Coronavírus: Falta de protocolo geral prolonga isolamento

Impacto da pandemia Covid-19 será diferente entre os municípios, que terão desafio em conciliar economia, isolamento social e saúde pública

Jornal GGN – O governo do Ceará foi um dos primeiros a tentar relaxar a política de isolamento contra o coronavírus, liberando algumas atividades não essenciais. A decisão foi revogada em menos de três horas.

Com a cidade de Fortaleza transformada em um dos epicentros da pandemia e os casos avançando para o interior, o estado irá decidir nesta segunda-feira (20/04) o que fazer com o isolamento.

Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o maior desafio dos municípios para conciliar isolamento social, saúde e economia em um cenário de pandemia é a falta de um protocolo nacional e o chamado efeito “abre e fecha”. E o Brasil ainda não tem um plano, mesmo quase após dois meses do primeiro caso de Covid-19 no país.

Outro ponto agravante: a intensidade e abrangência geográfica do impacto será diferente em cada Estado e município, o que pode gerar ondas intermitentes de paralisação.

Enquanto Europa e Estados Unidos já começam a discutir regras para o relaxamento social, estabelecendo etapas e o escalonamento da retomada de algumas atividades econômicas, até mesmo o debate sobre o uso das máscaras tem sido facultativo no Brasil.

E o debate sobre a adoção de tais medidas tem sido interditado até mesmo dentro do governo federal, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro defende a volta indiscriminada dos brasileiros ao trabalho.

 

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Redação

2 Comentários

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  1. Eu não li ainda o que há (se há) de movimento conjunto entre ministério da agricultura e das secretárias estaduais e municipais para otimizar a colheita e distribuição de alimentos de pequenos produtores. Soja é cima coisa, abóbora é outra.

  2. No dia que o STF tomou a decisão de Pilatos, lavou as mãos, e deixou aos prefeitos e governadores a condução do processo se instalou o caos. A mobilização é necessária. O trágico nisso tudo é que há dispositivo legal para ser acionado, que dispensa posicionamento desse horrendo STF, ó SINAMOB.

    No site do MD ele é descrito nos seguinte termos: “Para que ações estratégicas no âmbito da Mobilização Nacional sejam preparadas e executadas, foi criado, em 2007, o Sistema Nacional de Mobilização (SINAMOB): um conjunto de órgãos que atua de forma ordenada e integra­da para planejar e realizar todas as fases da mobilização e desmobilização nacionais. “.

    Por que não foi acionado? Medos dos militares coordenarem? Medo de utilizar um dispositivo criado no governo Lula?

    O caminho é esse. s

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