Centrão ameaça deixar Temer ser denunciado e dar prejuízo ao governo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Câmara

 
Jornal GGN – Interessado nos cargos de deputados infiéis (aqueles que se dizem da base governista mas votaram a favor da denúncia contra Michel Temer na Câmara), o chamado centrão já ameaça destruir a agenda econômica do governo e promete não servir de escudo para o próximo pedido de investigação a ser apresentado pela Procuradoria Geral da República contra o presidente.
 
Segundo informações do Estadão, o deputado Arthur Lira [foto], do PP, por exemplo, disse que o governo não pode continuar dando as mesmas “regalias a fiéis e infiéis”. “O governo não se comunica, não se articula, não conversa, não prestigia. Não dá para estar na mesma base quem vota contra e quem vota a favor, com as mesmas regalias, sejam ela grandes ou pequenas”, disparou. 
 
Lideranças do PP e PSD, os dois maiores partidos do Centrão, já mandaram avisar a Temer que “será muito difícil segurar” as bancadas caso Rodrigo Janot apresente uma segunda denúncia em meio a esse cenário de “desordem”.
 
Janot vem sinalizando que pretende acusar Temer de tentativa de obstruir a Lava Jato até o dia 17 de setembro, quando deixa oficialmente o comando do Ministério Público Federal. 
 
Marcos Montes, do PSD, avaliou que Temer não terá força para sobreviver a uma segunda denúncia. “Agora ele tem que dar um freio de arrumação [na base governista, separando os fiéis dos infiéis]. Se não der, essa desorganização política volta e o mercado vai embora. Não adianta ele ficar e continuar com a desordem política.”
 
Além da própria sobrevivência do mandato de Temer, está em risco também a agenda econômica que tramita no Congresso. Os deputados ameaçam não aprovar a reforma da Previdência e desfigurar o Refis que interesse ao governo, aumentando as benesses para as empresas e, consequentemente, diminuindo a previsão de arrecadação. 
 
“A estratégia será ignorar a negociação que o governo vem tentando fazer e trabalhar para aprovar o texto do relator, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), considerado mais benéfico para as empresas. O deputado modificou a versão enviada pelo governo ao Congresso e, com isso, a previsão de arrecadação caiu de R$ 13 bilhões para R$ 420 milhões com o programa”, publicou o Estadão.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Fórmula Cunha

    Eleja um congresso de corruptos…

    Pronto!

    Você nunca mais precisará se preocupar em fazer isso novamente…

    Por que a partir dai, eles nunca mais deixarão o poder…

    A partir de agora eles elegerão o presidente, controlarão o judiciário e permitirão apenas quem eles quiserem para continuar seus legados…

    Essa é uma daquelas coisas, além da morte, que não pode acontecer nenhuma vez, por que se acontecer – já era…

  2. regalia$$$$$ a fiéi$$$$$$$ e infiéi$$$$$

    newton cardoso júnior, filho do porcão.

    Tudo em famiglia.

    Os bandidos procriam como ratos e não larrgam o osso.

    O judiciário só quer os pobres encarcerados.

  3. No teatrinho do Congresso

    Nassif: é só joguinho de cena. Pintou grana e os safados vêm até em defesa de Caifas, pela condenação de Cristo Jesus!

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