Stiglitz e a tragédia das políticas de austeridade, por André Araújo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por André Araújo

Escrevi aqui mais de vinte artigos mostrando a irracionalidade absurda do plano Meirelles – Goldfajn de centrar toda a economia na meta de inflação, um erro de uma tal magnitude que custa a crer que essa insanidade possa continuar sendo vendida como solução para a economia brasileira em sua maior recessão histórica.

O Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz em seu último livro THE EURO: AND ITS THREAT TO THE FUTURE OF EUROPE mostra o desastre que é uma política amarrada exclusivamente em metas de inflação e não em emprego e crescimento.

Stiglitz começa no plano do governo Hoover de aumentar a austeridade na crise de 1930, o que tranformou uma recessão na Grande Depressão.

Mostra também a obsessão dos bancos centrais europeus pelo controle da inflação, o que liquidou com a prosperidade na Europa e propiciou maior concentração de riqueza nos 1% mais ricos sem nenhum benefício para os demais.

Demole o conceito de “banco central independente” dizendo que não há poder sem dono – este acaba sempre sendo capturado por grupos de interesses que se vinculam ao mercado financeiro.

Stiglitz prega aquilo que qualquer pessoa racional vê: a flexibilidade monetária é essencial para manter a prosperidade, a inflação pode ser uma ferramenta para sair da recessão e voltar a crescer, da mesma forma que a contração monetária em um ciclo seguinte pode ser uma ferramenta para baixar a inflação, o nome do jogo é flexibilidade, como um fole, expandir e contrair de acordo com as circunstâncias, amarrar toda a economia à meta de inflação é algo absurdamente irracional, é ENGESSAR a economia para que ela não cresça para manter a inflação no sacrossanto “centro da meta”.

Os monetaristas perderam a guerra pela “prosperidade” na Europa, lá é dificil mudar porque o Euro é uma convenção political complexa. No Brasil é facílimo, basta não ter ultra-monetaristas no comando da economia.

Pretender cortar gastos por uma lei rigida para 20 anos a frente é loucura ainda maior do que aquela que Stiglitz aponta, aumentar a taxa de juros em plena recessão, e mais loucura ainda quando a Selic de 14,25% foi fixada a inflação estava em torno de 10% – hoje caiu a pouco mais de 6%, que quer dizer que a taxa real era de 4,5%, hoje a taxa real está e 8,5%. Estamos pagando muito mais juros com a arrecadação em queda vertiginosa e ainda querem que esse plano absurdo de certo com meia dúzia de concessões e parcerias que ninguém sabe se saem do chão.

Se todas as concessões e privatizações acontecerem não serão suficientes em valor para tirar o país da recessão, o Brasil precisa de um trilhão de reais de injeção monetária e não 30 ou 40 bilhões em complicadas parcerias que até agora são apenas uma intensão.

Não há registro na história econômica moderna de um País sair da recessão apenas com investimentos privados. Só se sai do buraco com investimento público em grande escala, é o que ensina Siglitz e a história econômica, mesmo porque o investimento privado não tem estimulo em acontecer sem investimento público antecedente.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

33 Comentários

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  1. Finalidade

    O objetivo dessa política econômica é justamente esse: “concentração de riqueza nos 1% mais ricos”. Eles só não têm coragem de afirmar isso.

    1. O pior de tudo é que o

      O pior de tudo é que o dinheiro é apenas um meio; jamais um fim em si, logo, para que valha o que sugere valer é preciso que tenha lastros reais, um dos quais é a presença de riqueza distribuída com o maior número de pessoas possível. Como o ciclo das águas: a água sempre retorna ao oceano.  Antes, porém, deixa no seu caminho vida e exuberância.

  2. Intensão ou intenção

    Estas duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas. Porém, os seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. A palavra intenção se refere a um propósito, um plano, um desejo, uma ideia, uma aspiração. A palavra intensão se refere a um aumento de tensão, de força, de energia.

    Intenção tem sua origem na palavra em latim intentio.
    Intensão tem sua origem na palavra em latim intensio

    https://duvidas.dicio.com.br/intensao-ou-intencao/

    Prezado André, obrigado pelas suas palavras sempre jogando luz na realidade e apontando suas contradições.

    1. Vc tem toda razão, foi um

      Vc tem toda razão, foi um lamentavel lapso de digitação, escrevi de madrugada um tanto cansado e errei.

      Para mim é um horror, prezo enormente a lingua portuguesa castiça de Alexandre Herculano, Ramalho Ortigão, Eça de Quiroz (meu favorito) e toda essa geração do fim do Seculo XIX.

  3. A A : Pergunto sem delongas

    A A : Pergunto sem delongas :

    Quem foi o político brasileiro que fez a política ( seja na educação,economia e vários etc ) que fosse do seu sonho ( nosso)

     Se descobrir algum, explica pra mim porque não foi continuada.

    Mesmo políticos ladrões ,não querem um país analfabeto,ou analfabeto funcionais e, economicamente atrasados.

      Sou todo ouvidos,

    1. JK fez um belo governo, sua

      JK fez um belo governo, sua politica economica  não foi continuada porque o presidente que sucedeu Juscelino tinha outra visão de Brasil, do mundo,  de economia e da vida, um certo Janio Quadros.

      Assim é em todo lugar, um governo que sucede a outro faz outra politica, não importa se a anterior era boa.

      Churchill ganhou a guerra e foi sucedido duas semanas depois do fim da guerra por Clement Attlee, que fez uma politica diametralmente oposta a de Churchill, estatizou a economia inglesa, um governo desastroso.

      Politica é assim em todo lugar e em todos os tempos.

  4. Os baluartes do discurso hodierno

    Não é de se estranhar que analistas ultraortodoxos brasileiros se transformaram em celebridades. Nomes como Schwartsman, Sardenberg, Ricardo Amorim, Teco Medina, e os “macroeconomistas” da Faria Lima, habitués de Ritz e Rodeio do Iguatemi, cintilam como sabedores-mor dos destinos do país. Essa é a safra atual dos que predominam no discurso e no senso comum médioclassista brasileiro (conversa de almoço: “você viu o que o Sardenberg disse hoje sobre a curva de juros agora pouco?”). Em país que teve Roberto Simonsen, Reis Velloso, Celso Furtado, Roberto Campos, onde se vê um tipo Schwartzman denigrindo um Nakano, não precisamos dizer mais nada.  C’est tout.

     

  5. O Andre PELOAMORDEDEUS.
    Vê se

    O Andre PELOAMORDEDEUS.

    Vê se se toca.

    Suas críticas ao exercício economico até são válidas, mas você esquece, ou finge ignorar que uma boa estratégia de governança tem de atacar os problemas no curto, médio e longo prazo.

    Você ainda bate nessa tecla de limitação de gastos públicos de 20 anos. 20 anos é uma eternidade. Basta o Brasil voltar a crescer 3% ao ano em em 20 anos teremos mais que dobrado o PIB.

    Parece que para você só existe uma estratégia de política economica. Ocorre que o gradualismo não vai funcionar hoje porque o Brasil no governo Dilma, estava derretendo, e mais 2 anos a economia do Brasil viraria pó.

    É como tratar um acidentado. O cara está sangrando, aí o bombeiro aplica um torniquete. Aí você vê ele aplicando o torniquete e critica o bombeiro dizendo que é errado aplicar o torniquete porque vai parar a circulação, o membro vai necrosar e vai precisar amputar e que o certo é operar e suturar a artéria rompida, etc, etc.

    É necessário se identificar os problemas do Brasil e fazer um tratamento com começo, meio e fim.

    O que aconteceu é que a política economica da Dilma deixou a todos os empresários e investidores inseguros. Se dependesse dela o Brasil iria aumentar a carga tributária para combater o endividamento público e não fariamos a reforma da previdência, isso junto de uma taxa de juros alta significaria morte da economia em alguns anos, nos tornando uma imensa Venezuela.

    Essa lei de contençao dos gastos públicos por 20 anos é para ingles ver. Na verdade, é o firme compromisso do governo em não fazer o ajuste, na base de aumento de arrecadação, e por conseguinte, impostos, e sim por um compromisso em aumentar a eficiência do gasto público.

    Dado esse choque de credibilidade, empresários e investidores começarão a pensar em investir no Brasil. A inflação já dá sinais de queda, assim os juros começarão a cair em breve. Confiança em alta, o desemprego já está dando sinais que o ciclo está no fim pois em agosto tivemos a perda de 30 e poucos mil empregos contra 90 mil do ano passado.

    Não dê uma de Nassif e decrete o fim da democracia no Brasil, ou a semana que afastou o risco do impeachment, e se transforme no arauto do catastrofismo.

    Cada fase merece um tratamento diferenciado. A lei de limitação de gasto público, com esse prazo de 20 anos pra ingles ver é precisa e certeira. Mostra que o compromisso de economizar é sério, e que o Brasil não vai aumentar os impostos. Excelente.

    Daqui a tres a cinco anos com o país crescendo a sólidos 3~4% vai dar para se afrouxar o torniquete.

     

     

    1. Ninguem vai investir no

      Ninguem vai investir no Brasil porque a inflação baixou, pode baixar a zero, se não não houver DEMANDA NINGUEM PRECISA INVESTIR EM MEIOS DE PRODUÇÃO. A receita Meirelles é um wishfull thinking, “”se eu baixar a inflação todos vão correr para investir no Brasil”, é um desejo e não uma certeza.

      O Brasil cresceu e com grandes investimentos estrangeiros QUANDO A DEMANDA CRESCIA mesmo com inflação de 40% ao ano.

      1. Por favor, releia o que eu

        Por favor, releia o que eu escrevi.

        Eu não disse que precisava abaixar a inflação para se voltar a investir no Brasil. Falei que precisava um compromisso sério de contenção de gastos, eficiência e o compromisso de não se resolver os problemas do país aumentando os impostos.

        AA, você é mais esperto que isso.

        Você sabe que o Brasil sob a Dilma tinha 2 tremendas bombas relógio. Gastos públicos descontrolados que apontavam em descontrole da dívida pública; déficit da previdência que em menos de 20 anos iria levar o Brasil a nocaute. Quem em sã consciência iria investir no Brasil nessas condições?

        O pior é que o governo apontava como solução o aumento de impostos e a continuidade de um governo populista incapaz de implementar as reformas necessárias para tirar o Brasil da rota do Iceberg.

        Por isso que as soluções da equipe econômica estão miradas nesses problemas que tem de serem atacados agora.

        Mostrar que o governo vai implementar um controle rígido das despesas, que não vai apelar pro aumento de impostos, que vai realizar as reformas na previdência que devem serem feitas. Esse problema da inflação vai ser resolvido em pouco tempo, mas não é ele o problema principal.

        1. Meu caro, eu aqui em dezenas

          Meu caro, eu aqui em dezenas de artigos sou o maior defensor de RACIONALIZAÇÃO DOS GASTOS DE CUSTEIO, não corte linear burro, como é possivel falar em corte de gastos sem falar nos SUPERSALARIOS E SUPERAPOSENTADORIAS do Legislativo e do Judiciario? Contacheques de 300 mil em um mês que ninguem cita e ninguem toca. acumulação de 3, 4 salarios, aposentadorias cumulativas, alugueis absurdos de predios para orgãos publicos, terceirizações 7 por 10, faturam DEZ empregados e mandam SETE, mesma coisa com aluguel de frota, qualquer faxineiro terceirizado sabe disso, menos os Tribunais de Contas que liquidam com empreiteiras que pelo menos fazem obras e deixam algo de solido e nem tocam nas TERCIRIZADORAS, ALGUMAS COM 60 MIL empregados no serviço publico, cobram nas faturas todas as leis sociais

          mas costumam atrasar e depois parcelar, isso quando pagam algum dia.

          Mas SÓ O CORTE DE GASTOS não se tira o Pais da recessão, é preciso CRIAR DEMANDA AO MESMO TEMPO, com grande investimento publico,  não será nunca suficiente contar com investimento privado, a lição historica da Grande Depressão americana de 1933 demonstrou que foi preciso GRANDE EXPANSÃO MONETARIA para injetar em obras publicas, sem o que o Pais não sai da recessão nem em 20 anos, a crença no Estado minimo é valida em CONDIÇÕES NORMAIS e não em profundas crises economicas.

        2. A Petrobrás e a cadeia do

          A Petrobrás e a cadeia do Pré-Sal respondem por 20% do PIB do Brasil. As micro e pequenas empresas, por 27% do PIB, e por mais de 80% dos empregos no país. Nenhum micro ou pequeno empresário está de olho no futuro dos indicadores da dívida pública ou dos gastos da previdência para tomar decisões de investimento. Nada mais afastado da realidade. Eles estão de olho, pura e simplesmente, na demanda. Nenhum empregado olha o futuro baseado em ratios e percentuais macroeconômicos para tomar decisões de consumo. Apenas vê duas coisas: se a prestação cabe no bolso, e se considera estável o atual emprego.

          Foi a derrubada da cadeia do Pré-Sal, provocada pela Lava-Jato, o que arrastou a economia brasileira ao atual desastre. Há outros motivos para a atual depresão, claro: juros estratosféricos pagos pelo Banco Central, juros pornográficos pagos pelos consumidores e micro e pequenos empresarios pelo crédito. É essa forca centrípeta concentradora de renda que afoga o Brasil. O resto dos argumentos é bla bla blá economês para assinante da Globo News ver.

          1. Cara você está louco? A

            Cara você está louco? A Petrobrás responde por 20% do PIB? Isso dá mais de 1,20 trilhão de reais por ano?

            Vamos fazer uma conta de padaria bem, mas bem superestimada.

            Petrobrás produzindo 2,3 milhões de barris por dia (não produz) x 50 dólares o barril x 365 dias no ano dá 42 bilhões de dólares/ano ou 125 bilhões de reais por ano.

            Tá muito longe desses 20% do PIB. Quem sabe na Venezuela.

            Refaça seu comentário com dados realistas.

          2. Pegou uma notícia de 2014

            Pegou uma notícia de 2014 quando o petróleo estava na casa dos 110 dólares.

            Além de tudo, essa declaração de que o petróleo respondia por 13% do PIB foi de um funcionário da Petrobrás, que se bobear já deve estar preso.

            Além disso pega 13% e aumenta 60% a troco de nada para se chegar a 20%.

            Como eu disse. continha superstimada, se era 13% em 2014, hoje mal passa de 7%

    2. “Dado esse choque de

      “Dado esse choque de credibilidade, empresários e investidores começarão a pensar em investir no Brasil.”

       

      Essa frase mostra que você não entendeu absolutamente nada dos argumentos que estão a ser discutidos pelo Stiglitz e das evidências empíricas que ele apresenta. Aliás, você leu o livro?

      O livro é uma argumentação plenamente fundamentada, teórica e empricamente, contra a tese do “choque de credibilidade”. Como o próprio Sliglitz assinala, nem mesmo os bancos centrais, que sustentam (no plano no discurso) esse argumento, o usam nos seus próprios modelos de previsão de crescimento do produto. Curioso, não é?

      Sair de uma recessão exige muito mais do que confiança, livros de autoajuda, editoriais da Folha, etc. Exige aumento de gasto autônomo, ou seja, elevação de demanda agregada.

      E não existe nenhum registro histórico (até onde o Stiglitz e muitos outros sabem) de aumento de demanda agregada pautado exclusivamente em “choque de confiança”. Programas de austeridade só deram certo -, como destaca do Stiglitz, assinalando o caso do Canadá – quando houve um aumento de demanda agregada oriundo de outros fatores que não o ajuste fiscal, por exemplo, aumento da demanda externa. Ou seja, quando a contração da demanda provocada pelo ajuste fiscal foi mais do que compensada por aumento da demanda externa (políticas expancionistas dos outros países).

      Obviamente, dada a participação do comércio externo no PIB do Brasil, esta não é uma alternativa para o nosso país. E muito mais é discutido no livro, como complementaridade entre investimento público e privado (como assinala o AA), etc.

      Em suma, o livro é fundamental, dada a autoridade indiscutível do autor, para livrar o Brasil de um discurso teoricamente frágil e empiricamente pouco fundamentado, o qual, não obstante, tem sido repetido sistematicamente pelos nossos economistas de mercado e jornalistas econômicos.

      Aliás, um dos pontos destacados pelo Stiglitz é exatamente que o livro não se destina simplesmente a mostrar os equívocos das políticas da EE, mas também a assinalar o papel das ideias erradas que prevaleceram nas últimas décadas e influenciaram fortemente essas políticas. Entre elas, evidentemente, destaque para o “choque de credibilidade”.

      1.  
        O grande erro do AA é achar

         

        O grande erro do AA é achar que a Europa é aqui.

        Não é. a crise da Europa é completamente diferente da crise brasileira. Aqui existe realmente uma grande crise de credibilidade. Os empresários e investidores olhavam o futuro, com Dilma, PT, Lula, Mantega et caterva como uma viagem só de ida à bordo do PTANIC rumo à Venezuela.

        Ninguém queria mais entrar nesse barco, e quem podia saiu.

        Que empresário vai investir no Brasil com a Dilma trabalhando para criar mais impostos, dando choque nos juros, mantendo a gastança e sem atacar com coragem a questão da previdência? Isso sem se falar nas roubalheiras encontradas e nem no impeachment.

        AA, nós estamos no Brasil e não na Europa. A crise de lá é diferente da de cá.

    3. Só existem dois tipos de

      Só existem dois tipos de gente com esse tipo de argumento: os malandros, que defendem a estabilidade da moeda sem inflação a qualquer custo, já que é inflação a única ameaça à turma do juro, ou tolos que acreditam no papai noel recitado diuturnamente pelos agentes dos banqueiros na mídia, leia-se “jornalistas econômicos”.

    4. 3% ao ano? Sério?

      O Brasil na sua opinião vai crescer 3% ao ano… E isto com a Selic mais alta do planeta… Com a economia mundial em crise… Com o Merco sul, que era nosso principal parceiro comercial destruído… Com a Lava Jato prendendo  empresários de setores estratégicos , destruindo empresas gigantescas, gerando milhões de desempregados sem controle algum… Com a Petrobrás que respondia por boa parcela do PIB completamente arrasada e destroçada por esta mesma operação Judicial…

      Vamos crescer 3% ao ano do nada, assim…. magicamente….

      Tenha dó….

      1. No governo FHC a selic andou

        No governo FHC a selic andou quase sempre acima dos 20% e mesmo assim o PIB cresceu, em média, 2,5% ao ano.

        Com o Lula os juros também eram altos, iniciando em 25% e no final em 9%, numa média de uns 15% e o crescimento médio foi acima dos 4%.

        Só a Dilma quem deixou cair a tocha olímpica e levou o país à depressão econômica. Nem FHC e nem o Lula deixaram a economia sair do controle.

         

        1. Há uma grande diferença

          Caro Sr. Brusque

           

          Há uma grande diferença entre os tempos de FHC e hoje. Em primeiro  lugar só foi levemente  mais positiva, porque o começo de seu primeiro mandato, foi bom, uma vez que ele ainda não tinha estragado o país;  em segundo , quando FHC entregou o governo, o país estava em baixo crescimento ,  como foi em 2002, mesmo que o PIB não estivesse tão baixo quanto hoje o desemprego sem dúvida alguma era muito maior.

          Os anos de 98 e 99 foram quase de crescimento zero.  E há controvérsias quanto ao crescimento de PIB do governo FHC. Segundo as fontes deles, os números foram estes; mas segundo muitos economistas, 2002 e 2003 por exemplo foram de estagnação e recessão, mesmo. Números maquiados, para muitos economistas. A média real de crescimento da era FHC seria na verdade de 1,7%, e em 2002, 2003 teria entregado o governo em recessão profunda.

           

          É diferente, pois FHC contava com o apoio maciço da midia, coisa que nem o PT nem Temer não contam. A midia é o maior poder neste país.

          FHC tinha o ministério Público e o Supremo sob seu comando e sob sua rédia curta, uma vez que fez nomeações não republicanistas, ele lia e seguia Maquiavel à risca, diferentemente de Lula e Dilma. Dominava com estremo rigor a polícia Federal. Hoje nada disto se repete, graças a Lula e seu republicanismo.

          Uma das poucas coisas elogiáveis sobre  FHC era que ele governava o Ministério Público  com mão de ferro, era um discípulo fervoroso de Maquiavel. . A procuradoria geral da República era nomeada pelo critério fidelidade a ele. Isto lhe deu governabilidade imensa, só não utilizou esa governabilidade pelo bem do povo justamente porque os banqueiros que o haviam elegido o obrigavam a elevar os juros a patamares absurdamente altos, desnecessariamente, endividando o país.

          FHC tinha um congresso de poucos partidos para negociar, e não de 30 partidos como hoje.

          Enfim, os juros nada tiveram a ver com o crescimento economico da era FHC; poderia-se dizer no máximo que o país cresceu “apesar” dos juros extorsivos.

          ———

          O Brasil sob o governo Lula teve crescimento alto, porque contou com a alta das commodities internacionais, o Brasil exportou e ganhou rios de dinheiro e aproveitou uma fase próspera da economia mndial. Sim, Lula soube surfar na onda. Nada disto se repete hoje. Poderia-se dizer que Lula teve crescimento do PIB “apesar” dos juros altos. E foram bem mais baixos do que na era FHC quando chegaram aos absurdos 45%

          Dilma só deixou “cair a tocha olímpica” após aumentar os juros após as manifestações de 2013. Até este ponto, o país estava com juros baixíssimos e a economia ia de bem a melhor, nosso crescimento era excelente, o desemprego mais baixo de todos os tempos, a inflação estava dentro da meta. Após aumentar os juros, ela encaminhou o Brasil para o abismo.

          Cada 1% de juros a mais são bilhões a menos no tesouro nacional, por isto Dilma ficou sem dinheiro no orçamento.

          ———

          Mesmo com juros altíssimos, em 2002, a inflação foi de dois dígitos, muito maior do que hoje, então, os juros não serviram para nada a não ser enriquecer banqueiros e estagnar nosso crescimento econômico.

          Quanto mais FHC  elevava os juros, maior era a inflação; lógico, quebrava muitas  das empresas, faltavam produtos e a inflação subia pela lei de oferta e procura.

          ————

          E o principal, os juros na era FHC tiveram um custo colossal para o país, quando FHC entrou em 94, a dívida interna era de 60 bilhões, quando saiu era de 600 bilhões. Multiplicou a dívida pública por 10, mesmo vendendo as jóias da cora, privatizando tudo, e mesmo assim, gerou um desemprego desta magnitude. Tinhamos 40 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria, com condições econômicas de vida semelhantes à da escravidão, e FHC não dava a menor importância a este fato.

          Será que queremos imitar um governo assim?

          FHC nunca foi exemplo para este país, eu teria vergonha de citar seu nome, em materia de economia em um debate, sinceramente.

          1. Você está errado na sua

            Você está errado na sua analise sobre o governo FHC.

            Veja o gráfico:

            FHC

            1995: 4,1%

            1996: 2,5%

            1997: 3,2%

            1998: 0,3%

            1999: 0,9%

            2000: 4,9%

            2001: 1,8%

            2002: 2,7%

             

            Como dá para ver os numeros não batem com a sua analise. Em 1995 o crescimento veio da euforia do Plano Real, mas no segundo mandato tivemos o pico do crescimento, aquele que você disse que FHC havia estragado a economia de 4,9%.

            Em 2001, com a crise hidrica no sudeste e nordeste, o PIB foi fraco por conta do racionamento da energia elétrica, e em 2007, quando você diz que o pais estava em recessão, ele cresceu sólidos 2,7%.

            Esses numeros não são nenhuma Brastemp, mas matam a Dilma de inveja e vergonha, principalmente se levarmos em conta que no período FHC as seguintes economias quebraram: Argentina 2 vezes, México, Tigres asiáticos, Coreia do Sul, Cingapura, Malasia, Indonésia e a Russia e o Brasil conseguiu passar graças a credibilidade de FHC no mercado internacional.

            Vale lembrar que os juros eram estratosféricos, muito superiores aos de hoje, mas empresários e investidores queriam investir e produzir porque acreditavam que o Brasil tinha futuro, e acreditavam no governo.

            No segundo mandato da Dilma os juros eram bem menores, e os juros reais, descontada a inflação ainda menores, mas os empresários e investidores perderam a confiança no futuro do Brasil e no governo, daí a puxada de freio de mão nos investimentos.

            Ao inves de criticar cegamente o governo FHC vocês deviam procurar admirar a mágica que FHC fez em não deixar o país entrar em recessão apesar do juro altíssimo e das seguidas crises internacionais, e sem contar ainda com a China crescendo aceleradamente e criando o melhor período para as comodities em décadas.

             

          2. Conheci os numeros na pele

            Caro Li de Brusque

            Conheci na própria pele os números da era neoliberal. Passei fome como nunca havia passado em toda a minha vida, naquela idade  das trevas. Na época eu pesava 30 Kg a menos que hoje, pois com o salário mínimo miserável que eu era obrigado a aceitar, não conseguia alimentar eu e minha família, todos os outros desempregados. Eu era jovem ainda, tinha uns 20 e poucos anos, na época.

            Isto em SP, o estado mais “rico” do Brasil. Nos outros estados foi muito pior, naturalmente.

            O salário realmente não dava pra comprar comida e pagar contas de luz, água, e IPTU; ou uma coisa ou outra. Então sempre optavamos pelo IPTU, água e Luz, e nunca conseguiamos comer decentemente. Por sorte, podiamos comer plantas do mato, e da mata, a maioria amargas e horríveis, sem muitas calorias; nutritivas porém, por isto estamos vivos hoje para contar história. A natureza sempre foi mais confiável, solidária  e útil do que o ser humano em toda a história da humanidade, quando se trata de auxiliar quem precisa.

            Aparentemente não havia um único emprego decente à disposição no país, ou melhor, se houvesse seria disputado por 12 milhões de desempregados, segundo dados otimistas. Na verdade o número de desempregados era muito maior do que isto, pois muitos tinham sub empregos, com salários miserabilíssimos, sem registro, sem nenhum direito trabalhista, fazendo bicos, e contavam como empregados. Tive de trabalhar nos piores empregos imagináveis, com patrões altamente tirânicos e coisas do gênero. O único pensamento que me ocorria todos os dias era ou de morrer para acabar com esta existência miserável, ou de viver o máximo o possível para lutar contra o neoliberalismo que acabou com o Brasil e com nossas vidas. Lutar nas urnas e no voto; por fim decidi que viveria o máximo possível e até o último dia de minha vida votaria contra o neoliberalismo, haja o que houver. Este era um dos principais motivos que me deu forças para viver na época.

            Havia crescimento do PIB ? Se havia nunca vi, naquela época. Devia haver, para os banqueiros, para a elite, e para a classe média alta. Uns 20 ou 30 % da população.  O povo não fazia parte do Brasil, na oipinião dos neoliberais, e tampouco mereciam viver. Eles governavam para o “um terço mais rico” como faziam absoluta questão de ressaltar sempre que podiam.

            Logicamente, que muitos em seu orgulho criminoso e egoísmo feroz ignoraram e ignoram solenemente esta realidade. Não sei se é o seu caso.

            Enfim, foi horrível, mas esta época finalmente acabou. Pude estudar depois que a idade das trevas acabou, arrumar empregos e fontes de renda melhores, e finalmente me alimentar de verdade, depois de muitos anos.

             

            Isto ninguém me contou, vi por mim mesmo.

            ————-

            O mal que a filosofia neoliberal  causou, não podemos mais corrigir, mas pelo menos isto não envenena mais o país com a sua presença. Pelo menos não naquela  intensidade.

            Esta é a história de “sucesso” que os seus “heróis” neoliberais causaram ao país.

            Se um governo não puder servir às condições Dignas de existência de um povo, ele serve pra que afinal de contas?

            Detesto falar mal de pessoas, governos ou o que quer que seja, peço desculpas por o ter falado aqui; mas já que o Sr. defende tanto este cara, te mostro uma realidade que a mídia nunca te mostrará.

            Não sei se os sites coxinhas que o Sr. pesquisa te contam isto, nem se o Sr. acreditará ou dará alguma importância a este fato, mas é a mais pura verdade, conto para que o Sr. saiba uma vez que seja da verdade.

             

    5. “Daqui a tres a cinco anos

      “Daqui a tres a cinco anos com o país crescendo a sólidos 3~4% vai dar para se afrouxar o torniquete.”

      Aí o presidente no poder na época viola a lei e sofre um impeachment…  boa ideia ne ?

      1. Presidente que colocar o país

        Presidente que colocar o país a crescer sólidos 3~4% ao ano não precisa Temer o impeachment.

        Além do mais, não precisa nem de contabilidade criativa, pedaladas fiscais ou crime de responsabilidade para ultrapassar o limite.

        Basta fazer tramitar no congresso uma PEC para modificar esse limite uma vez que a emergencia economica já foi superada.

         

    6. Você está certo em critica AA, mas são equivocadas suas ideias

       

      Li de Brusque (sábado, 24/09/2016 às 13:48),

      Não sou contrário a sua crítica a Andre Araujo porque eu também penso que ele insiste em uma mesma tecla para tratar de situações diferentes, mas a sua justificativa para mostrar que Andre Araujo está errado por bater na mesma tecla em meu entendimento está equivocada.

      Você diz que “o gradualismo não vai funcionar hoje porque o Brasil no governo Dilma, estava derretendo, e mais 2 anos a economia do Brasil viraria pó”.

      É preciso não ter nenhuma responsabilidade com o que se está dizendo a menos que se trate de um iletrado ou a menos que se esteja falando de má-fé, para dizer um disparate como esse.

      Não sou economista, mas me espanta algumas ideias que vicejam pelo mundo que não vejo sendo compartilhada por nenhum economista de respeito e que caem aqui no Brasil de paraquedas e se espraiam como praga. Na quinta-feira, 22/09/2013, dia da prisão de Guido Mantega, eu não tinha televisão a cabo no local em que eu dormi e acabei assistindo depois de longo tempo o jornal da Globo em que apareceu a dobradinha William Waack e Carlos Sardenberg que disseram algo como que acusando a corrupção pelo estrago que havia sido feito na economia.

      A sandice era sem tamanho. Primeiro não existe um estudo acadêmico que comprove a ligação entre corrupção e crise econômica. Aliás se fosse tomar os exemplos históricos no mundo era de se pensar o contrário. O Império Romano floresceu quando dominado pelos generais e soldados orgiásticos e corruptos e soçobrou quando foi tomado pela ética da religião cristã. Chicago era um esplendor até que Eliot Ness foi encarregado de reforçar a Lei Seca e com sua equipe desmantelou o grupo de Al Capone no final dos anos de 1920. Desde então Chicago deixou de ser o centro econômico americano e há paragens lá em completa decadência..

      O Japão crescia a taxas chinesas o que amedrontou os americanos que iniciaram no Congresso Americano uma busca incansável pela corrupção naquele país até que descobriram o que ficou conhecido como Escândalo da Lockheed. Alguns suicídios naquele país e desde então nunca mais o Japão cresceu a tão altas taxas.

      Hoje em valor absoluto, o país mais corrupto do mundo é a China que cresce a taxas expressivas. A Índia também cresce a taxas expressivas e se tomarmos o termo corrupção no seu sentido mais amplo não há como não considerar um país com castas como um país extremamente e genericamente corrupto. E até recentemente, em valores absolutos, o pais mais corrupto do mundo era os Estados Unidos, pois só ela explica os gastos de três trilhões no Iraque no provavelmente maior caso de corrupção já realizado por um partido político no mundo, pois foi um gasto único e exclusivamente feito para financiar os doadores do Partido Republicano e para ganhar a reeleição.

      E um mínimo de conhecimento sobre o sistema capitalista que se sobressai exatamente por ser o sistema que permite a máxima produção serviria para olhar de esguelha e ressabiado a crença de que a corrupção e o capitalismo seriam de certo modo incompatíveis. A corrupção deve ser combatida porque o objeto empresarial da corrupção é um objeto ilícito, mas a gênese do capitalismo e que o faz forte é a mesma da corrupção, ou seja, a apropriação do trabalho de terceiro.

      Assim colocar o nexo causal entre a corrução no governo do ex-presidente Lula e da ex-presidenta por causa do golpe Dilma Rousseff e o fracasso econômico que se verificou ao fim do governo da ex-presidenta por causa do golpe Dilma Rousseff é destrambelho infantil ou despautério de quem é desprovido de inteligência, a menos, é claro, que seja dito de má-fé. Ainda mais porque antes se insistia que a causa do fracasso econômico era a má política econômica. Ou é uma coisa ou é outra.

      E evidentemente que é preciso contar com a falta de memória do ouvinte. Diz-se o que quiser na expectativa de que as pessoas no futuro não vão lembrar do que se disse lá atrás. E no caso a debilidade do argumento precisa contar com a má memória de todos até porque no futuro se comprovado que não houve o crime, não é só a ausência do nexo causal que saltaria aos olhos, mas a própria ausência da conduta que traria como resultado o fracasso econômico.

      E você com sua frase sobre o segundo governo da ex-presidenta por causa do golpe Dilma Rousseff e o fracasso econômico do governo dela também mostra para minha convicção inequívocos sinais de debilidade de concatenação dos fatos ocorridos.

      Primeiro, o governo chegou no pior dos mundos no terceiro trimestre de 2015. O quarto trimestre ainda foi de queda real, mas já no primeiro trimestre de 2016, a queda foi mero efeito estatístico. Você pega um ponto médio de um seguimento de reta (por aproximação porque os dados do PIB estão em uma curva exponencial) em queda e compara com um ponto médio do seguimento de reta seguinte que praticamente sem inclinação (na verdade podia-se até imaginar um leve crescimento) e vai-se obter uma leve queda como os dados do PIB do primeiro trimestre de 2016 demonstraram, mas que é uma queda, como eu disse, meramente estatística ou de geometria.

      No segundo trimestre para desmentir um pouco a minha análise de que no primeiro trimestre já houve recuperação e que a economia brasileira já voltava a crescer o PIB voltou a cair. Só que foi uma queda localizada na redução dos gastos públicos e em razão de variação menor nas exportações em decorrência da valorização do real. PIB = C + I + G + (E-I), mas depois de longo tempo os investimentos voltaram a crescer.

      Então a perspectiva para a economia brasileira é de que ela volte a crescer sem precisar de todos esses esforços que o Andre Araujo fica preconizando. Foram idéias como a de Andre Araujo aplicadas fora do lugar ou fora da época que em muito levaram o Brasil ao que temos hoje. O Plano Cruzado foi feito para dar estabilidade ao governo de José Sarney. Naquela hora o Brasil estava crescendo com base no mercado externo. Era preciso garantir aquele crescimento.

      No entanto, o Brasil resolveu apelar para o mercado interno e rapidamente acabamos com o saldo na Balança Comercial que naquela época era de 1 bilhão de dólares por mês. Costumo atribuir aos males do Brasil de hoje ao Plano Cruzado (que para sorte do Brasil deu errado) e também ao Plano Real que acabou dando certo, mas que durante muitos anos destruiu os nossos saldos na Balança Comercial. Agora para sorte nossa o Plano Cruzado elegeu uma boa bancada de esquerda que apesar de ser minoria foi em muito responsável por nos ter garantido uma das mais avançadas constituições do mundo.

      Assim está errado o Andre Araujo preconizando mais gastos públicos quando o Brasil, um país de periferia, precisa crescer como cresceu todos os países que tiveram retomada de crescimento após a segunda Grande Guerra: via mercado externo (Alemanha, Japão, Itália, os Tigres Asiáticos e agora a China).

      Agora assim como a recuperação não precisa da ajuda que Andre Araujo propõe, ela não guarda nenhuma relação com o que você alega no seu comentário para justificar a volta do crescimento. O futuro é desconhecido e a recuperação pode não se dá, como ela não se deu quando alguns economistas previram que ela aconteceria no segundo semestre de 2015. Então pode ser que a retomada não ocorra, se algum imprevisto principalmente lá fora ocorrer, mas a razão principal para ela ocorrer apesar da valorização mais recente do real decorre da recuperação competitiva da indústria nacional após as últimas desvalorizações do real.

      Nesse sentido e como segundo ponto para enfatizar a tolice da sua argumentação é minha convicção que para mais bem compreender os percalços da nossa economia é preciso acompanhar o preço de commodities e o câmbio no Brasil do período que vai do segundo semestre de 2014 para segundo semestre de 2016. Em outubro de 2014 há forte queda dos preços das commodities. O dólar começa a valorizar a partir daí. Se a desvalorização do real tivesse terminado no início de 2015, a economia podia iniciar uma recuperação já no final de 2015. Só que no final do primeiro semestre de 2015 há nova queda das commodities e em consequência nova valorização do dólar. A situação ainda piorou quando em dezembro de 2015, o Fed fez leve aumento dos juros e ainda prometeu quatro aumentos durante 2016. Houve uma correria no mercado de moedas no mundo e a promessa do Fed de quatro aumentos não foi cumprida embora na última reunião ele prometeu que ainda vai aumentar o juro este ano.

      Então a recuperação que iria começar no final de 2015 foi adiada para 2016 com a economia sofrendo o agravante da desestabilização econômica mundial em virtude do aumento do juro pelo FED em dezembro de 2016. Ainda assim, como o dólar já estava em um preço que junto com a recessão interna assegurava saldos na Balança Comercial expressivos, a estabilidade econômica já chegara ao Brasil. E agora, salvo um passo mal dado pelo FED, em especial um aumento de juro que tenha efeito desestabilizador nas moedas nacionais de periferia, é de se esperar que a economia brasileira já esteja em condições de voltar a crescer.

      Evidentemente, tudo indica que a recuperação atual será mais lenta e ela fica sujeita as intempéries que o FED possa vir a causar. E que se observe que ao me referir a passo mal dado pelo FED, eu avaliei que o passo fora mal dado não propriamente em relação aos interesses dos Estados Unidos, mas em relação aos interesses de países de periferia como o Brasil.

      À semelhança de William Waack e Carlos Sardenberg com uma retórica frágil ou até mais, pois é oca e, portanto, vazia, você, na minha convicção, também repetiu frase de quem não sabe o que diz a não ser no seu enunciado final ao prevê que o Brasil viraria pó. Não sei de que pó você fala. Pode ser apenas mera obsessão, mas pode ser também que você não estaria de todo errado. Do pó viemos e ao pó voltaremos. Ainda assim por mais que o pó tenha feito estragos na América Latina não se sabe de país aqui por essas bandas que ao pó voltou.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 24/09/2016

    7. Ch

      Caro Li,

       

      “20 anos pra ingles ver é precisa e certeira. Mostra que o compromisso de economizar é sério, e que o Brasil não vai aumentar os impostos. Excelente.

      Daqui a tres a cinco anos com o país crescendo a sólidos 3~4% vai dar para se afrouxar o torniquete.”

       

      Se vc já matou a charada não pense que o megainvestidor estrangeiro seja mais burro ou ingenuo.

       

      O inglês que ver, vai ser aquele desinteressado, apostando no curtissimo prazo.

      Quanto dinheiro pensa que vai entrar de fora? É isso que reacenderá a economia?

      Em queda de arrecadação já ultrapassa o valor que entra em dolar. 

       

      E se forem enfiar goela abaixo, vc estará compactuando com oum golpe nas eleições de 2018.

  6. Repito o que eu disse no

    Repito o que eu disse no “fora da pauta”:

    O livro é muito bom e fácil de ler. Stiglitz conseguiu apresentar as ideias fundamentais do keynesianismo de forma clara e acessível para os que não são economistas. Os dados e tabelas também são muito bons. Deveria ser leitura obrigatória para os nossos jornalistas econômicos. Acho que até a Míriam Leitão conseguiria entender finalmente por que a política de austeridade não funciona (e por que funcionou em poucos casos). Mas para o Sardenberg acho que será uma leitura muito difícil… 

  7. O horror é ter no comando da

    O horror é ter no comando da economia brasileira dois personagem cujas historias de vida estão no exterior, Meirelles é um residente dos Estados Unidos e Goldfajn nasceu em Haifa, em Israel e não disfarça o sotaque, como é possivel ter pessoas tão desligadas de uma visão nacional no comando de nossa macro politica economica? São todos cegos?

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