Fura fila: Exército fez vacinação secreta de agentes da Abin

Funcionários não faziam parte da lista de prioridades divulgadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Foto: Abin/Reprodução

Jornal GGN – O Ministério Público Federal constatou que o Exército atuou diretamente na vacinação contra a Covid-19, supostamente irregular, de 130 servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de Brasília, que estavam fora da lista de prioridades divulgada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em maio. 

De acordo com o MPF, uma lista sigilosa com nomes dos servidores foi enviada ao Exército para que eles fossem vacinados com todos os militares da ativa. 

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, os 130 servidores da Abin foram vacinados porque fazem parte do “grupo de Força de Segurança e Salvamento” e, por isso, tomaram as doses do imunizante, em 12 de maio, na Praça dos Cristais, em frente ao Quartel General do Exército. 

No final de abril, no entanto, a Secretaria informou que a vacinação para os profissionais das forças de segurança abarca apenas policiais militares, civis e federais, agentes do Detran, militares do Corpo de Bombeiros e “forças que apoiam o decreto das medidas restritivas” do governo do DF.

O MPF instaurou um inquérito para apurar o caso em 25 de junho. A procuradora da República Ana Carolina Roman, responsável pelas investigações, consultou uma equipe de técnicos do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para questionar a vacinação dos servidores, informou a Folha de S. Paulo. 

A reunião virtual, em 1 de julho, foi feita com duas técnicas do PNI, Thaís Minuzzi e Caroline Gava, e com o então diretor do Departamento de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz.

Na ocasião, Gava explicou que esses profissionais  deveriam ser vacinados na época, porque não trabalham com ações diretas em segurança.

Redação

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