1. Tá, e o que ele com seu “core business” tem a falar da corrupção

      Até ontem o “core business” da Petrobrás era a corrupção, estão chamando de Petrolão.

      Onde entra o “core business” na corrupção da Petrobrás? Desde quando o Gabinete da Presidência

      permitia a corrupção desenfreada? Que gestão profissional é essa, dessa governaça corporativa que

      permitiu a Petrobrás chegar a esse nível de escândalo e corrupção?

  17. Esqueceu 1 item

    Quantos bilhões não despejaram nessa pesquisa para extração em poços profundos?

    Agora sem gastar 1 tostão, empresas estrangeiras estão bem mais “saudáveis” pra abocanhar o filé

    Pobre, Brazil

  18. Estaria o governo buscando

    Estaria o governo buscando outra base de apoio que não aquela que o reelegeu?

    Enquanto se acumulam sinais de uma recaída na crise financeira e econômica mundial, com novos ataques aos direitos dos trabalhadores e ações de guerra contra os povos, aqui no Brasil o governo Dilma insiste na mesma política que o isolou de sua base popular e abriu terreno para a ofensiva da direita reacionária em 2015.

    Na hora em que Lula se transforma no principal alvo das operações judiciais manipuladas visando a destruição do PT, o ministro Jaques Wagner, segundo o blog de Fernando Rodrigues (UOL), reúne-se com empresários em São Paulo para dizer que “Dilma não recupera mais sua popularidade, mas quer deixar o legado da reforma da Previdência”. Wagner desmentiu a primeira parte da frase (a da popularidade), mas não a segunda.

    É o teatro do absurdo. Dilma só não caiu em 2015 graças às mobilizações puxadas pela CUT e organizações do movimento popular e estudantil contra o ajuste fiscal e contra o golpe. A saída do ministro Levy parecia indicar um novo rumo para o governo, mas essa expectativa foi frustrada com o anúncio de privatizações no setor elétrico e de um novo ataque à Previdência pública.

    Assim, contra a base social que a elegeu e contra a opinião de seu próprio partido, o PT, Dilma flerta com as propostas da “ponte para o futuro” do PMDB e admite flexibilizar até as regras de partilha no Pré-sal, dialogando com a projeto que Serra (PSDB) apresentou no   Senado. Estaria o governo buscando outra base de apoio contraditória com a que o reelegeu?

    O que é certo é que Dilma se afasta cada vez mais do mandato popular que recebeu em outubro de 2014. O que ressalta o papel da CUT, que não deve ceder às pressões do Planalto para aceitar retrocessos na Previdência e que deve seguir mobilizando contra os efeitos terríveis da crise imperialista mundial junto com seus aliados dos movimentos populares, contra as privatizações e o ajuste fiscal com seu cortejo de demissões e cortes de direitos, em favor de outra política que preserve o Brasil, seu povo e a classe trabalhadora que o constrói.

    A mobilização nacional proposta pela CUT e demais entidades das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo em 31 de março é o momento de concentrar as exigências de mudança de política dirigidas ao governo Dilma.

    Ressalta também a responsabilidade dos petistas que querem defender o seu partido da extinção e resgatar as suas melhores tradições, agindo como um verdadeiro Partido dos Trabalhadores para superar o impasse da crise em que se meteu o governo Dilma.

    É a serviço desse objetivo que se prepara o Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista de 19 e 20 de março em São Paulo, com reuniões locais abertas à participação de todos os petistas que se identificam com a necessidade de manter uma organização política própria da classe trabalhadora.

     

    http://otrabalho.org.br/aonde-vai-o-governo-dilma/

  19. Estaria o governo buscando

    Estaria o governo buscando outra base de apoio que não aquela que o reelegeu?

    Enquanto se acumulam sinais de uma recaída na crise financeira e econômica mundial, com novos ataques aos direitos dos trabalhadores e ações de guerra contra os povos, aqui no Brasil o governo Dilma insiste na mesma política que o isolou de sua base popular e abriu terreno para a ofensiva da direita reacionária em 2015.

    Na hora em que Lula se transforma no principal alvo das operações judiciais manipuladas visando a destruição do PT, o ministro Jaques Wagner, segundo o blog de Fernando Rodrigues (UOL), reúne-se com empresários em São Paulo para dizer que “Dilma não recupera mais sua popularidade, mas quer deixar o legado da reforma da Previdência”. Wagner desmentiu a primeira parte da frase (a da popularidade), mas não a segunda.

    É o teatro do absurdo. Dilma só não caiu em 2015 graças às mobilizações puxadas pela CUT e organizações do movimento popular e estudantil contra o ajuste fiscal e contra o golpe. A saída do ministro Levy parecia indicar um novo rumo para o governo, mas essa expectativa foi frustrada com o anúncio de privatizações no setor elétrico e de um novo ataque à Previdência pública.

    Assim, contra a base social que a elegeu e contra a opinião de seu próprio partido, o PT, Dilma flerta com as propostas da “ponte para o futuro” do PMDB e admite flexibilizar até as regras de partilha no Pré-sal, dialogando com a projeto que Serra (PSDB) apresentou no   Senado. Estaria o governo buscando outra base de apoio contraditória com a que o reelegeu?

    O que é certo é que Dilma se afasta cada vez mais do mandato popular que recebeu em outubro de 2014. O que ressalta o papel da CUT, que não deve ceder às pressões do Planalto para aceitar retrocessos na Previdência e que deve seguir mobilizando contra os efeitos terríveis da crise imperialista mundial junto com seus aliados dos movimentos populares, contra as privatizações e o ajuste fiscal com seu cortejo de demissões e cortes de direitos, em favor de outra política que preserve o Brasil, seu povo e a classe trabalhadora que o constrói.

    A mobilização nacional proposta pela CUT e demais entidades das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo em 31 de março é o momento de concentrar as exigências de mudança de política dirigidas ao governo Dilma.

    Ressalta também a responsabilidade dos petistas que querem defender o seu partido da extinção e resgatar as suas melhores tradições, agindo como um verdadeiro Partido dos Trabalhadores para superar o impasse da crise em que se meteu o governo Dilma.

    É a serviço desse objetivo que se prepara o Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista de 19 e 20 de março em São Paulo, com reuniões locais abertas à participação de todos os petistas que se identificam com a necessidade de manter uma organização política própria da classe trabalhadora.

     

    http://otrabalho.org.br/aonde-vai-o-governo-dilma/

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